Schutz0 16/03/2024
More than just a partner or a lover i'm your friend
às vezes é meio complicado opinar sobre livros que falam sobre a vida de alguém, mas vamo lá.
o livro conta a história da autora desde a adolescência até os 30 anos, narrando várias ~peripécias dela durante esse tempo e como o amor perpassou cada experiência. o formato do livro é bem diferente, alguns capítulos parecem crônicas, outros são mais narrativos e outros (literalmente) são receitas de alguma comida de apego emocional da autora. com relação a isso, de primeira achei estranho, mas conforme fui lendo entendi e abracei mais a proposta, achando até divertido, além da escrita fluir facilmente.
o grande problema do livro, pra mim, foi que não rolou quase nenhuma identificação e, vai por mim, essa é uma história que você precisa se identificar pra poder sentir alguma coisa. a autora, desde muito cedo e depois por muitos anos narra uma relação de obsessão com o sexo masculino que muitas vezes eu só conseguia sentir raiva. também conta vários momentos de escolhas completamente imprudentes que ela tomou aos 20 e poucos e que, pra mim, só soava como irresponsabilidade ou falta de terapia, vivia pensando "mds essa mulher tem 20 e tantos na cara e fez isso?". sem contar as inúmeras vezes no livro que eu fiquei com vontade de dar um banho nela :,) mas não tem como negar, a mulher é viciada em viver e colecionou momentos!
apesar de ela falar muito sobre homens e amor romântico, o principal ponto do livro (isso desde o início), é o amor dela pelas amigas, o que achei muito bonito, ver a forma como ela construiu e cultivou amizades verdadeiras e duradouras. também senti um pouco de falta dela falar sobre a família, acho que talvez isso esclarecesse alguns comportamentos que ela tinha...
infelizmente, nesse caso, quem leu o livro era quase o oposto de quem escreveu. não tinha como eu amar :/ mas vou deixar aqui uma das passagens que gostei bastante (é já no final do livro, se não quiser pegar "spoiler" pode parar aqui)
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"A vida é uma coisa maravilhosa, hipinotizante, mágica, boba, engraçada. E os seres humanos são incríveis. A gente sabe que vai morrer, mas continua vivendo. A gente grita e xinga quando o saco de lixo cheio rasga, mas a cada minuto que passa estamos chegando mais perto do fim. Ficamos impressionados com o pôr do sol alaranjado na estrada, com o cheirinho de um bebê ou com móveis fáceis de montar, apesar de sabermos que todas as pessoas que amamos um dia vão deixar de existir. Não faço ideia de como a gente consegue."