A Morte de Ivan Ilitch e Outras Histórias

A Morte de Ivan Ilitch e Outras Histórias Leon Tolstói




Resenhas - A Morte de Ivan Ilitch e Outras Histórias


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P.F.G. 26/02/2024

Primeiro contato com Tostói
A morte de Ivan Ilitch-4.0/5.0;
Sonata a Kreutzer-5.0/5.0??;
O padre Sêrgui-3.5/5.0.

Primeiro contato que eu tive com a escrita de Tolstói, achei prática, direta e não possuiu inúmeras descrições?
Essas três histórias pequenas possuem o intuito de mostrar ao ledor a ausência da santidade em Cristo, pessoas focadas em fazer o que julgam o certo ou fazem por incentivo dos demais?
Recomendo??
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UmSimplesGeek 11/12/2023

Finalmente, acabei essa obra.
Antes de iniciar essa resenha, gostaria de me desculpar pelo tamanho final dela, acabei empolgando-me enquanto escrevia ela após finalizar a obra, mas se você sentir-se disposto a ler essa análise por completo, aprecio tremendamente a sua atenção.

Eu sinto que deveria ter acabado ele em novembro (não pude, pois estive extremamente atarefado durante essas últimas semanas), assim como acabei o último conto em pouco menos de 4 horas(acredito eu, não cronometrei), mas, ao mesmo tempo, aprecio o fato de não ter me apressado com essa leitura.
Primeiramente, para apresentar o livro para quem não conhece, é um livro com três contos de autoria de Leon Tolstói, nomeados respectivamente: A morte de Ivan Ilitch; Sonata a Kreutzer; Padre Sêrgui, onde nos é apresentado personagens com uma complexidade invejável e com grandes problemáticas. Cada conto possui a sua temática central: A morte de Ivan Ilitch, trata especialmente sobre a mortalidade e amargura, Sonata a Kreutzer fala sobre como a mulher era tratada na sociedade da época e conceitos como o matrimônio e o amor e Padre Sêrgui trata sobre a religiosidade e propósitos na vida.
Esse livro com o tempo, certamente tornou-se um dos meus favoritos, com seus contos que pegam em um instante e te tornam imersos naqueles universos e em seus personagens. Apreciei os conflitos e problemas deles, o quão imperfeitos e cheios de falhas eles são e, em especial, apreciei como Tolstói utilizou-se desses aspectos para criar reflexões no leitor, diante a sociedade que nos circunda e diante a maneira de viver que tomamos, nossas escolhas, preceitos e princípios, ele faz nos questionarmos sobre tudo isso com essa leitura. Em suma, considero esse livro, sem sombra de dúvidas, um dos melhores livros que já li e, após essa leitura, estou sinceramente ansioso para quais serão minhas sensações com as minhas próximas leituras desse autor, felizmente, já peguei e estão esperando na minha estante outras obras dele como: Guerra e paz e Anna Karienina, obras bastantes aclamadas dele. Planejo ler elas e irei falar mais sobre assim que finaliza-las.

Abaixo aqui, irei disponibilizar análises singulares para cada conto que fiz ao decorrer da leitura, espero que gostem.

A morte de Ivan Ilitch:
Sinto que esse conto reascendeu e resumiu toda a minha paixão por histórias de uma maneira quase rejuvenescedora. Sinto uma tristeza e uma melancolia que não consigo explicar, como Tolstoi conseguiu fazer-me sentir empatia com uma pessoa tão indiferente como Ivan Ilitch foi algo que nunca esperei que poderia me surpreender tanto. Sinto que esse conto é uma das melhores histórias que já vi em toda a minha vida. Acrescentarei mais a essa análise singular, pois não comentei muito no dia. Assim como afirmei anteriormente, esse conto fala diretamente sobre mortalidade e amargura. Iniciamos o conto no enterro do personagem, onde nos é apresentado o ambiente hostil da sociedade da época, repleto de ódio, libertinagem e indiferença. Após um tempo no enterro, a história volta e começa a contar toda a vida de Ivan Ilitch, desde sua infância até a sua fase adulta, onde lá é mostrado que o mesmo é também, membro dessa indiferença da época, possui uma relação distante com a sua esposa e seus filhos, provocada pelas intrigas domiciliares com a esposa, e baseia a felicidade da sua vida à sua eficiência no trabalho, sua aparência externa e aos seus jogos de baralho. No entanto, algo ocorre que muda seu estado e especialmente, seus pensamentos. Irei parar de falar por aqui, já que já revelei muito da narrativa e sinceramente, quero que vocês leiam para tirarem suas próprias conclusões.

Sonata a Kreutzer:
Com o início dessa página, afirmo que finalmente acabei o segundo conto desse livro, nomeado de Sonata a Kreutzer e, Jesus, que conto! Não diria que foi melhor que o primeiro, A Morte de Ivan Ilitch, mas, certamente foi no mesmo nível. Acompanhar o desenrolar desse conto é como você ver uma explosão de perto. Iniciamos a história em um vagão de trem, onde somos apresentados ao personagem narrador, que serve como meio de inserção para o leitor, e aos personagens que envolvem-se ao redor daquele vagão, no inicio eram 4, depois se tornaram 8, e no final, ficam apenas 2, o narrador e o Pózdnychev, o homem que acompanharemos durante o resto do conto. Nesse conto estruturado em um ciclo de conversas tomadas em uma mesma viagem, somos apresentados à vida do desconcertado Pózdnychev e a sua perspectiva diante a vida, em especial, diante às mulheres e ao matrimônio e conceito de amor. Acompanhar essa história, como disse anteriormente, é o mesmo que acompanhar o antes e depois da explosão de uma bomba, de inicio, quando é iniciado o diálogo entre os dois personagens, é mostrado a área da explosão e ao decorrer do diálogo, vemos a razão pela qual ela explodiu no final (Não irei explicar diretamente essa analogia, pois acredito que ela deve ser oculta até a leitura desse conto) e acompanhamos a relação decadente entre o Pózdnychev e a sua esposa, marcada por amor e ódio. Nessa história, achei interessante a maneira que Tolstói utiliza-se dos personagens para criticar a sociedade da época e a sociedade atual, mostrando pedaços de suas perspectivas pelos diálogos. No geral, esse conto é extremamente bom e mesmo que lento em algumas partes, a intensidade intrínseca em sua estrutura apela e te atrai para a narrativa novamente após momentos de cansaço.

Padre Sêrgui:
Esse foi, também, um conto maravilhoso. Padre Sêrgui conta a história de um homem que, no início, entrega-se a um monastério com o intuito de resgatar a sua honra e demonstrar a sua superioridade diante às outras pessoas. Ao decorrer da história, vemos o desenvolver de Sêrgui em alguém mais próximo e dependente da religião, buscando a fé em Deus. No entanto, para conseguir achar essa fé, ele precisa envolver-se em conflitos internos, com seus próprios pecados, princípios e sentimentos. É uma história tremendamente fenomenal que toca diretamente nos princípios e sentimentos humanos, mesmo se você não for religioso, você irá sentir algo enquanto ver esse homem entregando-se à sua religião, enquanto é cercado por momentos de dúvida, em relação à escolha de ter virado um monge, e devido à sua dúvida diante os efeitos da fé e suas reflexões sobre Deus.

Iniciado em:
08/11/2023
Finalizado em:
11/12/2023
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Jussara 16/03/2024

São três contos q tratam principalmente das escolhas q fazemos, todos refletem sobre a importância dada as coisas e se de fato eram importantes.
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Thanks a Million 04/12/2023

3 histórias, quase o mesmo conceito.
Ivan Illich querendo que as pessoas se compadeçam dele como uma criança doente me trouxe lágrimas nos olhos, nunca vi alguém admitindo isso e todos nós queremos algo assim.

O marido com um discurso poligâmico que depois se transformou em um discurso anti qualquer contato sexual entre homem e mulher, por fim virando um discurso assassino, foi algo interessante de se ler.

A última história do padre foi mais interessante que a segunda, não sei se Deus existe mas realmente viver sem ligar para o que os outros pensam é o jeito certo.
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Jhonatan 07/04/2011

Por Jhonatan Carneiro (Coolture News)
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“A obra de L. Tolstói é complexa e instigante, aguça nossa auto-reflexão e todas as ‘questões malditas’ da existência humana.” – Elena Vássina

Por meio de exímia editoração e perfeito trabalho de edição, a Editora Amarilys nos trás “A Morte de Iván Ilitch e outras histórias”, livro composto por quatro obras do célebre autor russo Lev Tolstói. Autor caracterizado por possuir um estilo simples e poético, Tolstói é um dos grandes nomes da literatura russa, sendo o fundador do “tolstoísmo”, sua doutrina própria que tem como fundamento e aspecto central a característica do escritor-moralista.

A novela que intitula o livro e que está presente em seu início é “A Morte de Iván Ilitch” e foi escrita em 1886. Nela são narrados, em um momento póstumo, fatos da vida de Iván Ilitch, advogado aparentemente bem sucedido e bem-casado. Entretanto, o que se descobrirá posteriormente, será a verdadeira frialdade do ser humano perante o sofrimento alheio. Enquanto Ivan Ilitch definha, por uma doença não diagnosticada precisamente, sua família dá atenção à assuntos diversos. O grande trunfo de Tolstói é o sublime final desta novela, que consegue nos surpreender e emocionar.

“Iván Ilitch ouviu essas palavras e repetiu-as na sua alma. ‘Acabou-se a morte’, disse consigo mesmo. ‘Ela não existe mais.’” – Página 104.

Abrangendo um tema mais social, em “Senhor e servo”, novela escrita em 1895, Tolstói nos apresenta a relação entre Vassili, um senhor rico e dono de terras, e Nikita, pobre camponês que serve fielmente a Vassili. Devido à ânsia de fechar um ótimo negócio, Vassili decide viajar numa noite nevada. Nikita, incumbido pela esposa de Vassili para acompanhá-lo até seu destino, o faz de bom grado. No entanto, essa viagem acabará sendo muito mais dura do que o imaginado, chegando ao ponto de tornar-se uma verdadeira prova de fogo para ambos os envolvidos, onde haverão sérias dúvidas sobre seus respectivos passados e a possibilidade ou não de futuro.

“Enrolada no xale até a cabeça, de modo que só seus olhos estavam visíveis, grávida, pálida e magra, a mulher de Vassili Andrêitch despedia-se dele no vestíbulo.” – Página 113.

Por sua vez, em “O Prisioneiro do Cáucaso”, novela escrita em 1872, vemos as provações de Jílin, soldado que, à caminho de uma visita à sua avó moribunda, é prezo e mantido em cativeiro pelos Tártaros. Devido a tal acontecimento, Jílin é vendido como escravo, e acaba tendo que sobreviver com poucas provisões e muito sofrimento. Entretanto, Jílin demonstra-nos a importante lição: faça o bem, que com o bem serás pago. Desta forma, mesmo enfrentando toda a sorte de dificuldades, Jílin as superas.

“Olhou para cima: as estrelas brilhavam alto no céu e, na boca da fossa, brilhavam os olhos de Dina, quais olhos de gato.” – Página 214

Findando o livro, encontra-se o conto “Deus vê a verdade, mas custa a revelar”, escrito no ano de 1872. Nele,conhecemos Aksiónov, honesto comerciante que, certo dia, durante uma viagem de trabalho, é acusado da morte de outro comerciante, o qual dormia consigo no mesmo quarto. Depois de revistado, e constatada a presença da arma do crime – uma faca – na bolsa de Aksiónov, ele é levado para a prisão e lá permanece durante muito tempo. Entretanto essa situação acaba abalando-se com a chegada de Macar Semiónitch, um condenado que guarda consigo um segredo.

“Aksiónov foi condenado ao castigo dos açoites e ao desterro com trabalhos forçados. E assim foi feito. Ele foi chicoteado; depois, quando as feridas causadas pela chibata cicatrizaram, foi banido para a Sibéria, com outros condenados às galés.” – Página 225

Caso houvesse a difícil necessidade de resumir essa coletânea de Tolstói em uma única palavra, intitular-lhe-ia: edificante. São histórias para fazer-nos pensar, refletir, emocionar.

Sobre o Autor:

Lev Nikoláievitch Tolstói nasceu em 28 de agosto de 1828, em Iasnaia Poliana, propriedade familiar de sua mãe, princesa Maria Volkónskaia (ela pertencia a uma das mais nobres e antigas famílias russas). Criado no meio da alta sociedade russa, Tolstói, apesar de não ter concluído o curso na universidade de Kazan, conseguiu obter perfeita educação e falava fluentemente várias línguas. Dentre as obras publicadas, encontram-se: Infância, Contos de Sebastópol, Os cossacos, Guerra e paz, Anna Kariênina, A morte de Iván Ilitch, entre outras.
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Sávio 11/12/2012

Imperdível
Há algum tempo vinha buscando a literatura clássica russa para conhecer um pouco. Li Crime e Castigo, fato que aumentou e muito minha vontade de conhecer os demais escritores. Os contos de Tolstói selecionados aqui neste livro sāo sensacionais e imperdíveis. Recomendo a leitura.
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Alan Martins 14/07/2018

A filosofia de um mestre russo
Título: A morte de Ivan Ilitch e outras histórias
Autor: Leon Tolstói
Editora: Martin Claret
Ano: 2018
Páginas: 288
Tradução: Oleg Almeida

“[…] o casamento sem amor não é um casamento de verdade, é que apenas o amor consagra o casamento e que o verdadeiro casamento é só aquele consagrado pelo amor.” (TOLSTÓI, Leon. Sonata a Kreutzer. In: A morte de Ivan Ilitch e outras histórias. Martin Claret, 2018, p. 111)

Continuando com as publicações de grandes clássicos da literatura russa, a editora Martin Claret apresenta uma edição que contém três grandes obras de Tolstói, um dos principais nomes da literatura mundial.

UM HOMEM, MUITOS NOMES
Isso é apenas uma brincadeira com o fato de Tolstói ser chamado de maneiras distintas por cada editora brasileira que já o publicou. Leon, Liev, Lev; não importa, Tolstói é reconhecido, pelo mundo todo, como um mestre, um gigante da literatura.

Autor de clássicos como ‘Guerra e paz’ e ‘Anna Karenina’, Tolstói é sempre citado como um ícone do realismo. Muitos grandes autores de seu tempo (o século XIX), como Gustave Flaubert, Fiódor Dostoiévski e Anton Tchekhov, elogiaram-no, reconhecendo seu talento.

Suas obras são profundas e grandiosas, tanto em tamanho, quanto em qualidade. São leituras filosóficas, com aprofundamento nos sentimentos e pensamentos de seus personagens. A religião sempre o atraiu, principalmente o Cristianismo, o Budismo e o Hinduísmo, uma característica que aparece em diversas de suas obras.

“Sempre o mesmo. Ora brilha a centelha de esperança, ora se desenfreia todo um mar de desespero, e sempre a mesma dor, a mesma dor e a mesma angústia, e sempre a mesma coisa.” In: A morte de Ivan Ilitch, p.80

TRÊS GRANDES HISTÓRIAS
Esse livro é composto por três histórias: duas novelas (texto em formato de prosa, um pouco maior que um conto, porém não chegando a ser um romance) ‘A morte de Ivan Ilitch’ e ‘Sonata a Kreutzer’; e um conto, ‘O padre Sêrgui’.

Dentre essas obras, a mais conhecida delas é ‘A morte de Ivan Ilitch’, novela já publicada por diversas editoras brasileiras. Como o título indica, o fato central dessa história é a morte do personagem Ivan Ilitch, um funcionário público que cresceu na vida, sempre subindo de cargo, tornando-se uma pessoa rica. Porém, apenas no final de sua vida ele se dá conta de tudo aquilo que abriu mão em prol de sua ascensão profissional.

Em ‘Sonata a Kreutzer’, Tolstói apresenta o diálogo entre dois personagens que seguem viagem em um trem. A conversa é sobre como um deles acabou por assassinar a própria esposa, um crime que envolve ciúmes, amor, insegurança e machismo. Por fim, temos a história da vida do padre Sêrgui, um ex-militar que, após descobrir a traição de sua noiva, decide se dedicar à religião; algo nada fácil, já que ele precisará lutar contra seus instintos e desejos, a fim de alcançar uma “vida santa”.

“[…] o próprio fato de uma pessoa bem conhecida ter morrido provocou em todos os que estavam a par disso — aliás, como sempre — uma sensação de alegria: Fulano morreu e a gente está viva. In: A morte de Ivan Ilitch, p. 21

FILOSOFIA E PROFUNDIDADE
Os contos reunidos nesse livro são todos bastantes filosóficos, com algumas características religiosas também, algo do próprio autor. Um acontecimento terrível, como a morte, pode nos fazer repensar a vida. É o que acontece com Ivan Ilitch, que adoece e morre aos poucos, sofrendo a cada dia. Nesse momento de necessidade, ele carece da presença e do amor dos filhos e de sua esposa, pois sua atenção nunca fora voltada à família, mas sim ao emprego, ao sucesso. As pessoas encaram a morte de maneiras diferentes. São os pequenos detalhes que são cultivados diariamente e que uma hora podem fazer falta. Vale ressaltar a sensibilidade de Tolstói para com o fato de que, à beira da morte, ou quando ficamos muito debilitados, nosso estado psicológico é completamente abalado, há uma grande angústia e necessidade de atenção, praticamente um retorno aos primeiros estágios do desenvolvimento humano. É uma leitura que mostra como um psicólogo pode ser importante em um hospital, por exemplo.

Debates sobre os direitos femininos já estavam começando ao redor do mundo na época de Tolstói, fato que compõe um dos pontos principais de ‘Sonata a Kreutzer’, onde um homem não consegue aceitar as mudanças do mundo, alimentando um pensamento extremamente antiquado, alguém que não acredita no amor, mas sim em casamentos arranjados. Seu desejo de ser superior à mulher estraga seu casamento, que é conturbado por brigas e discussões. Qual mulher aguentaria um homem autoritário assim? Porém, o fim desse casamento é trágico, com esse homem cometendo um crime. Ademais, sua visão sobre o sexo é bastante distorcida, o libertino que deseja ser puro (hipocrisia).

Desejos carnais reprimidos é um tema presente em ‘O padre Sêrgui’. A religião — Católica Ortodoxa nesse caso —, é grande repressora dos impulsos sexuais, o que impõe um grande desafio a um homem; não é fácil lutar contra os desejos. Nesse conto há um grande debate religioso, com o personagem Sêrgui tornando-se um eremita, na tentativa de fugir das tentações. Entretanto, por ironia, ele acaba se tornando famoso, um realizador de milagres. Mas será que isso é certo? Recompensador? É possível fugir dos problemas do mundo, ou será mais fácil enfrentá-los?

São três histórias profundas e densas. Uma leitura reflexiva e extremamente recompensadora. Tolstói é um dos maiores autores de todos os tempos.

“[…] Piotr Ivânovitch acalmou-se e passou a averiguar, curioso, os pormenores do falecimento de Ivan Ilitch, como se a morte fosse uma aventura peculiar tão somente a Ivan Ilitch, mas não dissesse respeito a ele próprio.” In: A morte de Ivan Ilitch, p. 28

SOBRE A EDIÇÃO
Edição muito bonita. Capa dura, páginas em papel off-white, boa diagramação e margens. Há um diferencial na capa desse livro: a parte laranja, que representa o Sol, é um recorte, ou seja, a capa é “furada” (a cor alaranjada que vemos é a folha de guarda). Um detalhe incomum, que ficou bem legal.

Tradução direta do russo, mais um trabalho do grande Oleg Almeida para a editora Martin Claret, parceria que vem trazendo clássicos da literatura russa com traduções diretas do original. Gosto do estilo desse tradutor, sempre tentando manter-se fiel, optando por utilizar notas de rodapé (que são várias nessa edição) ao invés de adaptar o texto. Oleg já concedeu uma entrevista ao blog.

“Libertam a mulher nos cursos e nas câmaras, porém a consideram um objeto do prazer.” In: Sonata a Kreutzer, p. 150

CONCLUSÃO
Com tradução diretamente do russo, feita pelo excelente profissional Oleg Almeida, essa edição (que está linda) contém três grandes histórias de um dos maiores nomes da literatura russa: Leon Tolstói. O leitor terá em mãos as novelas ‘A morte de Ivan Ilitch’ e ‘Sonata a Kreutzer’; e o conto ‘O padre Sêrgui’. São obras escritas com grande densidade filosófica, psicológica e, de certo modo, religiosa. É um livro para quem gosta de ler e refletir a respeito daquilo que foi lido, histórias que levantam um debate, porém sem realmente tomar partido. Tolstói não diz que isso está certo e aquilo está errado, não, ele deixa o leitor pensar e criar a própria conclusão. Um autor indispensável, um dos mais importantes do mundo. Edição que vale muito a pena, até mesmo por conter três obras em apenas uma única edição: é unir o útil ao agradável.

“Se há muito ferro e de que metais se compõem o sol e as estrelas, chega-se rápido a saber isso, mas o que condena a nossa infâmia, é difícil, extremamente difícil sabê-lo…” In: Sonata a Kreutzer, p. 155

Minha nota (de 0 a 5): 4,5

Alan Martins

Visite o blog para ler outras resenhas!

site: https://anatomiadapalavra.wordpress.com/2018/07/14/minhas-leituras-77-a-morte-de-ivan-ilitch-e-outras-historias-leon-tolstoi/
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carlistar 13/08/2023

?E quem é ele? O rei da natureza, o homem.?
É verdade que me arrastei pra ler o livro após terminar a primeira história, também que a segunda história não me cativara em nada até enfim estar em seus finalmentes e a terceira, aqui a mais breve, não me despertou o mínimo interesse, contudo, apreciei a experiência que é a leitura da literatura russa e reconheço as qualidades da obra além da minha opinião em particular. Por fim, gostaria de ressaltar aqui a minha fascinação por ?A morte de Ivan Ilitch? e em como Tolstói trabalha na construção de uma atmosfera mórbida e carregada de egoísmo por parte dos personagens - ponto que pode ser notado igualmente nas demais histórias.
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Marcela 26/02/2023

Gjkkkk
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Jacqueline.Carvalho 21/01/2023

Os quatro contos reunidos neste livro são todos originais e apesar de relativamente curtos, são ricos ao aprofundarem-se nos sentimentos e pensamentos dos personagens.

Os enredos envolvem a ideia da morte, um acontecimento terrível, rondando a vida deles e estimulando reflexões necessárias tanto quanto em relação à morte como à vida.

Para quem quiser se iniciar na literatura russa, assim como eu, o livro é realista, simples e direto. Perfeito.
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RaquelC_Torres 27/05/2020

o livro é dividido em três histórias: a morte de ivan ilitch, sonata a kreutzer e o padre sêrgui.
confesso que a morte de ivan ilitch foi a mais cansativa de ler, mas não diminui em nada a importância das suas reflexões.
a sonata de kreutzer, uma das maiores histórias presentes do livro, foi a que mais me agradou e que consegui ficar envolvida, já que traz reflexões sobre sexualidade das mulheres e seus direitos.
em o padre sêrgui, a história me foi meio indiferente mas tem debates relevantes sobre religião.
de modo geral o livro não é muito fluido, tem termos russos que são difíceis de contextualizar, fora os nomes que são complicados de relacionar com os personagens. mesmo assim o livro merece 4 estrelas por todos os debates que traz, e, se é considerado um clássico, tem importância até os dias de hoje.
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Larissa 06/04/2021

Bom
Esse livro vai além do esperado . Sua composição é de três novelas de Leon, mas a verdade é que o livro é uma jornada de crescimento. Cada história tem como personagem principal um homem que se depara com grandes e pequenos dilemas da vida. O primeiro é a morte, o segundo é o casamento e o último é a fé. Considero esse livro algo essência para repensar nossos hábitos e nossas éticas .
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Renata 30/06/2021

Os três contos são uma dura crítica à sociedade da época, aos seus costumes e conveniências.
E dá para ver que Tolstoi desprezava esse falso moralismo tão evidente.
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