Bruna Fernández 24/04/2012Resenha para o site www.LivrosEmSerie.com.brNão acredito que eu seja a melhor pessoa indicada da equipe para fazer a resenha desse livro – ou talvez seja – pois sou fã de carteirinha do seriado Glee. Odeio musicais, mas desde o começo os personagens, as músicas, as apresentações me conquistaram de jeito e Glee se tornou meu guilty pleasure assumido. Entretanto, prometo que vou tentar ser o mais imparcial possível nessa resenha ok? Mas se você já gosta de ver o seriado da FOX, isso já conta muito, caso esteja interessado em ler esse livro.
O mais legal do enredo de O início é que ele se passa exatamente antes do começo da primeira temporada, o que é bem interessante pra quem gosta de detalhes. Ficamos sabendo como começou o lance entre Quinn e Puck, descobrimos como Rachel começou a se interessar por Finn e quando ele passou a olhar Rachel com outros olhos. Acompanhamos o dilema da timidez de Tina e como ela começa a se soltar, como a amizade entre Mercedes e Kurt passa a ser mais do que amizade aos olhos de Mercedes – tipo sério? Nunca entendi como ela não percebeu de cara que o Kurt é gay, mas enfim. Conhecemos esses personagens principais – que já são tão conhecidos de quem acompanha a série – mais profundamente: seus medos, seus pensamentos, seus interesses.
A autora, Sophia Lowell, foi bem fiel ao perfil dos personagens que Ryan Murphy, Brad Falchuk e Ian Brennan criaram. A narrativa é leve e segue mais ou menos o esquema dos episódios da série. O Glee Club existe, mas ainda é liderado pelo Sr. Ryerson, que praticamente não vai às aulas. Fazem parte do coral somente Kurt, Mercedes, Artie e Tina, até que Rachel decide se juntar a eles. Os integrantes do grupo sofrem preconceito no colégio McKinley e são perseguidos e importunados pelos populares – e também pela treinadora Sue Sylvester que faz pequenas aparições no livro. Mas, como sempre, os losers/nerds, se unem, não se deixam abater, e dão a volta por cima.
Apesar de ter curtido a leitura, confesso que é um livro bem bobinho, daqueles que você lê pra desintoxicar, depois de ler um tarugo de mais 500 páginas sabe?! Porém, é bem fácil se perder na leitura e perder a noção do tempo. Mas mesmo assim me peguei várias vezes sorrindo feito uma boba ao ler algumas passagens da história, as pessoas ao meu redor devem ter achado que eu era retardada. E é esse efeito que me agrada em Glee: todo mundo tem problemas, sentimentos e sonhos – até mesmo a pessoa mais babaca e loser que você já conheceu na vida – e você não pode deixar as pessoas te colocarem para baixo só porque elas acham que tem esse direito ou porque elas se julgam melhores do que você.
Como todos os livros baseados em seriados que eu li esse ano (Supernatural, Dexter – está faltando Castle agora), acredito que o público desse livro seja única e somente quem assiste o seriado, pois quem vai querer saber do que aconteceu antes do New Directions existir a não ser as pessoas que já assistiram ao seriado e estão completamente envolvidos com os personagens?! É possível sim ler o livro sem ter visto o seriado antes, o enredo é totalmente auto explicativo, e, com certeza, você vai querer saber o que aconteceu depois.