@bibliotecadedramas 20/05/2024880 páginas. O livro 4 é um baita calhamaço sabe (isso porque também eu já peguei as partes 1 e 2 em um volume só). A Diana é uma escritora que não poupa em detalhes, descrições e dramas e acho que já disse isso em outras resenhas, mas é isso que faz a graça de Outlander. Nesse livro quatro, o casal Jamie e Claire chegam a América e decidem tentar a vida nos EUA e – obviamente, como sempre, nada pra eles é fácil. Primeiramente eles chegam a casa da tia de Jamie – a tia Jocasta e é um período tenso da história porque a autora mostra muito o auge escravidão que ocorreu naquela época, é uma das partes mais tristes do livro pra mim.
Logo depois eles se estabilizam nas colinas e começam a construir Fraser Ridge. Ian, aos poucos, está começando a ganhar espaço na história, é notável o crescimento e o amadurecimento dele, e de agora em diante ele terá um papel bem relevante junto com os índios nativos americanos, aliás, foi meu personagem preferido desse livro.
"Os fantasmas passam por nós e através de nós o tempo todo, escondendo-se no futuro. Ao olharmos no espelho, vemos as sombras de outros rostos olhando para trás no decorrer dos anos; vemos a silhueta da lembrança, sólida numa entrada vazia. Por sangue e por escolha, criamos nossos fantasmas; nós nos assombramos.
Claro que não são esses fantasmas familiares e costumeiros que perturbam nosso sono e nos fazem acordar. Olhe para trás, segure uma tocha para iluminar os cantos escuros. Ouça os passos que ecoam por onde você veio, quando caminha sozinho."
Paralelo a isso temos o “outro lado” da história – com a Brianna atravessando as pedras para encontrar a mãe (por conta de algo muito sério que ela encontrou) e o Roger acaba indo atrás dela. Roger é aquele personagem que você ama e odeia ao mesmo tempo (mais odeia do que ama, na verdade) e que passou pelo pão que o diabo amassou nesse livro 4, eu não gosto muito desse lado conservador que a Dianna colocou nele e que vemos muito disso no início, mas enfim… Brianna como sempre, ao menos pra mim, é aquela personagem passional e sentimental, ela tem o lado impulsivo da mãe e o temperamento teimoso do pai, mas é absolutamente sem graça – tanto no livro como na série. Confesso que a relação dos dois – Brianna e Roger – me cansa um pouquinho, mas no livro também temos a relação bem conturbada dela com Jamie por conta de um entrevem que aos poucos vai melhorando.
Acho que de todos os livros de Outlander até o momento, esse foi o que eu mais demorei pra acabar – até porque eu li outros durante o caminho, a história é pontuada por momentos que não acontece nada e outros que acontece absolutamente tudo, mas o interessante é que, com o tempo, você acaba se acostumando com os calhamaços da Diana, acho que agora vou dar um tempo de uns 3 ou 4 meses com outros livros antes de partir para o volume 5, pois foi exatamente ai aonde eu parei com a série na TV.
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