Millene 26/08/2022Imagina seu pai entrar em depressão e perder a mente, você morar num país onde mulheres não podem trabalhar e só ter mulher na sua família? Nesse caso, Nadia, ainda criança, não vê outra alternativa senão fingir que é um garoto para poder sobreviver e ajudar a família.
Esse livro é uma parte da vida de Nádia, desde sua infância, como era a guerra no Afeganistão e como isso afetou desde sua aparência por causa de bomba, até seu dia a dia depois de ter que fingir que é um garoto até sua saída do país.
Mesmo lendo eu não consigo nem imaginar como é ser provocada, trabalhar nas piores condições, não ter amigos, ter um pai que você nunca sabe quando vai explodir e ver suas irmãs poderem ser elas mesmas.
Essa história também me fez questionar trabalhos de ONGs. Imagino que não deva ser fácil mesmo cuidar de milhares de vítimas de guerra mas elas realmente estão fazendo tudo que podem? E entrevistadores e mídias e esses filmes que fazem inspirados em pessoas nessas condições realmente ajudam eles ou só sugam o que eles podem dar de lucro dar a devida atenção e cuidado?
Enfim, não acho que esse seja o foco da história (apesar de fazer parte)
É bem triste ver o 11 de setembro pelo ponto de vista deles, eles não faziam ideia do que tava acontecendo.
Mais triste ainda é ver que esse agosto de 2022 faz 1 ano desde que o Talibã voltou ao poder no Afeganistão e tudo que se passou nesse livro está voltando a acontecer