Adriana1090 22/01/2021
Normalidade é um conceito de maioria?
"O principal ponto do preconceito contra as minorias é este: elas são odiadas porque são temidas."
"Eu sou a lenda" é uma estória de isolamento social, solidão, luto, celibato compulsório e uma estreita e perturbadora relação do protagonista, Robert Neville, com sua própria mente.
Em se tratando de ficção científica, é comum nos perguntarmos durante a leitura "E se isso acontecesse comigo? E se eu estivesse no lugar da personagem? O que eu faria?"
Esse questionamento, além de estimular nossa imaginação, ainda estimula a empatia, não apenas fazendo com que nos coloquemos no lugar do outro, mas além disso, conseguindo nos fazer enxergar um ser imperfeito tal como nós somos, e não como um "super herói" ou um "vilão", isso porque quando sentimos verdadeiramente empatia por uma personagem, essa dualidade de bom versus mau fica, necessariamente, em segundo plano.
Esse livro foi uma experiência completa. Tem ficção científica, horror, terror e um toque de humor que me brilharam os olhos.
Mas afinal de contas, e se todos fossem infectados com um vírus que os transformassem em vampiros, e eu fosse a única pessoa na terra a não me infectar? Nesse caso, quem seria o anormal? Como a nova sociedade lidaria com o "anormal"? Acolhendo-o ou o destruindo?
"Eu sou a lenda" pode ajudar a responder essas questões.