Resenhas - O Banquete

Isabella 19/01/2023

O destaque vai pra Sócrates
Muitas coisas podem ser apreendidas desse rolê na casa de Agatão.
1) Sócrates era gente finíssima.
2) Aristodemo sabe fofocar como ninguém.
Como não pude escolher o melhor trecho entre os discursos sobre o Amor, segue fala de Erixímaco para curar o soluço de Pausânias.
?relendo tu o fôlego por muito tempo, quer parar o teu soluço; serão, gargareja com água. Se então ele é muito forte, toma algo com que possas coçar o nariz e espirra; se fizeres isso duas ou três vezes, por mais forte que seja, ele cessará.?

Maiara 25/07/2021

Incrível
Que livro maravilhoso, é realmente um marco e a maioria dele são pensamentos que já ouvi na cultura popular. As ideias dos filósofos, na reunião particular que fizeram com Sócrates, são profundas e os discursos sobre o que é o amor não parecem se contrapor, e sim se complementam. Eu descreveria muito mais, mas já fiz isso numa conversa com um amigo. Recomendo uma leitura calma e concentrada.

Cinthia 13/06/2020

Um grupo de reúne para falar sobre o amor (Eros), com a presença de Sócrates. Achei a leitura densa. Um livro interessante.

Ana Monique Souza 22/09/2023

Compliqué
O que complica não é o conteúdo. Mas o excesso de ordem invertida das frases. Além de ter repetições do termo "com efeito" que perde o efeito, e se perde na inversão. Li, é interessante mas não sei se recomendo, ou se a leitura foi proveitosa.

Soler 23/06/2020

Alimento para a Alma (para a mente)
O banquete é um excelente livro, que trata do papo de Sócrates e outros filósofos da época, um deles o rico anfitrião, Agatão. Discorrem sobre um tema interessante que se tornará base para tudo o que viria a se desenrolar no ocidente, e consequentemente de todas as categorias. Coincidentemente, O Banquete, ao lado de A Santa Ceia, ambos envolvem o alimento, mas não para o corpo como foi propagado limitadamente por longo tempo por religiões e doutrinas, mas para a alma, para o íntimo em nós. Não posso dizer nada muito além disso, pois seria spoiler, mas recomendo a leitura. Observe a força, humildade e clareza, e ao mesmo tempo profundidade que Sócrates alcança neste "simples" diálogo, neste jantar. Observem com atenção Sócrates antes, durante e depois, quando amanhece o dia. Acompanhem-o sem piscar, e percebam porque chegou a ser considerado que ele nunca existiu, assim como Jesus, Buda e outros. As pessoas não admitem que pessoas que transcenderam os erros e limitações que estão acostumados, possa ter existido, porque todos acreditam saber muito, e na verdade... apenas acreditam. Boa leitura e observação deste bom amigo.

Maikom.Abreu 03/03/2024

Habito dos gregos
Vou falar de um dos pontos que gostei nessa leitura?

Trata-se dos hábitos desses jovens rapazes gregos de se reunirem para beber vinho e discursar alternadamente sobre algum assunto específico.

Suas falas, embora houvessem discordâncias se comparadas, eram desprovidas de rivalidades ou certezas absolutas. Por outro lado, podiam cambiar para uma outra rota, se o argumento do colega se mostrasse superior.

Finalizo dizendo que, os diálogos platônicos embora antigos, carregam lições profundas, ao menos assim eu enxergo, e suas lições não são diretivas, mas encontram-se implícitas nos discursos e sobretudo no modo como esses discursos vão ocorrendo.

ltbtrz 28/08/2020

Muito Bom!
Pensa num livro bom!

Não vou mentir, se você não estiver em sintonia com o assunto, vai querer abandonar o livro logo de cara, pois não é uma leitura fácil... mas, é sem dúvidas, maravilhoso e vale super a pena.

O Banquete é um diálogo fundamental na obra de Platão que traz como tema principal o amor (Eros) e a amizade.

Figuras ilustres da sociedade grega que se reunem em um jantar e decidem discursar sobre o amor.
Durante o banquete, somos apresentados a seis discursos:

-Fedro: para ele o amor é um sentimento que desperta o que há de melhor no ser humano, as suas virtudes.
-Pausânias: segundo ele há duas formas de amor: a etérea e a carnal. A etérea conduz as ideias e é, por isso, a mais bela.
-Erixímaco: com o olhar voltado a medicina, o amor para ele é o equilíbrio saudável entre as forças do bem e do mau.
-Aristófanes: segundo o dramaturgo, na humanidade haviam três gêneros: o masculino, o feminino e o andrógino. Esses seres eram autossuficientes, até que os deuses resolveram parti-los ao meio, dessa forma eles estariam condenados a infelicidade eterna por não serem mais completos. (Meu discurso favorito.)
-Ágaton: para ele, Eros (o amor) seria o mais jovem entre todos os deuses e seria marcado pela sua beleza, pela sua virtude e pela sua superioridade.
-Sócrates: O discurso mais aguardado da noite e desbanca logo de cara todos os discursos anteriores, pois, na sua percepção, o amor é desejo e nós só desejamos aquilo que não possuímos.

Um livro lindo, cheio de significado e com certeza atemporal.
Por mais que haja um sexismo tremendo, (o que é relativamente justificado por se tratar de uma obra extremamente antiga) é uma leitura intensa e super interessante.

andreza 05/04/2022

li pra uma aula e meu pensamento é: um bando de velho q só pensam em pederastia e usam o amor pra justificar tal e como sempre machistas já que durante todo o diálogo é como se a mulher não fosse digna do amor de um homem e termina em um cara chorando pq sócrates não quis dormir com ele

Nathan Oak 17/01/2021

Amores, amores
Diversas formas de amor, umas até bem fáceis de se perceber hoje em dia (considerando que esse livro tem 2300). Amor heróico, amor racional, irracional, que provoca harmonia entre os amantes, amor da alma gêmea, da outra metade da laranja, amor beleza, amor justiça, amor desejo pelo que falta... Muitos são os tipos, uns defensáveis outros feitos chacota pelo autor. Enfim, várias faces do amor, muitas diluídas e visíveis até hoje na cultura ocidental.

JB.12 28/01/2021

Clássico Essencial
Um clássico Essencial sobre o amor. Nada melhor do que Platão pra escrever tão bem sobre tal assunto.
Do ponto de vista histórico, é uma obra rica que demonstra vários aspectos da sociedade antiga, principalmente a questão homoafetiva, presente desde aqueles séculos, tornando ainda mais esdrúxulos os preconceitos atuais.

the moon 10/12/2021

Eros
Nunca tinha lido nada escrito por Platão e para ser bem sincera,se não fosse uma leitura obrigatória da universidade é muito provável que não leria nem tão cedo.
Essa obra foi uma grande surpresa,não é nada como eu imaginava. Os discursos são altamente ricos,interessantes e trazem questões que nos colocam para pensar.
O discurso vencedor foi o de Sócrates,porém o que eu mais gostei foi o discurso de Aristófanes,com seu mito da criação que nos faz procurar nossa outra metade da esfera.
Pobre Alcibíades...mais um sofrendo por conta de uma paixão não correspondida. Certamente sua narrativa foi uma das minhas preferidas.
Vale ressaltar a maneira como o amor homossexual é retratado no texto,de maneira leve e ao mesmo tempo profunda. Achei incrível!

pmlmcd 25/02/2021

resenha xula
Tão incrível quanto o tanto que eu não compreendi, ko, mas eu tenho que reler isso.
Doideira com maluquice tu ver que em um livro retratando ANOS ATRÁS o homossexualismo é tratado de forma tão natural que nem se quer há questionamentos entre os personagens na própria obra, aí tu chega hoje em dia e parece que o povo comparando aos personagens retrocedeu milênios de anos. Não tenho o que reclamar, além do Sócrates ser um puta de um malvado. Toda forma de amor nesse livro é válida, mas principalmente, claro, a que Sócrates descreve e que acaba se realizando no final do livro pelo injustiçado Alcibíades.

Leo 26/03/2021

Nem sei dizer..
Li na intenção de me forçar a uma leitura mais desafiadora, mas com certeza vou precisar reler futuramente.

DANNE 10/04/2021

Eros, amor...
Amei o modo como o livro foi escrito e amei todos os conceitos e ideias sobre o que é o amor e o que é o ser amado e o amante. Amo filosofia e esse livro me trouxe principalmente a ideia de que o amor como todo o resto das coisas humanas fica no intermediário, ele é o espírito, ele não é nem divino nem mortal, não é belo nem é feio, não é bom e nem é ruim, ele é humano, e na minha opinião, é o que deixa o amor mais belo ainda.

Rafael.Dardes 24/05/2021

Impressionante e visceral
Uma obra impressionante que reflete costumes e configurações sociais que remontam a épocas prévias à fase da Civilização (Engels, em seu "A Origem da Familia, do Estado e da Propriedade Privada" divide os períodos de existência do Homo Sapiens entre "selvagem", "bárbaro" e "civilizado", tendo cada um desses períodos três subdivisões até chegar na próxima fase).
Este tipo de leitura nos traz um panorama do que era natural em outrora.
Apesar das grandes reflexões abordadas na obra, há um elemento interessantíssimo que deve ser mencionado como é: a naturalização e a beleza do ato sexual entre dois homens.
A maioria das sinopses desta obra a descreve como uma conversa sobre o amor.
Por mais que possa parecer romântico este tipo de abordagem, a verdade é que trata-se de algo muito mais visceral do que o amor romantizado - trata-se da origem do ímpeto sexual. Trata-se do papel prestado a partir do sexo. Trata-se da busca pelo belo. A busca pelo ideal (desde o mais palpável até o mais abstrato). Pelo mais nobre possível.
A cada diálogo, impressionamo-nos mais ao sermos transportados a uma era tão importante da construção do pensamento ocidental - e consternamo-nos ao vislumbrar o que poderíamos ter sido caso o Cristianismo predatório e assassino não tivesse tomado as rédeas desse mesmo pensamento ocidental por tanto tempo.