O Retrato

O Retrato Erico Verissimo




Resenhas - O Tempo e o Vento: O Retrato - Vol. 1


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Erika 16/07/2013

Ótimo
Comecei a leitura da segunda parte da trilogia O Tempo e o Vento com uma tristeza no coração. Me envolvi demais com a Ana Terra, Capitão Rodrigo, Bibiana, personagens que tiveram suas histórias já desenroladas na primeira parte, O Continente. Mas nesse livro me aparece Rodrigo Terra Cambará, bisneto do Capitão Rodrigo. E tudo muda de figura. Além das descrições históricas dos acontecimentos político-econômicos do Rio Grande do Sul, mais uma geração da família Terra Cambará é retratada na saga. O “herói” Rodrigo, assim como seus antecedentes, é encantador. Bonito, inteligente, educadíssimo, financeiramente bem sucedido. Quer mudar o mundo, ajuda os pobres e os amigos, é amoroso com a família. Mas, como qualquer ser humano, também tem seus defeitos. Extremamente vaidoso, adora ser admirado por todos, têm pavio curto (legítimo Cambará!), teve inúmeras amantes, apesar de aparentemente amar sua esposa (tô falando, sangue Cambará! Aliás, ser adultério era perfeitamente normal na época...). Ao redor dele, muitos personagens, todos com suas histórias interessantíssimas. O livro tem o poder de manter o leitor preso, assim como os anteriores, além de ser uma breve aula de história.
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Gabriel Brandenburg 29/05/2021

Um refúgio.
Parece que eu já estive em Santa Fé, tão detalista a obra é. Principalmente, o contexto histórico-politico.
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Marcelo.Oliveira 01/08/2021

O retrato trata da segunda parte da série literária "O Tempo e o Vento", de Érico Veríssimo, escrito na década de 1950, passando-se, nessa narrativa, no Rio Grande do Sul.
Essa segunda parte da história, procede os encontros e desencontros das famílias Cambará e Terra, fazendo alusões ao primeiro livro da saga, onde neste, o protagonista é Rodrigo Cambará, neto do heróico capitão Rodrigo e líder populista.
A narrativa gira ao redor de Rodrigo e o "retrato", físico, e psicológico, a imagem que os diferentes personagens inseridos na obra, tem dele e dos fatores que o cercam, sua família e sua representatividade, em uma era pós Vargas. Fazendo assim, uma análise que vai além do protagonista Rodrigo, se expandindo a todos que o observam e participam da obra, "retratando" a todos.
É impressionante observar como as obras do Érico Veríssimo continuam sendo contemporâneas, de sua forma, e impactando o leitor, ao ponto de causar uma reflexão sobre os moldes da atualidade. Não à toa é considerada por muitos, a melhor saga da literatura brasileira.
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priscyla.bellini2023 03/06/2024

Erico Verissimo te faz odiar homens.
Não acho que seja spoiler, mas leia por sua conta e risco.

Sou muito fã de O Continente e já estava enrolando demais para continuar a saga O Tempo e o Vento e finalmente li a Primeira Parte de O Retrato. Como sempre Erico Verissimo traz um pano de fundo histórico, dessa vez ambientado na briga entre Ruy Barbosa e Marechal Hermes da Fonseca, civil vs militar. A escrita sendo um primor e a ambientação também me fazem continuar amando o autor, mas é preciso dizer que os personagens perderam muito do carisma de O Continente, os personagens do primeiro são bem mais cativantes e você briga para decidir seu preferido (apesar de Ana Terra wins). Aqui o autor decidiu pegar o ranço (odeio essa palavra, mas vou ter que usar) que eu sentia pelo Capitão Rodrigo Cambará e ampliar no Dr. Rodrigo Cambará. 99% dos personagens masculinos do autor são homens que declamam amar suas mulheres e serem pais de família, enquanto traem elas com o mundo todo e as querem encontrar felizes e sorridentes quando chegam em casa. Eu simplesmente odeio esses personagens, provavelmente porque eles são literalmente um RETRATO do homem médio brasileiro e do tipo de casamento que eu cresci vendo na minha família, situação essa que me faz ser esse poço de insegurança que sou hoje em relação a casamento. Se a missão do Erico era essa, ele conseguiu com sucesso, de quebra te faz desacreditar em todo o sexo masculino. Eu simplesmente perdi a paciência de ter que ficar lendo sobre as peripécias sexuais traidoras dos Cambarás, que ganharam tanta forma nesse volume que o resto se perdeu um pouco. Levando em conta a mentalidade revolucionária do autor, me parece ainda mais entendível a maneira que ele escolhe apresentar as coisas. No mais, eu não acho que todo homem não presta, mas acho que continua sendo difícil achar os invictos.
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Nina Pina 28/06/2023

Um retrato quase vivo.
No livro O retrato, fala da volta de Rodrigo Cambará, para sua cidade natal, Rodrigo estudou fora, e ao retornar traz com ele muita energia e entusiasmo. Com ótimas ideias para deixar a cidade de Santa Fé um lugar mais aconchegante e próspero, agora ele é o Dr Rodrigo Cambará.
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Natalie Lagedo 27/04/2016

Gerações passam e a figueira permanece na praça da Matriz. Ela representa a tradição dos costumes, que se sustenta apesar do desenvolvimento de Santa Fé, que no início do século XX já contava com trem, telefones e outras tecnologias. Assim como o vento, a árvore está presente nos momentos mais importantes da cidade.

No primeiro volume de O Retrato a personagem principal é Rodrigo Cambará, filho de Licurgo, protagonista do último tomo de O Continente, e bisneto de Bibiana Terra Cambará e do Capitão Rodrigo, seu homônimo.

O porte realista e prático das mulheres da família é marca registrada nessa saga. Neste livro, fica a cargo de Maria Valéria representar tal característica do clã. Aos poucos a belicosidade desenfreada dos homens, que era utilizada como demonstração primeira de serem "macho sem por cento", é substituída pelo engajamento político apaixonado e intelectual.

A história começa quando Rodrigo já é o senhor do Sobrado, casado com Flora Quadros e pai de família. Nesse contexto se mostra admirador do Estado Novo e funcionário de Getúlio Vargas. No entanto, seu filho Eduardo é simpático pela figura de Prestes e comunista convicto. Ainda que possuindo ideais marxistas, tem receios de índole burguesa (como o advento da reforma agrária) que o envergonham frente à causa revolucionária.

Depois de introduzir essa passagem há uma volta no tempo para o período em que Rodrigo regressou de Porto Alegre à Santa Fé recém-formado em Medicina e ganancioso por mudar o mundo. Funda o periódico oposicionista intitulado A Farpa, no qual defende abertamente a República Civilista com a eleição de Rui Barbosa como Presidente do Brasil em prejuízo de Hermes da Fonseca.

A partir desse ponto o desenrolar da trama navega ora por mares de sangue, ora mostrando as ideologias em voga na época. Rodrigo é um republicano civilista, enquanto os Trindade apoiam a república militarista; o Coronel Jairo é um positivista que idolatra Comte e acredita que a Sociologia é o antídoto para todos os venenos da humanidade; Pepe García é um revolucionário anarquista leitor voraz de Bakunin que discorda radicalmente dos princípios "burgueses e cristãos" que moldam os atos do protagonista mas o ajuda somente pelo prazer de ir contra o governo; já o Tenente Rubim é um niilista nietzschiano, para quem tudo vale se for em favor do Übermensch.

Diante de tudo o que li, O Retrato pode ser resumido no sentimento de desilusão pelo qual passou o país quando sua república ainda dava os seus primeiros passos.
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Luis 25/10/2015

Rio Grande, Rio Imenso.
Érico Veríssimo é subestimado. Nunca entendi muito bem o motivo. Qualquer estudante secundário, dos muitos que hoje estão envolvidos no ENEM, tem no mínimo uma noção das obras de José de Alencar, Machado e Jorge Amado, autores praticamente obrigatórios no currículo das escolas, mas, o que dizer do velho escriba gaúcho ? Sem favor nenhum, tão importante quanto os demais citados, porém bem menos incensado.
O primeiro tomo de “O Retrato” (Companhia das Letras,2004) inaugura a segunda parte da maior saga da literatura brasileira : A trilogia “O Tempo e o Vento”, composta ainda por “O Continente “ (primeira parte, em dois volumes) e “O Arquipélago” (capítulo final, publicado em três livros).
A história aqui é retomada a partir de trajetória do personagem Rodrigo Terra Cambará, filho de Licurgo e bisneto do famoso Capitão Rodrigo, um dos protagonistas de “O Continente”, que, inclusive, propiciou a publicação de um volume em separado com o longo trecho extraído da obra original, “Um Certo Capitão Rodrigo”. De um modo geral, sempre que se remete à obra, as atenções recaem quase que exclusivamente sobre a parte inicial, sendo que mesmos as adaptações cinematográficas ou televisivas privilegiam esse aspecto, outro fator que pode ter levado ao efeito colateral de ter eclipsado as narrativas posteriores da trilogia. Uma pena.
A ação, que na primeira parte é centrada nas lutas gaúchas do século XIX, agora avança até 1910 (após uma breve introdução até 1945, descortinando um flash sobre o futuro da trama, melhor explorado nos volumes seguintes) flagrando a divisão política da pequena Santa Fé, fragmentada entre os partidários da candidatura Hermes da Fonseca e os civilistas, que apoiavam Rui Barbosa. Rodrigo, médico recém formado na capital, volta para sua cidade natal a fim de se estabelecer como figura de proa na sociedade local. Para isso, além de montar farmácia e consultório, funda um jornal para fazer oposição aos poderosos da cidade, ferrenhos hermistas. Rodrigo simboliza a transição entre a espontaneidade ruralista, com os instintos do homem amalgamado à natureza, e a racionalidade urbana, supostamente civilizada, expressa pelo estofo cultural adquirido pelo personagem em sua longa estada fora de casa. As contradições e convergências entre essas duas vertentes, o tempo todo pontuam as atitudes do jovem médico e são, sem sombra de dúvida, o grande trunfo do romance.
Esse é o mote para que Veríssimo siga na construção da gigantesca catedral bibliográfica que levou cerca de quinze anos para erguer.
Talvez, o amplo painel da história Rio Grandense assuste aos leitores menos dispostos, afeitos à onda light da arte (?) mais facilmente digerível. Pode não ser o único, mas provavelmente é um dos principais motivos para o relativo esquecimento a que Érico Veríssimo é relegado.
No próximo dia 28 de novembro, completam-se 40 anos da morte do escritor. Uma efemeridade que, embora não venha sendo lembrada pela imprensa ou pela academia, poderia ser o marco zero para uma justa revalorização de uma obra fundamental tanto literária quanto historicamente, resistente ao tempo e aos ventos da modernidade.
Tânia 21/07/2018minha estante
Concordo muito com você sobre essa falta de valorização das obras de Érico. Pra mim, junto com Guimarães Rosa, são os maiores e melhores escritores brasileiros.




emiliapsouza 09/01/2023

Ideias e ideais...
?Tudo é relativo na vida. Nós todos temos muito de anjo e muito de demônio dentro de nós.?

Após acompanhar os pilares e a fundação da antológica família Terra Cambará em "O Continente", vemos o desenrolar das ações de mais uma geração, representada aqui pela figura do Dr. Rodrigo Cambará, bisneto do memorável Cap. Rodrigo. O Rodrigo bisneto, possui diversas semelhanças com seu homônimo, desde atitudes puramente passionais, até uma impulsividade imensa. Em seu retorno a Santa Fé, ele tem pretensões revolucionárias que chocam bastante a população.

São através de suas atitudes revolucionárias, que Veríssimo delineia essa segunda parte de sua saga. Esse tomo possui um viés mais político e ilustra de forma brilhante como tudo funcionava naquele tempo. Além de nos presentear com verdadeiras aulas de história, também somos presenteados com personagens incríveis!

Adorei essa leitura e já estou ansiosa para os próximos!
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Alyne.Queiroz 15/08/2021

Ótimo
Esse segundo livro da trilogia vai se ater quase que exclusivamente à vida de Rodrigo Terra Cambará, e essa vida vai se mesclar com períodos políticos muito fervorosos tanto do RS quanto do Brasil, mais uma vez o que me impede de dar nota máxima é a falta de personagens femininos mais marcantes, as filhas dessa família ou morrem bebês ou casam com alguém ou casam e desaparecem do enredo, as personagens de mais força até agora foram a Bibiana e a Maria Valéria, nas a função delas é só zelar pela casa e família sem serem muito ouvidas, queria muito que o próximo livro reparasse essa lacuna de bons personagens femininos apesar de não acreditar muito que isso vá acontecer
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Marjory.Vargas 08/09/2021

"Tudo é relativo na vida. Nós todos temos muito de anjo e muito de demônio dentro de nós."
.
O primeiro volume da segunda parte da trilogia se passa no final de 1909 e início de 1910. Acompanhamos o jovem Rodrigo Terra Cambará, bisneto do Capitão Rodrigo e de Bibiana Terra, retornando à Santa Fé após concluir seus estudos na faculdade de Medicina.
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O jovem idealista tem muitos planos: pretende clinicar de graça para os pobres, combater a tirania, defender a democracia e encontrar uma boa mulher para se casar e constituir família.
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Porém, a pequena Santa Fé anda a passos de tartaruga rumo à modernização. Isso fica claro principalmente na questão política, onde há a figura do coronel, que manda em quem as pessoas devem votar.
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O retrato possui uma narrativa um pouco diferente de O continente. A mistura de ficção com realidade continua maravilhosa, e não há o que se falar da contextualização histórica proporcionada por Verissimo. Mas, talvez por isso a leitura deste volume seja uma pouco mais travada que a de O continente: as muitas conversas dos personagens sobre política, apesar de extremamente importantes, dão a impressão de que história não "anda".
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Porém, a trilogia continua maravilhosa, e apesar da leitura um pouco mais lenta, não perde nada em encanto e qualidade. Em breve trago a resenha do segundo tomo!!
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Ebenézer 25/07/2020

Foram quase três mil páginas caminhando, cavalgando, guerreando, amando, sofrendo e, por que não, morrendo com as aventuras das famílias Terra e Cambará.
(Tentarei rascunhar apenas uma página em uma pobre homenagem a Érico Veríssimo.)
Guerra e Paz de Tólstoi é uma excelente narrativa e disso poucos duvidam.
O Tempo e o Vento de Veríssimo também é uma aventura ainda mais longa, e tão excelente quanto à de Tólstoi, só que melhor....
Leitor dessas duas longas narrativas, a russa e a brasileira, me sinto à vontade para gostar de ambas e até mesmo preferir a nacional.
Dito assim de forma apressada, 'O Tempo e o Vento' pode parecer algo simples. Mas não é...
O Tempo e o Vento tece um feixe narrativo em sete volumes formando um todo único e indivisível:
- O Continente I, 415 páginas
- O Continente II, 495 páginas
- O Retrato I, 413 páginas
- O Retrato II, 368 páginas
- O Arquipélago I, 384 páginas
- O Arquipélago II, 376 páginas
- O Arquipélago III, 488 páginas
Um universo de muita ação, muita história política, muita filosofia, muita reflexão e muita vivência humana em sua mais dura e crua realidade.
Veríssimo tem um jeito bastante peculiar de narrar a saga das famílias Terra e Cambará na formação do povo gaúcho riograndense com reflexos importantes que se espraiam no contexto nacional.
A narrativa de Veríssimo não é uma trajetória linear e progressiva na qual o leitor possa se sentir seguro na sucessão dos fatos, como se isso fosse natural esperar. Veríssimo transgride essa expectativa.
Fica evidente na obra que o autor prioriza o foco narrativo num movimento bastante dinâmico que se assemelha às ondas do mar, ou como o vento, já que o tempo parece um vetor inamovível.
Como as ondas e o vento são indomáveis, a narrativa, num vai-e-vem constante, vai influenciando a percepção do leitor fazendo-o experienciar a vitalidade das personagens em episódios atemporais.
Nenhum leitor fica incólume às asperezas do tempo, tampouco do vento, que sopram em cada personagem, e cujas agruras saltam das páginas de Veríssimo para fazer parte das nossas próprias experiências.
Como negar que das peripécias na política pouco evoluímos? Como negligenciar os ainda modestos avanços do espaço feminino? Seria irrelevante constatar que o patriarcado ainda encontra fortes vínculos na cultura nacional? Ou não reconhecemos ainda em versão sofisticada as chinocas, as Laurindas e os Bentos? Quem não conhece ou vivenciou grandes paixões frustradas?
O Tempo e o Vento proporciona ao leitor infindáveis momentos de pura reflexão sobre a vida em sua plenitude que abrange aspectos da nossa intimidade que preferimos deixar às sombras em sua quietude, mas que estão lá, aguardando que as enfrentemos com coragem e serenidade.
Como o passar de uma grande lanterna o autor vai iluminando subterrâneos das personagens que são também os nossos como leitor.
Como esquecer personagens fortes como Rodrigo e Toríbio Cambará, Floriano, Jango, Roque Bandeira, Maria Valéria, Silvia e Flora?
Para sempre os teremos conosco porque sobre eles nem O Tempo nem o Vento apagarão do nosso imaginário.
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lisovskig 01/04/2020

Bom!
Nesta obra que é a parte II da saga o tempo e o vento, acompanhamos Rodrigo em dois momentos de sua vida. Em primeiro, ao voltar do Rio de Janeiro, já velho e com a saúde fraca (apenas um capítulo do livro), e em segundo, quando volta da faculdade, retrocedendo vários anos e contando as experiências deste personagem. A trama é lenta, sem acontecimentos extremamente marcantes, como alguns que aconteceram na parte I, pois a política torna-se o centro das atenções. O que me deixou um pouco frustado, mas não tirou por completo minha experiência. Deste modo, o primeiro volume da parte II é rico em descrições a respeito de Rodrigo, de Santa Fé, e da política, restando a esperança de um melhor desfecho no segundo volume.
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Anienne 31/01/2020

O Retrato 1
Difícil para mim resenhar obras como essa em que me envolvo até a última gota.

GENIAL!

ESPETACULAR!

Érico Veríssimo é um Mestre! Seus personagens são muito complexos e humanizados. O personagem principal deste é Rodrigo Terra Cambará, bisneto do Capitão Rodrigo. Sua personalidade é muito revolvida nesse livro. Seus sentimentos, pensamentos e ações não se coadunam. Humano! Admirável em ações, mas desprezível, pelo simples fato de podermos ler seus sentimentos e pensamentos. Sua real intenção é sempre atarir a aprovação e admiração do mundo inteiro.

A história de ficção é daquelas que nos faz querer saber o que vai acontecer, com acontecimentos menos dramáticos que O Continente 1 e 2, mas não menos genial.

Veríssimo é perfeito em misturar a ficção com a História do Rio Grande do Sul e do Brasil, tornando tudo muito, muito, muito interessante.

Traz com força preconceitos arraigados na sociedade da época e que continuam firmes, como o racismo, o machismo, etc, etc, etc.

Sua escrita traz filosofia, poesia, cultura... Minhas palavras são escassas. Perfeito!!!!!!!

Partiu O Retrato 2....
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LetFelden 01/09/2022

Maravilhoso, retrata a república velha, os votos de cabresto, tudo. As farpas entre os jornais são boas dms kkkk
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Newton Nitro 29/04/2015

Obra prima!
De volta ao micromundo da cidade de Santa Fé, Érico Veríssimo desenha um panorama da mentalidade da elite gaúcha no começo do século XX. Uma continuação fantástica da melhor e mais perfeita trilogia de romances da literatura brasileira, de cabeça não consigo pensar em nenhum conjunto de obra semelhante. Érico Veríssimo refina cada vez mais a sua prosa, que a partir desse livro se moderniza com o uso de ponto de vista narrativo de terceira pessoa limitada dentro de introduções oniscientes. A mistura de história e ficção continua maravilhosa, a contextualização histórica um primor.

O Dr. Rodrigo Cambará, o protagonista de O Retrato (que logicamente taça um paralelo à obra de Oscar Wilde, O Retrato de Dorian Gray) é uma daquelas criações ímpares da literatura, um personagem complexo, hipócrita ao mesmo tempo que heróico, sensualista ao mesmo tempo que busca conciliar a tradição com a modernidade, uma identidade em conflito porém com momentos de auto-confiança absoluta alternando com momentos de rejeição profunda de si mesmo.

A unidade de espaço, tempo, história e ficção é de um primor tremendo, dá para sentir na pele as questões políticas da época, o coronelismo (ou caudilhismo do sul), as eleições fraudilentas, a campanha civilista. Outro tems explorado a fundo nesse primeiro volume é o crescente aparecimento de rachaduras e transformações na cultura machista do sul com o advento dos avanços culturais, políticos e tecnológicos, transformações que acontecem por meios muitas vezes violentos.

A trama é genial, como é o normal na obra de Veríssimo, rápida, com drama suficiente para prender a leitura página por página. Estou completamente apaixonado pelo Érico Veríssimo, completamente assombrado com a precisão e elegância de sua prosa. Mais que recomendado, 5 estrelas, uma nota que suspeito darei para todos os livros dessa obra prima da nossa literatura.
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