O estrangeiro

O estrangeiro Albert Camus




Resenhas - O Estrangeiro


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Janaina.CrisAstomo 17/07/2021

Pensar fora da caixa. Teoria do absurdo.
Um homem comete um crime: ele não chorou no velório da sua mãe. E por isso ele foi condenado à morte. O fato de ele ter matado um homem com 5 tiros é um mero detalhe em sua sentença.
Ele sempre denomina sua mãe terna e como "mamãe" e não perde uma ocasião de compreendê-la e de identificar-se com ela (Sartre).
JuKirchhof 17/07/2021minha estante
Ele foi julgado e condenado "antes mesmo" de matar. Esse livro é incrível!


Janaina.CrisAstomo 17/07/2021minha estante
Pois e. Agora estou lendo o qie Sartre falou sobre esse livro. Aravilhoso.




Vanessa Viana 15/05/2023

Indiferença é o que define o protagonista.
O estrangeiro tem o protagonista mais indiferente que eu já vi. Indiferente à vida, indiferente ao trabalho, indiferente aos amigos, indiferente aos afetos, indiferente ao mundo, indiferente à ele mesmo. Transpassa o absurdo e chega a ser "engraçado" em alguns momentos. Esse foi meu primeiro contato com Albert Camus e foi um bom livro para começar a conhecer o autor. 3 estrelas e recomendado.
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Juliana @4livreira 29/03/2021

O vazio do eu
Um livro curtinho, de linguagem fácil e rápida, é aquela história que incomoda muito e te tira da zona de conforto. Foi uma leitura difícil, bem profunda. Nunca tinha lido nada de Camus, e sempre quis ler, fui influenciada pela @tatianafeltrin !

Então, temos o personagem Mersault, (do francês; um trocadilho interessante com meur, sault e sot, que basicamente quer dizer morre idiota/imbecil. Usado para se chamar o bobo da corte.) um homem muito peculiar que começa a trama com a morte de sua mãe, ali pelos anos 1950, na Argélia, África, sob um sol excruciante.

E, sem demonstrar qualquer afeto ou sentimento pela mãe, num velório bem esquisito, com figuras peculiares do asilo onde ela viveu por anos, Mersault segue sua jornada normalmente, como se nada tivesse acontecido. É bizarro.

A obra clássica de Camus se trata do absurdo da vida e do sentido existencial, do vazio e da busca pelo eu. É muito interessante pro leitor que isso é tratado o tempo todo nos diálogos, no "tanto faz" que é repetido em diversas partes.
Uma série de acontecimentos nos leva a segunda parte, que é dividida aqui por um marco na história: um assassinato.

Ah, ele ainda começa um romance com uma jovem que conhece um dia depois de enterrar a mãe, passeia e conhece um vizinho conhecido por ser gigolô e faz amizade com esse homem de caráter duvidoso sem ligar muito pra isso. Ao se deparar com uma cena de violência, testemunha em favor desse amigo, mesmo sabendo que não é certo. É tudo isso que o leva a uma praia e ao clímax final. Sob duras acusações, ofensas, um julgamento longo e um juri duvidoso, temos questionamentos que surgem sobre o personagem, sobre a existência, e acho muito válido, não só pelo ponto de vista psicológico (seria ele psicopata? a obra não aborda essa visão patológica dele), como filosófico.

Recomendo a leitura pra quem gosta de algo mais denso.

Detalhe: o livro não dá nenhuma sensação de empatia com o personagem. Eu não consegui gostar dele em nenhum momento. E isso dificultou muito enquanto lia, é algo que incomoda o leitor. Por isso dei apenas 2 estrelas. Só senti repúdio mesmo.
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lari8 21/05/2020

A barbárie disfarçada de niilismo
Inicialmente, a ideia de um protagonista sem grandes ambições, levemente à deriva da própria vida parece promissora.
Mas a passividade do dito-cujo, com relação ABSOLUTAMENTE QUALQUER acontecimento além de incrivelmente entediante é cruelmente absurda.
É normal nos sentirmos espectadores da própria vida, mas o protagonista sendo completamente inexpressivo elimina qualquer chance de identificação e empatia por ele.
Além do mais, a CANALHICE disfarçada de passividade amena dele, ainda é cúmplice de crimes e abusos. Ele não é menos psicopata do que qualquer assassino, é apenas (irritantemente) passivo.
Vale alguma coisa sua ideia final e central, mas a história usada pra essa construção é repulsiva e irritante.
Guilherme.Dall 21/05/2020minha estante
Discordo completamente. Merseault não foi condenado pelo crime que cometeu, mas sim por não chorar no velório da mãe. Merseault é um estrangeiro por não seguir as regras da sociedade. A morte da minha mãe me destruiria, quero ela o maior tempo possível perto de mim. Mas se alguém não tem condições de receber sua mãe ou se ela própria estaria mais feliz em um asilo, precisamos fazer o contrário só porque a sociedade espera?
Para mim Merseaut é apático por perceber a falta de sentido na nossa existência. Buscamos sentido para tudo, inventamos a religião para nos controlar, consolar, e iludir que somos especiais.
Quando Merseault se nega a receber a aceitar o padre e discursa: "se eu morrer agora ou daqui a 30 anos, no fundo não tem diferença", é porque ele vê a vida como algo seco. A nossa existência em cima de um planeta que orbita uma estrela entre trilhões do universo não tem importância. Para mim, a apatia do personagem a tudo que está ao redor dele é uma metáfora para essa visão existencialista crua.
Acho que a leitura vale muito a pena para pensarmos nesses pontos: matar alguém obviamente é errado, mas esperar reações iguais de todos (morte da mãe, promoção no emprego, casamento) é querer espelhar a força nos outros nossa cultura




Erika 15/04/2020

Superestimado
Mersault é um cara que não tem sentimentos. A mãe morre, e tá tudo bem. A namorada pede ele em casamento e tá, vamos casar então. O amigo espanca uma mulher, e beleza. Ele mata um cara e ãh, preciso de um advogado? Certo.

O cara é uma planta nesse mundo, que não toma atitude nenhuma, e a única coisa de impacto que faz na vida é cometer o assassinato de um homem que não tem nada a ver com problemas seus. E tá tudo bem.

Não sei, não rolou. Sei que é sobre uma pessoa que está a passeio na vida, que se deixa levar por fatos, que pode apresentar problemas psicológicos, talvez até seja um psicopata. Mas não achei isso tudo não, viu?

Mais um clássico da literatura mega aclamado que eu não entendi.
karlinismo 17/04/2020minha estante
Kkkkkkkk


Stackiev 20/04/2020minha estante
Creio que seja um clássico pelo significado que ele carregava - e ainda carrega - numa época conturbada, num mundo cinza, um mundo após presenciar violentos colapsos e grandes atrocidades - as duas guerras mundiais, sobretudo. É uma reflexão, através da filosofia do absurdo que Camus incorporou nesse romance, sobre se vale mesmo a pena atribuir esforços tal como efeito a dar valor à vida.
Já ouvi gente relatar que achou a história chata, arrastada, desinteressante. Porém, acho muito verossímil e fiel ao sentimento de dar-se conta do absurdo e sentir-se desnorteado diante da própria vida, tal como Mersault que não tem ambições, sonhos; não vê futuro, é deixado ser levado pelo tempo - é como dizer: qualquer caminho serve.


Erika 21/04/2020minha estante
Halberstram, justamente esse propósito da história em focar no ?deixa a vida me levar? de Mersault é que não me causou o impacto que talvez eu esperasse.




Chris 20/10/2021

Indiferença
Esse foi o tipo de livro que, no início, parecia que muito chato e enfadonho, mas que foi melhorando muito até chegar ao ápice no final (ou pelo menos a minha forma de percepção do personagem foi ficando mais favorável). Mersault é um francês indiferente a tudo e a todos: não reage à morte ou ao enterro da mãe; não reage ao carinho de Marie; não reage às amizades que vão lhe aparecendo. Tudo é efeito da inevitabilidade e da casualidade natural da vida. Durante páginas, isso torna-se quase insuportável. Mas depois da fatalidade de matar um árabe e ser preso e seguida, a história começou a me envolver. Foi durante seus longos meses de prisão e depois durante os dias de julgamento, que foi possível para mim perceber que ele também é humano: sentiu saudades de Marie, do bairro que morava, dos entardeceres, dos banhos de praia, sentiu vontade de VIVER. A passagem da visita do padre na prisão, com sua sentença de morte já acertada, foi impressionante de se ler, pois, para um homem tão indiferente como ele se mostrara anteriormente, houve demonstração muita emoção e vontade de viver.
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L 04/07/2023

O Estrangeiro
Russos e franceses adoram deprimir o mundo. Se você gosta do tipo leitura que tem o poder de lhe deixar meio melancólico (a) por algum tempo, leia.

PS: Eu sei que Albert Camus não nasceu na França... Mas a alma dele era francesa! ?
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Diego 29/03/2021

O Estrangeiro
Um livro incrível que te faz refletir do início ao fim, uma escrita tão fluída que você não quer parar de ler.
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Gi Santos 04/01/2024

Camus conseguiu criar um personagem tão comum e corriqueiro, tão cansado do mundo, do cotidiano, tão inexpressivo quando a vida requer paixão, que honestamente, é fácil de se identificar e repudiar na mesma proporção. Foi um livro que eu terminei e fiquei com a sensação de "e cadê o resto? Eu quero ler sobre a vida desse cara até ele dar o último suspiro, eu quero saber o que vai acontecer com ele."
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VitAria.Caroline 30/07/2022

Eu demorei pra fazer esse comentário pq não sabia que nota daria para esse livro, acho que por um lado sou sentimental demais para entender e compreender alguém tão apático quanto o Meursault. Mas eu gostei desse exagero e de como o livro conversa conosco, a mensagem que passa.
Mas enfim, ainda acho o Meursault um 🤬 #$%!&
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Serpassan 23/01/2024

Um sujeito comum.
Narrativa sobre um cidadão comum, um homem que não sente as emoções da vida ou até mesmo da morte, uma pessoa que só pensa em si mesmo e tem sua vida transformada por uma circunstância peculiar...
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Eliza.Beth 16/12/2021

Avalanche
Cara, que livro!
Não tem como você ler as primeiras frases desse texto e não ser fisgado imediatamente.
A indiferença do personagem me pegou de primeira.

É o tipo de leitura que cada um pode tirar uma interpretação diferente a depender da sua própria realidade.

Eu não tinha lido a sinopse do livro (graças a Deus) pois o final da primeira parte foi um choque para mim. Completamente inesperado. Completamente contrário ao que se espera do protagonista. O Camus foi tão sensível e inteligente nesse ponto.

Outro ponto no qual o Camus foi sensacional: só parei para pensar na narrativa em primeira pessoa depois que eu terminei o livro. Nós, leitores calejados, já sabemos que narradores em primeira pessoa é desconfiança na certa.
Tive dificuldade para desconfiar do Meursault.

Isso não quer dizer que eu não veja algo de diferente nele. Não sou da área da psicologia, mas ele não me pareceu ter uma mente saudável.

O final foi assim, de puxar os cabelos! Grifei simplesmente tudo da conversa dele final com o padre. Não costumo gostar de finais abertos. Mas esse, eu amei.

Ameiiiii forte. Um livro para ser relido muitas vezes.
Carolina.Gomes 16/12/2021minha estante
A conversa c o padre é absurdamente perfeita! Fico feliz por ter te forçado a ler. Sabia q vc ia amar. ?


Eliza.Beth 18/12/2021minha estante
Nossa, vc me conhece demaaaissss!!! ???
Uma recomendação dessas, bicho!!! Grata como sempre ?


Carolina.Gomes 18/12/2021minha estante
Um livro p ser revisitado?




Maria.anamariaprof 12/04/2020

Amei
Primeira obra desse autor que eu leio. Primeira de muitas!!!!!
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Maro 18/03/2021

Tanto faz. Isso não quer dizer nada.
Um livro curto que dá um tapa na cara.
Estranho, angustiante, incômodo. O livro grita existencialismo, não tem como não ouvir.
Mersault, tão indiferente, narra enterrar a mãe e fritar um ovo no mesmíssimo tom. E é indiferente sem querer usar isso propositalmente para o mal ou para o bem, nem de si mesmo nem de outros. Ele simplesmente é, e tanto faz. Isso não quer dizer nada.
Mas a sociedade tem suas regras e seus padrões de comportamento, e até de pensamento (!), e segui-los ou não gera suas consequências.

Esse é o tipo de livro que você acaba de ler e sente a necessidade de sair correndo pra conversar com alguém. Você quer ler mais sobre, pesquisar, pensar. E agora VOU TER QUE ler O mito de Sísifo.
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Fernanda 22/04/2023

Imperdível!
Primeiro contato com o autor... e que contato!
A forma como se escolheu contar e expressar essa história é visceral e atordoante. Espero ler mais livros de Camus em breve.
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