Nathy 05/12/2022
O Homem de Giz
Esse livro foi uma experiência? diferente.
Desde o início, fiquei intrigada com a premissa e permaneci intrigada durante o livro, o que me deixou satisfeita!
Achei que os elementos grotescos envolvendo as aparições do Homem de Giz, foram bem introduzidos, ainda que fossem complementares ao evento principal não solucionado que permeia a narrativa por completo.
A última reviravolta da história, ainda que curiosa, foi solidificada na minha mente durante o desenrolar dos fatos, pelos indícios que a autora deixou bem claro no decorrer da estória. Ainda não sei se isso foi intencional ou não, mas trouxe um gostinho de repulsa que fechou o ciclo da narrativa, que se iniciara com o prólogo.
Essa é a obra de estreia da autora, não sei como são os outros livros, mas, novamente, achei o desenvolvimento mais interessante do que o final, ainda que nesse caso, este tenha sido satisfatório, por não perder de vista os mesmos elementos repugnantes que já introduzem o livro.
Se revezando entre presente e passado, a troca de perspectivas do narrador foi usada a favor da história, ainda que tenha achado alguns capítulos um pouco longos.
O livro retrata a vida adulta sem glamour, com muitas frustrações e poucas mudanças na rotina, o que traz um ar de realidade, mas também desacelera o ritmo da história.
Ao mesmo tempo, retrata a infância com as perguntas, as questões escondidas, as intrigas e momentos entre amigos, assim como alguns dos traumas que os perseguem anos depois.
Terminei a história com um ar de fechamento relativamente satisfatório, mas com o sentimento de que gostaria de ter visto mais. É um suspense que te mantém ligado e pensando em mil e uma possibilidades?
Uma mistura dos horrores dos quais o ser humano é capaz, misturada com desenhos de giz.