Resenhas - A Casa dos Budas Ditosos

Julio.Argibay 04/02/2018

Sade soteropolitano
Pra começar eu queria ler: Viva o povo brasileiro, mas sabe como eh... 600 páginas ... aí.... apelei pra esse de Ubaldo: A casa dos budas ditosos. Me surpreendi, a personagem eh como se fosse o Marquez de Sade soteropolitano e mulher, porem muito melhor, mais filosofico, mais simpático, mais fácil de ler. A personagem principal eh como se fosse uma Madame Bovary mais estilizada, atual, independente e emancipada. Finalizando, como se diz no livro: na epoca se a moça 'desse' em Salvador até em Feira ficava se sabendo. Rssss

Alana 22/11/2016

O pecado capital deste volume é a Luxúria, e o relato desta senhora de 70 anos cumpriu muito bem o que prometia. Para le-lo, é preciso deixar de lado todo moralismo que você, talvez, carregue. Ela não tem papas na língua. Seu erotismo e vocabulário é escrachado, sem pudor algum. Mas engana-se quem acha que o livro trata-se apenas de libertinagem, pois é entre um relato e outro que ela faz questão de expor toda hipocrisia que alimentamos.
No início estranhei o estilo do livro, em forma de depoimento e com marcas de oralidade. Várias reflexões são trazidas, devaneios da personagem. Me incomodou um pouco o uso recorrente de sentenças estrangeiras, o que me deixou cansada da leitura nas suas últimas páginas, mas foi, no geral, uma leitura prazerosa (em todos os sentidos).

Júlia 16/01/2022

LIVRO COM GATILHOS E EXTREMAMENTE NOJENTO
Eu não terminei de ler, não aguentei e tive que abandonar. Só coloquei aqui que terminei pra poder expressar minha indignação com ele nessa resenha.

Que livro mais nojento, nunca li um livro tão horrível quanto esse. Existe outra forma de se falar da luxúria do que abordando zoofilia, pedofilia e incesto.

Esse livro coloca a personagem falando que as pessoas tem a mente fechada pra algumas coisas relacionadas a sexo e tals, mas é uma mera desculpa pra ela poder falar dos crimes que cometeu de forma despreocupada. Sim, pedofilia e zoofilia são crimes!! E que coisa mais nojenta colocar isso em um livro

RoSousaAlenc 16/02/2020

Delicioso
Se você gosta de historias com sexo, e se gostou da trilogia 50 tons, certeza que você vai gostar desse ainda mais!

Verena Cavalcante 28/06/2010

O fator anti-hipocrisia é interessante embora a "autora" tenha sido extremamente hipócrita na época em que cometeu a maior parte de seus atos. Vi comentários de pessoas falando que julgam a sexualidade como promiscuidade, mas gente, oi?, essa mulher É promíscua. Dá para você ser extremamente sexual sem ter que meter com o tio, o irmão, o professor casado etc. e etc. Não acrescentou muita coisa à minha vida, mas é gostoso de ler.

May Luna 01/07/2009

Simples e Ótimo
Esse livros demonstra de forma simples o quanto o tabu de falar sobre sexo é a coisa + normal do mundo!!! As pessoas e as convenções é que o fazem ser 1 bicho de 7 kbças....

Lalá Ribeiro 23/06/2009

Quando me sugeriram esse livro, eu achei que seria uma dificuldade lê-lo porque seria algo vulgar, de mau gosto! Me surpreendi e aprendi que só porque estamos falando de sexo, não precisamos ser ofensivos. Muito bom!

Karen145 13/03/2010

Um sucesso editorial e não poderia ser diferente. João Ubaldo Ribeiro, assim como Dorfman, usa e abusa do estilo obra aberta e escreve o que bem entende. É uma história de uma senhora de 68 anos que, ao descobrir uma doença terminal, narra suas peripércias sexuais com requintes impressionantes de detalhes. Quase uma questão de utilidade pública! Considerado por muitos um livro pornográfico, cito Godard,"Tudo o que se mexe é pornográfico".

FEbbem 18/11/2009

Luxuria
DEPOIS DE “GULA” DE LUIS FERNANDO VERISSIMO E “INVEJA” DE ZUENIR VENTURA, LUXURIA (156 PG – ED. OBJETIVA – 1999) É O TERCEIRO LIVRO DA SERIE PLENOS PECADOS, LANÇADOS COMO ESTRATEGIA MERCADOLOGICA DA EDITORA OBJETIVA NO FINAL DOS ANOS 90.
O LIVRO ABORDA COMO ASSUNTO PRINCIPAL O SEXO EM TODAS AS SUAS NUANCES E VERSATILIDADES: INCESTO, ZOOFILIA, DROGAS, SEXO ANAL, GRUPAL, MANUAL, ORAL E TODAS OUTRAS ANOMALIAS SEXUAIS POSSIVEIS E EXISTENTES SÃO O CONTEUDO DAS PAGINAS QUE PREENCHEM ESTE DEPOIMENTO SOCIOHISTORICOLITEROPORNÔ. OS CASOS VIVIDOS PELA PROTAGONISTA SÃO APRESENTADOS DE FORMA ABERTA E CLARA, DE FORMA A CORAR ATE MESMO, MENTES CONSIDERADAS MODERNAS E FUTURISTAS COMO AS DOS HIPPIES, PUNKS E PADRES DA IGREJA CATOLICA. - JULGO EU.
DE POUCO PARA OFERECER, FOI TAXADO POR VARIOS CRITICOS LITERARIOS COMO PORNOGRAFIA PURA E COMO GRANDE DESVAIRIO DO NOTAVEL ESCRITOR JOAO UBALDO, QUE TEM EM SUAS OBRAS, CLASSICOS CONSAGRADOS COMO: O SORRISO DO LAGARTO; SARGENTO GETULIO E VIVA O POVO BRASILEIRO.
ENTRETANTO NEM SO ENTRE CALVARIOS, PEDRAS E CENSURA TRILHA E HABITA A OBRA DE UBALDO, HÁ OS QUE CONSIDERAM A OBRA MAIS SAGRADA DO QUE A PROPRIA BIBLIA E ALEM DE MANUAL PARA ORGIAS, FESTINHAS ENTRE AMIGOS E CONVENÇOES EM NEVERLAND ELE É TIDO COMO LIVRO DE CABECEIRA, POSSIVELMENTE AO LADO DE REVISTAS DE PAGINAS COLADAS, LIVROS DE KAMA SUTRA E PRESERVATIVOS DA JONTEX.
MAS TAMBEM HÁ O TERCEIRO GRUPO, PROVAVELMENTE A GRANDE MAIORIA:
OS LEITORES - NESTE GRUPO SE ENCAIXA FÃS DE UBALDO, VICIADOS EM BULAS DE REMEDIO, DOENTES CRONICOS E DESAFETOS DO APARELHO TELEVISOR. PARA ESTES O LIVRO É UM OTIMO PASSATEMPO CUJA NARRATIVA, ORA VULGAR ORA EXCITANTE, PRENDE O LEITOR ENTRE CASOS E DIVAGAÇOES FILOSICAS SOBRE O SEXO. A CURIOSIDADE PARA O TERMINO DESSA JORNADA LUXURIOSA, PROMISCUA E AS VEZES TENTADORA EM QUE VIVEU A PROTAGONISTA QUE AGORA PADECE DE UM ANEURISMA, CITADO BREVEMENTE NO LIVRO, COMO FORMA DE MISTERIO.
LONGE DE SER UM BEST SELLER, OU UMA GRANDE OBRA PRIMA, LUXURIA TEM COMO GRANDE CHAMARIZ, A IDENTIDADE DA AUTORIA DA OBRA, SEGUNDO O PROPRIO JOAO UBALDO, OS ORIGINAIS FORAM ENTREGUES EM SUAS MAOS ANONIMAMENTE, ASSIM QUE FOI ANUNCIADO O CONVITE QUE O ESCRITOR RECEBEU DA EDITORA PARA ESCREVER SOBRE TAL ASSUNTO, VERDADE OU NÃO, O FATO É QUE JOAO UBALDO FAZ DISSO UM OTIMO HALIBI PARA ESCREVER SOBRE UM ASSUNTO QUE SE NÃO FOR DEMASIADO TECNICO HÁ DE SER VULGAR E ULTRAJANTE E JOAO UBALDO FAZ COM MAESTRIA O QUE POUCOS SERIAM CAPAZES DE FAZER. NÃO CRIA TRAUMAS, SEQUER CONSEQUENCIAS PARA OS SEUS ATOS, E ABONA DE FORMA SUTIL, SUA POSSIVEL PATOLOGIA SEXUAL, CUJA PROPRIA PROTAGONISTA VE COMO UMA PREDISPOSICAO E UM DOM DOADO POR DEUS A ELA. O DOM DO SEXO, DO QUAL ELA SE LAMBUZOU A VIDA INTEIRA COM PRAZER, SEM CULPA, NEM ARREPENDIMENTOS.

Léo Pezzella 22/09/2010

Bom...
Bom... Apenas isso!

Confesso que quando me disseram que o livro era "pesado" eu não levei tanto a sério, mas realmente o livro conta histórias e palavriado realmente pesado.

Porém, devo ser justo. Mesmo não sendo o tipo de leitura que estou acostumado a fazer, uma vez que você está aberto a "ouvir" o testemunho que o livro nos oferece, a leitura se torna aceitável.

É preciso colocar todos os seus preconceitos e tabus de lado para não se sentir ofendido em grande parte do texto, por outro lado é inevitável não se surpreender com todas as façanhas que foram apresentadas...

Enfim... Se vc não é chegado(a) em um linguajar mais baixo, se você não gosta de nada que aborde o sexo da forma que ele realmente pode ser (seja do seu agrado ou não), realmente não perca seu tempo.
Por outro lado... pra quem "tanto faz" ou pra quem curte uma sacanagem bem pesada... taí uma oportunidade.

Pra mim, esse livro só ganhou um "bom" pois na metade dele, me dei conta de que... aquilo que está no livro e o que acontece nos becos escuros de qualquer cidade... é tudo a mesma coisa e essa realidade pode ser vista nas ruas, nas pessoas e nessas tendências que surgem dia após dia.

Fazer o que né?!

brunoimbrizi 02/11/2010

(pág 58) (pág. 91)
Segundo, e mais relevante, é que eu tinha uma fantasia de meu desvirginamento, que eu acho que tirei da biblioteca de meu avô, um livro grossão sobre a vida sexual, que trazia fotografias de um homem e uma mulher, ambos nus de frente, ambos em posição de sentido, tudo altamente neutro. Mas eu não conseguia deixar de mirar os peitos e os pentelhos dela e o bigode e o pau ddele, passava horas entretida nisso e lendo a descrição de um desvirginamento, feita pelo autor. Não sei de cor, mas é como se soubesse, até hoje sou capaz de repetir essas palavras, do jeito que ficaram em minha cabeça: "E então chega o momento tão ansiado. Sem pronunciar uma palavra, ele fecha a boca da donzela com um beijo decidido entre seus bigodes másculos, insinua seus quadris, delicada mas firmemente, entre as coxas dela e dirige a glande inturgescente para o hímen, então trêmulo e lubrificado pelos fluidos naturais da vagina. Resoluto, ele se assegura, às vezes com a ajuda das mãos, de que está no ponto certo e então, enquanto ela dá um gemido abafado, entre a dor e o prazer da fêmea que finalmente cumpre o seu destino biológico, penetra-a com um só impulso vigoroso, abre-lhe mais as pernas, inicia um movimento de vai-e-vem profundo e, finalmente, derrama-lhe nas entranhas o morno líquido vital, sem o qual ele não é nada, ela não é nada." Essa era minha fantasia, até hoje é, sempre foi um dos meus temas de masturbação favoritos e, não sei se de alguma forma por isso, passei grande parte da vida preferindo homens mais velhos, só depois é que comecei a gostar de homens mais novos, depois que descobri que os mais velhos são putas velhas iguais a mim, não valem nada.

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Algo me diz, falava-lhes eu... Ha-ha-ha-ha! Ha-ha-ha-ha! Ai, meu Deus... Desculpe a crise de riso, mas eu me senti, não sei por quê, meio Lacan, declamando todas aquelas baboseiras desconexas e ininteligíveis, e os crentes tentando decifrá-lo como quem decifra Nostradamus ou a pitonisa de Delfos, quando é claro que ele mesmo não sabia que merda estava falando, suspeito que tomava qualquer coisa para o juízo. Descia as ventas numas quatro carreirinhas gordas e ia à luta. O que se fala e escreve de merda engalanada na França é inacreditável, eu mesma nunca engoli nada dessa empulhação que confunde ininteligibilidade e chatice com profundidade, nem Lacan, nem Godard, nem Robbe-Grillet, nada dessas merdas, tudo chute e chato, e quem gosta é porque foi chantageado a gostar e, no fundo, se sente burro. Sartre ainda tinha umas coisas, se bem que L'être et le néant é a mãe dele, mas ainda tinha umas coisas, às vezes era arrebatador. Não, não tenho nada que me sentir como Lacan, eu... Ha-ha-ha, desculpe, é dessas crises de riso que a gente não consegue deter.

ClAcia6 30/05/2024

Algumas passagens causam bastante incômodo, mas ainda assim vale a leitura.
?É, saudade é besteira, há sempre muita idealização nisso. Eu na realidade não tenho saudade de nada, a não ser do auge da juventude madura, mas eu queria ser jovem trazendo na cabeça tudo o que aprendi até hoje, aí não podia, eu ia ser ditadora do mundo.?

Gersonkr 12/12/2010

Um pouco presunçoso
No começo já está indicado de que alguns podem ficar chocados com o que está escrito, mas com o passar das páginas e com as histórias contadas não vi razão para tanto... Nada de muito importante a acrescentar mas pelo menos não é cansativo. Vale para se distrair em um dia chuvoso.

Ioná 12/12/2010

Perversao ou preconceito?
Sempre me considerei uma pessoa livre de preconceitos de qualquer especie, mas confesso que a leitura desta obra me pegou completamente desprevenida.
Tambem nao me considero uma pessoa moralista, pois ateh hoje nao encontrei um conceito para moral que conseguisse me satisfazer.
Posso dizer que o livro me chocou? Nao... na verdade nao chocou, mas surpreendeu. Surpreendeu por expor minha pequenez, minha sexualidade reprimida, que pela vez primeira posso reconhecer. Antes, eu achava que era a criatura mais bem-resolvida do mundo! Ledo engano. Ainda tenho muito chao que trilhar ate perder o ranco da falsa moral, bons costumes, dogmas religiosos e tantos outros conceitos que nos atravancam.

Devo ser uma das pessoas atrasadas que a depoente tanto cita! E por incrivel que possa parecer, desta vez, nao estou me importando nadica com isso! Tenho certeza que vou viver atrasada, para os padroes dela.

Recomendo.
Terminantemente proibido para menores ou puritanistas mais exaltados.