Resenhas - A Batalha do Apocalipse

Heiwas 25/02/2024

Um bolo de ideias para uma fatia de degustação...
Não é que o livro seja ruim, muito pelo contrário, ele carrega uma série de ideias e uma complexidade de enredo interessante
No entanto, foi justamente a sensação de ter muita coisa acontecendo, muitas informações para assimilar e um tal de vai e vem no passado e presente que quando terminei de ler umas 100 páginas me senti como se tivesse passado a última hora girando em um carrossel.
Além disso não consegui simpatizar muito com o personagem principal, então a leitura foi meio empurrada mesma.

Phelipe.Pompilio 22/02/2024

Interessante

Dá pra entender o motivo desse livro ser tão querido aqui no Brasil. Li poucas fantasias nacionais, mas boas. E posso garantir que A Batalha do Apolipse está entre as melhores.

Não recebe 5 estrelas por causa das quebras de ritmo no decorrer do livro. Quebras de ritmo necessárias, mas, em alguns pontos, dão uma acalmada num momento de puro clímax. Entendo que isso prende o leitor, mas com a frequência que foi feito não me agradou muito. E mesmo assim não tirou a grandeza do livro.

Gosto do tema de "mitologia cristã" que o livro aborda, com novas nuances e reflexões sobre Deus e os anjos. Aqui vamos nos deparar com algo semelhante com o que nos é apresentado na série Supernatural: Miguel contra Lúcifer, Gabriel jogando por fora e a humanidade tomando fumo.

Mas, diferente de Supernatural, A Batalha do Apocalipse se aprofunda mais na questão do motivo da guerra celeste.

Deus ainda está no "6° dia" da Criação, o dia do descanso e, segundo as profecias, o 7° dia ainda está para acontecer e, com ele, o Apocalipse.

O método de narrativa de Spohr é interessante, explicando o passado para contextualizar os acontecimentos do presente. Historicamente falando, passamos por vários acontecimentos bíblicos (a queda da Torre de Babel, a queda da Babilônia, o grande Dilúvio, o nascimento de Cristo e etc). E é em um desses flashbacks que conhecemos melhor a história de Shamira, a bruxa e outros personagens marcantes na vida do renegado.

Os personagens criados por Spohr são interessantes, mas nada demais. Não são tão bem aprofundados ou desenvolvidos e, em alguns momentos, são bem previsíveis. Mas isso não interfere muito no desenrolar da trama. Pode ser um problema para alguns leitores, mas é "passável de pano".

O final é intrigante, inteligente e, ao menos para mim, inesperado.

Ouvi o audiobook pelo Audible, narrado por Tadeu di Pietro, que merece destaque pelo excelente trabalho.

Darei sequência na série de Eduardo Spohr.

Habner.Binho 20/02/2024

Um exemplo de fantasia nacional
A Batalha do Apocalipse, de Eduardo Spohr, apresenta como premissa básica acompanhar as fantásticas missões do anjo renegado, Ablon. O enredo consegue de forma exímia mesclar elementos da mitologia judaico cristã e de outras religiões, como divindades, monarcas, criaturas, etc. O autor consegue surpreender o leitor com sua perspicácia em amarrar todas as pontas da trama, entregando um enredo coerente, uniforme, e aprazível, conseguindo também em suas páginas estabelecer conexão e apego entre o leitor e personagens de forma calorosa.
Contudo, algumas cenas da história, embora sejam necessárias para a acreção de camadas ao desenvolvimento das personagens centrais, mostram-se arrastadas, excessivamente descritivas e desconexas da trama central em certos momentos. O final da narrativa parece contradizer toda a motivação de cada personagem apresentado, tornado inútil as ações finais de cada um deles.
Dito isso, A Batalha do Apocalipse é um livro bem escrito, com uma trama coerente, bem pensada, um enredo rico, personagens profundos e capazes de divertir o leitor. Portanto, embora apresentando falhas, a narrativa consegue supera-las em detrimento de seus notáveis acertos, fazendo valer a pena a leitura.

Bruna1516 14/02/2024

Interessante
O livro promete entrar o Apocalipse e isso ele faz direitinho! Conta com a presença de anjos, anjos caídos e outras entidades. Ele desenvolve bem a história do personagem, bem até demais, contando com passagens do passado que ao meu ver são grandes demais e desnecessárias.
Achei muito legal o fato de ser um livro nacional e contar com ambientações no Rio de Janeiro. Nunca tinha lido um livro do gênero que fosse brasileiro e achei muito interessante o autor falar sobre lugares e eu conhecê-los e ter ido!

DeniseSC 12/02/2024

O apocalipse como imaginamos
O livro me surpreendeu positivamente, possui uma ótima trama, não deixa pontas soltas e todos os elementos históricos são inseridos por motivos muito bem explicados no futuro.
A ideia do autor de explicar que Deus está tendo o sono do descanso do 7° dia é o que possibilita todo o desenvolvimento da estória, e eu achei uma sacada muito boa.
Algumas pessoas não gostam muito dos flashbacks, mas eu particularmente não achei maçante, gosto muito de história e geopolítica então foi interessante ver o Anjo renegado nestes eventos históricos.
No mais eu adorei o livro, a escrita e pretendo ler os demais livros desse universo e do Eduardo Spohr.

Soipaz 06/02/2024

O cara é um gênio
As vezes a leitura é um pouco lenta, mas no geral a obra é fantástica. Explorando a mitologia angelical a história se mistura com a realidade, adorei

Lici 02/02/2024

A batalha do Apocalipse é uma batalha de anjos, arcanjos e querubins, entre o bem e o mal. Um livro maravilhoso escrito por um autor brasileiro, cheio de magia e mística.

fatimaria 31/01/2024

Alerta de livro sessão da tarde
Onde esse livro surpreende e satisfaz em criatividade e construção de universo, ele decepciona em escrita, ritmo e construção. Os únicos momentos que eu me animava sobre o que acontecia envolviam algum acontecimento envolvendo a fisicalidade ou a mitologia dos anjos. De resto, só fui indo; se não fosse pelo audiobook com certeza não teria terminado tão rápido.

Acho que dá para entender um pouco alguns tropeços pensando que esse foi o primeiro livro do Spohr, mas ainda assim não sinto vontade de continuar lendo esse autor. A escrita dele me pareceu o tempo todo repetitiva e muito sem emoção, mesmo que as ações e consequências fossem as mais grandiosas possíveis. Creio que o fato de que tudo sempre nos é contado, e nunca mostrado, contribui para esse distanciamento.

Não me conectei de verdade com nenhum personagem ou ligação entre eles e grandes cenas em qualquer escala me deixavam bem indiferente. Também achei meio chato ser tudo tão maniqueísta; esperava que seres celestiais imortais e infinitos não fossem todos caricaturas de arquétipos diferentes de vilões e heróis. Também me chamou a atenção como a única personagem feminina com o mínimo de desenvolvimento era o interesse amoroso do protagonista. As demais, se não se mostravam puras e inocentes, eram mortas na primeira oportunidade. Não acusando o autor de nada, mas me deixou chateada as duas personagens poderosas e com motivações que não eram românticas terminarem morrendo, mesmo que de forma "heróica", para salvar o protagonista (que também não foi lá essas coisas).

Mas também não vou só ficar falando mal, ou não teria dado 3 estrelas para o livro. Gostei muito de vários aspectos da mitologia construída, a religião misturada com os interesses pessoais de cada anjo e arcanjo. Como disse antes, conceitos da fisicalidade dos seres celestiais como as asas sujas de sangue por estarem por baixo da carne ou o único jeito de matá-los ser arrancando o coração (mesmo que isso tenha sido contradito depois) foram conceitos que amei bastante. O que me pegava era que sempre alguma sessão nova do livro começava e eu ficava muito animada com o potencial dos novos conceitos e acontecimentos, mas a execução nunca satisfazia.

E também a estrutura do livro, que para mim foi a principal culpada pela tédio que senti muitas vezes. Os flashbacks são enormes, monótonos e muitas vezes inúteis, mesmo que em algum grau minimamente divertidos. Isso fazia com que eu chegasse a esquecer a história principal e me entretesse com a viagem pelo oriente médio, pela missão pra encontrar jesus, pelas fadas, constantinopla, alexandria, etc. E aí quando a narração voltava à história principal eu sentia um choque e chegava até a esquecer plot points importantes, tamanha foi a tangente que o livro me levou.

Finalizando, o livro foi um entretenimento legal, mesmo que desnecessariamente longo e algumas vezes até meio chato. Não foi nem de perto o que eu esperava em termos de desenvolvimento da história e me decepcionei um pouco nesse quesito, mas ainda assim o worldbuilding me divertiu e fez a experiência valer a pena.

Mauricio.Souza 31/01/2024

Nem mesmo os anjos tem ao certo a medida da maldade
Esse é um livro que parece ter se originado de uma partida de RPG. Todos os capítulos tem ação, combate ou aventura, isso torna(na minha opinião) a leitura muito dinâmica e divertida, mas parece que em certos pontos da história o autor se perde um pouco, não sabe o que fazer exatamente com alguns personagens.
Em relação ao final estou tentando digeri-lo, não sei se entendi certo. Nos últimos capítulos o livro vai bem, mas no último a história fica confusa, por ser um livro que se trata de apocalipse é difícil mesmo fazer um final, mas o escolhido pelo autor não me agradou muito.
Em sínteses, é um livro cheio de ação e aventura, a história vem pro presente e volta pro passado o tempo todo e isso faz com que demore pra se desenvolver e se arraste um pouco, a parte final do livro tem algumas revelações bem legais, mas fiquei com a impressão de que o autor se perde um pouco pra conduzir os personagens no fim.

Ramon.Guimaroes 30/01/2024

Uma boa leitura
Finalmente li esse livro que muitos amigos me indicavam. Demorei um pouco pra me sentir instigado com a história e personagens. Embora eu só tenha achado o livro ok, a sensação boa perdurou por mais tempo!

Pereira 29/01/2024

Uma leitura demorada
Batalha do Apocalipse (ABdA) é, provavelmente, uma das obras mais bem-sucedidas da literatura fantástica brasileira nas últimas décadas. Toda a polêmica que envolveu sua publicação, realizada principalmente com base na força de vontade, está detalhada no Nerdcast nº 276.

Acredito que a leitura de ABdA seja mais proveitosa para leitores jovens, que possuem menos bagagem, e que o entusiasmo da trama, com pitadas de blasfêmias, consegue cativar os espíritos mais rebeldes. Isto posto, ao analisarmos com mais atenção, é possível identificar diversas inconsistências no entrevero dessa história. Como exemplo, o grande ponto de partida para a o piti dos anjos neste livro é a inveja do livre arbítrio dos humanos. O curioso é que, ao longo dessas mais de 600 páginas, esses mesmos anjos fazem tudo o dá na veneta sem nenhum empecilho.

O que mais me incomodou foi o carisma de guardanapo tanto protagonista, como de qualquer outro personagem, o que torna difícil estabelecer algum vínculo com quem quer que seja. Além disso, os poderes fantásticos que transformam os celestiais em praticamente deuses eliminam o senso de perigo e a preocupação pelos personagens. Acrescentando a isso, alguns flashbacks intermináveis, com exceção do primeiro sobre Babel, não contribuem em nada para a narrativa principal (Embora possam agradar aos leitores interessados em explorar mais desse universo). E, por fim, a revelação da conspiração ao final da história também deixou um gosto de novela mexicana na boca.

De positivo, as batalhas são bastante empolgantes e o livro já abre com um prólogo bastante estimulante para continuação da leitura. Por fim, as ultimas páginas da obra causam um bom frenesi através da aceleração vertiginosa adicionada ao enredo.

Em resumo, ABdA não funcionou tão bem para mim, mas ainda assim é um livro divertido dentro de suas limitações. É possível perceber uma série de elementos da cultura pop, sendo Cavaleiros do Zodíaco o exemplo mais evidente, mas há uma infinidade de referências, com o perdão do anacronismo (já que é uma obra finalizada em 2005), como elementos de Príncipe da Pérsia, Assassin's Creed, Matrix, Legion e afins. Não deixa em nada a desejar em relação à literatura gringa com essa mesma temática.

Rodolfo.Barbosa 28/01/2024

O destino é indecifrável.
Uma mistura de ficção, História, e fatos bíblicos.

Que livro bom!

Esse livro faz o leitor refletir sobre tudo. O autor Eduardo Spohr,(que é Brasileiro por Sinal), nos conta uma história baseada em alguns fatos, e com um pouco de ficção. As teorias e as interpretações do autor em alguns fatos bíblicos fazem a cabeça do leitor explodir, e se perguntar... (Será essa a interpretação correta?).

Um livro de 586 pág, que não é entediante em momento nenhum. Leitura fluída, narrativa boa, e enredo muito bem feito. Aff do jeito que eu gosto.
Personagens muito bem construídos.

Como gosto muito de história, e também gosto de interpretar os fatos bíblicos, esse livro foi perfeito no que o autor propõe.

Já vou me programar pra ler os outros livros dele.

Ps: 'Ablon, o primeiro general' já entrou na lista de melhores personagens da literatura que já li.

fernandosj 25/01/2024

Parece um TCC de tão detalhado
O livro é ótimo, a leitura me custou atenção demais por que É MUITO DETALHADO, porém não tem espaço para brechas, então ponto positivo para a história.
Eu só fiquei realmente entretido quando a parte 2 do livro começou, a construção dos personagens secundários é fantástica, é realmente ótimo, até chegar o final, mas isso vai de cada um.