Resenhas - O Portador da Espada

AventureiroLiterário 22/11/2023

Uma boa porta de entrada para se ler Cassandra Clare!
Eis que me pego há um bom tempo desejando conhecer a escrita de Cassandra Clare, mas nunca vou iniciar uma série gigante como Shadowhunters em 2023. Então, sai o anúncio de que ela está dando início a uma série de fantasia adulta completamente nova, e a oportunidade não poderia ser mais perfeita.

Comecei a ler O Portador da Espada com grande expectativa, que se manteve basicamente durante todo o livro. Não sabia o que esperar da autora, mas gostei bastante da escrita dela, da criação de personagens e da trama que ela desenvolveu nesse primeiro livro.

O universo desse livro é rico em diversas influências, não apenas de fantasia, mas também de muitos povos e da história do nosso próprio mundo. Gostei bastante do que ela fez com a criação do povo Ashkar e toda a história de sua mitologia, que é bem distinta das demais nações apresentadas. Sua relação com a magia desaparecida do mundo também é muito interessante e, de acordo com o final do livro, deixa aberto que muita coisa ainda vai acontecer.

No que diz respeito aos personagens, tanto principais quanto secundários, foi difícil não me apaixonar por eles. Todos os personagens são extremamente humanos, cheios de conflitos e morais questionáveis. Nenhum deles parece existir apenas para ser o paladino branco ou o mago negro. Mesmo os dois protagonistas às vezes tomam decisões questionáveis, e aqueles personagens que teoricamente seriam antagonistas, por vezes, demonstram humanidade.

A trama, recheada de conspirações políticas, segredos e grupos tentando tomar ou proteger o poder, é muito interessante. Em certos momentos, senti que estava lendo uma versão mais "light" de algo que George Martin e Brandon Sanderson poderiam ter escrito em parceria, o que diz muito sobre a obra para mim.

Apesar de tudo, ainda assim não consegui considerar o livro perfeito, pois ele dá umas pequenas escorregadas no final.
Nos últimos 25% da obra, o tema dos segredos entre os personagens começa a ficar bem exagerado. Parece que todos os personagens secundários do livro, incluindo até os mais ingênuos, têm um segredo obscuro que querem manter, mas fazem questão de insinuar sua existência para os dois protagonistas.

O livro perde um pouco de ritmo, para que nas últimas 50 páginas ele fique muito frenético, com uma dezena de reviravoltas acontecendo e tudo termina muito rápido, dando gancho ao segundo livro. Isso não desmerece a obra, mas me deixou levemente desanimado, pois achei que muitas pontas soltas foram deixadas para a sequência e basicamente nada das subtramas apresentadas aqui teve um desfecho.

Ainda assim, estarei ansioso para ler o próximo e continuar a conhecer esse mundo novo. Se os demais livros mantiverem pelo menos a mesma qualidade que este, não terei problema em acompanhar esse universo por mais 29 livros. rs

FremenJeff 07/01/2024

Tedioso, sem ritmo, sem química, sem amor e sem vida.
O Portador da Espada inicia com uma trama iniciante com moldes do que parecia uma amizade bem nos moldes de Will e Jem ou Ty e Kit. Entretanto, ao decorrer das páginas desse livro, que parecem que tem um sonífero, essa comparação morre por terra e tudo... Repito: Tudo. É extremamente monótono, xoxo, capenga, manca, anêmica, frágil e inconsistente.

Antes que me crucifiquem vivo, vou logo justificando que sou fã da Cassandra Clare e grande parte do seu material escrito, alguns são experiências literárias que considero únicas até os dias atuais. Entretanto, todo autor erra às vezes e esse foi um total e completo exemplo disso.

Se o propósito dessa história fosse matar o leitor de tédio, super daria certo. Se existisse o termo ?Livro para pessoas que não podem sentir química literária? este seria a prescrição médica indicativa. Tudo nesta trama é extremamente sem graça. A autora joga goela abaixo termos e histórias em cima do que os personagens estão vivenciando com tanto afinco (Que chega ser irritante) que tudo que você sente é exaustão e tédio pois você não se importa com o que está sendo apresentado.

Nos dias 01/01 até o dia 04/01eu li dois livros e concluí sem nenhum esforço, o primeiro com cerca de cem páginas e o segundo com duzentas e cinquenta e seis e até resenhei aqui. O Portador da Espada para eu ler três páginas e me manter acordado é obra do próprio anjo Raziel.

Não ache que o ritmo lento é um extremo problema, inclusive ouso dizer que todo segundo livro de trilogias da Cassandra sempre perdem a mão no ritmo em prol de construção de personagem. Exemplos: Principe Mecânico ou até mesmo O Senhor das Sombras. Mas esse aqui, logo no primeiro ter esse ritmo quase morto e ainda com personagens anêmicos? É difícil.

Com um ritmo totalmente difícil e personagens sem vida, o Portador da Espada traz um universo sem graça e totalmente tedioso. Saber que Cassandra parou de escrever os últimos livros de As Crônicas dos Caçadores de Sombras para escrever esse sonífero é cabível de crime.

Amanda Bueno 03/02/2024

Péssimo livro
Olha nem sou de fazer resenhas mas precisei vir falar dessa leitura.

Que decepcionante, eu nunca fui fã da Cassandra e sempre achei uma chatice como os fãs adulam ela demais, então para não ter o famigerado ?xinga porque nunca leu? resolvi dar uma chance nessa nova série dela pois tenho preguiça das outras séries.

Meu senhor que tortura foi ler isso aqui? Gente que livro RUIM, não tem nada que te prende na história, uma escrita preguiçosa, ela não consegue nem ao menos fazer a gente sentir empatia pelos personagens. A mais ou menos era a Lin mas quando ela precisava ser superior e ter pulso firme ela ficava divagando como o príncipe é lindo.

O que falar desse Connor, senhor parecia que estava lendo o Cardan da Holly Black, como esse cara era odioso de ler, tudo para ele era diversão, bebidas e sexo. Eu não sei da onde a Cassandra tirou ideias desse casal de verdade.
Esse príncipe nao tem NADA que torne ele mais humano e interessante, ele só sabe humilhar as mulheres do livro principalmente a Lin, a cena da dança me deixou completamente irritada, só pensava que ele deveria morrer (infelizmente não veio aí)

Kel até interessante, foi usado desde novo pelo reino e no fim dava até pena, viveu o livro todo fazendo as vontades do connor, parecia que ele nem tinha voz pra nada, ele como portador de espada tinha função de proteger o príncipe e no fim nem a vida dele ele conseguia, fora ele passou 560 (sei lá quantas são) correndo atrás da Antonetta que só sabia suspirar pelo Connor o livro todo, um coitado esse.

No fim a Cassandra não consegue desenvolver o livro decentemente, não consegue prender o leitor, não tem nada que faça a gente querer ansiar pelo próximo livro, no final só queria que tivesse 100 páginas.

Steh 31/03/2024

O que foi isso?
Durante toda leitura, tive que ficar me lembrando quem era a autora (e só isso que me fez ler até o final), pq não parece em nada com a escrita da Cassie Clare.
Eu sou amo o universo dos Shadowhunters, mas não sei o que a autora tentou fazer nessa nova série.

Até gostei do Kel e da da Lin, mas eles não tem personalidade. E Conor então? Que príncipe é esse?
A leitura foi arrastada, sem emoção, os personagens não conseguiram me transmitir nenhum sentimento.
Na sinopse fala de um amor proibido, mas sinceramente, não sei qual é o amor proibido aqui, pq se alguém se apaixonou, não demonstrou isso nem mesmo para o leitor.

A sensação ao terminar o livro foi de alívio. Alívio por concluir algo "chato". E isso me deixou muito frustrada, pois nunca pensei que diria isso de um livro da Cassandra Clare.
O universo do livro até que tem futuro, mas o enredo e os personagens não tiveram desenvolvimento.

Amanda Gaspari 23/12/2023

Maravilhoso!!!!!!!
Amei este livro, uma história de muita intriga política, segredos.
Amei Kell, a Lin, a Marian e o Conor. Estou suspeitando de todo mundo ainda, e sei que muitas coisas estão por vir. A Lin ainda vai surpreender e o Kell vai fazer grandes coisas...
Amei o romance do Conor com a Lin, e estou torcendo muito pelo Kell com a Antoneta.
Não vejo a hora da continuação...

Tati Freitas 29/12/2023

Cassandra, fica difícil te ajudar
A premissa do livro e minha obsessão pelos Caçadores de Sombras me levou a comprar esse livro físico, infelizmente preciso dizer que me arrependo um pouco. Não sei o que aconteceu com a autora, mas esse livro foi chato, não sei como isso é possível, porque quando eu penso na história, parece uma premissa legal, não sei se ela colocou o foco no lugar errado, mas o livro e a sinopse dele são tão desencontradas que não parecem corresponder à mesma história. Começando com o casal, que eu comecei o livro achando que seria um (por causa da sinopse), mas até muito tempo do livro parecia que seria outro diferente, e mais pro final eu já não sabia mais quem era pra ser o casal desse amor proibido que a sinopse fala. Sem contar que não tem química entre nenhum casal, nenhum mesmo. Pra não dizer que odiei tudo e minhas 3 estrelas não fazem sentido, achei o mundo construído aqui, o sistema de magia, suas limitações, a política e a mitologia muito interessantes e bem construídos, eu só queria estar acompanhando outros personagens e outros acontecimentos dentro desse mundo.

Marjorie.Baldovinotti 04/01/2024

Decepção
Essa leitura foi uma decepção pra mim. Adoro os livros da Cassandra e pela sinopse esperava amar essa história. Mas foi uma leitura arrastada e enfadonha. Esse livro não precisava de mais de 500 páginas. Quantas descrisções chatas e desnecessárias.
Não acontece nada o livro inteiro. Você fica esperando ter uma reviravolta, algum acontecimento importante, e nada. Em 85% do livro que vai ter algo e nada demais também. Final bem sem graça.
Gostei de alguns personagens, mas não tem desenvolvimento na relação ntre eles. Tudo mto superficial. 50% do livro é divagaçãp e enrolação.
Sem falar na falta de romance.
O príncipe foi o personagem mais decepcionante. Um inútil que só quer saber de beber e se lamentar. Não cresce e nem se desenvolve na história. O príncipe e seus amigos de farra são uma cópia patética do Cardan e seu grupo em o príncipe cruel.
Enfim, foi uma leitura arrastada, monótona e decepcionante.

Vit 27/01/2024

Kel não esperava ser levado do orfanato para o palácio, onde, aos dez anos, recebeu uma oferta de trabalho única: se tornar o Portador da Espada de Conor, o Príncipe Herdeiro. Ele cresceu em meio ao luxo, sendo treinado tanto para o combate de espadas quanto para as artimanhas políticas da corte. Ser o Portador da Espada significava além de proteger o príncipe, ser seu dublê de corpo quando necessário.
Cheguei até uns 32% do livro achando a história BEM parecida com Tons de Magia (talvez até idêntica), mas tudo começa a mudar depois que Lin aparece.
Como médica, Lin Caster faz parte da comunidade Ashkar, um pequeno grupo que possui habilidades e conhecimentos mágicos mesmo depois da Ruptura, acontecimento que extirpou toda a magia do mundo. Apesar das restrições impostas ao seu povo, Lin ultrapassa as barreiras para cuidar dos doentes do reino.
Fato que a leva a conhecer o príncipe e o Portador da Espada após uma tentativa frustrada de assassinar o herdeiro. Kel e Lin se aproximam e se veem diante da trama ardilosa do misterioso Rei dos Ladrões, o criminoso que comanda o submundo de Castellane e oferece aquilo que mais desejam.
Quando o motivo da tentativa de assassinato é sanada e segredos há muito tempo guardados começam a vir à tona, Kel e Lin precisam decidir se vale a pena pagar o preço da traição para obter conhecimento mágico.
Sinceramente, Conor me traz sentimentos dúbios, ele foi escrito com muito esmero, como um irmão pelo próprio Kel, e no decorrer da trama ele se mostra outra pessoa completamente diferente. Cassandra tem um histórico de 22 livros e ela se saiu muito bem nesse novo universo, mas me leva a pensar se não estou sendo enganada ou colocada em uma posição de não enxergar o que o vilão está fazendo. Entretanto isso vai ficar para outros livros, pois no momento sou do time que odeia o Conor.
obs.: ficou claro que eu tô torcendo pro Kel e pra Lin ficarem juntos, né?

Borboletanandal 18/01/2024

Uma fantasia única e exclusivamente de tirar o fôlego.
Pois bem encerrei um livro incrível, mas porem com cheio de duvidas em meu coração, Kel e Lin são personagens realmente o oposto que imaginei (eu faço sempre uma pesquisa antes de tudo, mas dessa vez Cassandra Clare fez um universo único e totalmente diferente).
Kel se tornou um sósia do príncipe herdeiro Conor, no qual formou uma amizade, na minha opinião parece uma relação de irmãos, pela forma que foram criado juntos, Conor mostrou para mim que não era um babaca completo, ele se importa muito com o Kel e isso me fez apaixonar pelo Conor de vez.
Lin é uma médica mulher passando por represarias por uma cultura diferente, isso é um absurdo o talento médico dela não se reconhecido, deixando outros médios no universo do Casttellane no chinelo, realmente me apeguei aos personagens.
Eu penso assim, novo universo tenho que separar do mundo das sombras, devo concluir que mesmo o lenga, lenga do livro YA, as melhores cenas não pude esquecer, a pior foi o rei ordenar chicotear o próprio filho, eu coloque o rei no meu Death Note por causa disso.
Pois também ocorreu tragedias no romance que me fez em chore, também desejar que o final não parar como tivesse parado no meio do livro, apesar de que muitas tramas, guerras e um pouco de romance rolou durante o livro da Clare.
Foi um livro realmente incrível de ler, realmente me fez gostar mesmo de ler os livros da Cassandra Clare, espero de coração ver mais essa trama de novo, isso teve uma mistura de Game of Thrones com mistura de romance afinal.

Ka 15/12/2023

Não valeu o tempo que passei lendo, nem os 80 reais que paguei na pré-venda.
São quase 600 páginas de nada, nada de interessante, nada envolvente, nada eletrizante.. não quis desistir da leitura com muita esperança de que algo bom pudesse surgir, mas acho bem difícil ter interesse de ler uma continuação.
O livro é na melhor das hipóteses fraco até mesmo para primeiro livro (que geralmente são mais parados).
Os personagens não são envolventes, nem mesmo final foi interessante.

BiaTh 26/03/2024

To bem continued
Tudo que aconteceu na maior parte do livro foi inesperado, e bem envolvente.
Deixou muita coisa em aberto, principalmente o final para o próximo livro.
Estou extremamente curiosa com a continuação!

thegralejuiceblues 14/01/2024

Sim e não
Diferente do universo da sombras, Cassandra Clare foi longe nesse aqui. Os caçadores de sombras estão inserido no mundo mundano, apesar de os humanos não saberem. Lá eles vivem na nossa realidade, na nossa cultura, e aqui a Cassie realmente criou um universo com suas próprias culturas, línguas, povos e etc, o que eu achei muito bacana. Mas como nem tudo são flores, é nítido como muitas coisas são parecidas com o universo das sombras. Eu poderia citar vários exemplos, mas não vou ser chata a ponto de ficar comparando, mas tem bastante. Vou dar 3 exemplos: 1- O rei Markus ser biruta tal qual Andrew Blackthorn; 2- Mercado Quebrado/Mercado das Sombras; 3- A relação da Lin com a Mariam que parece muito o Will e Jem doente, com "dias bons e dias ruins", falo mesmo. Mas realmente comentando a história, não é nada muito inovador, pra falar a verdade. O final deixou um caos pra ser "resolvido" no próximo livro o que, como já conhecemos Canssandra Clare, provavelmente não será resolvido, apenas adiado e etc etc etc etc para acabar mesmo no último livro, tal qual As Últimas Horas, Artifícios das Trevas e todos os outros. Vi gente reclamando dos personagens e concordo em alguns pontos nesse quesito, mas Kel é o meu protegido. O Conor é um chato, a Lin é uma chata, e os personagens que realmente são interessantes como o Rei dos Ladrões, Merren e Ji-An não aparecem quase nada. O livro não tem muito ação mas eu gostei desse lance mais diplomático, onde os problemas meio que são resolvidos por baixo dos panos. Acho que essa coleção tem de tudo pra ser muito boa, mas que a Cassandra não fique enchendo linguiça como sempre faz (e nem forme mais um triângulo amoroso, pelo amor de deus!). Ansiosa pro próximo.

Janaína Faria 19/03/2024

É bom, mas não é isso tudo
Todo livro introdutório de um universo é um pouco confuso no início: novas terminologias, locais geográficos dos mais diversos e vários personagens que moldam toda a história.

Eu amo a escrita da Cassie e isso não é segredo pra ninguém. A diferença da escrita dela de Cidade dos Ossos para O Portador da Espada é absurda. Porém, já os deixo avisados que esse livro tem um quê muito específico de George RR Martin ou Tolkien: É DESCRIÇÃO DEMAIS. Eu, particularmente, adoro descrições, mas quando em excesso, acaba pesando a história. Sinto que isso aconteceu até a metade do livro: muita descrição que acabou deixando o livro menos fluido e interessante.

Porém, assim como Cassie AMA também fazer, os capítulos finais foram devorados por mim. Muita bagunça, emoção, luta, mistério e sangue prenderam os meus olhos, e o final ficou aberto pra recebermos o segundo livro da trilogia, mas também ficou aberto DEMAIS, em minha opinião.

Mas enfim, gostei muito da construção dos personagens, desse mistério de ainda não saber se entre os principais exista alguém que não seja tão mocinho assim, mas é um livro que, ao meu ver, peca nos pontos citados acima.

Ainda assim, 4 estrelas pela Cassie por escrever muitíssimo bem e bom criar um novo universo de fantasia bem bacana. Espero que ela não acabe com ele do mesmo jeito que fez com The Last Hours 🤡

tina 08/12/2023

O portador da espada
Eu tenho muitas opiniões sobre esse livro, sou apaixonada pelo mundo da cassandra, eu gosto da forma que ela escreve e gosto da forma que ela desenvolve bem os personagens dela em sagas de livros, mas vamos lá?
eu tô MUITO decepcionada com esse livro, acho que eu entrei nele com uma expectativa muito grande que eu fosse amar por ser de uma autora que eu gosto da escrita e que sempre fluiu muito pra mim, mas simplesmente esse livro não conseguiu me prender em nenhum momento da história, em nenhum momento senti vontade de continuar lendo e lendo sem parar, em nenhum momento fiquei ansiosa pelo que ia acontecer em seguida e só se tornou uma coisa que eu fiquei empurrando pra terminar logo porque queria só ler outros livros no momento. falta o que promete, falta muito, a história é totalmente arrastada e se desenvolve de um jeito muito (???), não sei se foi só comigo mas a maioria das coisas na minha cabeça não estava fazendo sentido nenhum e eu ficava perdida na história muita das vezes.
agora o polêmico, como ela conseguiu fazer personagens totalmente sem personalidade nenhuma? tipo?? o conor e a lin eu ainda quero colocar muita fé nesse enemies to lovers mas sem isso, sinceramente? não tem nada neles, nada que te dê vontade de se apegar a algum personagem e você fica meio que parado com todos eles, tem tanta gente chata no livro que meu deus do céu.
a única coisa que quero em apegar agora é o romance em si do conor e da lin, quero que eles tenham potencial mas a lin é tão sem sal, eu fiquei impressionada com o final por ela tomar aquela atitude porque eu achei que nunca ia chegar de tão genérica e sem graça que ela é, então assim? esperei muito e não ganhei quase nada e quem me conhece sabe que sou VICIADA NA CASSANDRA, sou muito fã dela e é minha autora favorita de verdade mas meu deus? simplesmente devastada!

Saulo.Fragoso 04/12/2023

Os planos do orfão Kellian para o futuro sempre foram simples: se tornar um marinheiro, ou, quem sabe, se nada mais desse certo, ser um larápio das ruas de Castellane. A única coisa que Kel não esperava era ser levado do orfanato para o palácio, onde, aos dez anos, recebeu uma oferta de trabalho única: se tornar o Portador da Espada de Conor Aurelian, o Príncipe Herdeiro. Criado com o príncipe, Kel cresceu em meio ao luxo e à pompa, sendo treinado tanto para o combate de espadas quanto para as artimanhas políticas da corte. O preço de ser o dublê de corpo de Conor é ficar para sempre vinculado à alguém que ama como a um irmão ? mas sem nunca ter a própria individualidade.
A médica Lin Caster faz parte da comunidade Ashkar, um pequeno grupo que possui habilidades e conhecimentos mágicos mesmo depois da Ruptura, acontecimento que extirpou toda a magia do mundo. Apesar das restrições impostas ao seu povo, Lin ultrapassa as barreiras para cuidar dos doentes do reino.
Quando uma tentativa de assassinar o príncipe é frustrada pelo Portador da Espada, Kel e Lin se aproximam e se veem diante da trama ardilosa do misterioso Rei dos Ladrões, o criminoso que comanda o submundo de Castellane e oferece aos dois aquilo o que mais desejam. No entanto, nesse mundo de sombras e intrigas, eles descobrem uma conspiração que vai das sarjetas até o mais alto escalão da nobreza decadente.
Cassandra Clare introduz uma narrativa que se distancia completamente do que os leitores já conheciam em seus livros anteriores e faz sua estreia no mundo dos livros adultos. Ela, que é conhecida mundialmente pelo fenômeno que se tornou com suas histórias de fantasia urbana para jovens, tomou um novo rumo adentrando um mundo medieval, com magia proibida, crises políticas e raciais ? com a sempre presente ameaça de assassinos que escalam as paredes nos cantos mais afastados do Reino de Castellane. Este é seu primeiro livro solo que desvia completamente do consagrado e amplamente conhecido universo dos Caçadores de Sombras e, para aqueles que ainda não apreciam seus livros, esta é uma excelente oportunidade para reconsiderar.
O Portador da Espada é um incrível começo de série. Trazendo todas as informações necessárias para entender o universo de agora e as promessas para suas sequências. Era de se esperar que, ao manter um universo por 22 livros, o desenvolvimento de um novo tivesse alguns tropeços, mas isso definitivamente não aconteceu. Aqui ela se encontrou aparentemente mais livre que em Idris para remodelar as coisas fora das regras que ela mesma estabeleceu em outros livros. Neste, Cassandra abusa um pouco mais do que de costume de sua herança religiosa e traz grandes referências ao continente de Dannemore (onde se passa a história). Desde palavras em hebraico, nomes, costumes e referências históricas do nosso mundo até mesmo uma nítida inspiração para a sociedade dos Ashkar ? que vive situações de segregação e preconceito como nação sem-terra.
Com menos POVs que seus outros livros, aqui vemos a história se desenrolar pelos pontos de vista de Kel, um jovem órfão que é levado para assumir a posição de guarda-costas secreto do príncipe; e Lin, uma garota Ashkar, parte de uma comunidade marginalizada pelo uso limitado de magia, que tem seus objetivos colocados à prova por dogmas religiosos e o preconceito da população de Castellane. Por causa do acontecimento que a sinopse destaca, os dois se conhecem e passam a deter uma grande importância para o futuro do reino e para sua manutenção.
A criação e consolidação do universo nessa nova série são muito satisfatórias e completamente imersivas, desde os primeiros detalhes apresentados. Kel e Lin, os personagens principais, são cativantes desde o primeiro momento, e com personalidades bem definidas que não deixam o leitor à deriva, além de entreterem o leitor ao longo da história. Suas interações são deliciosamente escritas, e em alguns pontos até surpreendentes, quase que para que você esqueça do Mundo das Sombras.
Para os leitores que cresceram acompanhando seus livros, Cassandra Clare aproveita uma nova percepção de seu público e aborda temas que antes eram raros em sua escrita com uma abordagem mais aprofundada. Sexo, álcool e crimes ganham uma presença maior na vida dos tantos personagens, que habitam um mundo ?medieval? e, por isso, são confrontados com experiências radicalmente diferentes daquelas vividas pelas crianças, adolescentes e até adultos que conhecemos em seus livros anteriores. Junto a isso, temos enredos políticos, traições e mentiras que se somam a reviravoltas que vão deixar os leitores sedentos pelos desdobramentos do livro.
Como de costume, Cassandra se dedica e entrega muita vida aos personagens secundários. Seus leitores mais antigos sabem como nem sempre os ?principais? são de fato os favoritos, e esse efeito se estende a O Portador da Espada. Temos dúzias de personagens novos apresentados logo nos primeiros capítulos e o que parece a princípio uma avalanche de nomes, não tardando a se tornar habitual durante a leitura. É com muita maestria, criatividade e capricho que Cassandra Clare faz esse deu debut, não só em um universo diferente, mas também para um público diferente.