Bia09 07/02/2010Já faz algum tempo que eu ando travando uma relação de distância com tia Agatha Christie. Ela é sem dúvida uma das minhas escritoras favoritas, adoro Hercule Poirot, amo Miss Marple, mas todos os livros dela que eu começava a ler, acabava sempre deixando pela metade, entediada com o desenrolar dos mesmos.
Decidi então tentar mais uma vez e escolhi Cartas na mesa, cuja edição é exatamente essa da foto e eu não tinha nem a sinopse na contracapa do livro para me dar uma direção do que iria acontecer. Melhor assim, pensei eu, e iniciei a leitura.
Não é exatamente daquelas melhores histórias da Rainha do Crime, que você mal consegue largar como O caso dos dez Negrinhos, Treze à mesa ou Um crime adormecido, mas flui tranquilamente e em nenhum momento você tem noção de quem é o assassino.
O enredo constitui em uma festa na casa de um homem excêntrico onde os seus oito convidados começam duas partidas de bridge - quatro em cada mesa. Uma dessas mesas é formada por pessoas normais, sendo que todas têm um segredo e um crime na consciência e na outra, quatro detetives, um deles o nosso amado Poirot e outro, Ariadne Oliver, também nossa antiga amiga. Em um certo momento da noite, descobre-se que o anfitrião foi assassinado. E então? Qual dos outros quatro participantes da festa é o culpado?
Todos parecem extremamente suspeitos e ao mesmo tempo inocentes. Até o minuto final do livro ainda não se tem certeza de quem é realmente o assassino e mais uma vez a massa cinzenta brilhante do nosso belguinha favorito chega a uma conclusão totalmente inesperada!
Então voltei às boas com a velhinha Christie e fiquei muito feliz com isso, afinal, não há cabecinha mais fértil nesse mundo para um bom crime.
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