Ariel

Ariel Sylvia Plath




Resenhas - Ariel


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Manuela 11/04/2014

Um livro à desejo da autora
Antes do suicídio, Sylvia Plath havia organizado, cuidadosamente, seu próximo livro de poesias - os poemas, escritos entre 62 e 63, estariam, segundo a própria autora, entre os seus melhores. A vida tem dessas fatalidades e, após sua morte, a primeira publicação de Ariel não atendeu ao pedido de sua criadora. Seu marido, o então viúvo Ted Hughe, alterou os originais, tanto com a inclusão de outros poemas, escritos um pouco antes, quanto com a exclusão de outros que, ao seu ver, possuíam teor extremamente íntimos. Assim, Ariel acabou recebendo um outro caráter - segundo os críticos, e sua própria filha, que desfez o infortúnio anos depois, quase uma carta de suicídio.

Diferente do que se imaginava à princípio, Ariel possui, antes de tudo, a esperançosa vontade da volta por cima - ultrapassando as questões pessoais, o extremo ciúmes, a insatisfação com o matrimônio, a traição, a separação, entre outras situações que percorreram seus dias. Não sei os motivos que a levaram ao suicídio, mas sei que eles não se encontram expostos em Ariel.

A edição publicada pela Verus é belíssima. Principalmente por ser bilíngue. De pronto, enamorei-me pela capa. O tom sóbrio, sem firulas, trouxeram uma ideia de proximidade. Os fac-similes dos poemas digitados por ela, com correções a caneta e que demonstram a sua caligrafia, são de uma beleza tão singular, que, por vezes, me vi apenas os admirando.

Poesias possuem sonoridade própria, o que torna a tradução muito difícil - me parece que Rodrigo Garcia Lopes e Maria Cristina Lenz de Macedo as fizeram muito bem. Mas não houve como não me render à escrita da própria autora e deixar de lado aquilo que poderia ser. Originais me fascinam. Mesmo que me forcem a usar o meu vacilante inglês.

"[...]
I shall unloose --
From the small jeweled
Doll he guards like a heart --

The lioness,
The shriek in the bath,
The cloak of holes."
Catarinnah 25/05/2014minha estante
Aguardo ansiosa pelo empréstimo desse livro e depois dessa resenha tenho certeza que ficarei admirando também essa obra.


Manuela 18/06/2014minha estante
Prometo o empréstimo na volta do recesso, rs.




Aguinaldo 05/02/2011

ariel
Este belo livro reune 40 poemas de Sylvia Plath. A edição é bilingue, bem cuidada, com fac-símiles das páginas datilografadas originais e com fac-símiles dos vários manuscritos do poema que dá nome ao livro, através dos quais podemos acompanhar a gênese mesma do poema. A primeira edição deste livro é de 1965, mas recentemente, em 2004, o livro foi publicado na forma que se acredita a autora tenha definido como a ideal. A tradução foi feita por Rodrigo Garcia, escritor, acadêmico e poeta ele também, e Maria Lenz de Macedo que graduou-se aqui em nossa gloriosa "universidade federal em santa maria". Ariel e Sylvia Plath sempre geraram controvérsia por conta de uma pretensa adulteração dos originais promovida pelo marida dela, o também poeta Ted Hughes. Como ela suicidou-se pouco depois de terminar de organizar os originais de Ariel, não foram poucos que acusaram o marido de censurar poemas inteiros. Aliás é mais comum ouvir falar de Sylvia Plath em rodas de dicussão feminista ou em debates sobre os direitos das mulheres que em congressos e encontros acadêmicos de literatura. Paciência. O livro inclui um prefácio da filha da autora, a também poeta Frieda Hughes. Pois lendo-o percebe-se que a versão melodramática "mulher frágil e a frente do seu tempo" versus "marido infiel e mutilador de poemas", não corresponde a realidade. Frieda Hughes é muito generosa à memória do pai, tanto como escritor cioso de sua obra e daquela de sua companheira morta, como figura paterna modelar. Não são poemas fáceis, que se prestem a serem recitados em convescotes de poetas tolos, a autora exige concentração e imaginação do leitor. Alguns são curtos e sintéticos, outros bem mais longos e reflexivos. Gostei da série de poemas onde há uma metáfora envolvendo abelhas e balas. Noutro, a menção sofrida ao rio Letes, o rio do esquecimento, é mesmo um repasto para qualquer analista. É bom deixar-se encantar por este belo livro. [início 31/01/2009 - fim 03/02/2009]
"Ariel", Sylvia Plath, tradução de Rodrigo Garcia Lopes e Maria Cristina Lenz de Macedo, editora Verus (1a. edição) 2007, brochura 12,5x18, 209 págs. ISBN: 978-85-7686-026-6
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Aribra 19/05/2009


Traduzir Sylvia Plath não é fácil, e este livro foi traduzido por Rodrigo Garcia Lopes em parceria com Maria Cristina Lenz de Macedo com louvor.
Os poemas são emocionantes, fazem rir, chorar, desesperar... Não tem como não gostar.
Esta edição tem um adendo com notas que fornecem a data em que os poemas foram escritos (“O Enxame”, por exemplo, é de 7 de outubro de 1962), revelam os bastidores de cada um (como indicar que “Canção da Manhã” foi dedicado à filha, Frieda) e trazem explicações de algumas opções estilísticas de Sylvia (como usar a onomatopéia de um tiro de canhão – pou, pou!).
É um bom exemplo do universo poético de Sylvia Plath.
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