Resenhas - O Banquete

Hono 11/06/2021

Engraçado como todos pensam que Eros é completo...
...Mas não passa dum ser pedante, que sempre deseja, mas pouco consegue.

Eros, ou Cúpido (simbologia para o "Amor"), é alvo das discussões que ocorrem durante o banquete em comemoração a um "blockbuster" da época. Envoltos em vinho, todos em volta da mesa apresentam suas visões, até que chegue a hora de Sócrates falar.

Todos se calam.

É engraçado como a criação (ou o tutor que nunca escreveu nada) faz muito mais sucesso que o autor (pupilo). De qualquer forma, o mérito é integralmente de Platão em reproduzir o que foi dito ou criado.

Pati 10/08/2020

Reflexões
Platão foi um grande filósofo e escreveu grandes livros, retratos do pensamento de sua época. Embora seja recheado de lindos ensinamentos, revela o papel que a mulher exercia à época: apenas gerar filhos.

Cesar 02/11/2020

Só sei que nada sei
Todos que se interessam pelo crescimento intelectual vão ter que passar por obras como esta. Não posso dizer muito a respeito pois, não suponho ter compreendido a mesma num nível esclarecido. O que posso é dizer que preciso aprender a ler verdadeiramente, e se você é uma das pessoas que estão em busca de um objetivo parecido, voltemos num futuro breve a perscrutar nestas páginas. Cito alguns aspectos que chamaram minha atenção: 1. As profundas contemplações de Sócrates; 2. A ideia (mito) da outra metade.

Diego Santos 06/01/2024

Amor e filosofia
Debater amor não é simples. As várias formas de amor fazem com que suas origens, porquês e abordagem nunca sejam os mesmos.

É até mesmo um pouco cômico ver diálogos fortes sobre o tema dentro deste livro, pois por mais que algo seja muito bem colocado, logo em seguida é cortonado e toma outros propósitos.

O amor é foda, mas amar é lindo e necessário.

mahvargas 21/07/2021

Surpresa.
Foi minha primeira experiência lendo um livro escrito de fato por um filósofo antigo. Eu esperava não entender nada, mas no fim compreendi muita coisa.

Eu gostei bastante, por mais que seja confuso acompanhar. Adorei a experiência!

Soler 23/06/2020

Alimento para a Alma (para a mente)
O banquete é um excelente livro, que trata do papo de Sócrates e outros filósofos da época, um deles o rico anfitrião, Agatão. Discorrem sobre um tema interessante que se tornará base para tudo o que viria a se desenrolar no ocidente, e consequentemente de todas as categorias. Coincidentemente, O Banquete, ao lado de A Santa Ceia, ambos envolvem o alimento, mas não para o corpo como foi propagado limitadamente por longo tempo por religiões e doutrinas, mas para a alma, para o íntimo em nós. Não posso dizer nada muito além disso, pois seria spoiler, mas recomendo a leitura. Observe a força, humildade e clareza, e ao mesmo tempo profundidade que Sócrates alcança neste "simples" diálogo, neste jantar. Observem com atenção Sócrates antes, durante e depois, quando amanhece o dia. Acompanhem-o sem piscar, e percebam porque chegou a ser considerado que ele nunca existiu, assim como Jesus, Buda e outros. As pessoas não admitem que pessoas que transcenderam os erros e limitações que estão acostumados, possa ter existido, porque todos acreditam saber muito, e na verdade... apenas acreditam. Boa leitura e observação deste bom amigo.

Sunny 06/05/2023

"O Amor é amor de nada ou de algo?"
O Banquete é uma obra de Platão que retrata basicamente uma "ceia" coletiva entre diversos filósofos (ex.: Fedro, Agatão, Erixímaco, Sócrates, Aristófanes, Alcibíades, etc.). Tendo como tema principal o Amor, ou melhor, o Deus Amor.

MINHA OPINIÃO: contém spoiler

Não imaginei que um livro de Platão me faria enxergar tantas coisas, até pensei que iria ser bem mais difícil de ler, fiquei meio relutante ao ler, no entanto tornou-se um ótimo livro ao longo do enredo.

Começamos com todos eles em seu banquete para falarem coisas boas do Amor.
A primeira parte é que todos diziam que o amor era referente apenas àquilo que é belo, jamais a feiúra seria parte do amor. Então vem Sócrates e dá aquele choque de realidade em dizer que o desejamos com todo o coração é feio, no entanto ainda assim é amor.

"Se de tal natureza fosse a sabedoria que do mais cheio escorresse ao mais vazio, quando um ao outro nos tocássemos, como a água dos copos que pelo fio de lá escorre do mais cheio ao mais vazio."

"Toda ação, com efeito, é assim que se apresenta: em si mesma, enquanto simplesmente praticada, nem é bela nem feia. Por exemplo, o que agora nós fazemos, beber, cantar, conversar, nada disso em si é belo, mas é na ação, já maneira como é feito, que resulta em tal; o que é bela e corretamente fica belo, o que não o é fica feio. Assim é que o amad e o Amor não é todo ele belo e digno de ser louvado, mas apenas o que leva a amar belamente."

O primeiro papo sobre o surgimento de um ser único, com dois gêneros que foi divido eu achei muito engraçado, a imagem no meu imaginário tornou isso um tanto quanto estranho. Todas as ideias sobre o amor eram válidas.
Inclusive na parte de Sócrates ele respondeu exatamente com que a mulher Diotima, que era estrangeiro, o ensinou. Ou seja, nem o próprio Sócrates pensava no lado feio do amor antes dessa mulher descrever esse outro lado.

Fiquei chocada sobre o Alcibíades, ele realmente gostava romanticamente do Sócrates, até agora fico sem saber se foi algo real ou não.
Sócrates, no entanto, não correspondeu seu amor.

O QUE APRENDI? - contém SPOILER

Senti-me muito conectada ao livro, pois palavras que antes eram difíceis eu achei fácil por saber todo o contexto histórico.
Aprendi sobre como funcionava a reunião entre os filósofos, como eles agiam e seus respectivos pensamentos, inclusive sobre o amor.

"E é mau aquele amante popular, que ama o corpo mais que a alma; pois não é ele constante. Com efeito, ao mesmo tempo que dessa o viço do corpo era o que ele amava, "alça ele o seu vôo", sem respeito a muitas palavras e promessas feitas. Ao contrário, o amante do caráter, que é bom, é constante por toda a vida, porque se fundiu com o que é constante."

"Muito mais me envergonharia diante da gente ajuizada do que se os concedesse, diante da multidão irrefletida."

Cinthia 13/06/2020

Um grupo de reúne para falar sobre o amor (Eros), com a presença de Sócrates. Achei a leitura densa. Um livro interessante.

pmlmcd 25/02/2021

resenha xula
Tão incrível quanto o tanto que eu não compreendi, ko, mas eu tenho que reler isso.
Doideira com maluquice tu ver que em um livro retratando ANOS ATRÁS o homossexualismo é tratado de forma tão natural que nem se quer há questionamentos entre os personagens na própria obra, aí tu chega hoje em dia e parece que o povo comparando aos personagens retrocedeu milênios de anos. Não tenho o que reclamar, além do Sócrates ser um puta de um malvado. Toda forma de amor nesse livro é válida, mas principalmente, claro, a que Sócrates descreve e que acaba se realizando no final do livro pelo injustiçado Alcibíades.

Mateus com h 26/02/2014

Livro mais do que perfeito para mostrar que a filosofia e a bebedeira abre portas para novos conceitos. Sendo Sócrates o detentor das frases mais impactantes e Eros o protagonista, o Banquete nos mostra as diferentes visões relacionadas ao sentimento bom e ao amor.

Maiara 25/07/2021

Incrível
Que livro maravilhoso, é realmente um marco e a maioria dele são pensamentos que já ouvi na cultura popular. As ideias dos filósofos, na reunião particular que fizeram com Sócrates, são profundas e os discursos sobre o que é o amor não parecem se contrapor, e sim se complementam. Eu descreveria muito mais, mas já fiz isso numa conversa com um amigo. Recomendo uma leitura calma e concentrada.

ltbtrz 28/08/2020

Muito Bom!
Pensa num livro bom!

Não vou mentir, se você não estiver em sintonia com o assunto, vai querer abandonar o livro logo de cara, pois não é uma leitura fácil... mas, é sem dúvidas, maravilhoso e vale super a pena.

O Banquete é um diálogo fundamental na obra de Platão que traz como tema principal o amor (Eros) e a amizade.

Figuras ilustres da sociedade grega que se reunem em um jantar e decidem discursar sobre o amor.
Durante o banquete, somos apresentados a seis discursos:

-Fedro: para ele o amor é um sentimento que desperta o que há de melhor no ser humano, as suas virtudes.
-Pausânias: segundo ele há duas formas de amor: a etérea e a carnal. A etérea conduz as ideias e é, por isso, a mais bela.
-Erixímaco: com o olhar voltado a medicina, o amor para ele é o equilíbrio saudável entre as forças do bem e do mau.
-Aristófanes: segundo o dramaturgo, na humanidade haviam três gêneros: o masculino, o feminino e o andrógino. Esses seres eram autossuficientes, até que os deuses resolveram parti-los ao meio, dessa forma eles estariam condenados a infelicidade eterna por não serem mais completos. (Meu discurso favorito.)
-Ágaton: para ele, Eros (o amor) seria o mais jovem entre todos os deuses e seria marcado pela sua beleza, pela sua virtude e pela sua superioridade.
-Sócrates: O discurso mais aguardado da noite e desbanca logo de cara todos os discursos anteriores, pois, na sua percepção, o amor é desejo e nós só desejamos aquilo que não possuímos.

Um livro lindo, cheio de significado e com certeza atemporal.
Por mais que haja um sexismo tremendo, (o que é relativamente justificado por se tratar de uma obra extremamente antiga) é uma leitura intensa e super interessante.

Jonara 30/04/2010

Genial!
Não sei porque demorei tantos anos para descobrir Platão. Só digo que me arrependo, deveria ter lido há muitos e muitos anos!
Este texto é simples, inteligentíssimo e muito interessante de ler. Pra variar, Sócrates é o cara. Todo mundo discursa no banquete, mas é Sócrates quem nos faz pensar. É ele quem, através de algumas simples perguntas, nos demonstra toda a nossa ignorância. A sabedoria não é ter todas as explicações na ponta da lingua... muito mais sábio é aquele que consegue fazer as perguntas certas, que desmontam qualquer discurso.
"Deus algum filosofa ou deseja tornar-se sabio, pois já é. Da mesma forma, qualquer outro, se é sábio, não filosofa. Tampouco filosofam os ignorantes, nem desejam ser sábios. O que irrita na ignorância é precisamente isto: há pessoas que não são distintas nem sensatas, e declaram-se satisfeitas. Ora, quem ignora que lhe falta algo, não sente necessidade de nada."

Isabella 19/01/2023

O destaque vai pra Sócrates
Muitas coisas podem ser apreendidas desse rolê na casa de Agatão.
1) Sócrates era gente finíssima.
2) Aristodemo sabe fofocar como ninguém.
Como não pude escolher o melhor trecho entre os discursos sobre o Amor, segue fala de Erixímaco para curar o soluço de Pausânias.
?relendo tu o fôlego por muito tempo, quer parar o teu soluço; serão, gargareja com água. Se então ele é muito forte, toma algo com que possas coçar o nariz e espirra; se fizeres isso duas ou três vezes, por mais forte que seja, ele cessará.?

Leo 26/03/2021

Nem sei dizer..
Li na intenção de me forçar a uma leitura mais desafiadora, mas com certeza vou precisar reler futuramente.