O Beijo no Asfalto

O Beijo no Asfalto Nelson Rodrigues




Resenhas - O Beijo no Asfalto


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Beatriz3345 08/08/2018

Uma história completamente diferente do que vivemos hoje. Em "O beijo no asfalto" um simples beijo entre dois homens vira caso de polícia (corrupta, aliás), a explicação de toda essa festa é: se passa na época dos anos 60.
Arandir, homem casado, vira manchete de jornal quando chega até um cadáver que acabou de ser atropelado na rua e simplesmente o beija. Toda a família sofre com essa ação sem explicação do pobre homem.
Sendo em forma de peça de teatro, esse livro chama atenção pela forma com que é escrito, meio diferente de tudo o que já tinha visto. Extremamente interessante e intrigante, Nelson Rodrigues é um belo exemplo da literatura brasileira.
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Mr. Jonas 07/02/2018

O Beijo no Asfalto
O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues, é uma peça teatral que tem como discussão principal um beijo na boca dado por Arandir a um rapaz desconhecido que fora atropelado na sua frente. A história inicia na delegacia, quando Amado chega à sala do delegado Cunha e conta que viu dois homens se beijando em plena rua após um atropelamento. Em outra cena, Aprígio aparece na casa de sua filha Selminha para dar o recado de seu marido que iria passar na delegacia para servir de testemunha. Muito desconfiado de seu genro e querendo alertar a Selminha, Aprígio conta que seu marido beijou outro homem, e insinua que ele pode ser homossexual. Enquanto isso na delegacia, Arandir comparece para prestar depoimento ao delegado Cunha e ao repórter Amado. Arandir é questionado se já conhecia o homem anteriormente e mesmo afirmando não conhecer, o delegado não acredita.
Ao chegar em casa, Arandir descobre que Dália quer ir embora e não deixa. Ele conta à cunhada e à esposa o que aconteceu. No dia seguinte, sai na primeira capa do jornal que Arandir empurrou seu amante para ser atropelado e após isso o beijou. No trabalho dele, todos comentam e dizem que o morto inclusive já estivera lá. Arandir diz que isso é mentira, que não conhecia o rapaz. Até mesmo seu colega Werneck fica contra ele. Aprígio vai à casa de Selminha contar que Arandir e o morto já se conheciam. No velório do morto, Amado questiona à viúva se já teria visto Arandir. O delegado vai então até à casa de Selminha e a leva para a casa de um amigo de Amado. Ao chegar lá, Selminha encontra a viúva que lhe afirma que Arandir já esteve em sua casa para encontrar seu marido e os dois até tomaram banho juntos.
Para despistar os jornalistas e a polícia, Arandir se hospeda num hotel e pede para que Selminha vá visita-lo. Selminha não vai e manda Dália para dar o recado. Chegando lá, Dália dá o recado e declara seu amor por Arandir, que o recusa. Aprígio aparece no hotel e flagra os dois numa conversa íntima, saca um revolver e mata Arandir, declarando seu amor secreto e seu ciúme por ele.
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Manu 19/12/2017

Um dos livros mais incríveis que já li. Nelson supera a expectativa, num livro curto; E , talvez, devido a minha procura desinteressada, o livro foi simplesmente delicioso de ler. Simples e muito perspicaz.
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May 24/07/2017

Cômico e irônico
Já me disseram que Nelson Rodrigues é o rei da putaria, confesso que me surpreendi! Eu imaginava algo meio 50 tons de cinzas, mais ainda bem que me enganei redondamente. Ótima crítica a sociedade hipócrita.
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Paulo Silas 23/06/2017

O livro conta a história de Arandir, um sujeito que, aparentemente, ao se compadecer de um rapaz que havia sido atropelado e agonizava junto ao asfalto, abaixa-se e o beija antes que o acidentado venha a falecer. Esse é o mote que impulsiona toda a história, a qual conta com diversas nuances, vicissitudes expostas, segredos que implicitamente se revelam e aquilo que há de mais sórdido presente no ser humano. É um livro típico de Nelson Rodrigues.

As intrigas envolvendo os personagens da trama vão sendo aos poucos reveladas. Na medida em que os atos se passam, cada vez mais o lado sombrio de todos os envolvidos na história vai se tornando mais exposto. Amado Ribeiro, por exemplo, sogro de Arandir, presenciou a cena do beijo, fato este que o incomoda muito - tanto a ponto de demonstrar desejos retraídos que acabam por ser revelados ao leitor. Esse incômodo não se situa apenas em um dos personagens, mas está presente em todos. Pode se dizer que a sensação de incômodo é algo que permeia toda a história, pois um sentimento peculiar que mistura aflição e ansiedade ronda toda a trama, atingindo os personagens e o próprio leitor.

Mas e o beijo? Qual a razão para tamanho destaque? Como já mencionado, o beijo no asfalto é o acontecimento que impulsiona toda a obra. Isso porque além desse fato gerar diversos problemas na vida familiar de Arandir, já que tem de explicar o motivo de ter beijado o quase morto para seu sogro, sua esposa e sua cunhada, o protagonista do beijo passa a sofrer ainda com a perseguição da imprensa. O beijo foi flagrado também por ardiloso jornalista, o qual alardeia o ocorrido num tom sensacionalista visando vender. E de fato, o caso se transforma em manchete, de modo que não se fala mais de outra coisa que não o beijo no asfalto. Some-se isso ao ímpeto desenfreado de um delegado que também tira proveito da situação visando encobrir uma nebulosa história.

Está feita a trama, muito bem construída, repleta de intrigas, crises, peculiaridades de cunho sexual e problematizações. O livro se trata de uma excelente peça de Nelson Rodrigues, contando ainda essa edição com pontuais comentários de Flávio Aguiar.
Uma história que convence e choca, intriga e ofende, questiona e agrada. Vale conferir!
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isa.dantas 18/06/2017

Uma peça muito interessante (e inteligente) sobre a hipocrisia da sociedade.
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Iarley Estrela 14/05/2017

Uma obra atemporal de Nelson Rodrigues, censurada na ditadura militar. O beijo no asfalto é uma peça, um drama em 3 atos que mostra a corrupção que existe entre os políticos e a impressa. Sexualidade, intrigas, falta de ética e crise familiar são os principiais ingredientes desta famosa obra escrita em 1960, com Fernanda Montenegro estreando na primeira montagem de 1961.
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Monito 22/02/2017

'A salvadora da patria' - a mídia.
Este é o verdadeiro tema trabalhado de forma magistral, bom que se diga, pelo autor nesta história: o dito 4° poder. E, justamente em nome desse poder que é viciado em exercer, a dita mídia não raro apresenta exemplos e mais exemplos infelizes de indivíduos que se comportam em maior ou menor grau como o jornalista da trama. Claro que não só no Brasil, mas certamente também no Brasil. E claro que não só no Brasil de ontem, mas principalmente e infelizmente (reflexão minha) no Brasil de hoje. Considerável parte de seus 'soldados' têm o intelecto aguçado, são astutos, perspicazes, mas miseravelmente destituídos de ética, assim como o arquétipo de jornalista esculpido por Nelson Rodrigues. Importante lembrar: ele próprio, Nelson, um jornalista!, prova a um só tempo de conhecimento de causa de de que falta de ética não precisa ser a genética da classe.
O pano de fundo da história é a homossexualidade. Um tema generalizadamente mal resolvido (ainda nos dias de hoje), um verdadeiro tabu, permeado de intolerâncias, de ascos, de ódios e preconceitos, hoje travestido de aceitação, naturalidade e tolerância, mas, à época da elaboração da trama, nem isso; era ainda por cima um tema marginal, sobre o qual não se refletia, muito menos se debatia.
Excelente ilustração de como as pessoas são manipuláveis por esse poder (de o que, quando e como informar), de como as pessoas mal conhecem a si próprias e, portanto, tornam-se incapazes, mais ainda, de decifrar o mundo a sua volta.
Enfim, uma bomba! Dá o que pensar! Só lamento não ter tido a oportunidade de assistir à montagem original da peça, com o elenco de peso que foi arregimentado por Nelson especialmente para dar vida a essa obra de arte!
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Diana 31/07/2015

Curto e grosso
A primeira coisa que me chamou a atenção: as frases e palavras soltas no diálogo entre os personagens. Uma característica literária que até então não conhecia e achei sensacional! A solidão dos personagens é escancarada, seus medos e receios, suas reticencias...

A segunda coisa que me surpreendeu, foi a minha reação e falta de atenção. Nas primeiras páginas ficava me perguntando: poxa qual a ideia aqui o cara beijou outro cara, tá! Mas qual o problema? Depois me atentei a data: década de 60! Pronto! Nelson trouxe a tona o preconceito vivo da época. Assunto delicado hoje, mas tratado como crime na época do livro.

Quero ler mais e mais livros do velho Nelson, não apenas pra satisfazer o clichê de “ter que valorizar” a literatura nacional, não por isso. Mas sim por que é bom! E eu leio aquilo que é bom pra mim, o que me dá vontade.
Marcos.Azeredo 15/02/2017minha estante
É a peça que mais gostei de Nelson Rodrigues, nosso maior dramaturgo, um dos maiores personagens da cultura brasileira. Foi um excelente cronista.




guilhermismos 10/07/2015

Esplêndido e surpreendente
Li a obra por indicação de uma amiga professora. Mal sabia eu que ficaria encantado e devoraria outros do mesmo autor. Entretanto, para quem adentra o universo de Nelson Rodrigues, o paradoxo de brilho imediato e obscurantismo de "O Beijo no Asfalto" é um prato cheio. Polêmico a seu modo, surpreendente e instigante, a obra é capaz de despertar desde o leitor mais voraz ao mais desinteressado. A divisão em três atos requer uma análise detalhada, assim como qualquer obra de Nelson e de qualquer bom autor. De longe, seu melhor livro.
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katarine 20/01/2015

Bato palmas.
Sublime e fantástico!
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Thiago Ernesto 21/02/2014

O Beijo Maior da Dramaturgia Brasileira
Quando decidi ler "O Beijo no Asfalto", admito, não foi por mera curiosidade. O nome de Nelson Rodrigues sempre me rondou. Decidi, a algum tempo atrás, ler "Vestido de Noiva" e, talvez, não consegui entender muito bem o que o autor queria com a peça. Porém, com "O Beijo no Asfalto" pude então ver e compreender a verdadeira direção da obra de Nelson.
Nelson Rodrigues é brasileiro. Não no sentido usual da palavra, é brasileiro mesmo. É o perfeito esteriótipo do tupiniquim. As tragédias de Nelson não acontecem distante do espectador ou leitor, não são um fato a parte simplesmente, acontecem a nossa volta. No Brasil. Talvez nenhum escritor tenha sido tão bem sucedido neste quesito, ou seja, criar, ou reproduzir, a identidade nacional.
Mas, voltando agora para a peça, "O Beijo no Asfalto" se materializa muito a frente de seu tempo. Se em "Vestido de Noiva", Nelson explorou a prostituição, o psicológico e a traição, nesta tragédia Nelson se vira mais para a sociedade do que para a própria introspecção do ser. O dia-a-dia carioca, com seus trabalhadores, com suas ruas, suas lotações, se transfiguram também em personagens na peça. Isso resulta em um organismo vivo que respira, ladra e abocanha o espectador.
Podemos dividir a peça em duas linhas temáticas: "o beijo no asfalto", no sentido literal e "o beijo no asfalto" manchete. Sendo assim a peça de um lado retrata o escândalo do beijo homossexual e de outro a repercussão deste. Ao ler o livro me lembrei muito de "O Pagador de Promessas" de Dias Gomes, onde Gomes retrata também a especulação da imprensa. Porém Nelson vai além de Dias neste sentido. Sua imprensa além de especulativa está aliada ao órgão policial, que após sua incompetência, se une ao jornal.O tema homossexual acaba por constituir a grande interrogação da história e ficar em segundo plano. O final, fantástico da à peça uma dimensão impensável.
Ler Nelson Rodrigues não é simples. Mesmo com menos de cem páginas, merece uma leitura detalhada e cuidadosa, bem como seu autor. "O Beijo no Asfalto" deve ser uma obra obrigatória para todo bom leitor brasileiro. A obra de Nelson é atemporal. A cada dia nasce um novo Brasil, mas todos eles tem um espaço reservado a Nelson Rodrigues.
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Pedro H. 16/10/2013

Nelson genial!
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Debora.Vilar 14/10/2013

Beijo no asfalto é uma drama em 3 atos. No primeiro ato mostra a corrupção existente entre a mídia de comunicação e a polícia, que decidem usar um acidente para abafar os escandâlos da polícia. O resultado é a infelicidade e a separação do casal, pois o marido é acusado de ser amante de um homem que é atropelado e beija-o antes de morrer.
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