No caminho de Swann

No caminho de Swann Marcel Proust




Resenhas - No Caminho de Swann


101 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Peterson Boll 28/04/2024

Top literário mundial
Eu já comecei a escrever vários livros, uma boa ideia, uma animação total com o início. Quando estou lá na pela página 20, fazendo a primeira releitura, a verdade vem a tona: que lixo, que desenvolvimento infanto-juvenil, que escrita medíocre a minha. Essa crítica se deve principalmente ao fato de eu desde a tenra idade ler os grandes clássicos, e eis que agora, pela primeira vez me sentindo preparado para "Em Busca do Tempo Perdido", mais uma vez eu tenho a plena convicção de que nem que se eu viva até os 450 anos, não vou conseguir nem chegar aos calcanhares de uma escrita tão absurdamente imersiva e complexa como a de Proust na obra aqui resenhada.

comentários(0)comente



Fernanda 07/01/2010

Um mergulho.

Bem no início nos deparamos com o memorável trecho das madeleines. Recordar o tempo perdido a partir das madeleines molhadas no chá.

Fiquei estática de tanta beleza.

Com o desenrolar do livro, só tive mais certeza que estava diante de melhor.

A descrição da insônia quando criança, enquanto esperava a mãe. Françoise, de uma profundidade psicológica impressionante. Os passeios por Combray! Que vontade de me transportar pra lá imediatamente. Consigo vê-la na minha frente e sonho com o dia em que iriei a Illiers-Combray!



comentários(0)comente



Aurélio 10/09/2009

Excelente. Finalmente entendi o que é o monólogo interior de Proust, achei sensacional. Mal posso esperar para ler o segundo volume de Em Busca do Tempo Perdido.
comentários(0)comente



Andrea 07/11/2010

Tédio e encanto "No Caminho de Swann" em http://literamandoliteraturando.blogspot.com
comentários(0)comente



Danilo 09/10/2011

Melhor leitura da minha vida. Depois dele todos os outros livros pareciam superficiais e insossos. Acabou de certa forma com a minha paixão pela literatura. Leia por sua conta e risco ;)
comentários(0)comente



Ricardo Rocha 17/06/2015

solidão. solidão. solidão.
com sorte, uma madeleine
comentários(0)comente



KenEdy 28/01/2013

Recomendado
São quase 500 páginas nessa que é a primeira parte da obra completa: em busca do tempo perdido, de quase 3500 páginas. A tradução é de Mario Quintana: maravilhosa.
A obra completa foi escrita entre 1909 e 1922; Proust considerou esta obra como o objetivo da sua vida.
Após ler o livro resolvi ler a obra completa: trata das lembranças da vida de uma pessoa culta e aristocrática na Paris do início do século 20, sendo que neste volume vemos as memórias da criança.
comentários(0)comente



Betinha 09/06/2013

"No caminho de Swann" é o início da jornada "Em busca do tempo perdido", dividido em sete volumes que Proust demorou 14 anos para escrever e não chegou a ver sua obra concluída.

Nesse primeiro volume, o narrador conta passagens de sua juventude em Combray, onde sua tia-avó tinha uma casa na qual a família passava férias no feriado da Páscoa. A história é um mergulho nas memórias do rapaz, mas narrada como se fosse um sonho, com divagações, ondulações entre a realidade e a sua percepção, sensações desencadeadas pelo contato com a natureza, com a arte e com a literatura.
Em Combray o narrador realiza passeios diários, que podem seguir por dois caminhos: o de Méséglise que passa pela propriedade de Swann, e o caminho de Guermantes. O vizinho Swann é amigo da família e seu estilo de vida será modelo futuro para o herói proustiano, outra explicação para o "caminho de Swann".

Outro aspecto que se destaca na narrativa são os costumes da época, os hábitos dos dois círculos sociais de Swann: um cercado pela aristocracia e outro em que o amor e a arte se misturam e rejeitam qualquer outra forma de viver. Swann é atormentado por um amor doentio por Odette. A ambiguidade é representada no seguinte trecho: "A gente não conhece a própria felicidade. Nunca se é tão infeliz quanto se pensa" e um pouco depois "A gente não conhece a própria desgraça, e nunca se é tão feliz quanto se pensa".

Não foi uma leitura fácil, ao contrário! A escrita é densa e profunda, as ideias se misturam a ponto de deixar o leitor perdido em algumas passagens, como em uma sequência em que Swann observa alguns quadros e a cena é narrada como se ele fizesse parte de cada um deles. Fascinante, envolvente!

Quanto à edição, minha ressalva é para as notas de rodapé. Apesar de serem explicativas sobre fatos históricos e muitas obras artísticas citadas, muitas delas antecipam fatos que só serão revelados em outros volumes do livro, o que me parece completamente desnecessário.
comentários(0)comente



Gabriel 26/12/2013

Um grande livro sobre sentimentos e emoções
Não sei porque não fiz resenha desse livro ainda. Talvez porque qualquer coisa que eu vier a escrever aqui não seja digno de uma única linha sequer do que Proust escreveu. Este é, sem sombra de dúvida, o livro mais perfeito que já li, tanto no sentido puramente técnico, como no que se refere à emoção contida ao longo de suas 500 páginas (claro, refiro-me ao primeiro volume).
Como não se encantar com a beleza do tema proposto por Proust, que dá nome ao próprio livro, ou seja, a busca pelo tempo que já se foi, que não pode voltar atrás, mas que nos deixa lembranças profundas em nossos corações? Proust analisa, com uma profundidade única, o que há na situação mais que banal, evocando as lembranças involuntárias. Podemos usar como exemplo o caso de um amor platônico que nunca se concretizou por pura timidez de ambas as partes, mas que marcou as descobertas do amor na juventude, e várias das associações que fazemos com esse período mágico, como por exemplo, as músicas que associamos à pessoa amada. Ou as reminiscencias dos sabores de refeições que nossa mães e avós preparavam ao jantar. O que aconteceria se depois de tantos anos, quando nem mais pensássemos no passado, nos deparássemos com essas músicas ou refeições? Talvez nós, que somos jovens, não tenhamos tanta sensibilidade para entender o que Proust nos está a mostrar, pois nosso passado ainda está próximo de nosso presente, mas o tempo correrá logo, e as memórias involuntárias virão. Não é a toa que esse tipo de memória seja muitas vezes designada de memória proustiana, visto a destreza com que o autor soube explorar nossos sentimentos.
Proust escrevia como um bicho-da-seda produz a seda, continuamente, quase que sem interrupções, ao longo de frases e orações enormes, num fluxo constante de pensamentos, em que até mesmo os comentários e descrições são minuciosos, fruto da memória que o autor tem do que ele está narrando, e não descrições de um tempo presente. Ou seja, ele reflete, com toda a experiência de vida ao longo dos anos, sobre tudo o que descreve. Mas diferentemente de descrições que vemos em autores da escola realista, tal qual Eça de Queirós, a descrição desse livro é de uma poeticidade, de uma singeleza cativante, ainda que não tenha nenhum traço que remeta ao romantismo, sendo portanto mais apropriado classificá-lo, só para fins didáticos, como uma obra impressionista, sendo as impressões pessoais a respeito de tudo o que guia a obra. Como exemplo, a descrição do narrador, relembrando sua juventude, a respeito de Méseglise (o caminho de Swann) antes de ver Gilberte, seu amor de infância, e como por conta disso aquele ambiente se tornou tão precioso em sua memória.
Quanto a técnica do fluxo de pensamentos, vários autores a usaram, sendo a mais famosa entre nós Clarisse Lispector. Acontece que Proust soube utilizá-la como ninguém. Seu pensamento contínuo surpreendentemente não foge nunca do foco da narrativa, não perde a coerência, e isso é muito difícil, visto a dimensão da obra. Quem adora Clarisse e nunca leu Proust não sabem o que estão perdendo, apesar do intimismo da brasileira ser bem mais acentuado, mas ao mesmo tempo, confuso.
Este não é um livro em que a narrativa e enredo seja o mais importante; como dito antes, é uma obra a respeito da memória e por consequência, do pensamento. Mas não só isso: é uma grande obra sobre a passagem do tempo e seus efeitos na vida em geral, as mudanças que ele traz, tanto mudanças arquitetônicas (tem uma passagem curiosa que remete ao ditado popular Água mole em pedra dura tanto bate até que fura, a respeito de uma fonte batismal da igreja de Combray), como também na vida das pessoas, no que tange status sociais, personalidade e pensamentos. Um personagem influente numa época numa outra não mais o será, assim como o contrário ocorre. Isso nos mostra a inutilidade de julgar os outros. Nunca sabemos o que o futuro nos aguarda. E não adianta nos vangloriarmos ou nos desprezarmos pelo que somos hoje. Nada é estático.
Além disso tudo, o livro é um reflexo da modificação da vida social. Adentramos no meio da alta nobreza francesa e da burguesia ascendente à luz da segunda fase da revolução industrial, e percebemos seus costumes, suas hipocrisias, seus preconceitos, e além de tudo, a superficialidade e a ociosidade da grande sociedade. O livro nos faz sentir o tédio que os personagens sentem na pele, e isso é um elogio. Além disso, nos deleitamos com a sensibilidade de Proust ao não transformar o retrato que está expondo numa caricatura: desvendamos um humanismo muito grande dentro de corações fúteis, e isso é fantástico. Sua obra não é de crítica e denúncia social, como as obras do realismo, mas antes de uma apreciação de um quadro pontilhado. Proust jamais toma partido de coisa alguma, e isso é ótimo no caso de um romance. Um romance se torna mais completo quando não sabemos que ideais e que personagem ou grupo de personagens o autor se identifica (por isso que as obras com teor panfletário no geral são um tremendo pé no saco).
Em Busca do Tempo Perdido foi dividido em 7 volumes. Esta resenha se refere ao volume 1, denominado No Caminho de Swann. O título se refere aos dois caminhos que existem, a partir da residência do narrador e herói do romance - Combray. De um lado, há o caminho que vai dar para as terras do Senhor de Guermantes, que será melhor explorado no terceiro volume, e Méseglise, que é o Caminho de Swann. Charles Swann é um personagem sofisticado e elegante que exercerá uma longa influência no narrador ao longo da narrativa. Neste primeiro volume, que retrata a infância do herói do romance, somos apresentados ao grande mote de todos os volumes, que é sua jornada em busca de se tornar um escritor. Swann sonhando em escrever uma obra crítica a respeito do pintor holandês Vermeer, porém, não conseguindo ir nunca em frente em seus intentos, por puro tédio e ociosidade, exercendo sobre Marcel (o narrador, que não é Marcel Proust, apesar de a obra ter um grande tom autobiográfico) uma influencia negativa do qual este tem que lutar contra, para que possa realizar seu sonho. Ao mesmo tempo, somos apresentados a Gilberte, a filha de Swann com Odette de Crécy (cuja história será explorada na segunda parte do primeiro volume, numa única parte dos 7 volumes em que há uma narração em terceira pessoa - mas que ainda percebemos ser uma narrativa feita por Marcel por menções a seu avô - denominado Um amor de Swann), que se mostra como a primeira paixão do narrador. As descrições sobre os amores juvenis, ainda que platônicos muitas vezes, estão entre algumas das mais belas passagens do romance. Se alguém compreendeu a natureza do amor, este foi Proust. Na verdade, não tem um tipo sentimento e de sensação que Proust não soube analisar com profundidade magistral. Pois este livro, antes de tudo, é um livro que nos faz ter sensações as mais variadas, indo da mais pura alegria a uma grande tristeza, indo do puro encanto por vislumbrar a luz do dia a mais terrível opressão por se deixar corromper por um amor muitas vezes sem sentido, como no caso de Swann, um homem refinado, que se apaixona por Odette de Créci, que nada tem de brilhante, além de ser uma mulher fútil e de passado suspeito. Quando terminamos a narrativa, pensei que eu mesmo era Swann. Swann somos todos nós.
Ah, tem-se muito a se falar de Proust, e eu bem que queria me deter em cada detalhe da obra, mas são tantos... Proust, ao nos transportar a esse turbilhão de pensamentos, visões críticas, vislumbre, encantamento, ao nos incentivar a encarar um olhar único sobre a infância, nos envolve, transforma sua história em nossa própria história, transformando o EU em NÓS, compartilha o que há de mais bonito no coração humano: o amor. Só posso dizer que se há um livro que merece ser lido e relido, é este.

Outras resenhas: http://oquadropintadodecinzas.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



Henrique 04/01/2014

Lembranças de um mundo que o vento levou.
Um livro que nos leva a uma França inesquecivel, de mundo de camélias e familias que se honravam por seus hábitos e nomenclaturas que possuiam.
O autor tem uma narrativa descrita as vezes dificil para quem tem pouca kilometragem de leitura,mas é rica em detalhes dos lugares, do tempo, dos costumes, do raciocinio que é uma página fantástica do que Marcel Proust é capaz.
Alguns momentos quando descreve os sentimentos do narrador perante as situações de sua infância, rastros de memórias tão vivos que parece estarmos vendo aos nossos olhos.
O personagem Swann com uma auréa enigmática no inicio, e depois o desnuda com uma propriedade única, sem fazer julgamentos, apenas descrevendo os acontecimentos.
É um romance que destila as nossas mentes diante dos amores inatingiveis, diante de nos acharmos muito forte diante daquilo o que nosso próximo possa nos afetar.
No inicio um livro dificil, que muitos vão abandonar, mas com um desenlace e final dignos da reverência que os criticos dizem de Marcel Proust.
comentários(0)comente



Teeh 24/04/2014

Em Busca do Tempo Perdido – No Caminho de Swann de Marcel Proust
"O que censuro aos jornais é fazer-nos prestar atenção todos os dias a coisas insignificantes, ao passo que lemos três ou quatro vezes na vida os livros em que há coisas essenciais"

Já no começo percebemos que Em Busca do Tempo Perdido será uma grande busca por lembranças e, nessa viagem, Marcel Proust nos guiará. Toda a volta começa através de uma xicará de chá, o autor nos revela.

A princípio, Proust nos conta como é estar na casa dos seus avós e como ele sofre de amores por sua mãe, uma pequena criança que fica muito triste por não receber muito carinho de sua mãe antes de dormir. Principalmente quando a sua casa recebe um visitante em especial: Sr. Swann.



site: http://livrosaquaticos.com/2014/04/22/em-busca-do-tempo-perdido-no-caminho-de-swann-de-marcel-proust/
comentários(0)comente



Ana Flávia 09/12/2014

Ler esse livro é se permitir. À vida que não percebemos. Aos momentos que não deixamos nos pertencer. Ao olhar que Proust nos empresta, magistralmente, sobre tudo que está aí e não enxergamos.
comentários(0)comente



101 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR