Louise 07/12/2011"Ela pode controlar seus lobos, mas não seu coração"Essa frase remete perfeitamente ao livro.
Mas uma das coisas que me chamou a atenção depois da capa (admito que a capa me influenciou e muito na hora da compra), foi o comentário do "The Los Angeles Times":
"Um incrível mash-up de guerreiros religiosos e caçadores feiticeiros, de feminismo e opressão social(...)" e outro detalhe que não pude deixar de considerar é em relação a autora Andrea Cremer, Ph.D. em história. Ela sabe o que está escrevendo.
A sinopse me agradou pelo fato de não ser mais uma história com o foco em vapiros, espíritos e anjos, mas sim, lobos. Tirando isso acreditei ser apenas mais um romance glichê com um amor quase impossível a primeira vista, mas que no final tudo dá certo depois de muitos obstáculos e o casal consegue finalmente ficar junto para todo sempre.
Por sorte foi engano meu e por sorte não me deixei levar apenas por suposições e o li. O primeiro capítulo já começa agitado e garantiu o meu encantamento desde o início até a última linha do livro.
Exitem duas matilhas de lobos, conhecidos como Guardiões, que podem também se tranformar em humanos quando bem entenderem e isso é claro para todo mundo o que faz os jovens Guardiões serem tão temidos pelos humanos na escola que frequentam. Eles tem uma vida normal tanto em um corpo quanto no outro: vão em bares, discotecas, tem melhores amigos e paixões. Por outro lado, têm o olfato e paladar mais aguçados, o instinto de caça e a hierarquia entre os alfas e seus seguidores.
A história gira em torno do fato de que Calla, jovem alfa dos Nightshades, deve-se "casar" ou melhor se unir com Renier, alfa dos Banes, criando uma nova matilha mais forte. Um está prometido ao outro desde o nascimento, assim como foi com seus pais e avós, e até então eles só conheciam essa realidade que não podia ser alterada. Mas isso muda quando Cal conhece o humano Shay, um garoto misterioso que ela salvara a beira da morte e que acaba indo estudar na mesma escola que as matilhas. E não, não é simplesmente porque o destino quer que eles fiquem juntos que ele vai parar lá. Há muitas mais coisas a serem descobertas tanto sobre o rapaz que abre a mente da alfa para novas possibilidades quanto sobre o próprio mundo dela que ela apenas pensava conhecer.
Um livro que aborda vários temas, inclusive sociais, como o preconceito e o machismo, que prende realmente a atenção em uma bela escrita nem um pouco parada e bem traduzida. A autora ainda mostra seu talento em deixar o público de certo modo dividido em relação a Shay e a Ren, porque nenhum dos dois é o "perfeito" ou o "vilão".
O final é apenas o final do livro, mas não encerra a história o que me fez ainda virar a página na esperança de alguma informação a mais que provavelmente só virá na continuação saga sabe Deus quando aqui no Brasil.
Super recomendado e não se deixe desanimar com a quantidade de páginas, pois o enrendo, a letra e a estrutura do livro farão a leitura ficar rápida e prazerosa.