-Rafaela 07/11/2023
Nossas Primeiras Últimas Vezes
Estou viciada na escrita da Bruna, porque o romance é tão levinho e rápido de ler que nem senti as páginas. Apesar de ser uma comédia romântica, onde o mocinho se apaixona pela filha do melhor amigo - 15 anos mais nova que ele - senti que a estória focou mais no drama pela diferença de idade de ambos.
Embora eu tenha gostado, achei o começo um pouco arrastado, demorou para as coisas ficarem de fato, interessantes. Mas, quando ficou, não consegui parar de ler até chegar na última página.
No começo me irritei um pouco com as atitudes da Maria Luiza. Enxergava ela justamente pela forma como os outros diziam que ela era: uma mimada. Uma mulher adulta que simplesmente chorava por tudo, não conseguia enfrentar nada sem derramar lágrimas ou se esconder, me cansou. Além de seus pais ainda a enxergarem como uma adolescente que a todo momento precisava ser protegida. A mudança de comportamento constante, uma hora enfrentava tudo e outra fugia e chorava, não me agradou tanto assim. No entanto, conforme a leitura foi avançando, vemos uma Malu amadurecendo e se descobrindo.
Já Augusto, gostei desde o prólogo. Seu ceticismo para relacionamentos que não duravam - mais que quatro meses - e seu senso de humor foram divertidos. O Augusto foi uma pessoa que a vida toda foi mal compreendida pelo jeito que escolheu viver. Afinal, ninguém é obrigado a estar em um relacionamento, e quando ele se vê diante de estar se apaixonando, é que entende o que todos sempre disseram para ele como seria amar. Ele lutando pela Malu para estar em um relacionamento com ela mesmo sabendo das consequências e julgamento dos outros por causa da diferença de idade, foi muito fofo.
Augusto ouvindo "The 1" da Taylor Swift, foi meu surto!! Essa música combina muito de fato com eles, principalmente essa parte:
"And if my wishes came true. It would've been you. In my defense, I have none. For never leaving well enough alone. But it would've been fun. If you would've been the one"
Na verdade, o Augusto era o único que enxergava a Maria Luiza como uma adulta, responsável por sua vida e escolhas, porque os pais delas - me irritaram - a tratando como se fosse uma adolescente, tendo que pedir permissão e a colocando de castigo. Demorou para a Malu decidir enfrentá-los perante sua decisão em assumir seu relacionamento.
Não é todo age gap que eu costumo ler e gostar, porém, este daqui, gostei desde o começo. Mesmo que eu tenha achado a atração inicial do casal um quanto repentina, já que fazia anos que o Augusto simplesmente ignorava existência da Maria Luiza. Fora isso, adorei ver ambos descobrindo novas primeiras vezes, mesmo que em perspectivas diferentes, foi muito bom. Sou totalmente rendida por livros de romance, que não há brigas que separam o casal, onde eles ficam juntos e se resolvem conversando.
E, mais uma vez, essa frase de The 1 foi feita para eles:
"We never painted by the numbers, baby. But we were making it count"
Só achei que ficou faltando o pedido de casamento, eu como romântica quanto mais cenas, melhor.
"? Todos os seus primeiros são meus. Esse é o nosso combinado.
? E todos os seus últimos são meus."