A outra filha

A outra filha Annie Ernaux




Resenhas - A outra filha


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Thami 25/03/2024

Mais um texto profundo e honesto da Annie. Gosto muito como ela se debruça sobre uma memória tão rápida e que muda tanto sua perspectiva sobre sua família.
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Isabella2141 11/03/2024

Annie escreve de forma linda e viciante. A percepção da vida tão claramente atravessada pela psicanálise torna tudo mais interessante.
Esse foi o primeiro livro que li dela e terminei querendo muito mais.
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Thais.Barbosa 08/03/2024

Muito lindo! Essa carta ao mesmo tempo que é muito pessoal consegue englobar o sentimento do luto do não conhecido que todos (acredito) uma vez já sentimos. Consegui me ver em alguns parentes que estiveram lá mas para mim não existiram, ao mesmo tempo que foram muito importantes para meus pais.
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S.Paz 13/02/2024

Lutar contra a longa vida dos mortos
Saber por acaso ainda na infância que antes de você houve, para seus pais, uma primeira filha que faleceu antes de você nascer já é suficientemente doloroso. Já é sofrido antecipar catastroficamente aquela etapa da vida de perceber que antes de você os seus pais viveram uma vida em que você não tinha o menor dos significados, porque você não carregava um grão de existência... Já é triste por si. Mas ao descobrir que não só não era a única filha, Annie também ouviu a mãe dizer que a falecida, a primeira, era mais boazinha, era mais santa, era mais serena do que ela.

Essa conversa que não deveria ter sido escutada por Annie, desencadeou uma série de reflexões, culpas e dúvidas que assombraram toda a sua relação com os pais.

Depois de mortos, eles foram enterrados junto à primeira filha. Annie não queria ser enterrada junto a eles. Quando ela morrer, assumirá o que sempre assumiu em vida e não descansará junto aos pais e à irmã, porque Annie é a outra filha. Annie é a filha que custou a morte de outra.
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hhiinana 09/02/2024

O livro se trata de uma carta da autora destinada (talvez nem tanto) à sua irmã mais velha, falecida antes de seu nascimento, ainda criança.
percebemos o quanto Annie Ernaux se sente uma sombra, uma existência à partir da morte de sua irmã e o quanto isso a perseguiu justamente por seus pais nunca falarem sobre isso diretamente com ela, como um segredo muito delicado para ser abertamente falado.
mas há uma um trecho muito marcante até mesmo para os leitores descrito por ela:
[ No fim ela diz, referindo-se a você, "ela era mais boazinha do que aquela ali"
Aquela ali sou eu. ]
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Juliana 09/02/2024

Bom, a escrita da Annie Ernaux é algo né? Sempre lindamente escrito, profundo, honesto, humano. Esse livro me tocou muito por tratar de um tema tão delicado que é esse de familiares que acabam morrendo antes de termos a chance de poder conhecê-los, e falar da família a partir desse acontecimento é algo até bastante corajoso. Mais um livro incrível dela
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Cintia326 09/02/2024

Forte
Livro curto com palavras intensas e uma sinceridade assustadora.
Em formato de carta a autora escreve sobre a sombra de sua irmã já falecida e que ela teve conhecimento aos 10 anos.
Palavras ricas em sentimentos que me deixaram admirada e mexida emocionalmente.
Gosto da autora.
Muito bom livro
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souza309 06/02/2024

11/2024
O tecer, o cutucar e o relevar que a Annie faz com a memória é um trabalho inédito na arte. Nunca vi nada igual. Merece muito mais que um Nobel, talvez um prêmio que ainda não existe. Um Ernaux.

Além disso, me encanta ? e me vejo muito nisso ? a forma como ela enxerga a escrita como a única resposta pra vida. Tudo que acontece, aconteceu pra ela (eu) escrever.
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nico.angelis 04/02/2024

Que livro incrível. a escrita de annie ernaux é totalmente viciante, essa mulher sabe muito...

para quem ainda não está familiarizado, as obras de annie ernaux seguem um padrão autobiográfico. e em A Outra Filha acompanhamos seus relatos a respeito de sua irmã mais velha, a qual a autora nunca chegou a conhecer, pois faleceu durante a epidemia de difteria.

seus pais nunca chegaram a lhe contar diretamente sobre a sua irmã falecida, então, por algum tempo acreditou sempre ter sido a única filha do casal.

os pensamentos que annie despeja nas breves páginas desse livro são tão profundos. e quando a autora faz referência ao outro livro dela, O Lugar, quase caí pra trás.

ai, simplesmente leiam!
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Ellen795 23/01/2024

"Fomos destinadas a sermos únicas"
Leitura completamente pessoal, que chega até a incomodar com tamanha franqueza.

O estilo de escrita não é difícil, mas com tantas voltas ao mesmo ponto torna-se um pouco maçante.

Em geral, é a primeira vez que me deparo com esse tipo de reflexão. Considero um livro bom.

"Não escrevo porque você morreu. Você morreu para que eu escreva, eis aqui uma grande diferença."
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arqueofarias 21/01/2024

Que livro lindo.
Uma grande poesia com todo sentimento de amor, raiva, memórias, afeto, desilusões da autora para com a sua irmã já falecida.
Emocionante!!!! Annie é gloriosa ??
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Thaise 18/01/2024

A única coisa que aconteceu com você foi a morte.
A escritora abre seu coração para nós, para o lugar mais sombrio que habita ali e por isso me vi em conflito com a existência da irmã, do luto dos pais, da incerteza do amor, e então, por trazer a luz essa vergonha e medo, consegui sentir a certeza do amor, da dedicação dos pais e da empatia por uma menina que morreu muito nova.


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mccarvalh0 14/01/2024

2º de janeiro.
Segundo livro da autora que leio. Estou gostando da escrita dela e de como ela conta as histórias de uma forma bem simples, leio e parece que estou sentada com ela num café enquanto ela me conta suas historias de vida. São ótimo livros pra ser ler em um dia ou num final de semana.
Dessa vez, sua história mostrou um lado infantil que todos nós adultos temos, essa parte de lidar com frustrações e decepções parentais da forma mais infantil que há. Em certos momento cheguei a achar a autora meio boba, com seus white problems beeem bobinhos, e outras horas consegui me identificar bastante com parte da história contada.

Ler os livros de Annie Ernaux é como esse trecho que grifei ??tenho a impressão de abrir cortinas que se multiplicam incessantemente num corredor sem fim.? (p. 37)
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Kasimoes 12/01/2024

Psicanálise
Os não ditos da infância, que ficam reverberando na vida de quem não teve na infância. Silêncios descobertos.
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Lysiane.Correa 12/01/2024

Ah, Annie Ernaux...
3/2024
A outra filha, Annie Ernaux
Fósforo, 2011
64 páginas

Em 2022, você ganhava o prêmio Nobel de Literatura. Em 2023, ouvi seu nome pela primeira vez, pelo Instagram da maravilhosa Catharina Mattavelli. Em 2024, então, te encontrei em uma livraria de bairro, lá na cidade de Santos, e decidi te conhecer.

O resultado? Quero ler toda sua obra.

Que escrita primorosa tem essa escritora. Em pouquíssimas páginas me fez sentir muito, chorar muito, entender muito. "A outra filha" é uma carta da Annie endereçada à sua irmã mais velha, que faleceu aos 6 anos na epidemia de difteria na França (cerca de sete meses antes da vacina ser obrigatória).

A questão é que, mesmo sem ela mesma ter uma conexão com a irmã falecida ? uma vez que elas não se conheceram ? Annie consegue criar uma conexão instantânea com nós, leitores. Muitas vezes nessas poucas páginas me peguei lacrimejando e, então, chorando. Recomendo a leitura!

____________

É difícil não fazer um paralelo com "O livro branco" da Han Kang, que também escreve para a irmã mais velha. Ao passo que Kang tece trechos mais subjetivos, Ernaux escreve com muita crueza e profundidade.

Há leitores que se conectam mais com um estilo ou outro, pra mim, "O livro branco" não funcionou (não me conectei e não consegui me importar com os textos). O estilo de narração da Erneux me fez apaixonar pela escritora e quero ler muito mais dela! Então, vale a pena tentar as duas: uma sul-coreana e outra francesa. Culturalmente, só se ganha.
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