Macunaíma

Macunaíma Mário de Andrade
Angelo Abu




Resenhas - Macunaíma


880 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Amanda.Monteiro 22/04/2024

O herói as avessas e caótico. Seria ele a cara do Brasil?
Macunaíma é um personagem marcante da literatura nacional. Índio retinto, feio e preguiçoso, roda os quatro cantos do Brasil em busca do amuleto deixado pela sua amada que se foi. Ao longo da sua jornada vira peixe, vira cachorro do mato, vira príncipe, vira branco... bem Brasil do Brasil, fazendo de tudo para ter o seu muiraquitã de volta.

        Ler esse livro foi um grande desafio para mim, sendo bem sincera. Muitas vezes a narrativa pareceu confusa, principalmente pela mistura de elementos mágicos e folclóricos com uma linguagem prolixa carregada de referências.

         Entendo perfeitamente a relevância da obra, levando em consideração o que Mário de Andrade estava buscando trazer para a literatura nacional (busca pela identidade literária que transbordasse brasilidade). Mas também acredito que talvez ele tenha se empolgado demais. Achei a essência da história até boa, mas a construção da narrativa é tediosa e confusa. Demorei para pegar no tranco e não curti tanto assim. 
comentários(0)comente



Braz 21/09/2021

Só de lembrar de mim lendo já dá uma agonia.
Crianças não leiam esse livro, aí diz que é brasileiro mas é mentira vc não entende nada
Klívia 22/09/2021minha estante
horrível


Braz 22/09/2021minha estante
você = sensata




rayssagurjao 22/12/2020

Brasilidades
Literatura brasileira intrigante resume um pouco o que é este livro. Ele é difícil de ser decifrado, tem muitas palavras diferentes, uma vez que inclui os nomes de animais e plantas da vasta terra do Brasil, as lendas, os provérbios e o folclore. Não há uma ordem nem espacial e muito menos de cronologia, já que uma hora a história se passa em São Paulo e em outro momento na Paraíba e assim por diante. É um livro engraçado, fantástico e inteligente que tenta apreender o Brasil em amplitude.

O personagem principal é Macunaíma "Nascido no fundo da mata virgem", ele é complexo, fantasioso, nele fica perceptível a tentativa do autor em revelar a diversidade dos traços da formação cultural do país. As características do personagem modificam-se ao longo do texto para que a diversidade prevaleça, o texto é repleto de informação e é ao mesmo tempo fantástico, os detalhes só lendo pra saber.
comentários(0)comente



CinMeireles 17/05/2024

Eu sempre digo que é super válido amar um livro ruim e odiar um livro bom, porque gosto pessoal não tem nada a ver com a qualidade da obra. Macunaíma está aí para não me deixar mentir: é um livro fantástico, genial, inovador - e foi uma das leituras mais maçantes que tive esse ano.

Eu geralmente gosto de livros que brincam com o absurdo e rompem com as convenções. O problema de Macunaíma é que o "absurdo" dele não gira em torno de algum eixo central que dá forma à história - a história É o absurdo. Não há uma lógica interna a ser seguida. É o caos.

Usando uma narrativa em estilo folclórico, em que absolutamente nada é impossível, ele brinca de misturar lendas com fatos, faz críticas sociais, homenageia as diversas culturas que formam a identidade nacional - e isso é muito legal. Só que, por não seguir nenhum tipo de lógica, a história se torna solta demais, meio sem rumo, tudo é muito exagerado e muito caótico - novamente, um caos sem nenhum centro que lhe dê forma - e isso tornou a leitura muito cansativa para mim.

Agora, não dá pra negar a genialidade desse livro. Sua fama é merecida. É engraçado, irônico, debochado, irreverente. Faz críticas sociais, homenageia diversos aspectos da cultura popular, e Macunaíma é, de certa forma, uma mistura de homenagem e crítica ao próprio povo brasileiro. É um livro riquíssimo, e eu queria ter tido a paciência pra apreciar ele melhor. Infelizmente, não foi pra mim.
comentários(0)comente



eriik 01/06/2023

é uma bomba, mas eu entendo a proposta do Mário. eu coringuei tantas vezes lendo isso que pelo amor de deus
comentários(0)comente



bruna 02/03/2023

O Mário de Andrade é um querido!!
a escrita é difícil, muitas vezes eu só segui o fluxo e acredito que já saber muita coisa da história me ajudou BASTANTE a ter noção do que estava acontecendo. Mas o livro é divertidísimo, crítico, transborda conhecimento sobre o folclore brasileiro. Acho que textos críticos e de apoio são essenciais para compreensão da obra e ver como ele cumpre bem o que propõe.
comentários(0)comente



Tamires 16/09/2010

Tem mais sim
Em Macunaíma Mario de Andrade aborda a confusão que é a identidade do povo brasileiro. Índios, portuguese, enfim... todos estes que foram nossos ancestrais e que estão encarnados no neste herói, quer dizer, neste anti-herói preguiçoso; Macunaíma, um índio negro que sai em busca do seu talismã; a pedra Muiraquitã que foi levada por um gigante.
E a grande lógica de Macunaíma é não ter lógica. Ainda tenho muito pra escrever sobre o livro, mas jacaré escreveu? Nem eu.
comentários(0)comente



Cazuz0 26/12/2022

Ai! Que preguiça!...
Se trata de uma leitura que no início pode transparecer muito a frase do título, pois não é um livro de fácil entendimento e pode desanimar o leitor e fazê-lo abandonar a obra.
Mas eu quero incentivar você a lê-lo!
Primeiramente, vale considerar que esta é uma obra da "fase heroica" do modernismo brasileiro, na qual a quebra com padrões estéticos e a busca pela identidade nacional estavam em alta. Eu, como leitor posso fazer uma grande comparação com romances indianistas nos quais o indígena era o herói idealizado (vide O Guarani) e este, no qual o protagonista Macunaíma é considerado um anti-herói sem nenhum caráter como escrito no título do livro. Esta característica não o torna um vilão, mas o torna o oposto de personagens idealizados como Peri, de O Guarani. Isto já é uma quebra e tanto com o nosso padrão literário.

Quero ressaltar a riqueza em variação linguística que esta obra apresenta, misturando aspectos culturais e linguísticos de todo o território nacional, desde as tribos indígenas até os centros urbanos.
Vale muito a pena MESMO ler esta obra e reconhecer o valor que esta tem em se tratar da busca pela identidade nacional, que em um país tão diverso não se poderia esperar menos do que uma obra tão complexa como esta nos pode apresentar.

Eu poderia ficar horas conversando sobre literatura e sobre o significado tão profundo desta obra na construção da nossa identidade nacional, mas tudo que posso recomendar é não seguir os conselhos de Macunaíma, deixar a preguiça de lado e ler esta obra riquíssima.

Ai! Que preguiça!...
comentários(0)comente



Camille 31/12/2021

Um clássico tem seus motivos de ser
Macunaíma é o tipo de livro que eu agradeço por não ter lido na época do colégio. Conforme passava suas páginas e me deparava com uma escrita única, comecei a perceber que você precisa de alguma bagagem para conseguir acompanhá-lo, bagagem de Brasil.

Acompanhar as aventuras do herói sem caráter é viajar pela história e território do nosso país, com um grande tempero dos estados do Norte: se você não conhece absolutamente nada sobre eles e não conseguiria listar dez árvores e animais típicos da Amazônia, nem alguns folclores, provavelmente vai ficar perdido em Macunaíma.

Mas independente do vocabulário e neologismos, ele não é um livro pra se ler ao lado de um dicionário. Os significados pouco importam quando você entende o contexto - sabe aquilo que todos os professores de línguas falam? Então - e embarca na história.

Recomendo para todos os brasileiros, mas fazendo os adendos acima. Bagagem é fundamental para que essa leitura seja fluida e faça sentido.
comentários(0)comente



vasilisamorozko 13/02/2022

Oficialmente Não Vou Reler Esse Livro, Joguei A Toalha Ele Não É Para Mim
"A Máquina era que matava os homens porém os homens é que mandavam na Máquina... Constatou pasmo que os filhos da mandioca eram donos sem mistério e sem força da máquina sem mistério sem querer sem fastio, incapaz de explicar as infelicidades por si. Estava nostálgico assim. Até que uma noite, suspenso no terraço dum arranha céu com os manos, Macunaíma concluiu: - Os filhos da mandioca não ganham da máquina nem ela ganha deles nesta luta. Há empate."

#33 - Não me vejo relendo esse livro outra, mesmo que tenha saído uma nova versão da Antofágica (devia ter pegado ela, mas fui burra), eu não gosto desse livro e admito que meu problema seja ao fato de ser superficial ao ponto de não dar a mínima pra o que o escritor queria passar, sim eu sei, tem todo um conceito mas pra mim tem certas coisas que não descem na garganta, prefiro até beber prego, sinceramente.

Desde que li em 2016 pra escola, eu não me dou bem com essas história, na primeira leitura achei confuso e fiquei meio irritada com certos trechos, nas releituras de 2018/2019 achei problemático e meio sem sentido, já nessa releitura achei chato e cansativo apenas, eu não gosto do Macunaíma ele é um personagem que não me agrada, ele é irritante, "meio" nojento e desagradável, segui-lo em sua jornada foi um constante "porque eu to dando outra chance pra isso? ai deus que chatice" sério, foi como se eu tivesse na escola outra vez.
Esse livro não conversa comigo, e a única coisa que tenho de bom pra falar sobre ele são os pontos sobre a natureza e referência cultural, mas fora isso é uma leitura que não me convence.

comentários(0)comente



mari 22/03/2019

o anti-herói brasileiro
É extremamente difícil reduz Macunaíma a apenas uma estrela, principalmente tendo em mente as dificuldades do autor para publicar uma obra tão excêntrica e inovado em um país ainda sob domínio cultural estrangeiro. Digo para mim mesma que reconheço a importância desse livro para a literatura nacional, e que se não fosse os modernistas, famintos por conteúdos inovadores, essa obra, assim como diversas outras ao redor do país, poderia ter caído no esquecimento. Acontece que, mesmo tendo tudo isso em mente, essa foi uma das piores leituras da minha vida. Talvez eu não esteja madura o suficiente para apreciar Mario de Andrade ou talvez o fato de ter sido uma leitura obrigatória tenha piorada toda a situação, mas essa experiência não agregou muita coisa na minha vida. A parte folclore e algumas tradições indígenas foram os pontos altos do livro. Em relação a estrutura, diálogo e cenas, é meio confuso e na maioria das vezes, eu não fiz a mínima ideia do que estava acontecendo.
Essa obra me faz pensar que, nem tudo que os intelectuais brasileiros ditam como excelente, de fato é.
comentários(0)comente



Julia.Dani 27/02/2022

Macunaíma
Macunaíma é um livro genuinamente brasileiro por todas as nuances, referências, mistura de palavras, lendas e culturas. É uma história que rende muitas risadas mas também reflexões sobre as origens e construção do nosso país. É muito legal ver lendas e palavras que ouvimos na infância misturadas em um só lugar. Além disso, o livro tem uma parte crítica sobre a visão que temos desses povos que é muito importante prestar a atenção e avaliar criticamente.

"Macunaíma enfezou. Deu uma porção de munhecaços na cara da Lua. Por isso que ela tem aquelas manchas escuras na cara"
comentários(0)comente



Rafael 06/03/2022

Folclore e oralidade
Em fevereiro, a Semana de Arte Moderna, marco oficial do Modernismo no Brasil, completou 100 anos. Um dos principais expoentes desse movimento literário foi Mário de Andrade, que viria a nos agraciar, em 1928, com o clássico "Macunaíma".

No livro, à margem do Uraricoera, um dos principais rios de Roraima, vemos nascer "Macunaíma, herói da nossa gente" (p. 18). Ao lado de seus irmãos Jiguê e Maanape, também filhos de uma índia tapanhumas, Macunaíma vive diversas aventuras em contato com outras figuras folclóricas da região amazônica (Curupira; Ci, Mãe do Mato; o gigante canibal Piaimã etc.), em grande parte motivado pela recuperação da sua muiraquitã, amuleto que recebera de sua companheira.

Nesse percurso lúdico, desenvolvido sem qualquer respeito às noções geográficas, aprendemos mais sobre nosso herói, visto como alguém preguiçoso, "muito safado e sem caráter? (p. 223). Mas embora seja uma pessoa que se lembra de "passar a doença nos outros pra não morrer sozinho" (p. 276), é o imperador que identifica os males do Brasil, quem inventa o futebol e se transforma na constelação da Ursa Maior por amor.

Nas páginas finais, com o desfecho da jornada de Macunaíma, vemos a importância da história oral como meio milenar de transmissão de saberes entre povos.

Foi uma divertida leitura! Porém, é perceptível na obra, e ainda mais na sua adaptação ao cinema, em 1969, a presença do odioso ideal do embranquecimento como parâmetro de limpeza e do belo, materializado na alegria que sente Macunaíma, que nascera feio e "preto retinto" (p. 18), ao se tornar branco, após banho em uma água encantada. Na ocasião, seus irmãos lamentam não terem a mesma ?sorte?.

Outra crítica reside no capítulo denominado "Macumba", em que se atribui a Exu, entidade iorubá, o rótulo violento e amedrontador de "Diabo", traço típico da perspectiva cristã colonial.

Curiosidade: aponta o pesquisador Frederico Coelho que Mário reconheceu que só 2 capítulos de "Macunaíma" eram de sua própria lavra; os 15 outros eram de "lendas aproveitadas com deformação ou sem ela". Conta-se que o livro "Vom Roroima zum Orinoco" (1917), do alemão Theodor Koch-Grünberg, foi sua principal fonte.
comentários(0)comente



Lucas 14/01/2022

Indispensável
Macunaíma é um daqueles livros que todo brasileiro deveria ler uma vez na vida. Dito "rapsódia" pelo próprio Mario de Andrade, a narrativa passa por diversos elementos culturais do nosso país ao longo da jornada de Macunaíma para encontrar a muiraquitã.
O "herói sem caráter" tem um sentido ambíguo: imoral/perverso pelas ações que pratica, mas também ainda sem identidade própria, e portanto contém todos os caráteres - retrata, assim, a formação do povo brasileiro.

Aos que forem ler, fica o aviso:
Não é uma leitura fácil e leva um pouco de tempo para se acostumar com a forma de se narrar a história, mas com certeza vale o tempo e o esforço. O livro não tem pretensão alguma de exaltar as qualidades do Brasil, ainda que nos mostre vários aspectos do que chamamos de cultura brasileira, então não se assuste com o personagem.
Dá um desconforto mesmo, mas é no desconforto que surgem as reflexões, e isso o livro promove bastante!
comentários(0)comente



Wellington 07/02/2023

Macunaíma – 4,5
Engraçado e interessante, bom para conhecer folclore indígena. Edição perfeita: glossário, epílogo do autor, arte, qualidade do material são algumas das benesses.

Não é meu tipo. Se a falta de caráter do herói tem sentido histórico (o brasileiro em busca de si mesmo) e faz rir, não deixa de ser imoral: Macunaíma trai, mente, rouba, mata, espalha doenças, extermina, maltrata. É só um egoísta. Não consigo simpatizar.

Pontos positivos: descrição provocativa de São Paulo; as máquinas são as pessoas, ou as pessoas são as máquinas? O folclore é único, nunca vi igual. Gostei que o Sol é mulher. Gosto que todo mundo vira estrela, lua, constelação; há conexão com o céu.

Escrita fluida, mas estranha; é esperado que o leitor não entenda metade dos termos empregados, um problema para quem mede palavras.

Bom livro, mas precisa de olhos mais despretensiosos que os meus.


site: https://www.instagram.com/escritosdeicaro/
comentários(0)comente



880 encontrados | exibindo 181 a 196
13 | 14 | 15 | 16 | 17 | 18 | 19 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR