A rua das ilusões perdidas

A rua das ilusões perdidas John Steinbeck




Resenhas - A Rua das Ilusões Perdidas


25 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Janice 13/04/2024

Um livro...
Que é a cara de John Steinbeck: um livro que relata as misérias humanas.
Aqui vemos o cotidiano de uma localidade, Cannery Row, seus personagens disfuncionais, suas vidas sem expectativas e incrivelmente humanos e cheios de defeitos. Mas que consegue tirar umas boas risadas do leitor.
comentários(0)comente



Carla.Floores 29/12/2023

O túnel dos olhos dos excluídos
Cannery Row é um quarteirão. E nesse lugar tem quase todo tipo de gente, bicho e situação. Tem loja que vende de tudo, prostíbulo, laboratório de biologia, tem joalheria, tem casas de todo tipo, tem terreno baldio.
O personagem principal é o Doc, um biólogo simpático e generoso, que foi inspirado num amigo de John Steinbeck, Ed. Mack e os rapazes são os "excluídos". Lee Chong o dono da loja. Dora a ex-meretriz dona do bordel.
Diferente das outras obras principais de Steinbeck, A Rua das Ilusões Perdidas ou Caravana de Destinos, é uma comédia. É uma sátira ao status social. Um manual de ostracismo.
É um livro de muita bebedeira e humor pastelão.
Que lembra Chaves, Mazzaropi e Auto da Compadecida.
Os personagens são muito bem desenvolvidos, como sempre. Cada capítulo parece tratar de um tema, como se fosse um conto. São 32 capítulos curtinhos.
Leitura agradável e significativa.
Existe luz no fim do túnel para aqueles que tem tudo, menos dinheiro?
Como enxergam a vida e as outras pessoas aqueles que são marginalizados?
Há meios de lutar contra o azar?
As oportunidades e condições são iguais para todos?
Até que ponto as circunstâncias da vida afetam o seu desenrolar?
Achei o final bem sem graça mas é porque este livro tem continuação em Doce Quinta-feira. Recomendo fortemente o filme Cannery Row que tem disponível no Youtube. Vou deixar o link na aba "vídeos" dessa obra.
Vania.Cristina 29/12/2023minha estante
Um pastelão de Steinbeck! Não imaginava.


Carla.Floores 30/12/2023minha estante
Ele nunca para de me surpreender, Vânia! Esse foi um dos romances de maior sucesso dele, pelo menos nos Estados Unidos. Mudaram até o nome da rua por causa disso!




v de vanisse 18/09/2023

Cannery Row
?Sempre me pareceu muito estranho. As coisas que admiramos nos homens, bondade e generosidade, fraqueza, honestidade, compreensão e sentimento, são os elementos do fracasso em nosso sistema. E as características que detestamos, astúcia, ganância, cobiça, mesquinharia e egoísmo, são os fatores do sucesso. Enquanto os homens admiram as qualidades que citei, adoram o resultado das outras características?
Eu vou só deixar essa citação do livro aqui. Simplesmente maravilhoso.
Não foi o melhor livro do Steinbeck que eu li até agora, esse mérito continua sendo de As Vinhas da Ira, mas A Rua das Ilusões Perdidas é ótimo também. O único defeito do livro foi a apresentação de certos personagens sem o devido aprofundamento dos mesmos depois. Tirando isso, é um bom livro.
comentários(0)comente



Diego Rodrigues 13/09/2023

Em defesa dos oprimidos
Monterey, Califórnia. Época da Grande Depressão. Em uma de suas ruas, repleta de fábricas de enlatados, o cheiro de peixe está impregnado no ar. Essa é Cannery Row. Por ali também vive um curioso grupo de seres humanos. Esse intrincado ecossistema é formado por um chinês avarento, dono da mercearia; Mack e sua gangue, vagabundos de carteirinha; Dora e suas garotas, que tocam o bordel onde os homens da cidade vão para esquecer os problemas (ou arrumar confusão); um biólogo marinho, arauto da ciência nesse fim de mundo (e uma espécie de filósofo nas horas vagas); um pintor que mora em um barco, mas tem medo do mar; e outros espécimes curiosos. Marcada por agruras, privações e violência, a vida dessas pessoas não é nada fácil e é esse árduo e comovente cotidiano que iremos acompanhar neste breve romance.

Publicada originalmente em 1945, a obra reforça o compromisso do autor com as questões sociais de seu país e ressalta o seu arguto olhar para com os desfavorecidos, características essas que o levaram ao Pulitzer de 1940 e ao Nobel de 1962. O que temos aqui é um verdadeiro drama social, onde veremos personagens solitários, desamparados e desesperançosos, mas também de bom coração e dispostos a ajudar o próximo, seja organizando uma festa com seus parcos recursos ou dividindo um último trago em uma noite fria. Afinal, eles podem ter sido pisoteados pela vida ou se tornado invisíveis para o sistema, mas ainda são humanos. E humanidade salta dessas páginas!

Steinbeck constrói aqui um intricado microcosmo dos EUA durante a Grande Depressão dos anos 30 e escancara todas as adversidades que o período trouxe para o povo norte-americano. Desemprego, miséria, fome, violência e prostituição, esses são apenas alguns dos males que o autor irá tratar. É um livro duro de ser lido, mas ao mesmo tempo tocante. Sem romantizar em nenhum momento o sofrimento do povo, a obra nos deixa a mensagem de que, sim, em momentos turbulentos as pessoas tendem a se ajudar. Pois somos capazes de perder tudo antes de perder a humanidade, menos, é claro, aqueles que já não a tinham desde o início... E esses, infelizmente, são os que costumam ocupar os altos cargos na nossa sociedade.

site: https://discolivro.blogspot.com/
@quixotandocomadani 14/09/2023minha estante
que bom ler livros que reforçam a fé na humanidade. As vezes precisamos disso rs


Diego Rodrigues 14/09/2023minha estante
É isso! Mesmo sofrida, a leitura transmite alguma esperança..




juciele.dutra 10/08/2023

Bom
Foi uma experiência bem deferente, já que esse é um tipo de livro que não costumo ler
Mas foi interessante acompanhar a trajetória dessa comunidade e seu modo de funcionamento que é um tanto caotico mas que se encaixa
Então recomendo a leitura
comentários(0)comente



Ebenézer 18/07/2023

Incrível
De John Steinbeck já não sei qual li primeiro: se As Vinhas da Ira ou A Rua das Ilusões Perdidas. Mas isso é irrelevante porque ambos os livros são obras magistrais e monumentais.
Mas aqui quero falar novamente sobre A Rua das Ilusões Perdidas que acabei de reler. Sim, sempre digo que releio livros. Eles são para mim como velhos amigos com os quais mantenho permanente companhia.
Penso que, exceto o público americano, pouca gente se interessaria por uma obra com o título original Cannery Row. Assim, a versão brasileira como A Rua das Ilusões Perdidas, ficou bastante instigante, e acho que foi por isso me interessei por mais essa obra de Steinbeck.
Portanto, reli agora com renovado entusiasmo essa triste e bela narrativa. Steinbeck manifesta claramente em ambas as obras um apego visceral pelas classes sociais desfavorecidas, pelo chamado mundo invisível da sociedade. A luta esganiçada dos despossuídos num mundo absurdamente hostil diante do qual cada qual vai procurando mecanismos singulares, próprios e instáveis de sobrevida. Nesse cenário conturbado e apequenado Steinbeck toca as cordas mais sensíveis do coração do leitor com uma narrativa incrivelmente pungente e cujos detalhes expõem situações e circunstâncias de uma realidade aguda que, ao mesmo tempo, assusta e expõe a imensa realidade da vida em suas vulnerabilidades.
As personagens de A Rua das Ilusões Perdidas saltam das páginas do livro, dos insights não apenas imaginativos da pena do autor, mas recolhidos e recortados da experiência, e que estão também presentes em nosso entorno, em suas cores desbotadas, entretanto, relutantes e resilientes. É claro que fazemos de conta que não as percebemos, mas é impossível nos desvencilharmos delas, pois elas estão inelutavelmente diante da Humanidade evidenciando o fosso profundo que separa a sociedade: contigentes de pessoas que sobrevivem em indescritíveis condições de desesperança a que estão destinadas. E, mesmo assim, encontram mecanismos inusitados de sobrevivência através dos quais mascaram e enganam seu próprio destino extraindo das próprias circunstâncias os motivos e as razões para continuar a saga da felicidade cujo alcance nos remete ao mito de Sísifo, numa luta sem glórias e sem descanso.
A Rua das Ilusões Perdidas metaforiza tristemente a vida no submundo da humanidade em seu extrato mais elementar: figuras humanas opacas, sem perspectivas, sem horizontes, no limite de suas existências que, mesmo assim, anseiam algum brilho pessoal e comunitário, tateando em busca da felicidade, em vão, por lhes faltar meios adequados.
comentários(0)comente



Francisco 13/02/2023

Uma narrativa sobre o ostracismo social
Aqui Steinbeck nos traz a rotina de um grupo de pessoas que vivem em uma rua paupérrima denominada Cannery Row, na fictícia cidade de Monterey, na Califórnia. Somos apresentados a Doc, Mac e seus outros amigos, que apesar de todas as dificuldades financeiras buscam serem felizes com o pouco que lhes é dado: uma cabana de pescadores como moradia e grandes despesas em uma mercearia local para poderem se alimentar.

Conhecemos ainda Lee Chong, o ganancioso mas com lapsos de bondade enquanto proprietário da única mercearia existente em Cannery Row. Temos também Dora Flood, dona de um bordel, "O Bandeira de Urso", que sempre busca ajudar a comunidade em tudo o que lhe é possível.

É uma história curta, mas proveitosa e nos faz refletir sobre como o ostracismo social (em especial o caso de Mack e seus amigos) é um fator "possibilista" para nos tornar pessoas melhores ou piores em nossas virtudes. Outra reflexão relevante é acerca de como alguns aspectos da vida humana são transitórios,efêmeros. Portanto, não poderia deixar de recomendar um autor tão maravilhoso como Steinbeck (esse é o quarto livro de sua autoria que leio).
comentários(0)comente



MCRA 07/02/2023

Ótimo.
Cannery Row (que também é o título original da obra) é uma rua localizada no subúrbio de Monterey, cidade fictícia da Califórnia.
Nessa rua há a mercearia do chinês Lee Chong, que administra seu negócio de maneira dura, para não ser prejudicado pelos clientes endividados; o bordel de Dora, a maior benfeitora da região; um biólogo marinho bastante benquisto por todos, chamado Doc; e Mack e sua turma de amigos boêmios, que trabalha o suficiente apenas para comprar algumas bebidas.Todos esses personagens comuns, trabalhadores e alguns desajustados, formam um livro simples, sem uma grande trama, sem heróis ou vilões ou ápice. Steinbeck apenas nos faz acompanhar a vida cotidiana e bastante excêntrica do grupo. O ponto alto do livro ocorre quando o grupo de excluídos liderado por Mack decide organizar uma festa para o querido biólogo Doc. O pequeno grupo, que vive de trabalhos esporádicos e alguns golpes para conseguir garrafas de bebidas vagabundas, precisa conciliar suas pobreza com a vontade de organizar uma festa compatível com a autoridade de Doc. Enfim, a narrativa nos insere nessa comunidade cheia de pessoas comuns, na qual a pobreza de bens materiais perde espaço para a riqueza da amizade e dos relacionamentos que construímos ao longo da vida. E aí está a delícia de ler Steinbeck.
comentários(0)comente



Lucas 17/12/2022

Sobre vidas comuns
Um dos clássicos que comecei a ler por obrigação da escola e acabei me apaixonando. A Rua das Ilusões Perdidas é um livro sem grandes pretensões: não tem como objetivo nos contar uma história emocionante, nos fazer dar gargalhadas ou parar a leitura contra a nossa vontade. Na verdade, é o exato oposto disso: sua história trata da vida comum, das pessoas comuns que poderiam ser nossos vizinhos, nossos colegas e até nós mesmos.

Através de personagens simples somos apresentados ao cotidiano dos habitantes da rua Cannery Row: o estilo de vida sem pretensões de Mack e seus rapazes, o tão querido Doc que todos respeitam, a dona do bordel local que ajuda à todos e muitos outros são descortinados conforme avançamos na história. O enredo é básico, não segue uma linha narrativa específica até perto do final, mas prende por nos fazer gostar dessa gente comum.

Steinbeck sabe como demonstrar a grandeza do cotidiano, como desenhar uma obra que expõe as minúcias do dia a dia da classe trabalhadora. Esse livro não é nada mais que uma exposição da realidade, talvez por isso nem todos o apreciem como deveriam, pois estamos constantemente acostumados a ler sobre feitos incríveis de pessoas heroicas ou românticas e esse livro não entrega isso. Entretanto, o que ele se propõe a fazer, faz bem. Considero uma leitura necessária para lembrarmos que o simples também rende boas histórias, que o nosso cotidiano simples também é digno de nota.
comentários(0)comente



Ruan Pedro 28/02/2022

Penso muito no Hazel, que adorava ouvir uma boa conversa, embora não escutasse as palavras, mas apenas o tom.
Danton 04/03/2022minha estante
Livraço. Quero reler, um dia.




Haira2 03/03/2021

Confesso que me frustrei.
Quando eu o li eu não gostei nem um pouco, por isso minha classificação.
Eu li os comentários aqui do Skoob de pessoas dizendo que gostaram, mas não foi bem essa minha experiência.
Eu vivi a expectativa de que alguma coisa chocante, alguma reviravolta, alguma coisa que daria vida pra história aconteceria em algum momento, mas esse momento nunca chegou.
Eu enrolei bastante pra terminar ele Acho que não o interpretei corretamente, mas espero daqui a alguns anos lê-lo novamente, com uma cabeça mais madura e mais aberta.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Ebenézer 29/06/2020

John Steinbeck é um mestre em oferecer ao leitor obras exuberantes tiradas de contextos inusitados.
A Rua das Ilusões Perdidas é uma narrativa que se torna maravilhosa porque dá dignidade a personagens consideradas do submundo, os párias da sociedade, e cuja obra revela muito ao leitor perspicaz que a felicidade pode habitar, sim, nos ambientes menos prováveis.
Não é trivial o pressentimento burguês de que para se alcançar o contentamento é condição 'sine qua non' a existência de abundância material.
Steinbeck em sua obra põe em evidência aspectos sublimes da vida simples e da existência ordinária que estão presentes em nosso cotidiano, e cuja realidade é frequentemente ignorada pela sociedade capitalista hegemônica. E nem por isso essa sociedade se apresenta mais exuberante na percepção da essência da Vida.
John Steinbeck percorre em A Rua das Ilusões Perdidas um caminho alternativo vital que pode se constituir uma bandeira sob a qual o autor sugere e instiga a possibilidade de resgate da nossa verdadeira Humanidade.
Livro recomendadíssimo.
Entusiasmado para reler As Vinhas da Ira.
comentários(0)comente



EduardoCDias 08/06/2020

Vidas unidas
Um quitandeiro chinês, um grupo de desocupados, mulheres de um prostíbulo, o dono de um ?laboratório biológico?, responsável por fornecer espécimes animais para estudos e dissecações, um garoto deficiente mental... todas essas vidas se misturam numa pequena rua, à beira do mar, dividindo suas esperanças, suas frustrações, suas alegrias...
comentários(0)comente



Moacir 30/05/2020

"Acho que tudo o que sai da boca humana é venenoso", respondeu Doc.
comentários(0)comente



25 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR