Julii30 12/03/2024
Ali Hazelwood acertou em mais um personagem masculino.
Ali Hazelwood tem poderes mágicos, onde todo homem que ela cria beira a perfeição, te fazendo ficar apaixonada e obcecada. Mas em compensação, toda mulher que ela cria - tirando a Olive - é extremamente chata, beirando o nível de ser insuportável.
"Amor, Teoricamente" é um livro que eu estava querendo muito ler, estava com altas expectativas, contudo algumas delas foram quebradas com gosto. O primeiro ponto, é que o livro começa confuso, com muitos termos e teorias físicas, que me deixaram perdida, uma vez que não entendo nada sobre, e a autora fazia questão de colocar em todas as páginas - acho legal o empenho dela em querer aprofundar o tema, mas achei que nesse caso foi até demais.
Apesar desse pequeno detalhe, o livro começou muito bom, me prendeu demais, o casal exalava uma tensão e química absurda, além de sempre entregar cenas engraçadas. Contudo, em algum momento, o livro se perdeu, se tornou chato e monótono, e isso se deu - ao meu ver - à dificuldade que a autora teve em aprofundar o relacionamento entre Jack e Elsie, uma vez que nos deu poucas cenas deles como um casal, e quando nos dava, era tão caótico, cheio de informação que eu não consegui me apegar, preferia muito mais quando eles ficavam se alfinetando.
Como eu disse acima, Jack é praticamente perfeito, a forma como ele sempre se declarava para a mesma e fazia questão de saber tudo sobre ela, foi lindo de ler. Só que em contrapartida, tivemos Elsie sendo chata o livro inteiro, se fazendo de boba, chata, além de ser uma reclamona ao extremo, não conseguindo ver o pedaço de mal caminho que ela tem nas mãos. Jack é bom demais para ela. Além disso, a autora teve dificuldade em desenvolver os sentimentos da Elsie, onde a gente sempre sabia o que o Jack queria e sentia, mas nunca sabíamos sobre a protagonista. Eu não consegui ver sentimento e desejo, tornando ela uma incógnita para mim.
Não pensem que eu não gostei do casal, pois eu gostei sim, só achei que tiveram muitas falhas, e em um determinado momento correria, onde em poucas semanas juntos - não detalhadas pela autora - o casal fazia planos de irem morar juntos e tudo mais.
A cena que todo leitor espera, é a cena do beijo, e eu não sei o que a Ali fez aqui, mas ela literalmente CAGOU o primeiro beijo do casal, foi tão fraco e ridículo que me fez por um momento vontade de largar a leitura. Preciso nem falar do sexo, que também foi péssimo, sem detalhes, sem a menor emoção, onde eles mais falaram do que outra coisa.
Vale ressaltar, que o livro teve outras falhas além das que eu citei, sendo elas menores, como por exemplo a falta de desenvolvimento da amizade da Elsie com a melhor amiga, a relação entre o Jack e a Georgie, o passado traumático e triste do Jack, a relação da Elsie com a família - onde ela deu um basta e pronto, acabou -, a amizade criada com o Greg. A falha mais crucial, foi o momento onde Elsie dá um pé na bunda do orientador, momento esse esperado por todos nós, só que foi mal trabalhado e também esquecido pela autora.
Contudo, em algum momento, a autora se achou, conseguindo dar um rumo bom à história, onde apesar de corrido, entregou um bom final, conseguindo depois de bastante tempo desenvolver os sentimentos da Elsie - demorou em.
Apesar de tudo o que eu disse, eu gostei demais do livro, me apaixonei pelo Jack e recomendo a leitura para todos, contudo, não posso engar que o livro é bem falho, sendo colocado na categoria de "pior" livro da autora.