Macunaíma

Macunaíma Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


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Danilo546 13/09/2021

Eu já sabia uma coisa ou outra sobre a história e sobre a figura emblemática de Macunaíma, mas eu não sabia que a linguagem utilizada por Mário de Andrade é praticamente inacessível. Talvez seja muita ignorância de minha parte (o que eu admito que é uma possibilidade grande), mas eu realmente não tive uma boa experiência com esse livro. O uso excessivo de neologismos é um recurso literário muito interessante e que funciona no texto dele, mas que, para mim, dificultou muito a leitura.
Reconheço, no entanto, algumas coisas interessantes: a viagem pelo Brasil, as menções ao folclore brasileiro e a explicação mítica de coisas do nosso cotidiano.
No geral, não gostei. Quem sabe um dia eu releio e faço as pazes com esse livro.
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gabzsch 02/12/2021

Não era o que eu esperava, mas muito bom.
Macunaíma é um clássico brasileiro, e o meu segundo lido. É escrito com o português falado, não o escrito, como o próprio autor deixa claro. A história é bastante divertida, completamente nonsense. Sei que seria uma leitura muito mais complicada, mas esta edição tem várias notas de rodapé.
Acho que só não dou cinco estrelas pela falta de apego que senti com os personagens e a demora que levei para o terminar. Mas tirando isso, é um livro muito divertido.
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Lipe 05/10/2021

O olhar elitista sobre o Brasil
Adaptação em HQ da obra Macunaíma, de Mário Andrade, autor pertencente a primeira fase do Modernismo Brasileiro (Geração de 22), que buscava uma identidade nacional e ruptura com os padrões estéticos e literários da Europa. É inegável a qualidade da obra em imagens e cores, mas jamais podemos deixar de mencionar que a versão original, sobretudo a caracterização do protagonista Macunaíma e seus atos de antiheroísmo, dizem muito sobre o olhar elitista, e até preconceituoso, que artistas e intelectuais tinham do povo brasileiro no início século XX.
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Fabio Shiva 26/01/2019

sem caráter e genial!
Que livro genial! Certamente uma obra-prima da Literatura mundial, que dá orgulho de ser brasileiro! Ainda que a genialidade maior da obra seja justamente retratar o brasileiro, através do herói Macunaíma, como um ser “sem nenhum caráter”...

A tese da ausência de caráter do brasileiro é apresentada em dois níveis. O primeiro é o caráter como uma espécie de personalidade, uma “entidade psíquica permanente, se manifestando por tudo, nos costumes na ação exterior no sentimento na língua na História na andadura, tanto no bem como no mal”, como define o próprio Mário de Andrade. E ele continua: “O brasileiro não tem caráter porque não possui nem civilização própria nem consciência tradicional”.

E então surge a sacação verdadeiramente genial: “Dessa falta de caráter psicológico, creio otimistamente, deriva a nossa falta de caráter moral. Daí nossa gatunagem sem esperteza (a honradez elástica/a elasticidade da nossa honradez), o desapreço à cultura verdadeira, o improviso, a falta de senso étnico nas famílias.”

É por isso que “Macunaíma” continua extremamente atual: embora tenha sido escrito em 1926 e publicado em 1928, continua botando o dedo na ferida de nossa identidade nacional, tão confusa e sujeita às apropriações mais nefastas. E não é à toa que esse seja um dos livros brasileiros mais estudados de todos os tempos, e que ainda hoje gere polêmica.

Em 1969 o livro ganhou uma versão cinematográfica igualmente genial:
https://youtu.be/DsMm3uG5iRU

A obra de Mário de Andrade já se encontra em domínio público e “Macunaíma” é facilmente encontrado em PDF:
http://bd.centro.iff.edu.br/bitstream/123456789/1031/1/Macuna%C3%ADma.pdf


Eu tive a sorte de ler uma esmerada edição da Agir, que traz ao final um “Dossiê Macunaíma”, contendo vários rascunhos do autor sobre sua obra, de onde extraí as seguintes pérolas:

“Quanto a algum escândalo possível que o trabalho possa causar, sem sacudir a poeira das sandálias, que não uso sandálias dessas, sempre tive uma paciência (muito) piedosa com a imbecilidade”.

“Quanto a estilo, empreguei essa fala simples tão sonorizada, música mesmo, por causa das repetições, que é costume dos livros religiosos e dos contos estagnados do rapsodismo popular. Foi pra fastarem de minha estrada essas gentes que compram livros pornográficos por causa da pornografia.”

“Não sei ter humildades falsas não e se publico um livro é porque acredito no valor dele. (...) Principalmente disso vem o orgulho tamanho que possuo e me impede completamente qualquer manifestação de vaidade.”

“Outro problema que careço explicar é da imoralidade. Palavra que seria falso concluir pela imoralidade e pela porcariada mesmo que está aqui dentro, que me comprazo com isso. Quando muito admito que concluam que me comprazo... com o brasileiro.”

E viva Macunaíma! Viva Mário de Andrade! Viva a Literatura Brasileira!

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2019/01/macunaima-mario-de-andrade.html


site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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jessica.guabiraba 31/01/2023

O Herói sem caráter
"Aí... Que preguiça!" (Macunaíma)
Sempre tive um "medininho" de ler Macunaíma, todas as edições que folheei me assustavam logo no primeiro parágrafo, resolvi comprar a edição da Antofagica, que além de linda, vem com muitas notas de rodapé, facilitando a leitura e a compreensão de termos regionais e/ou criado pelo o autor. O Herói brasileiro, ou simplesmente: o Herói sem caráter, é uma junção de muitas culturas dos povos originários, com crenças populares sertanejas e urbanas. É o folclore brasileiro sendo mostrado no dia a dia de um homem bem espertinho e preguiçoso. São muitas aventuras ao longo de sua trajetória, dores, doenças, amores, saudades, sofrimento, injustiças e heroísmo. Ele se torna imortal por escolha e basta olhar para o céu e avistar a Ursa maior, que você verá Macunaíma. Esse é mais um clássico da literatura brasileira, pois marca uma geração, é uma das obras mais importantes do Modernismo e seu autor, Mário de Andrade, é um dos principais nomes da cultura brasileira da década de 1920. Dessa forma, Macunaíma costuma ser citada nos vestibulares, devido a sua importância na literatura nacional.
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Silmara.Alencastro 22/01/2021

Depois que li sobre o autor entendi melhor a obra! É uma alegoria da história do Brasil.
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Fernanda 02/11/2020

Macunaíma - O Herói Sem Nenhum Caráter
Macunaíma é uma das obras modernistas mais importantes da nossa literatura. Segundo o próprio autor, o livro é uma antologia do folclore brasileiro. Nela foram reunidas muitas tradições orais, folclóricas e ditos populares.
Macunaíma é um herói diferente, ou melhor, é um anti-herói. Nascido às margens do mítico rio Uraricoera, o índio possui características complexas, muito travesso, perspicaz, malandro e um tanto (muito) preguiçoso, o que dá pra imaginar com sua simbólica e reiterada fala "Ai, que preguiça!"
Obra crítica ao romantismo de forma que apresenta um ideal nacionalista peculiar, através de um índio não herói sem caráter, representando o brasileiro daquele período.
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Thalia.Mutuana 27/02/2022

Escrita em menos de uma semana, a inovadora obra de Mário de Andrade, importante expoente do Modernismo no Brasil, viria a ser uma das mais relevantes representações do movimento antropofágico idealizado por Oswald de Andrade.

Macunaíma (1928) é uma rapsódia que se desenrola de forma antológica, reunindo, além do folclore contido na tradição oral, representações das culturas e variações linguísticas presentes em diversas regiões brasileiras.

Em Macunaíma, somos apresentados ao herói “de nossa gente” que cujo nome dá título ao romance. O herói dessacralizado do povo brasileiro, segundo o próprio autor, simboliza a falta de caráter presente na nação (CAMPOS, 2017). Por isso, o herói de nossa gente é um herói que, mesmo preguiçoso, é perspicaz ao se ver diante de situações conflituosas, representando de forma cômica e irônica o famoso “jeitinho brasileiro”.
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Priscila.Pieper 10/11/2020

MACUNAÍMA
Nascido no fundo do mato-virgem, filho do medo e da noite, uma criança birrenta, preguiçosa e de mente ardilosa, nosso herói, ou melhor, anti-herói vem ao mundo. Criado em uma tribo na Amazônia, ele vive aventuras que mais parecem de outro mundo, até banhar-se com mandioca brava e se tornar um adulto formoso.

Em meio a paixões, histórias cabulosas e brigas com os irmãos, Macunaíma vai parar em São Paulo na tentativa de encontrar um amuleto perdido, o muiraquitã. Depois de algumas investidas, o amuleto volta para as posses de Macunaíma, e assim, ele e seus irmãos retornam para a sua tribo na Amazônia. Em seguida, depois de perder novamente o tão amado amuleto, Macunaíma já decepcionado resolve ir aos céus.

Rodeada de polêmica, Macunaíma é por vezes alvo de desgosto por “representar” o Brasil de forma nada representativa. Confuso? Pode parecer, mas Mário de Andrade durante a semana de arte moderna de 1922, deixou claro o intuito de representar a brasilidade, o brasileiro, a nação tupiniquim. Mas muito mais que uma representação, o que ao meu ver, não é em seu sentido literal, mas uma mistura de crenças, estereótipos, culturas e gente, a principal obra do modernismo brasileiro é, ao menos para mim, uma caricatura cômica, fascinante, genial e deliciosa de saborear.

Com um “quê” de rebeldia e revolução, a obra Macunaíma quebra com o romantismo utópico em que índios eram transformados em cavaleiros medievais. A mistura bem feita entre o formal e o temático recheado de neologismos e da fala popular, mais me lembram de Cervantes e os delírios de Dom Quixote. Assim, a obra consegue representar perfeitamente as propostas do Movimento Antropofágico, que tinha como intuito nivelar a cultura brasileira às outras culturas de prestígio, aproveitando as qualidades de outras culturas, enquanto as transformavam em algo genuinamente brasileiro.

Nada mais brasileiro do que essa mistura cultural, não é mesmo?

Boa leitura!
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Kau 06/05/2020

A linguagem da época dificulta um pouco, é preciso muita concentração para entender o que acontece na história. Mas o livro é muito bom, além de contar a história de Macunaíma também apresenta da visão dele, como algumas coisas surgiram (sol, lua, automóveis), apresentando a cultura brasileira daquele período.
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Tati.Lima 27/09/2023

Esse livro foi um surto do Mário de Andrade...
Misericórdiaaaaaaa!!! Q livro mais doido foi esseeeeeeee, meu povo!!! Uma aventura fantástica do protagonista TOTALMENTE anti-herói, em busca de um tesouro. Um clássico da literatura brasileira politicamente incorreto, porque o Macuinaíma é um cara absolutamente safado, cachorro e sem vergonha de carteirinha. O cara é o puro suco da falta de caráter, e suas aventuras são completamente fora da casinha. Mas ao mesmo tempo, é tudo apresentado de uma maneira tão incrível e criativa, q mesmo q o livro não seja essa Coca-Cola toda, como realmente não é, por conta de alguns capítulos extremamente maçante, mas é incontestável, a riqueza de culturas apresentadas por Mário de Andrade. E fecha o caos com o protagonista, começando a história negro e terminando branco. Como eu disse, o livro é um surto total, mas um surto descrito de forma interessante e divertida, porque o livro tem muitos momentos engraçados. A linguagem é um pouco complicada de entender, porq tem muito da cultura indígena e expressões regionais, mas nada q uma recorrida ao Google não resolva. Enfim, eu gostei, não amei, mas gostei bastante.
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@tigloko 12/05/2020

“Espinho que pinica, de pequeno já traz ponta”
Gostei da mistura de alguns personagens do folclore (a maioria eu não conhecia). Essa correlação entre as lendas e a origem das coisas que conhecemos:

“No outro dia quando Macunaíma foi visitar o túmulo do filho viu que nascera do corpo uma plantinha. Trataram dela com muito cuidado e foi o guaraná. ”

Sobre Macunaíma, o herói sem caráter, de fato o apelido casa muito bem com as atitudes dele ao longo do livro. Além das travessuras, ele demonstra um sentimento perverso e mentiroso para com os outros. Por ele somos apresentados aos costumes da época e alguns personagens peculiares.

Contudo, foi um livro arrastado. Foi difícil imergir na história. Eram palavras que fiquei boiando durante a história ou situações surreais em que me via perdido.

Apesar da dificuldade da leitura, foi interessante conhecer esse clássico. Sem dúvida é um livro que precisa de releitura para absorver mais as informações.
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Lendo no mato 12/04/2021

Melhor herói brasileiro possível.
Que surpresa sensacional que foi ler esse livro. Maldita escola que 'estraga' tantos livros bons tentando empurrar em crianças livros densos e excelentes da literatura brasileira.

Nunca li esse livro na escola, mas certamente ele me foi apresentado lá na infância. E obviamente não é um livro infantil. Fico feliz por só tê-lo lido agora. Velho! ? O bom disso tudo é que eu não fazia a menor ideia sobre o que era o livro. ?

Graças ao podcast da #451mhz da revista @quatrocincoum e a entrevista que fizeram com o @emicida, eu fui me animar de ler Mario de Andrade, de ler Macunaíma.

Se você gosta de super herói (Marvel/DC), você vai gostar de Macunaíma.
Se você gosta de mitologia (nórdica, romana, grega, etc), você vai gostar de Macunaíma.
Se você gosta de folclore brasileiro, você vai gostar muito de Macunaíma.
Se você gosta do Loki e suas 'brincadeiras', você vai gostar de Macunaíma.

Macunaíma tá nisso tudo. Tem disso tudo. Um livro escrito em 1928 e com tanto para falar da nossa sociedade. Realmente incrível.

Macunaíma nasce na floresta e descobre o Brasil. Cria mitos, fala dos povos originários, natureza, sociedade, civilização, tecnologia, zueiras extremas! Tem de tudo em Macunaíma. E quanta palavra diferente, Jesus!!! É palavra antiga, é palavra inventada (eu acho), é nome de bicho pra caramba, nome de planta pra caramba. O que certamente é a coisa que mais afasta o leitor. Além de ter um vocabulário da época, Mario de Andrade é conhecido por criar palavras.

Macunaíma é isso, um verdadeiro samba do crioulo doido que é o brasileiro. Macunaíma é realmente o melhor exemplo possível para um herói brasileiro. ????
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Khaolinha 03/06/2022

Gosto como o Mario faz eu me sentir burra...o quanto ele mostra que eu não conheço da cultura do meu próprio país.

O livro é muito bom, é descontraído, divertido e, ao mesmo tempo, pra mim, também foi assustador por ver que uma série de questões como: violência domestica, violência contra a mulher, abuso parental, família disfuncional, relações sociais e urbanas permanecem tão problemáticas quanto a um século atrás, parece que a sociedade não evoluiu grandes coisas nesse período não.

Mario de Andrade e Machado de Assis escrevendo put@R1a eleva isso pra um outro patamar que a galera pode correr muito, mas não tem como alcançar.
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Marivan 25/05/2020

O livro é uma saga de um herói que reflete o povo brasileiro do momento em que foi escrito, um povo sem caráter e que buscava antes de tudo suas conquistas pessoais e nada tinham a ver com a sociedade como um todo. Ele mistura a história e as lendas indígenas.
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