Lulu 17/08/2023
Um pecado chamado amor.
?Mas a loucura do amor é como vinho, nos alegra, embriaga, entontece. Por isso, voltei sempre à mesma taça. E morrerei bebendo dela.?
?O pintor que escrevia? fora a minha estreia como leitora de Leticia Wierzchowski e não posso deixar de pontuar a magnificência da sua escrita. O livro pode ser facilmente lido em um dia, pois a linguagem acessível associada a fluidez da narrativa contribuem para que leitor tenha dificuldade de se separar da trama, a qual o seduz por meio do suspense que carrega os quadros de Marco Belucci, ou melhor, as palavras escritas neles.
Finalizei a leitura com um coração pesado diante da tragédia que era o amor partilhado entre os personagens. Esse amor profano, fadado a se tornar um empecilho na felicidade daquele que detinha o segredo. Alguns pecados dificilmente conseguem desvencilhar-se perante ao tempo e passam até o fim da própria existência atormentando as almas que os carregam. Marco fora conhecedor do seu maior pecado, apesar disso, permitiu-se agarrá-lo e vivê-lo até não mais aguentar tamanho tormento das ações tomadas. E seus quadros, pobres vítimas das suas pinceladas mórbidas, tornando estático o seu amor, seu pecado, Amapola.
?O pintor que escrevia? é um mar de poesia e eu acredito que todo leitor que se preze deve tirar um momento da sua vida para abastecer a alma com o intenso amor entre Marco Belucci e Amapola. Dessa forma, juntamente a Augusto, eternizaremos essa história e o grande segredo que velas.