Ilíada

Ilíada Homero...




Resenhas - Ilíada


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Laura Finesso 06/08/2020

Uma experiência de vida
Tão infeliz quanto os homens não há ser algum, por sem dúvida,/ entre os que vivem na face da Terra e sobre ela se movem.

O poema épico Ilíada narra os acontecimentos do décimo e último ano da Guerra de Tróia, iniciados e perpetuados com a ira do guerreiro Aquiles. Como pano de fundo, temos os deuses escolhendo ora o lado troiano, ora o grego; e também seus próprios desentendimentos entre si. Durante a narrativa, aparecem diversos nomes de heróis gregos conhecidos, como Ajax, Odisseu, Nestor, Heitor e Pátroclo (discípulo de Aquiles).
O ódio de Aquiles que se inicia com o rapto da bela Criseida pelo comandante Agamemnon perdura durante quase todo o livro, e acaba somente com a morte de entes queridos de ambos os lados, troianos e gregos. A poesia é dividida em três partes, de acordo com o ciclo diário em que os antigos gregos escutavam ela dos Homéridas: do I ao VIII, do IX ao XIX e do XX ao XV.
Porém, essa narrativa bem ritmada e fantástica ultrapassa os limites das páginas, se transformando em uma magia que encanta e envolve o leitor a cada verso que se passa. Há um quê de misticismo e paixão nas linhas desse livro, algo que nunca li em nenhum outro. É quase como se essa história de amor e ódio milenar permanecesse ainda hoje, milhares de anos depois, com a chama acesa e ardendo mais que nunca.
Os deuses aqui são tão abstratos que chegam a ser realistas, sempre tão preocupados com seus próprios insignificantes problemas, que quase esqueceram-se da guerra que se passava em nome deles. Contudo, de quando em quando tomavam parte de alguns heróis e interferiam no curso natural das coisas, provocando a ira de Zeus.
Já os heróis, principalmente Aquiles, são representações do modelo de homem ideal grego a ser seguido, belo e bom, disposto a morrer pela honra de sua pátria, sendo assim eternizado na história grega.
Homero (ou os Homéridas) tem uma narrativa surpreendente, precedendo o sentimento de desolação e ruína capítulos antes da tragédia real, cultivando no leitor uma ansiedade que se estende por quase toda a obra. Já as cenas de combate são as melhores que já li, hipnotizantes e com uma sonoridade contínua e envolvente, sendo “épicas” no sentido mais puro dessa palavra. O canto XI, em que Pátroclo morre, então? Foi um dos mais emocionantes da leitura e se tornou também um dos meus prediletos. Mas o último, em que o pai de Heitor vai buscar seu corpo no acampamento grego, denota uma profundidade inexplicável. Demonstra a culpa que Aquiles sente por Pátroclo ter morrido, sem que pudesse socorrê-lo. Mas demonstra também o choque de um pai sentar-se na mesa do assassino de seus filhos para um almoço, uma cena que provoca desconcerto de ambas as partes (“Príamo, o velho Dardânia, o vulto de Aquiles admira,/ sua imponência e estatura, que um deus imortal parecia./ Não menor pasmo de Aquiles se apossa ante a vista de Príamo,/ vendo-lhe a nobre aparência e escutando-lhe os nobres conceitos.”)
Devo dar também muito mérito ao entendimento dessa obra por conta da incrível edição da Nova Fronteira, que conta (sempre) com uma introdução incrível e satisfatória, que faz uma análise profunda da obra.
Além disso, é importante deixar claro que os estudiosos modernos das obras e vida de Homero acreditam que ele, na verdade, nunca foi um poeta só; e que seus poemas advém de séculos de histórias contadas oralmente, que depois foram reunidas em uma unidade sob o nome fictício de Homero. Como o historiador e filósofo Richard Tarnas disse, Homero foi “uma personificação coletiva de toda a memória grega antiga".
Essa obra foi, segundo o consenso científico atual, concebida nos últimos anos do século IX a. C., ou a partir do século VIII a. C.; sendo Ilíada anterior a Odisseia.
Esse livro é uma experiência de vida, e sugiro que todos um dia o leiam. Não é exatamente fácil de ler, mas vale toda a pena. Sua magia e beleza eternizada, seu caminhar único que envolve o leitor, os momentos humanos de rara profundidade… é singular.

site: https://www.instagram.com/livrosecappuccinos/
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Fernanda.Lopes 12/07/2021

Não é à toa que é um clássico
A Ilíada é um dos grandes clássicos da literatura e não é à toa. Além de nos transportar para o mundo mítico da Grécia Antiga, a narrativa é envolvente e não perde em nada para um livro contemporâneo que te prende do início ao fim.

De início, o estilo e a forma podem causar estranheza ao leitor atual, mas essa edição é rica em recursos para eliminar essas dificuldades e a própria leitura, conforme avança, vai se tornando muito tranquila.

Um texto incrível e que vale cada página de leitura!
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Marcos606 27/05/2023

O inicio da literatura ocidenteal e provavelmente a maior obra já escrita
A Ilíada começa in medias res, isto é “no meio das coisas”, Homero tornou famosa essa forma de iniciar uma epopeia e, no caso da Ilíada, o poeta mergulha em sua história nove anos após o ínicio da Guerra de Troia, no momento em que irrompe uma disputa pessoal entre o rei Agamemnon e seu maior guerreiro, Aquiles.

O evento que desencadeou a guerra ocorreu quando Paris, o príncipe de Troia, fugiu de Esparta com a jovem Helena este momento espelha-se com aquele que dá inicio ao poema, já que, Agamemnon rouba de Aquiles uma jovem chamada Briseida, um dos despojos da vitória na batalha. Desta forma, o início da Ilíada repete simbolicamente o início da Guerra de Troia. No entanto, apesar de sua semelhança simbólica, essas duas abduções têm efeitos opostos. Enquanto o rapto de Helena por Paris empurra os exércitos aqueu e troiano para a batalha, o rapto de Briseida por Agamemnon enfurece tanto Aquiles que o guerreiro se retira inteiramente da batalha.

Mais do que a perda de um prêmio, o que mais incomoda Aquiles é o modo como a ação de Agamemnon transtorna as normas da cultura guerreira grega. Para além de uma traição pessoal, o ato indica uma crise nos princípios que norteiam a ética do guerreiro: honra e glória. O rei não agiu com honra, nem conquistou a glória demonstrando bravura na batalha. Mesmo assim, ele sai com o melhor prêmio simplesmente porque está em uma posição de poder. Aquiles não vê motivos para continuar lutando sob o comando do monarca.

Que não se enganem, o tema da Ilíada não é a guerra de Troia em si ou amor entre Paris e Helena, mas a honra do guerreiro Aquiles, Homero não narra a conclusão da própria guerra.

Escrito em meados do século VIII a.C, a Ilíada é geralmente considerada a obra mais antiga de toda a tradição literária ocidental.

O conceito de heroísmo, e a honra que dele resulta, é os grande tema que percorre o poema. Aquiles, em particular, representa o código heroico, e sua luta gira em torno de sua crença em um sistema de honra, em oposição à confiança de Agamemnon no privilégio real.
Sua volta a luta na guerra vem da confiança que sua vitória contra Heitor ira imortalizá-lo.

A eventual queda do herói não é descrita no poema. Que termina com a virada na guerra para o lado dos gregos, e, anuncia a inevitável queda de Troia (para uma descrição do episódio do cavalo leia a Eneida).
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Saymon.Botelho 21/04/2023

VERSÃO DE AUDIOBOOK
Essa versão que li (escutei) é uma versão resumida, por isso a nota baixa, odeio livros resumidos, tiram toda a genialidade do autor.
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Higor 01/03/2022

"1001 LIVROS PARA LER ANTES DE MORRER": LIVRO 02
Considerado o mais antigo e extenso documento literário grego e ocidental existente, "Ilíada" é, sem dúvidas, uma das pedras fundamentais para se entender literatura, seja pelo seu conteúdo épico, em que narra ações e feitos grandiosos de um povo - ou do representante desta nação, como vislumbra a cultura e história, além de seus preceitos filosóficos e religiosos.

Mais que isso, "Ilíada" é um exemplo de literatura tão antiga, datada de 8 séculos antes de Cristo, mas que demonstra como tais recursos literários são tão eficientes, práticos e até mesmo "atemporais". Tudo porque, ao contrário do que se pensa, Ilíada não se propõe a contar a história da Guerra de Tróia, mas faz um recorte de 51 dias do novo ano dos dez da guerra.

Tal recorte, ao contrário do que se pode pensar, não deixa o leitor curioso com o desfecho da Guerra, ou tentar entender o que aconteceu antes até se dar tal momento, até porque a proposta nunca foi contar tal guerra, e sim explicar, de maneira épica, grandiosa, louvável, a ira de Aquiles, suas missões, provações e motivações que desencadearam, desde então, o modo de agir e pensar de uma cultura, no caso, a grega.

Os mecanismos para explanar tanto situações passadas, quanto pincelar situações futuras, não seria menos eficiente e "moderna": essas partes narrativas são contadas em flashbacks ou profecias futuras - a morte breve de Aquiles, por exemplo. Logo, o leitor se vê, já no início do livro, no campo de guerra, no meio de uma batalha que já dura nove anos, e que está desencadeando um novo entrevero particular em meio a tantas armas e sangue. Impossível não encarar este livro com o mínimo de adrenalina!

A ira de Aquiles, filho de uma deusa e de um rei, o maior guerreiro da Grécia, é o fio condutor de uma história de homens e deuses, mas também de um homem encolerizado, embevecido pela raiva, que após perder uma mulher prometida em guerra, decide não mais lutar contra troianos, quando sua presença é essencial para a vitória final, além de, claro, levantar o moral e o ânimo de gregos, após tantos anos de uma guerra aparentemente sem fim. Para que ele decida retornar a guerra, não podia ser diferente: uma situação que o irasse ainda mais.

Tido como um livro-base de lição de moral, código de conduta e comportamento para a época, "Ilíada" é considerado por muitos um livro perfeito, por tratar de assuntos pertinentes não somente à época, mas aos dias atuais, sendo fonte de inspiração não somente na literatura contemporânea, mas no cinema e em outras artes.

Este livro faz parte do projeto "1001 livros para ler antes de morrer", que está mesclado com "O livro da literatura" para eventuais alterações necessárias. Acompanhe os livros anteriores:

LIVRO 01 - A epopeia de Gilgamesh
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Podcast Planeta Palavra 16/05/2020

#01 - ILÍADA, de Homero
Isso é um conteúdo em texto do Podcast Planeta Palavra. Para a versão em áudio, é só clicar no link abaixo, ou pesquisar o Planeta Palavra nas plataformas, como o Spotify.

Acesse o Podcast através do link: https://linktr.ee/planetapalavra

Um podcast sobre livros, seus autores e curiosidades. Uma viagem através da literatura de diferentes origens, por Pedro Cavalcanti e Rafaela Carvalho.

Redes sociais: @planetapalavra | Contato: planetapalavra@gmail.com

Parte 1 - Homero

Por volta de 1550 a 1100 anos A.C., no fim da era do Bronze, uma civilização se desenvolveu onde hoje é a Grécia. Era a civilização micênica. Não se sabe o motivo, se por questões financeiras ou grandes epidemias, mas essa grande civilização começou a fragmentar, e teve seu declínio por volta do século 10 A.C.

As histórias contadas na Ilíada são justamente do período de declínio da civilização micênica, onde alguns especialistas falam em excursões para saques em outras cidades, sendo a batalha de Troia mais um desses saques. A batalha de Troia, o cavalo de Troia, os heróis que lutaram nessa batalha, enchem nossa imaginação e fazem parte da nossa vida. Quem nunca escutou falar dessa história? Quem nunca ouviu falar em Agamenon, o rei de Micenas e seu irmão Menelau, que teve a mulher raptada por um príncipe Troiano? Seja nas músicas, seja nos livros, séries ou filmes a Ilíada sempre esteve entre nós.

Essa história, que é tão famosa desde a antiguidade, é associada a um nome, Homero. Não se sabe quem foi Homero, não se sabe se Homero existiu de verdade, não se sabe se Homero era um homem ou uma mulher, alguns até acreditam que Homero era cego. Provavelmente Homero era um Bardo, ou um Vate, uma espécie de poeta que declamava cantando os versos de histórias que vinham das tradições orais do povo grego.

Homero teria vivido na região da Jônia no século 8 A.C. Era o apogeu do movimento épico, quando diversos bardos andavam pela Grécia cantando os poemas sobre as antigas lendas. Os bardos decoravam os versos e muitas vezes compilavam diversas histórias diferentes para formar o seu show, digamos assim. É por isso que se acredita que a Ilíada é o resultado da soma de inúmeras epopeias menores, condensadas por Homero.

Na época da guerra de Troia o povo de Micenas tinha um tipo de escrita bem rudimentar, era chamada de linear B, era usada para fins burocráticos, na caixa econômica federal de Micenas, ou em alguma empreiteira "Micenence". É claro que esse alfabeto não dava conta dos versos homéricos.

Só no século VIII AC que o alfabeto fenício chegou na Grécia e foi adaptado pelos Gregos, era o mesmo período que Homero perambulava ali pela região. É por isso que alguns acreditam que Homero deixou uma versão escrita dos seus dois poemas, A ilíada e a Odisseia, Odisseia que vamos comentar em outro programa. Os textos de Homero foram sendo escritos e copiados em papiros, mas eles degradavam bastante com o tempo. Como os copistas tinham que reescrever os papiros com os originais destruídos, as histórias começaram a variar de uma biblioteca para outra.

Só no século III A.C. que a versão final da Ilíada foi escrita. Isso ocorreu na famosa biblioteca de Alexandria, no Egito, quando os eruditos Gregos finalmente cunharam os versos que hoje todos nós podemos ler.

Parte 2 - A Ilíada

Agora vamos falar sobre a história contada na Ilíada. Que se passa na Guerra de entre os Aqueus e os Troianos. Eu vou usar Aqueus em vez de Gregos porque os Troianos também eram gregos. Os Aqueus eram os povos da região da Acaia, que também são chamados de Argivos, por serem de Argos. Mas, vamos de Aqueus.

Enfim, o que é narrado na Ilíada só ocorre 9 anos após o início da guerra, e é um relato de cerca de dois meses da guerra apenas. Esse é o recorte que Homero dá para contar a história. O grande mérito da Ilíada é na riqueza e no compendio que Homero fez de outras histórias, principalmente da mitologia grega, que é bem explorada na Ilíada.

Existiram diversas outras epopeias sobre antes, durante e depois da batalha, eram cantadas por outros bardos e condensadas em outros poemas, mas nenhuma dessas histórias teve um corpo tão robusto e ficou para a história como os dois poemas de Homero. Os poemas serviam inclusive para ensinar a moral, a ética e a cultura nas sociedades helênicas.

Vamos à história. A guerra de Tróia, ou Ílion, que é um dos nomes daquela cidade-estado e vem daí o nome do poema, Ilíada; a guerra não começa quando Helena é raptada por Paris na casa de Menelau, que era o rei de Esparta, Esparta vocês já conhecem do filme famoso. A guerra começa bem antes disso. A guerra começa durante o casamento entre Peleu, um homem, e Tétis, uma deusa do panteão marítimo dos deuses gregos. Tanto Zeus como Poseidon queriam casar-se com Tétis, só que um oráculo disse que o filho de Tétis superaria o pai. Daí os dois poderosos não "curtiram" muito a ideia e decretaram que Tétis tinha que se casar com um mortal. Então ela se casa com Peleu, Rei da Ftia, E quem é o filho de Tétis e Peleu? Aquiles! Finalmente falei dele. Ele é o personagem principal da Ilíada. Mas vamos deixar ele um pouco pra mais tarde e continuar falando do casamento.

O casamento foi no olimpo, com toda a plêiade de deuses convidada, menos a deusa da discórdia, Éris, ninguém convida a discórdia pra sua própria festa, Éris era o tipo de Deusa que responderia a pergunta do padre sobre alguém ter algo contra o casamento. Ela resolveu acabar com a alegria do casamento e antes de Tétis jogar o buque Éris enviou uma maça de ouro pra festa, tem uma história famosa de maça em outro livro também, mas na maçã de Éris tinha um recadinho "para a mais bela". Pronto! "ferrou tudo", pois as três deusas mais poderosas, Hera, Atena e Afrodite queriam o título. E ninguém quis ser juiz nessa disputa, e quem "tava" doido? Até Zeus correu da parada e decidiu que um mortal ia decidir quem era a mais bela. Ele escolheu quem? Um troiano, Paris.

Paris era filho do Rei de Troia, Príamo, ele também era chamado de Alexandre. Mas ele não sabia disso, ele vivia como pastor, foi adotado por uma família de pastores, namorava com uma ninfa, filha de um Rio, tinha uma vida pacata. Ele vivia com os pastores porque a mãe dele tinha sonhado que estava dando à luz serpentes flamejantes que se enrolavam entre si, depois pediu aos adivinhos para interpretar o sonho e eles disseram que o bebê ia destruir Troia, o que se tornou verdade, acertou...

Voltando ao casamento... partem as três deusas atrás de Paris. Elas surgem pra ele e explicam que ele tinha que apontar a mais bela entre elas. Todas elas tentaram corromper o rapaz. Atena ofereceu a chefia de uma histórica e vitoriosa guerra. Hera ofereceu a glória de ser o Rei absoluto de toda a Europa e da Ásia. E Afrodite, mais esperta, ofereceu pra ele o amor da mais bela mulher do mundo. É claro que Paris escolheu Afrodite. Nisso Hera e Atena ficaram com muita raiva e juraram destruir Troia, "olhaí" a profecia se realizando.
Então Paris vai visitar a cidade, foi reconhecido por sua família e descobriu que era um príncipe. Depois de um tempo Paris é enviado numa missão diplomática até Esparta, onde morava Helena, que era a mulher mais linda do mundo na época e que era casada com o Rei de Esparta, o Menelau. Afrodite os faz se apaixonarem e Helena foge com ele.

Menelau fica muito louco de raiva, chama o irmão que era o rei mais poderoso da região, Agamenon, Rei de Micenas. Eles reúnem o exército de toda Acaia. Aquiles e Pátroclo vieram da Ftia, Odisseu de Ítaca, Nestor de Girona, Ajaz de Salamina e Diomedes de Argos. Esses eram dos mais importantes guerreiros do lado Aqueu.

Eles reuniram uma enorme frota para partir pra guerra, só que quando iam partir o vento não ajudou. Eles não conseguiam sair e era porque a deusa Ártemis, não queria deixar. Disse pra Agamenon que só deixava eles partirem se Agamenon oferecesse a filha dele, Ifigênia, como oferenda. E Agamenon matou a própria filha, ELE MATOU! Agamenon queria muito ir pra guerra. Esse ato custou muito pra ele, mas isso eu conto em outro episódio.

Então, eles foram pra guerra e ao longo de 9 anos eles lutaram contra os fortes Troianos. Entre os Guerreiros troianos estavam Heitor, príncipe de troia, Eneias, um semideus, Glauco e Sarpédone da Lícia, Polidamente, um comandante troiano... além de diversos outros guerreiros e uma porrada de filhos de Príamo que teve uns 50 filhos. Repetindo, 50 filhos. O que esse homem gastou com fralda, leite e escola foi brincadeira. As coisas iam bem para os gregos até que Agamenon toma a filha de Crises, a Criseida, como escrava. Crises era o sacerdote do templo de Apolo e pede auxílio para o Deus. Apolo desce do Olimpo trazendo uma epidemia.

Agamenon é forçado a devolver a filha pra Crises. Como ficou sem a escrava Agamenon resolveu tomar Briseida, a escrava de Aquiles. Aquiles se enfurece e só não mata Agamenon porque Atena não deixa. Aquiles decide não mais participar da guerra. Por conta desse insulto a mãe de Aquiles, Tétis, sobe ao olimpo e pede pra que Zeus dê a vitória aos troianos. Só que Atena e Hera queriam acabar com Troia. Então Zeus decide que daria vantagem aos Troianos até que o insulto feito a Aquiles fosse reparado. Porém, Zeus também puniria Aquiles por sua arrogância.

A partir daqui eu não vou dar mais tantos detalhes pois eu quero que você leia. Existem versões da Ilíada em versos e em prosa no mercado. Existe até uma Ilíada para adolescentes, que apesar de ser pra adolescentes, pode ser uma experiência muito boa pra te introduzir nesse universo. Escolhe um deles e embarque nesse mundo... que é maravilhoso, né gente? Vamos combinar. Mas, voltando, nesse momento o destaque fica com os outros heróis e suas façanhas. Principalmente Diomedes e Ajax pelo lado dos Acaios e Heitor pelo lado dos troianos. Heitor que estava sendo auxiliado por Zeus durante esse momento da batalha.

Diomedes provoca uma verdadeira matança no exército Troiano, protegido por Atena, ele chega a enfrentar e vencer os principais guerreiros troianos. Quando Diomedes enfrenta Eneias, que é filho de Afrodite com Anquises, um semideus, ele quase mata Eneias e é necessário a mãe dele intervir. Diomedes com ajuda de Atena ataca Ares, o Deus da Guerra, que lutava ao lado dos Troianos e consegue ferir. Os deuses não podiam morrer, mas eles podiam ser feridos quando se materializavam. Ares sobe até o Olimpo pra reclamar com Zeus da ousadia de Diomedes em feri-lo.

Após esse ataque de Diomedes, Zeus intervém, manda um monte de raios e faz com que o exército Aqueu recue. Nesse momento Diomedes é ferido por Paris, com uma flecha no calcanhar... justamente uma flecha no calcanhar. E o que acontece? Ele desdenha de Paris, diz que Paris não sabe atirar e chama ele de um monte de coisa. Ele volta pros navios e o exército troiano avança.

É nesse momento que Heitor, apoiado por Zeus, se engrandece e amassa o exército dos Acaios. Ele leva seu exército pra fora das muralhas Troianas e acampa. Nesse momento é entendido o fim da primeira parte da Ilíada, como também o fim da primeira noite de recitações pelos Bardos.

A segunda parte começa com o ataque de Heitor e seu exército ao acampamento Aqueu. É nessa hora que Ajax lidera a defesa contra os Troianos. Ajax que era o segundo mais forte, só perdia para Aquiles e rivalizava com Odisseu.

Após muito resistir os Acaios chegam no limiar de perder a guerra até que Pátroclo sai com a armadura e as armas de Aquiles pra enfrentar os Troianos. O que só faz sentido se Homero queria dar novas armaduras pra Aquiles, né, já que Pátroclo tinha suas próprias armas. Ao contrário do que os filmes e séries mostram, Pátroclo era um grande Guerreiro e é o único grande guerreiro a morrer durante a Ilíada do lado dos Aqueus. E Pátroclo só morre porque Apolo faz com que ele fique tonto, tira o capacete dele, um guerreiro o fere pelas costas, até que Heitor vem dar o golpe final. Nesse momento Pátroclo destruía o exército troiano, mas Zeus tinha que dar uma lição em Aquiles e já tinha planejado a morte de Pátroclo.

Mas até morrer Pátroclo faz um verdadeiro escarcéu no exército troiano e empurra eles de volta até as muralhas, chegando a quase invadir. Durante a luta Pátroclo mata um dos filhos mais amados de Zeus, Sarpédone. Zeus ainda tenta salvar Sarpédone, mas Hera aconselha a não fazer isso, já que tantos outros Deuses estavam vendo seus filhos morrerem e não podiam fazer nada. Então Zeus é ferido no seu íntimo e fica de mãos atadas. Com a morte de Pátroclo termina a segunda parte da Ilíada e o segundo dia de recitais.

Depois que Heitor mata Pátroclo ele retira a sua armadura e rouba as armas, nesse momento começa uma grande batalha pelo corpo de Pátroclo. É nessa hora que Menelau se destaca, lutando pelo corpo de Pátroclo contra os troianos. Menelau que era um grande guerreiro, mas nunca aparece dessa forma nos filmes. É descrito como loiro e muito belo, o que também não acontece nos filmes. Sempre querem transformar Menelau num vilão, mas, pelo contrário não existem vilões ou mocinhos na Ilíada. Todos são passivos de erros e acertos, dos dois lados.

No fim eles conseguem levar o corpo de Pátroclo de volta. Aquiles ao saber da notícia se desespera, decreta uma semana de jogos festivos em honra de Pátroclo. Sua mãe pede para Hefesto, o Deus do fogo e da metalurgia, construir novas armas para Aquiles. Hefasto o faz e nós temos um canto inteiro apenas para descrever o escudo de Aquiles. Após vestir sua nova armadura Aquiles volta pra batalha, arrependido por ter saído da luta e perdido Pátroclo. Nessa hora o Heitor é aconselhado a entrar com seu exército mais uma vez para dentro das muralhas de Troia, que eram inexpugnáveis, pois o próprio Poseidon tinha ajudado na construção. Mas ele não escuta, cego por arrogância ele acaba enfrentando Aquiles e Morrendo.

Aquiles leva o corpo de Heitor e passa a humilhá-lo atrelando todos os dias o defunto no carro e circulando em volta do túmulo de Pátroclo. No fim da Ilíada Príamo vai até Aquiles para pedir o corpo do filho. Esse é o auge, o ponto chave da Ilíada. A reconciliação dos dois e a devolução do corpo de Heitor é a cena mais bela do texto. O Ilíada acaba com o funeral de Heitor findando o terceiro dia de apresentações dos Bardos. Mas como assim não tem o cavalo, nem a morte de Aquiles pela flecha no calcanhar? É, não tem. A gente vai conhecer o fim da guerra e os outros feitos através de outros textos, entre eles, a Odisseia.

Em toda a ilíada morrem 189 Troianos em combate singular e 53 Aqueus. A descrição das batalhas é de uma riqueza impressionante e os diálogos entre os personagens são dotados de grande filosofia e de conhecimento do Mundo Grego da época. Não é à toa que era um livro que guiava o pensamento militar e governamental das cidades-estados da época. Aquiles é o personagem que mais fala no texto, é dele muitas das reflexões sobre as ações que ocorrem.

Parte 3 - Aquiles

Vamos falar de Aquiles! Aquiles é filho de Peleu, por isso é chamado de Pélida em muitos momentos da Ilíada. Assim como Agamenon e Menelau que são filhos de Atreu e são chamados de Atridas; ou Zeus que é filho de Crono e é chamado de Crônida.

O grande tema da Ilíada é a fúria de Aquiles. Quando Aquiles se irrita por Menelau tomar sua escrava e colocar todo o exército em risco, duas morais do mundo grego vem à tona. Não tomais a escrava do próximo e não abandonais seu exército por uma escrava. Eu aconselho ouvir a canção Mulheres Atenas de Chico Buarque pra entenderem melhor essa questão.

Nesse momento Aquiles discursa sobre o fato de Agamenon liderar. Fala que nunca um Troiano sequer roubou um boi de seu rebanho para que ele viesse lutar contra eles e só veio pelo chamado de Agamenon. Então fica uma lição e uma discussão sobre liderança. Agamenon precisa devolver a escrava pra Aquiles para não perder a guerra e Aquiles pode ver seus companheiros morrer se não voltar pra luta.

Agamenon chega a quase desistir e quer fugir, mas os generais e principais guerreiros não permitem. Diomedes diz que lutará sozinho contra os Troianos se ele for embora. Quando vem a morte de Pátroclo Aquiles se arrepende da sua escolha e enfim, chegando ao limiar dos dois lados, Agamenon desistindo e querendo fugir e Aquiles perdendo o melhor amigo, eles finalmente chegam a uma conclusão, a de que os dois erraram.

Aquiles é avisado pela mãe que se ficasse em Tróia morreria, mas gozaria de fama para sempre. Se voltasse pra cara ele ficaria vivo, mas não seria famoso. Aquiles escolhe morrer pela pátria e ficar famoso. Imaginem como essa lição era vista pelos soldados do mundo grego quando iam para uma guerra? De que é preferível morrer e ter seus feitos cantados do que voltar pra casa. Após sua morte Aquiles se arrepende, mas isso eu vou contar quando falar da Odisseia, é lá que Odisseu encontra Aquiles no Hades e conversa com o Herói.

No fim da história, quando Aquiles encontra Príamo, ele lembra do pai, ele vê o pai em Príamo o seu pai, Peleu, que é da mesma idade de Príamo. Assim como Príamo vê em Aquiles o seu filho, Heitor. Eles percebem que há mais em comum entre os dois do que imaginavam e devolve o corpo de Heitor.

Parte 3 - Mitologia e Natureza

A Grécia está situada no sudeste da Europa, no sul da península balcânica. A Grécia é circulada ao norte pela Bulgária, pelo Macedônia e pela Albânia; ao oeste pelo mar Jônico; ao sul pelo mar Mediterrâneo e a leste pelo mar Egeu e pela Turquia. O país consiste em uma grande parte continental, o Peloponeso, península conectada ao continente pelo istmo de Corinto; e ao redor 3000 ilhas.

Não é à toa que muitas das divindades Gregas se manifestam através do mar. O mar estava para os Gregos como as nossas estradas. Grande parte do comércio e do tráfego de pessoas era feito pelo mar. O seu Deus mais poderoso se manifesta através do raio, é o Deus das tempestades. E são justamente as tempestades o fenômeno natural que mais assusta uma sociedade marítima. Daí você entende o motivo de Zeus se manifestar dessa forma, como também, o seu irmão, Poseidon, que é o Deus dos mares.

Os fenômenos naturais de maneira geral são explicados através de divindades na Ilíada. Os rios eram considerados divindades. Troia ficava localizada no vale do Rio Escamandro, que hoje se chama Kara Menderes e fica na Turquia. Além do Escamandro diversos outros rios aparecem na história, inclusive batalhando contra os guerreiros.

Os ventos também eram divindades, eles eram quatro e cada um sopra a partir de uma direção. Bóreas é o vento norte, vento frio e forte. O palavra Boreal, que indica o hemisfério norte, deriva desse nome. Noto, ou Áuster, é o vento sul, ele aparece pouco na Ilíada. A denominação Austral, que nomeia o hemisfério sul, deriva de Áuster. Euro é o vento Leste e Zéfiro o vento Oeste. Todos os ventos são filhos de Aurora, a Deusa do amanhecer.

Existe uma forte ligação da mitologia também com os fenômenos biológicos. Quando Apolo flecha os guerreiros Aqueus no início da Ilíada ele está provocando uma grande epidemia. Normalmente as doenças indicavam castigos dos Deuses.

O sono é outro Deus interessante, ele é filho de noite e irmão gêmeo da morte na mitologia Grega. O sono, a mando de Hera fez com que Hércules dormisse e o herói acabou se perdendo. Zeus com ódio caçou o sono por todos os lugares, mas Noite, seu pai, o escondeu de Zeus. Isso explica o motivo da gente dormir a noite. Absolutamente tudo pode ser explicado pela mitologia Grega.

O arco-íris, esse fenômeno lindo provocado pela refração da luz do sol nas gotas de chuva, ganhou esse nome por conta da Deusa Íris, ela é a mensageira dos Deuses para os homens, principalmente de Zeus. Imaginem como é comum enxergar Arco-íris antes de uma tempestade, o prenuncio, um aviso.

Em um momento importante da batalha Zeus envia Íris para mandar uma mensagem para Poseidon, pedindo que ele se retire da luta. Poseidon se enfurece, mas cede tamanha é a força do irmão.

Até a passagem das estações no mundo grego era explicada através dos Deuses. Perséfone é filha de Demeter e Zeus. Demeter é a deusa da fertilidade, e Zeus o deus supremo responsável pelas chuvas. Chuva e Fertilidade formam um belo casal. Hades rapta e Perséfone, demeter fica horrorizada e força Zeus a pedir a filha de volta. A tristeza de Demeter tornou toda a natureza estéril.

Zeus tenta recuperar Perséfone, mas ela tinha comido sementes de romã, dessa forma Perséfone não poderia viver fora do submundo. Então Perséfone passa a viver parte do ano com a mãe e parte do ano com Hades. Quando Perséfone está com a mãe a natureza viceja, é a primavera e o verão. Quando Perséfone está com Hades a natureza morre, é o outono e o inverno.

Como quiseram as Moiras, as Deusas dos destinos que governam a vida dos homens, esse episódio acabou. Se você gostou do episódio, compartilha, manda pra aquela pessoa que tu sabe que vai gostar. Estamos em diversas plataformas: Spotify, íTunes, Google Podcasts e outros agregadores de Podcast. Também estamos no Youtube e em todas as redes sociais, no Instagram, Twitter e Facebook!

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Laiz 11/05/2020

- li pela tradução do frederico lourenço que eu achei mais fácil de entender
- tinha uma impressão errada desse livro e acho que subi um patamar enquanto leitora depois dele
- você pega o bonde andando, no último ano da guerra de tróia
- AQUILES ESTÁ BRABO com agamenon e heitor
- não é fácil de ser lido e demanda um tanto de conhecimento prévio sobre geografia, mitologia e história
- as notas do livro ajudam muitíssimo
- poucas cenas são mais tristes do que príamo pedindo o corpo de heitor de volta
(aquiles e patroclo pra mim eram um casal e ninguém me prova o contrário)
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David William da Costa 02/05/2020

História cheia de reviravoltas, simplesmente maravilhosa
O que um livro escrito há mais de 2700 anos é capaz de fazer com nossa imaginação é algo louvável.

Foi minha terceira tentativa de lelê em 6 anos, o que fez eu ver o quanto amadureci como leitor, desta última vez a leitura fluiu graciosamente, me divertir muito, fiquei triste com o desfecho de alguns personagens e me surpreendeu que na guerra não existe o lado bonzinho.

O mais incrível da história é que um dia personagens principais aparece quase no fim do drama e toma conta da história inteira como se o mesmo estivesse em todos os cantos desde o início, além é claro da personagem que "provoca" o estopim da guerra aparecer pouquíssimas vezes e quando o faz vemos uma personagem fraca.

Um livro perfeito recomendo muito a leitura.
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Gabriel Braga 01/05/2020

A bravura de dois povos orgulhosos lutando por sua honra
"[...]os Troianos, cuja força vai sempre em frente;
nem conseguem saciar-se do clamor da guerra equitativa.
De tudo existe a saciedade: do sono e do amor,
do doce canto e da dança irrepreensível.
E destas coisas qualquer homem preferiria saciar o desejo
do que da guerra. Mas os Troianos na guerra são insaciáveis!"
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mat 16/04/2023

Monumental
Foram meses para ler esse poema, e com toda certeza foi a leitura mais desafiante para mim até o momento. Creio que absorvi uma fração da grandeza de conteúdo desses cantos, e ainda assim foi uma experiência que irá ressoar na minha pessoa por muito tempo.

A beleza da escrita é daquelas que são únicas na vida, e ainda em aspectos subjetivos, posso dizer que Aquiles se tornou meu personagem favorito de todos os tempos.

No mais digo que no futuro pretendo reler Ilíada e aproveitar ainda mais o efeito sublime que me causou nessa primeira leitura.
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Diana Helena 30/12/2020

Um clássico para a vida
A leitura de Ilíada em verso é uma experiência sem igual. Com certeza um livro para ser relido incontáveis vezes.

Eu li uma versão simplificada antes (infantil) que me ajudou a seguir bem na leitura, apesar da dificuldade. Não foi simples, já que a linguagem é rebuscada e muitas vezes não tão objetiva.
Para mim, não foi um livro de leitura pro lazer, é uma leitura bastante ativa.
Não consultei o dicionário nem nenhum glossário durante a leitura (nem de Odisséia), pois segui a recomendação do Mortimer Adler no Como ler livros de ler direto na primeira leitura. O meu objetivo agora é fazer uma nova leitura das duas obras, agora sim, fazendo consultas e anotações.

Para todos que gostam de literatura, cultura e história, Ilíada e Odisseia são leituras indispensáveis.

Homero nos leva para um mundo paralelo de uma forma tão real, que chegamos a acreditar que Aquiles, Agamemnom, Heitor e Helena realmente existiram. Mais do que isso: ele nos faz desejar que a história seria real.

A experiência da leitura foi muito melhor do que eu imaginava!
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isabel_fmelo 19/02/2023

A Ilíada.
Um clássico que só tive o interesse e a oportunidade de ler agora. Não lembro do nome de todos, mas amei a escrita, não me deixou com tédio. Nota 5.
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Geek 03/06/2022

Um material histórico
Ilíada é um livro que consegue intrigar com a história e com a forma que foi escrito, pois sendo um dos livros mais antigos da história, sua escrita demonstra a atenção que Homero tinha com suas histórias. Claro que a tradução para o português acaba removendo alguns detalhes ou referências de época.

Esse livro tem uma história que eu considero "legal", mas ao relembrar que isso foi escrito na Grécia antiga quando nenhuma outra obra do gênero epopeia existia, consigo levar esse livro para um patamar muito superior.

Portanto, concluo dizendo que isso não é só um livro, mas sim um material histórico.
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