A outra filha

A outra filha Annie Ernaux




Resenhas - A outra filha


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mccarvalh0 14/01/2024

2º de janeiro.
Segundo livro da autora que leio. Estou gostando da escrita dela e de como ela conta as histórias de uma forma bem simples, leio e parece que estou sentada com ela num café enquanto ela me conta suas historias de vida. São ótimo livros pra ser ler em um dia ou num final de semana.
Dessa vez, sua história mostrou um lado infantil que todos nós adultos temos, essa parte de lidar com frustrações e decepções parentais da forma mais infantil que há. Em certos momento cheguei a achar a autora meio boba, com seus white problems beeem bobinhos, e outras horas consegui me identificar bastante com parte da história contada.

Ler os livros de Annie Ernaux é como esse trecho que grifei ??tenho a impressão de abrir cortinas que se multiplicam incessantemente num corredor sem fim.? (p. 37)
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Kasimoes 12/01/2024

Psicanálise
Os não ditos da infância, que ficam reverberando na vida de quem não teve na infância. Silêncios descobertos.
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Lysiane.Correa 12/01/2024

Ah, Annie Ernaux...
3/2024
A outra filha, Annie Ernaux
Fósforo, 2011
64 páginas

Em 2022, você ganhava o prêmio Nobel de Literatura. Em 2023, ouvi seu nome pela primeira vez, pelo Instagram da maravilhosa Catharina Mattavelli. Em 2024, então, te encontrei em uma livraria de bairro, lá na cidade de Santos, e decidi te conhecer.

O resultado? Quero ler toda sua obra.

Que escrita primorosa tem essa escritora. Em pouquíssimas páginas me fez sentir muito, chorar muito, entender muito. "A outra filha" é uma carta da Annie endereçada à sua irmã mais velha, que faleceu aos 6 anos na epidemia de difteria na França (cerca de sete meses antes da vacina ser obrigatória).

A questão é que, mesmo sem ela mesma ter uma conexão com a irmã falecida ? uma vez que elas não se conheceram ? Annie consegue criar uma conexão instantânea com nós, leitores. Muitas vezes nessas poucas páginas me peguei lacrimejando e, então, chorando. Recomendo a leitura!

____________

É difícil não fazer um paralelo com "O livro branco" da Han Kang, que também escreve para a irmã mais velha. Ao passo que Kang tece trechos mais subjetivos, Ernaux escreve com muita crueza e profundidade.

Há leitores que se conectam mais com um estilo ou outro, pra mim, "O livro branco" não funcionou (não me conectei e não consegui me importar com os textos). O estilo de narração da Erneux me fez apaixonar pela escritora e quero ler muito mais dela! Então, vale a pena tentar as duas: uma sul-coreana e outra francesa. Culturalmente, só se ganha.
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Vi 04/01/2024

Cada livro que passa a autora consolida mais a minha obsessão. acho que o nível de intimidade e vulnerabilidade sempre me colocam numa posição de identificação gigante, mesmo nunca tendo vivido aquilo.
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Hana14 01/01/2024

?
Adorei o livro, é um relato mto lgl e bem diferente ja que a situação tratada nao seja muito comum. É bem interessante por ser um relato "fora do comum" e é um pouquinho triste
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Lia 31/12/2023

Livro pequeno e forte
No final da primeira década dos anos 2000, Annie Ernaux recebeu um convite para participar da coleção francesa Les Affranchis, que pede a escritores que façam a carta que nunca foi escrita. É este chamado do presente que a ajudará a abordar um trauma da infância e dará à luz este, que talvez seja seu livro em diálogo mais direto com a psicanálise.

Aos dez anos, no verão de 1950, Ernaux escuta uma conversa da mãe com uma cliente e descobre que antes dela, seus pais tiveram outra filha, morta aos seis anos de difteria. A mãe relata à confidente que nunca contaram nada a Annie para não entristecê-la e emenda: ?ela era mais boazinha do que aquela ali?.

É então nesta pseudocarta endereçada à irmã ? à menina boazinha e espécie de santa ? que a autora destrincha suas memórias e os significados que essa ausência sempre presente teve em sua vida, sua identidade e sua relação com os pais. Ernaux escreve frases breves e cortantes para lidar com a sombra de alguém que nunca conheceu e com a dor da comparação implícita. ?Você é a própria impossibilidade do erro e do castigo?, diz à irmã. E vai além, conectando a morte dela com o próprio princípio de sua existência: ?eu vim ao mundo porque você morreu e eu te substituí?.
(jornalnota.com.br)

Livro forte! Como um livro de 65 páginas pode causar tantos sentimentos no leitor? No caso aqui, eu. A forma como a autora escreve sobre os fatos da sua vida, toca fundo meus pensamentos, sentimentos. Preciso parar e respirar.
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Tainá 28/12/2023

De forma crua e realista, fala sobre a otica da vida a partir da descoberta de uma irma morta. Da forma como sua vida se afetou, ou nao. Incrível.
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Larissa 28/12/2023

A outra filha
Acho um dom a habilidade de juntar palavras e fazer com que cada uma tenha sua função e significado. Que livro forte e ao mesmo tempo de fácil leitura.

Sou filha única (e até onde sei) não tive irmãos, porém consigo sentir em grandes partes o que ela diz sobre a outra filha.

Incrível em tudo que se propõe.
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Lurdes 24/12/2023

Quando li Annie Ernaux pela primeira vez (O Lugar) me impressionou a capacidade de contar grandes estórias, sendo absolutamente sucinta.
Esta característica se confirmou em outros livros que li posteriormente.
Agora, neste A outra filha, além desta peculiaridade, me dei conta de outra, que eu já havia percebido mas que não tinha analisado ainda.

Annie Ernaux se expõe como poucas autoras. Suas narrativas, autobiográficas, expõe o que de mais íntimo aconteceu em sua vida, mas o faz sempre com um pé na racionalidade.

Ela analisa seus sentimentos e os dos que a cercam como quem avalia sintomas de uma doença.
Suas conclusões sobre os fatos que compartilha conosco são quase que baseadas em análises científicas.

Acho isto incrível e, talvez, este seja seu segredo para se desnudar tão completamente, sem nunca parecer piegas ou apelativa.

Nos emocionamos com ela porque nos reconhecemos em seus motivos para sentir e fazer o que sente e faz.
Eu, pelo menos, me identifico demais com sua prosa. Sou muito racional mas, do nada, caio em lágrimas, embora meus sentimentos mais íntimos sejam preservados para meus monólogos interiores.
A diferença é que Annie coloca no papel estes monólogos, para nosso deleite.

Quando descobre que existiu uma irmã que morreu com 6 anos, antes dela nascer, ela já tinha 10 anos.
Esta descoberta, absolutamente perturbadora, nunca foi sequer comentada pelos seus pais, como se fosse um segredo inconfessável.
O livro que ela nos apresenta está em formato de carta dirigida a esta irmã, onde ela tenta entender o que aconteceu, como seria se a conhecesse, qual seu papel nesta família que já havia sido dilacerada por uma perda tão profunda.
Seria ela uma substituta, ou uma intrusa?
Teria sido capaz de amá-la? Sente tristeza ou alívio por ela ter morrido?
Se os sentimentos entre irmãs que convivem já rendem uma bela análise psicológica, imagina nesta situação.
Não vou falar mais para não dar spoiler.

Se recomendo?
Óbvio. É maravilhoso.
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Mia 18/12/2023

O livro é uma carta da annie ernaux para a irmã mais velha que faleceu mas que ela nunca tinha se dado conta que ela existiu até escutar a mãe contando numa conversa com outra pessoa

é um livro rápido porém belo
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Duda Garcia 12/12/2023

Merecido
Cada vez sentindo mais o quanto essa autora mereceu o Nobel de literatura pelo conjunto da obra. Parabéns demaisss.

O PLOT TWIST DESSE LIVRO MDS KKKK
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13marcioricardo 04/12/2023

Tragédia familiar
Annie teve uma irmã que morreu antes do seu nascimento. Um tabu entre Annie e seus pais. Este livro é uma carta para a mana mais velha que nunca chegou a ser. Como a maior parte dos livros que tenho lido da autora, é chato com alguns momentos brilhantes.
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itsgabizoca 30/11/2023

A Outra Filha foi meu primeiro contato com a escrita da Annie Ernaux e o suficiente para entender o Nobel de literatura que ela recebeu.

É incrível pensar o quanto nós crescemos sob aquilo que não é dito. O quanto segredos são preenchidos com fantasias e isso nos molda (ou deforma).

Incrível e inesquecível!
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Mari Mirandinha 24/11/2023

Nobel
Dá para entender completamente porque a Annie ganhou um Nobel com a leitura de um único livro. Esse é muito diferente de tudo que li e estou feliz em ter tido essa oportunidade de ampliar meus horizontes literários. Ela inclusive faz uma reflexão (dentre as milhares que tem nessas poucas páginas) que eu fiz com meu psicológico. Um bom livro.
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Aléxia 19/11/2023

A dicotomia de se tornar "a outra"
A carta que nunca foi escrita.

“É claro que esta carta não é destinada a você, e você não vai lê-la. Quem vai recebê-la são os outros, os leitores - tão visíveis quando você no momento em que escrevo. No entanto, existe no fundo de mim um pensamento mágico que gostaria que, de modo inexplicável, analógico, ela chegasse até você assim como, há muito tempo, num domingo de verão (…), me chegou a notícia de sua existência por meio de uma história que também não se destinava a mim”.

Se é difícil pra mim escolher as palavras pra falar sobre esse livro, penso no processo de escrita da Annie Ernaux em acessar de um modo tão visceral e direto - em segunda pessoa - o trauma da irmã que morreu antes dela, e sobre quem seus pais nunca falaram.

Quando me perguntam qual o primeiro livro dela pra ler, eu sempre respondo O Lugar, como uma introdução ao modo de escrita, ou O Acontecimento, como a maior porrada que você vai tomar. Mas talvez A Outra Filha seja a nova resposta, por condensar em 64 páginas um dos mergulhos mais profundos que ela dá em si e no outro. É quase como acompanhar uma sessão de psicanálise.

Nesse sentido, lembro de comentar, quando soube o nome do livro, que era um mashup de Elena Ferrante com Annie Ernaux. Fiquei com isso na cabeça e agora, tendo terminado o livro, vejo que essa analogia vai até mais além. Existir através do outro, existir aos olhos do outro. Um outro que ela nunca conheceu, mas que determinou algumas das principais dicotomias que ela passou a viver, com dez anos, quando descobriu que era “a outra”.
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