Raquel Holmes 08/08/2017
Retendo o que é bom.
Desde a pré-adolescência ouço falar de Rebecca Brown e acho que este é o livro mais famoso dela. Até recentemente, ouvi tantas críticas negativas, que acabei protelando e não lendo este livro, a despeito de minha curiosidade e interesse.
Até que chegou a ocasião de adquiri-lo. Uma livraria entrou e liquidação e vendeu tudo pela metade do preço. Eu, que não queria pagar tão caro por um livro altamente criticado, do qual eu poderia não gostar, decidi que era a hora de fazê-lo. E comprei (juntamente com mais 2 livros também de batalha espiritual de um autor desanimador brasileiro, mas que ainda assim tem algum conteúdo curioso para leitura).
O início de "Ele veio para libertar os cativos" é bastante cansativo, monótono e desanimador. Mas a partir do momento em que Elaine se junta a Rebecca para fazer a narrativa fica um pouco mais interessante.
De fato, há alguns absurdos, e aqui eu nem me refiro extamente aos vampiros e lobisomens, mas a absurdos relacionados a interpretação Bíblica e distorção da Palavra. Fiquei apavorada foi com isso. Versículos soltos forçadamente encaixados em um contexto "nada a ver".
Outro detalhe é que para as autoras, a libertação não acontece instantaneamente, mas gradativamente, com muito esforço de uma pessoa e com uma ajudinha de Deus. Deus é poderoso? É, mas toda hora o diabo dá um trabalhão e Deus cuuussstaaaa a libertar alguém das amarras dele. Pra você ter uma ideia, em meio a uma batalha, Deus torna Rebecca invisível pra fugir da casa dela, mas não expulsa os demônios.
Dentre outros detalhes duvidosos (não digo mentirosos... apenas duvidosos), onde bruxos se desdobram (saem dos corpos) e entram em corpos de animais (algo muito visto nos livros de Daniel Mastral).
Aliás, Notei bastantes semelhanças entre o discurso das autoras e de Daniel.
Eu até recomendaria este livro pro suas partes úteis, mas de fato são tão poucas que acho que não compensa.
Quem quiser ler assim mesmo, leia. E retenha o que é bom.