Pequena Abelha

Pequena Abelha Chris Cleave




Resenhas - Pequena Abelha


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Talita. 16/06/2016

Precisa ser debatido.
Ainda pondo em ordem todas as informações que esse livro traz.
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Daqueles que você não pode esperar pra comentar e quer passar adiante e abordar os assuntos que ele carrega. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Pequena Abelha é um livro que emociona, em muitas vezes durante a leitura me peguei chorando sem sentir. É mais um que é capaz de te tirar da zona de conforto e te obrigar a enxergar que existe sim uma realidade cruel que estamos fazendo parte, às vezes sem querer. Um livro que te da medo, mas que carrega a esperança implícita em cada palavra de conforto. ⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Abelhinha é um personagem adorável e já sinto saudades.
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Vanda 30/04/2016

Uma história comovente, com trechos marcantes e que induz o leitor a refletir sobre sobre a capacidade de se abrir mão de nossas vidas confortáveis, do nosso comodismo, em prol de outros seres humanos que não possuem absolutamente nada.
Pequena Abelha, apesar da maioria absoluta de quem leu defini-lo como uma história que gira em torno do mistério ocorrido há dois anos entre as personagens principais, me deu a sensação de girar em torno da comiseração, da misericórdia, do quanto somos capazes de ser solidários com quem nada tem. Fala sobre duas mulheres: a Pequena Abelha ou Abelhinha (como gosta de ser chamada), uma adolescente nigeriana de 16 anos, que foi expulsa de seu país (ocupado de forma violenta pela disputa do petróleo) para se refugiar no Reino Unido, indo parar em um centro de detenção de refugiados, e sobre Sarah, uma jornalista britânica, com excelente emprego e dona da revista feminina Nixie, mas que está com a vida pessoal conturbada, com o marido depressivo Andrew e com Charlie, seu filho de quatro anos que incorporou o personagem Batman, vivendo como tal em tempo integral. Sarah também mantém uma relação amorosa extraconjugal com Lawrence.
Ao sair do centro de refugiados sem dinheiro, abrigo, emprego e nenhum documento, Abelhinha (só vamos conhecer o verdadeiro nome da personagem praticamente no final do livro), para não ser deportada para seu país de origem, resolve procurar abrigo na casa do casal Andrew e Sarah ORourke. Abelhinha os conheceu há dois anos, época em que o casal passava férias em uma praia na costa da Nigéria na tentativa de resgatar o casamento que estava em crise. Foi um encontro nada convencional e com cenas chocantes no qual as vidas de Abelhinha e de sua irmã vão ficar na dependência de uma decisão terrível que o casal terá que tomar.
O livro é narrado em primeira pessoa (o que me agrada muito, porque temos a noção exata dos sentimentos dos personagens), em capítulos alternados por Sarah e Pequena Abelha. A narrativa de Abelhinha é extremamente comovente, instigante e envolvente, revelando uma adolescente sensível, delicada, madura, consciente das mazelas do mundo, das injustiças sociais, mas ao mesmo tempo, uma menina ingênua e esperançosa. Sua narrativa é convincente, nos dando a impressão de estarmos sentadas lado a lado, ouvindo sua história. Já não posso falar o mesmo sobre a narrativa de Sarah. Sinceramente falando, apesar de ter também achado Sarah uma mulher forte e determinada, achei os capítulos narrados por ela cansativos. Outro ponto que considerei desfavorável foi o time que o autor deu no desenvolvimento do enredo. Chris Cleave optou por desenvolvê-lo intercalando épocas, mas não foi feliz nesse ponto. A leitura tornou-se confusa, cansativa, sem continuidade na exposição dos fatos. Na tentativa de manter em segredo o acontecimento que desencadeou a forte ligação entre Sarah e a Pequena Abelha, o autor quebrou o ritmo da expectativa do leitor, que após ler um capítulo (que, vamos combinar, a grande maioria era extremamente longo) e estar prestes a entender fatos e questões relevantes, no capítulo seguinte, o autor ou trocava a época dos acontecimentos ou enveredava em outros temas, quebrando totalmente o ritmo do enredo. Frustrante! Entretanto, Pequena Abelha é uma história comovente, com trechos marcantes e que induz o leitor a refletir sobre o egoísmo, a falta de solidariedade, o falso conceito de justiça que imperam no mundo atual e sobre a capacidade de se abrir mão de nossas vidas confortáveis, do nosso comodismo, em prol de outros seres humanos que não possuem absolutamente nada.
Chris Cleave tem uma escrita muito boa, e a trama, na minha impressão de mera leitora (deixo bem claro que não sou uma crítica literária) só não foi perfeita, pela maneira que o autor escolheu para desenvolver o enredo. O final do livro me satisfez, embora ache que houve um exagero do autor em classificar o tal do grande segredo em espetacular, arrebatador, incrível, pois, no final das contas, trata-se de um acontecimento pouco comum, digamos, brutal e chocante, mas nada que justifique tanto mistério e adjetivos extraordinários. Esperei por algo mais, por um final mais grandioso. A capa do livro é bem sugestiva e traz textos e indicações de autores e jornais conceituados. Tem folhas amareladas e uma boa diagramação.
Na época que li o livro, copiei alguns quotes que achei interessante, mas, com certeza, vocês acharão muito outros.

Às vezes eu penso que gostaria de ser uma moeda de uma libra esterlina em vez de uma menina africana. Todo mundo ficaria satisfeito ao me ver.
A morte, claro, é um refúgio. É para onde você vai quando um nome novo ou uma máscara e uma capa não conseguem mais escondê-lo de si mesmo. É para onde você corre quando nenhum dos principados da sua consciência lhe concede asilo.
A confiança entre adultos é uma coisa difícil de conquistar, uma coisa frágil, muito difícil de reconstruir.
[...] peço-lhe neste instante que faça o favor de concordar comigo que uma cicatriz nunca é feia. Isto é o que aqueles que produzem as cicatrizes querem que pensemos. Mas você e eu temos de fazer um acordo e desafiá-los. Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: "Eu sobrevivi".
[...] quando digo que sou uma refugiada, você deve compreender que não existe refúgio.
"No final, eram só gritos. Primeiro eram gritos de dor, mas, finalmente, mudaram e pareciam os gritos de um bebê recém-nascido. Não havia dor neles. Eram automáticos. Não paravam. Cada grito era exatamente o mesmo, como se fosse uma máquina que os produzisse."
Não se pode enxergar além do dia porque vocês levaram o amanhã. E porque vocês têm o amanhã diante de seus olhos, não enxergam o que está sendo feito hoje."


Gostei demais da escrita de Chris Cleave e gostaria de ler alguma outra obra escrita por ele.


site: http://clubedolivro15.blogspot.com.br/2016/04/dica-de-livros-internacionais-pequena.html
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Clube do Livro 24/04/2016

Resenha Escrita por Vanda Costa - Blog do Livro e Amigos
Confesso que ainda não tinha lido nada do autor, o jornalista londrino, Chris Cleave. Ele afirma que a grande fonte de inspiração deste livro foi uma visita acidental que fez a um centro de detenção de refugiados na região de Oxfordshire, uma prisão que mantém pessoas que não cometeram nenhum crime. Essas pessoas não podem escrever, trabalhar, não têm direito de falar e normalmente são deportadas para lugares nos quais irão morrer. Tenho sempre em mente que quando um jornalista se propõe a escrever e a publicar algum livro sobre um determinado tema, a obra tem qualidade, devido às pesquisas e informações colhidas (e isso normalmente se confirma). Então... Mais um motivo para que o livro fosse do meu agrado.

Pessoal, fiquem tranquilos. Não vou quebrar a surpresa do livro, como pede a sinopse. Darei uma pequena pincelada sobre o enredo, mas nada que comprometa seu mistério. Vamos nessa?




Pequena Abelha, apesar da maioria absoluta de quem leu defini-lo como uma história que gira em torno do mistério ocorrido há dois anos entre as personagens principais, me deu a sensação de girar em torno da comiseração, da misericórdia, do quanto somos capazes de ser solidários com quem nada tem. Fala sobre duas mulheres: a Pequena Abelha ou Abelhinha (como gosta de ser chamada), uma adolescente nigeriana de 16 anos, que foi expulsa de seu país (ocupado de forma violenta pela disputa do petróleo) para se refugiar no Reino Unido, indo parar em um centro de detenção de refugiados, e sobre Sarah, uma jornalista britânica, com excelente emprego e dona da revista feminina Nixie, mas que está com a vida pessoal conturbada, com o marido depressivo Andrew e com Charlie, seu filho de quatro anos que incorporou o personagem Batman, vivendo como tal em tempo integral. Sarah também mantém uma relação amorosa extraconjugal com Lawrence.
Ao sair do centro de refugiados sem dinheiro, abrigo, emprego e nenhum documento, Abelhinha (só vamos conhecer o verdadeiro nome da personagem praticamente no final do livro), para não ser deportada para seu país de origem, resolve procurar abrigo na casa do casal Andrew e Sarah ORourke. Abelhinha os conheceu há dois anos, época em que o casal passava férias em uma praia na costa da Nigéria na tentativa de resgatar o casamento que estava em crise. Foi um encontro nada convencional e com cenas chocantes no qual as vidas de Abelhinha e de sua irmã vão ficar na dependência de uma decisão terrível que o casal terá que tomar.

Leia a resenha completa acessando o link abaixo

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Hellen @Sobreumlivro 22/04/2016

Pequena Abelha é um daqueles livros complicados. E quando digo complicado, digo por ser difícil demais manter os olhos secos, sem lágrimas ou deixar o coração no ritmo, sem aquele aperto típico de boas e dolorosas histórias.

Essa é uma história que você precisa ir descobrindo enquanto lê. Como está escrito na contracapa, quando comentar com os seus amigos sobre este livro, não os diga do que se trata. E é isso que vou fazer! Não lhes contarei nada dessa história.
A magia da leitura está na sua história e no brilhantismo da escrita de Chris Cleave.

O que você precisa saber, para instigá-lo a ler é que essa é uma história de duas mulheres, uma nigeriana e outra britânica. Duas vidas que se cruzam num dia sombrio. O dia em que suas vidas serão eternamente marcadas. E então o destino a separam, até que 2 anos depois... Esse livro é aquele típico livro em que todos morrem de amores e mergulham em lágrimas pelas histórias das personagens. Chris Cleave tem uma escrita brilhante, cheia de poesia e metáforas, por vezes até mesmo cansativa.

Minha ressalva se faz na revelação do mistério principal, que acabou sendo colocado antes da hora. E outro ponto negativo, são as últimas páginas. Fiquei com milhares de dúvidas em relação ao final, com medo do que poderia ser escrito. Enfim, ainda assim, o livro não perde o brilho.

Pequena abelha tem um jeito único. A trama é lançada aos poucos, deixando o leitor imerso na história. A cada página, é uma nova surpresa e, a cada capítulo, uma nova emoção.

site: https://www.instagram.com/sobreumlivro/
Andressa 03/12/2016minha estante
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mayrafs 15/10/2015

Um livro com personagens extraordinários
Apenas um livro me tocara da mesma forma que o “Pequena Abelha” me tocou. Meus olhos corriam pelas páginas, e eu sentia o meu corpo absorvendo cada palavra, cada frase, cada momento. Em suma é um livro incrível, mas o que o torna realmente maravilhoso é a maneira com que ele é contado. Não é nada inusitado, mas a maneira com a qual o autor escreve me lembrou muito do livro “A Menina Que Roubava Livros”. As palavras de Chris Cleave me tocaram tanto quanto as de Markus Zusak. Ambos são livros que você arranca dezenas (se não centenas) de frases para escrever num caderninho. Ambos são cheios de metáforas maravilhosas, e acontecimentos que nos fazem pensar na vida.
Amei muito alguns personagens do livro, amei a história, mas acima de tudo, me apaixonei pelo livro em sua totalidade. O que, em minha opinião, torna esse livro extraordinário não é nem a história contada, mas sim uma complexidade de coisas que a envolvem. UMA VERDADEIRA OBRA DE ARTE.
Esse livro vai cutucar a sua ferida, te mostrando uma realidade que tentamos ignorar em nossas vidas, mas que, infelizmente, não deixa de ser real.
É um livro que me deixou ansiosa para terminar, ao mesmo tempo que eu torcia para ele ser infinito para que eu nunca essa história nunca chegasse a ter um "fim".
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Gerson 08/09/2015

Um livro marcante
O livro traz boas reflexões sobre duas mulheres com vidas completamente diferentes, que ao se cruzarem enfrentarão grandes dilemas e também as suas consequências. Sarah é uma personagem que busca um propósito para a sua vida, mas que se vê perdida nas reviravoltas que destino lhe reservou. Já a Pequena Abelha é o retrato de uma refugiada nigeriana que vai para Londres com a esperança de um abrigo, e de deixar o que a aflige no passado.
Um Livro muito bem escrito que alterna o ponto de vista das duas personagens principais que vivem vidas completamente opostas uma da outra, mas a realidade delas acabam sendo intimamente ligadas através de vários acontecimentos marcantes.
A complexidade das situações decorrentes juntamente com os "simples" desejos da personagem principal, farão com o leitor reflita sobre questões pertinentes, e que são de uma forma ou de outra um espelho da nossa realidade.
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Larissa.Fonseca 12/08/2015

Pequena abelha
Essa é a história de duas mulheres cujas vidas se chocam num dia fatídico. Então, uma delas precisa tomar uma decisão terrível, daquelas que, esperamos, você nunca tenha de enfrentar. Dois anos mais tarde, elas se reencontram. E tudo começa…

Depois de ler esse livro, você vai querer comentá-lo com seus amigos. Quando o fizer, por favor, não lhes diga o que acontece. O encanto está sobretudo na maneira como essa narrativa se desenrola.
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Andy Santana 02/08/2015

Uma obra de arte como descreveu o “The Independent”. Com maestria Chris Cleave abordou em seu livro o difícil dilema de uma refugiada nigeriana, que busca asilo no Reino Unido, mais especificamente na família O’Rourke.

A terra vermelha, a vida difícil, a mandioca, a selva, a milícia, o petróleo. São estes ambientes e lembranças que compõem a vida da Pequena Abelha, a protagonista do livro, uma jovem negra, que junto com a sua irmã Nkiruka se vê presa entre o conflito por dinheiro, no mundo globalizado (a briga retratada sobre a disputa do ouro negro nos países africanos).

Resenha completa no blog:

site: http://cafecomlivrosblog.blogspot.com.br/2015/06/resenha-pequena-abelha.html
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Pri 05/06/2015

{Resenha} Pequena Abelha - Blog As Meninas que leem livros
Pequena Abelha foi um livro difícil para mim, ler. Isso é raro, muito raro... Porque, vejam, eu sou viciada em leitura, lia para a minha vó quando em minha infância dividíamos o mesmo quarto, quando tudo o que eu lia eram apenas gibis da Turma da Mônica. Comecei a ler livros, meu primeiro livro sem figuras, aos 9 anos de idade, Corda Bamba. E foi um livro triste. Não me lembro de como terminou a história, mas nenhuma menina devia ver seus pais morrerem. Mas eu o li. Assim como li Pequena Abelha.

Deixe-me explicar... É uma leitura maravilhosa. É uma viagem a mundo que sabemos que existe, mas não é problema nosso. Assim como não é problema nosso o que acontece nas favelas do Rio de Janeiro, se não moramos lá. Não é nosso problemas os mortos do Paquistão, se não moramos lá. Não é nosso problema se um navio com 450 refugiados afundou no oceano essa semana (a de 20 de abril de 2015) e mais um há não muitos dias atrás.
[...]
Continue lendo no blog!

site: http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2015/04/pequena-abelha-chris-cleave.html
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Mariana - @escreve.mariana 20/04/2015

Uma cicatriz significa: 'Eu sobrevivi.'
Perturbadora. Se fosse preciso descrever essa obra com apenas uma palavra, seria esta. Pequena Abelha é um livro que permanece para sempre na memória de quem lê e que é impossível passar despercebido. Com isso, quero dizer que não é um livro para passar o tempo, mas sim um que vai fazer você refletir por muitos dias após a leitura e querer recomendá-lo a cada amigo seu, porque definitivamente todos precisam conhecer essa história.

''Se seu rosto está inchado pelas duras pancadas da vida, sorria e finja ser um homem gordo.'' Provérbio nigeriano (pág. 7)

Logo na primeira página é apresentado esse provérbio, que implicitamente é a principal filosofia de uma das protagonistas, Abelhinha. Ela é uma menina de 16 anos cuja aldeia na Nigéria foi invadida por europeus para a extração de petróleo. Com isso, ela foi testemunha ocular de muitas mortes, inclusive da de sua família, tanto com propósito de exploração dos recursos naturais do local quanto devido a doenças infecciosas trazidas pelos soldados europeus.

Abelinha foi mantida em um centro de detenção de imigrantes no Reino Unido durante dois anos, como uma forma de asilo político. Nesse centro, dizia-se que, para sobreviver, era preciso ter boa aparência ou saber falar direito. Ela decidiu que falar direito seria a opção mais segura. Portanto, quando é libertada do lugar por um acaso bem oportuno, começamos a conhecer melhor nossa protagonista. Suas falas, quase sempre se lembrando das meninas de sua aldeia, são repletas de nostalgia e seguidas por uma pontada de dor.

''Temos de ver todas as cicatrizes como algo belo. Combinado? Este vai ser nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa: 'Eu sobrevivi.''' (pág. 17)

É a partir desse pensamento de Abelhinha que podemos introduzir a outra protagonista, Sarah. Como nos é apresentado na sinopse, Pequena Abelha é a história de duas mulheres cujas vidas se chocam num dia fatídico. De fato, esse dia é o ápice da obra, no qual uma delas precisou tomar uma decisão terrível. Esse é um dos motivos que levam o livro a ser inesquecível. Talvez pareça confuso, mas realmente dar mais informações do que isso sobre a conexão das duas protagonistas poderia estragar a experiência do leitor. O encanto está, sobretudo, na maneira como a história é contada.

A narrativa é feita em capítulos alternados entre as protagonistas Abelhinha e Sarah, todos em primeira pessoa. Dessa forma, é apresentada a história das duas, do passado para o presente, até que em um momento do livro essas histórias se encontram. São personagens antagônicas, Abelhinha não possui nada, nem família ou mesmo documentos, sabe apenas o próprio nome; e Sarah possui tudo, um ótimo emprego como editora de sua própria revista, dinheiro, um marido e um filho.

A reflexão que esse contraste entre as personagens traz é: quanto damos da nossa vida confortável para as pessoas que não têm o mesmo que nós? É, sobretudo, uma história sobre compaixão, contada com maestria por Chris Cleave, cuja narrativa comovente transborda uma sensibilidade ímpar.

Ao final, é impossível não se sentir incomodado com a realidade de muitas pessoas que ainda são vítimas daquilo que marcou a vida de Abelhinha e ainda estão sofrendo, perdendo seus familiares e morrendo, apenas por conta da ambição do homem.

''Esse é o problema da felicidade – ela é toda construída em cima de alguma coisa que os homens querem.'' (pág. 85)

site: http://ourivesdaspalavras.blogspot.com.br/2015/04/pequena-abelha.html
Lorena 09/03/2017minha estante
Eu amei esse livro!




Eliane Maria 14/02/2015

O que achei do livro
O romance narra a história de duas mulheres cujas vidas se entrelaçam a partir de uma desgraça.
Entendo perfeitamente o pedido da autora de não comentarmos o desenrolar da história, pois a beleza da mesma, está no modo como ela foi narrada.
O ponto mais reflexivo do livro, na minha opinião, foi mostrar a forma desumana com que alguns países, como por exemplo a Nigéria tratam seus cidadãos.
A forma banalizada de se assassinar pessoas, favorecimento de multinacionais em detrimento da população mais pobres, e por aí vai.
Todas as noites quando eu ia me deitar, eu ficava pensando no quanto é difícil, eu diria até que é insuportável morar naquele lugar.
Gostei muito da forma como foi escrito o romance, apesar de em alguns momentos eu ter ficado meio perdida, por conta da descrição muito minuciosa de algumas passagens.
A parte final do livro eu achei fora da realidade, pois ninguém em sã consciência agiria daquela forma com que Sarah agiu, depois de ter sofrido um trauma pavoroso.
E o final propriamente dito, eu esperava que fosse diferente, estava torcendo para tal. Fiquei um pouco decepcionada, mas aceitei.
Deixo essa frase :
“Temos que ver todas as cicatrizes como algo belo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma em um morto. Uma cicatriz significa: "Eu sobrevivi." "
Luana Ludmila 05/04/2015minha estante
Eliane, estou lendo pequena abelha. O que está me incomodando é o exagero de detalhes, as vezes fica cansativo certas passagens. E a crítica ao sistema é bem pertinente, também estou curtindo. Boa resenha!


Eliane Maria 27/05/2015minha estante
Concordo com você Luana Ludmila.
Teve momentos em que me senti um pouco perdida, mas de uma maneira geral eu gostei.




Karol Rodrigues 09/01/2015

Marketing furado, mas história incrível
Não vou dizer que li esse livro por curiosidade, pra saber o porquê de tanto mistério em volta de uma história (que ao contrário do que dizem as más línguas, nada tem clichê), que não poderia ser revelada a ninguém. O ganhei de uma amiga de presente de aniversáiro e simplesmente queria ter mais um livro lido em minha estante e o peguei. Fui desprovida de toda e qualquer expectativa, simplesmente porque não queria me decepcionar. Então, se você não sabe o que esperar do livro, simplesmente não espere. O motivo? Sua ansiedade pode estragar a incrível narrativa de Chris Cleave.

Ao contrário do que manda a editora, vou-lhes dizer o que acontece nesse livro. Pequena Abelha é o codinome de uma garota nigeriana de 16 anos que, por um acaso, encontra um casal inglês na praia, no pior momento da sua vida. De alguma forma, a vida dessa menina muda a partir do momento em que Sarah, a esposa de Andrew a salva de soldados que destruíram sua aldeia para a construção de uma fonte de petróleo. A garota torna-se uma refugiada em Londres, e no final das contas, as vidas dessas três pessoas mudam completamente após aquele encontro tão infeliz na praia da Nigéria.

Com personagens bem construídos, o enredo segue a partir da narrativa das duas pessoas chaves para a história: Sarah, a jornalista de uma revista feminina, londrina, casada e com um filho; e Pequena Abelha, a refugiada que busca um meio de fugir das pessoas que a fizeram mal no passado. A adolescente, que transborda medo e agonia por ter perdido sua irmã mais velha, ser ilegal em um país desconhecido e por não ter mais nenhuma pessoa viva da sua família, busca ajuda nos braços daquela mulher branca, de inglês difícil.

O marketing barato da editora não conseguiu ofuscar o brilhantismo da história de Cleave, que por merecimento, atrelou vários prêmios à sua obra. É história sobre amor, superação e medo. O medo de ir dormir e não acordar mais. O medo de estar fazendo a coisa certa, mas estando errada. O medo de perder as pessoas que ama. E, acima de tudo, é uma história que você tem que ter sensibilidade para ler. Se não está disposto a desapegar do "não conte essa história para ninguém", quem vai sair perdendo será você.
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Danilo Vicente 04/01/2015

Pequena Abelha empolga, mas decepciona
É um belo livro, mas tem seu ápice no meio. Daí em diante surge nova história. Mas fiquei um tanto decepcionado. Com o histórico apresentado, como pode haver um fim como o descrito?
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lucy 03/11/2014

A vida em tons de cinza
O livro me conquistou pelo título enigmático e a sinopse inexistente, que aguçaram a minha curiosidade e me fizeram interromper uma lista de livros, por esta preciosa relíquia. Porém, ao me entregar a está aventura em busca do desconhecido, fui surpreendida com um mundo totalmente novo, regido em tons de cinza.
Abelhinha, é a protagonista desta história, e sua tragetória é emocionante! Os desafios que ela enfrenta e as escolhas que faz no decorrrer do caminho, são impressionantes; sua história nos leva a conhecer um mundo onde a esperança e o terror andam juntos, e o seu desfecho é recriminável para muitos, e verdadeiro para poucos.
Este livro me encantou de uma forma que jamais pensei que seria possível. A narrativa em primeira pessoa, nos transmite os sentimentos da personagem com mais sinceridade e exatidão. O tema abordado nos permite conhecer uma triste realidade vivida por muitas pessoas nos tempos atuais, em alguns países.
O livro intercala de forma impressionante a realidade de duas personagens completamente diferentes, que em um dia fatídico se encontram e uma delas precisa tomar uma decisão que mudara a vida de ambas para sempre.
Se tivesse que escolher uma palavra para descrever e representar esta história e este livro, seria comovente!! Algo sincero que nos toca tão profundamente, e nos faz sentir parte de uma história tão encantadora; não pode ser perturbador.

Este vai ser nosso segredo. Porque, acredite em mim, uma cicatriz não se forma num morto. Uma cicatriz significa " Eu sobrevivi " Pág 17

" os problemas são como o oceano - cobrem dois terços do mundo "

" Esse é o problema da felicidade - ela é toda construída em cima de algo que os homens querem " Pág 85

"Liberdade para uma garota como eu é chegar viva ao fim de cada dia"

" Portanto, quando digo que sou uma refugiada, você deve compreender que não existe refúgio " Pág 54

" Por mais tempo que a lua desapareça, um dia ela brilha outra vez "

Leia e se encante com este livro maravilhoso. Não desejo contar o que acontece no decorrer da história, apenas expressar os meus sentimentos por esta jóia rara.

Te convido a se aventurar neste mundo desconhecido e se maravilhar com a história de Abelhinha.





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