Star Blue 02/05/2024
?Tudo que não é doado é perdido?
Não sei se é algo natural, mas existem livros em que eu juro poder sentir um certo ?chamado?. Como se ele pedisse para ser lido AGORA. Não nas férias, não no ano que vem, mas no momento presente. E é surreal o número de respostas que encontro sobre coisas que me penso no meu agora.
Depois de ler ?A coragem de ser imperfeito? eu tive a certeza de que não apenas admiro, como desejo de alma um dia poder ajudar outras pessoas em situações semelhantes ou até piores do que a minha. E, com As Vitoriosas não foi diferente: na verdade, eu fui tão intensamente estapeada, chacoalhada, arrebatada e inspirada pelas histórias (reais) de algumas personagens, que finalmente me rendi.
Não importa em que micro diâmetro na escala da vida eu venha conseguir atuar: saúde, educação, moradia, espiritual? não importa mesmo. Apenas desejo dar continuidade às lutas contra a indiferença, a fome, o abandono, a miséria e outras desolações que muitos estão vivendo em nosso país, em nosso mundo. Quero ser uma das valentes humanizadas como Blanche Peyron, e olhar nos olhos e estender a mão àqueles que lutam pelo direito básico da vida: sobre(viver), ao invés de dar as costas ou ignorar por pura conveniência.
Eu indico 1.000x essa leitura. Não me canso de dizer: é por d+ arrebatadora, demais. Me inspirou muito, me vivenciou muito, mudou algo dentro de mim. Ainda não sei o que é, mas a sensação é boa.
Ah! A escrita de Laetitia é tão amistosa que você lê como respira. Apesar do peso da escritura (são inúmeros temas sensíveis), a leitura é leve. ???