Teté 20/04/2022
O Caso dos Exploradores de Cavernas
Gostaria de começar dizendo que gostei muito da leitura, e há tempo não leio nada além de artigos e trabalhos, por conta da faculdade. Então quando a professora passou um trabalho de caráter avaliativo através de uma resenha crítica do livro, fui com o mesmo pensamento que tenho ao fazer uma pesquisa qualquer, pois preciso. Mas tenho que ser sincero e enaltecer a obra que esse livro é. Não se trata de ação, não tem uma história que vai te fixar pelos seus mínimos detalhes cheios de singularidade, mas é livro que vai te fazer pensar, é um livro que exercita o seu pensamento crítico.
Não sou falso moralista, mas a maneira como o caso terminou, para mim, foi a melhor possível. Segundo a lei daquela época, a sanção para o assassinato, era a pena de morte. Então analisando de um ponto unicamente jurídico/legislativo, a lei alcançou seu ápice total como coisa julgada e ato jurídico perfeito. Porém, segunda a minha ótica humana, carne e osso, despido de todo qualquer conhecimento jurídico que tenho, ainda que bem pouco. Foi uma situação infeliz, onde aqueles homens agiram desesperadamente para conseguir sobreviver, mas cometeram um crime, e devem ser penalizados por tal.
Uma vez li uma história onde um rei estabeleceu uma regra onde todo aquele que roubasse, teria os dois olhos arrancados, e naquela sociedade não havia um roubo se quer, pois sabiam que sua atitude teria uma resposta direta. Chega um dia em que o conselheiro do rei fala pra ele que pegaram uma criança roubando, e ele sem hesitar manda que arranquem seus dois olhos, mas essa criança era o filho do rei, e ele diz que como um pai, sente a dor do seu filho, e o perdoaria, mas como um rei, ele deu uma ordem, e os dois olhos do garoto foram arrancados. Assim como a palavra de um rei não volta atrás, a ordem também não deve. Aquelas pessoas estavam cientes que assassinato era um crime com pena de morte, e foram julgadas assim. Não é o povo que deve se responsabilizar pela decisão de perdão ou culpa, nem podemos nós, retroceder na lei instituída para benefício próprio ou de outrem. Felizmente, as coisas não funcionam assim.