spoiler visualizarRicardo Tavares 17/07/2022
AS VITORIOSAS: duas mulheres ligadas por uma missão
Resumo da editora
Aos 40 anos, Solène sacrificou tudo pela carreira de advogada: seus sonhos, seus amigos, seus amores. Um dia, ela racha, desmorona. É depressão, esgotamento.
Para ajudá-la a se reerguer, seu médico aconselha que Solene faça serviço voluntário. Não convencida, Solène se deparou com um anúncio que despertou sua curiosidade: uma vaga para uma missão de escriba ("escritora pública"). Ela decide responder.
Enviada para um abrigo de mulheres em dificuldade, ela logo se desiludiu. No vasto Palais de la Femme, ela luta para se orientar. Os moradores são distantes, desconfiados, esquivos. Através de uma xícara de chá, uma carta para a rainha Elizabeth ou uma aula de zumba, Solène descobre personalidades singulares de todo o mundo. Com Binta, Sumeya, Cynthia, Iris, Salma, Viviane, La Renée e as outras, ela vai conquistando seu lugar aos poucos, e se mostra surpreendentemente animada. Ela também compreenderá o significado de sua vocação: escrever.
Quase um século antes, Blanche Peyron tem uma briga. Chefe do Exército da Salvação na França, ela sonha em oferecer um teto a todos os excluídos da sociedade. Ela embarca em um projeto maluco: construir um palácio para eles.
O Palácio das Mulheres existe.
Laetitia Colombani nos convida a entrar para descobrir seus habitantes, seus dramas e suas misérias, mas também suas paixões, sua força de vida, sua generosidade.
MINHA OPINIÃO
A princípio o título não me atraiu. Mas, quando soube que o livro de julho do Clube Intrínsecos (caixa 46, a antepenúltima do clube) seria de Laetitia Colambani, autora de A trança, me interessei. Li o primeiro livro da autora e fiquei encantado com seu estilo, seus capítulos curtos, cirúrgicos e, ao mesmo tempo, envolventes. Em A trança temos as perspectivas de três mulheres que terão suas vidas entrelaçadas.
Em As vitoriosas, Laetitia Colambani retoma o recurso de utilizar mais de uma voz narrativa. No novo livro temos duas protagonistas femininas, separadas pelo tempo, mas unidas em torno da mesma missão: dar conforto e amparo á mulheres desamparadas e com problemas de violência, agressão, abandono.
Solene e Blanche conquistam o leitor, Laetitia Colambani consegue despertar a empatia e a solidariedade.
É uma história bonita de ler. Claro que há alguns clichês, algumas idealizações, mas nada que prejudique a beleza da história dessas duas mulheres extraordinárias. São apenas 208 páginas, a história é bem enxuta e agradável, apesar dos momentos tristes narrados, ao final, o saldo é positivo.
Fiquei encantado com essa jovem autora que nos surpreendeu com uma história maravilhosa em seu primeiro romance. E ao ler essa nova obra, o encanto se ampliou. Laetitia Colambani é uma ótima escritora.
Um livro que recomendo a todas as mulheres e, quiçá, ao homens que gostem de uma história bem contada e que nos mostra como as mulheres precisam de nossa solidariedade nesse mundo cruel, machista e misógino.
Parabéns à Intrínseca por nos trazer mais uma história maravilhosa através do CLUBE INTRÍNSECOS.