spoiler visualizarJu 20/01/2023
Tragédia sempre á espreita e pouco romance...
É um livro que se passa na Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, então, claro que ia ter muito drama, tragédias, já era esperado e eu amo esse tema desde os tempos de escola, mas a meu ver pecou pela falta de emoção no romance, naqueles momentos que passam aquela sensação de empolgação, de calor no coração, sabe? Teve muita coisa nesse livro que me desagradou, vamos lá...
Entendo que Kassandra foi criada pra ser uma boneca de porcelana a vida toda, madame da High Society, criada em berço de ouro, teve que casar com um homem bem mais velho por meio de um acordo financeiro ( assim deu a entender), ia pra cama com o infeliz na base da cachaça ( champanhe de primeiríssima, na verdade), mas ela já tinha uma veia de mulher mimada mesmo, será que ia mesmo aguentar criar os filhos sozinha sem babá??
Por mais que o trio esposa/marido/amante judeu fossem de boa com a situação, achei um absurdo o marido, Walmar, dizer que passou a amá-la ainda mais ao vê-la feliz com o amante !
Bom, mas se vacilou como marido, como pai foi muito emocionante acompanhar o sacrifício dele pra tentar salvar os filhos do nazismo, coitado, caminhando por quilômetros pra terminar daquele jeito, achei que os filhos mereciam ao menos saber da morte dele, mesmo anos depois, um homem tão importante morrer como um indigente, mas era a loucura da guerra, tudo era possível, infelizmente...
Não gostei muito da Ariana ( logo esse nome??), também a achei meio mimada e, claro, apesar dos perrengues inúmeros que sofreu, teve a sorte de ser muito bonita e, claro poupada de muitas situações piores que outras mulheres sofreram. A garota se apaixona num piscar de olhos, achei isso irritante demais!! Ora o alemão Max ta chorando a morte da família pelas mãos dos nazistas e, de repente, já tá apaixonado por ela, os dos se beijando. Não convenceu mesmo. O romance dela com o Manfred foi muito bonito, mas também achei um tantinho apressado, principalmente da parte dela, que quase foi vítima de estupro, há, o que, um mês?? Mas, o relacionamento deles foi bonito, o mais perto mesmo que teve de romance nesse livro e a morte dele foi mesmo muito triste...
E aí corta pra Ariana dessa vez um pouco apaixonada por Paul, o americano ( que família nojenta, hipócrita, tomei raiva deles, mesmo sabendo que a Ariana, claro teve culpa por ter mentido), novamente rápido demais!!!
E no desfecho se casa com Max, a meu ver spo havia amor da parte dele mesmo, dela me pareceu haver só amizade, gratidão, sei lá, só sei que novamente foi muito forçado, corrido e eu gostaria de saber que fim levou os empregados traidores da família dela, gostaria que o pai dela e o Manfred tivessem um enterro mínimo que fosse, uma homenagem, queria saber até mesmo que fim levou o asqueroso tenente Hildebrandt.
Bom, é isso, não gostei muito da escrita da autora não ( achei aquela parte que o Hitler aparece um tanto vergonha alheia), achei uns diálogos bem bobos e fraquinhos, não sei se é por causa da época que o livro foi escrito ( tem trechos de gordofobia, uso excessivo do termo "exótico¨ pra se referir a pessoas que eles consideram estranhas, diferentes, ok, foi escrito há anos) , mas creio que é o estilo mesmo da autora, esse foi o ´primeiro e último livro dela que leio, pra mim já deu.