Um homem bom é difícil de encontrar

Um homem bom é difícil de encontrar Flannery O'Connor
Flannery O'Connor




Resenhas - É difícil encontrar um homem bom


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Caroline Vital 27/08/2022

Personagens cheios de camadas desconcertantes
Haja estômago! Um livro cheio de maldade, em que mesmo as vítimas são detestáveis.

Maldade às vezes de graça, a maldade pura.
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Bea 12/08/2022

Bom
Nesse livro li bons contos, alguns chatos demais e tive que aguentar. Mas gostei de uns 3 apenas. Levando em conta que não gosto muito desse tipo de livro.
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Thali 27/07/2022

Não conhecia Flannery, até descobrir que ela é considerada uma das principais contistas dos estados unidos. Os contos que eu mais gostei foram o primeiro "Um homem bom é difícil de encontrar" e o último "Refugiado de guerra". A autora "retrata a decadência do sul americano, as complexidades da relação entre homem e Deus e a aridez espiritual dos tempos modernos, bem como a tendência à brutalidade e a perversidade num mundo necessitado da graça divina". Tem algo de grotesco nas histórias, de cruel. Gera bastante suspense e um certo desconforto. Mas é bem palpável a cultura na qual a autora vivia, do sul dos estados unidos, com seus preconceitos, sua forma de vida. No geral eu gostei, fiquei um pouco insegura em relação a qualidade da tradução, mas pra um primeiro contato com a obra achei válido.
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comunistinha 21/07/2022

muito doido
juro, essa última história me chocou demais com o final. alguns contos são bem tediosos, credo, e nem dá vontade de terminar.
a maioria é ótimo e o final é sempre surpreendente. essa edição do livro é linda demais, as obras durante os contos são perfeitas.
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Gigio 25/05/2022

Uma obra que me surpreendeu por sua perspicácia, uma mistura de crítica com humor, mesclando o grotesco com a malandragem, e algumas pitadas de religiosidade, racismo e crítica social.
Comecei a leitura com muita expectativa, e, infelizmente, não foi satisfeita.
Longe de ser um livro ruim, pode-se elencar inúmeras qualidades, mas só me conectei realmente com dois contos, o que dá título à obra e ao "O Negro Artificial".
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Ezequiel.Cesar 30/01/2022

Poderia ser melhor...
...se a editora (Nova Fronteira) dedicasse um pouco mais de atenção nas traduções e revisões de suas publicações. Encontrei vários erros de digitação e concordâncias.
Insistem em usar Mr. e Mrs. ao invés de Sr. e Sra. nas traduções. Quebra o ritmo e atrapalha muito a leitura.
Fora isso, os contos da Flannery O'Connor são excelentes.
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Ane 22/01/2022

É do horror e da maldade que nasce a esperança. Contos sem finais felizes, pessoas preconceituosas, egoístas e aproveitadoras. Nós como como pensamos que somos e o que somos de verdade. Diferente de tudo o que já experimentei ler.
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Val Alves 07/12/2021

Uma escrita assim é difícil de se encontrar
Não é o tipo de leitura para daqueles momentos em que você precisa ler algo apaziguador para restaurar a sua fé na humanidade.

Os personagens da Flannery não são as melhores pessoas. Muito pelo contrário: a maioria deles são as piores possíveis.  Nem todos sociopatas criminosos, não! Grande parte são pessoas comuns, que a gente convive no dia a dia. a questão é que ela não tá empenhada em mostrar o lado bondoso dessas pessoas nem evidenciar sua potencialidade à bondade e às virtudes.  Não pode-se esperar bondade sequer nas crianças.

Mesmo aqueles que a princípio parecem se salvar por uma característica ou outra, no final espantam o expectador com uma atitude questionável. Creio que até mesmo Carl Rogers ao se deparar com a velha Lucynell concordaria que seu potencial para autorrealização não está adormecido, e sim morto e enterrado! E por falar nisso, outra coisa bem característica nessa obra, de uma forma geral, é uma evocação ao fúnebre. Os ambientes são "macabros", ... e até na descrição dos personagens se encontra esse tipo de comparação:

"(...) era uma mulher baixa e, por sua conformação, quase igual a uma urna funerária. "

O que me fez pensar sobre a influência do ambiente em que ela viveu para sua fantasia se apropriar de símbolos que remetem a pulsão de morte e que parecem estar em tudo o que ela vê.  Numa breve pesquisa descobri que ela e o pai morreram jovens devido à mesma enfermidade: o lúpus. O que ocasionou que o fim de sua vida fosse muito sofrido, doloroso e marcado pela precariedade.

O acréscimo de pequenos episódios de humor ácido aqui e acolá quebram por instantes a morbidade do texto que, não fosse por isso, seria pesado do início ao fim.

A maldade em sua narrativa não é descrita como nos noticiários,  de forma alarmante, espetacular, mas é contada de forma corriqueira como se estivesse nos contando algo extremamente comum, chegando até a monotonia. É como se ela nos dissesse "esses eventos que para alguns possa parecer algo absurdo e causar grande espanto são a coisa mais corriqueira de onde eu venho, então tenho propriedade para narrar assim: como um acontecimento bobo e cotidiano".
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Priscila322 30/10/2021

Ruim
Contos sem emoção, sem suspense, nada interessantes.

Pessoas maldosas sem motivo, situações absurdas sem nenhuma explicação a não ser um livro ruim e mal feito.

Primeira vez lendo contos, espero ler algum que seja bom para tirar a impressão ruim.

Fora um ou dois contos que foram interessantes o resto é sofrível e o último insuportável.
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Tiago600 18/10/2021

Uma trama de Hitchcock com mentalidade de Bergman

Flannery O'Connor não deixa nada a desejar para Cormac McCarthy e Faulkner, ambos autores de maior penetração midiática e de mercado. Assim como realmente pode ser posta no hall de grandes contistas como Borges, Tchekhov, Guy de Maupassant e etc. Nesse aspecto concordo ipsis litteris com Harold Bloom acerca do "tamanho" e do real lugar que a autora merece ser posta. Poucos literários souberam explorar o "gótico sulista" tão bem quanto ela.

Dito isso, o mundo exposto por Flannery é um lugar completamente sujo, por vezes intencionalmente caricato (basicamente expressionista) que é infestado de personagens canalhas completamente desajustados e cheio de situações no mínimo atípicas, ainda que reais.  
A escritora imprime uma selvageria na psicologia de seus textos que são muito caros para o ofício do verso. Somasse-se a isso uma visão religiosa muito forte e bastante peculiar que se faz presente em praticamente todos os contos e o resultado final será sempre uma carnificina.

Um exercício mental. Imaginemos o seguinte cenário: Um mecânico cristão dotado de um único braço aparece do nada em um fazenda, seduz a filha única da dona da propriedade. Ele se casa com a garota e depois foge sozinho com vários pertences da família roubados enquanto clama misericórdia pois acredita que o mundo está infestado de maldade. Quantos leitores após esse breve "enredo" de bate pronto não acusariam o ato de ser algo complementamente extrapolado? Praticamente um roteiro de suspense radicalizado? Suspeito que muitos. Eis o pulo o pulo do gato. Para Flannery isso não só é totalmente plausível, na verdade é executado com maestria. Os locais e mecanismos da escritora são sufocantes, onde a mera possibilidade do perdão não está em jogo. Isso que em primeira instância parece uma forçada extrapolação da caricatura, na verdade é tão cotidiano e palpável…tão tangível…ainda que muitos queiram se iludir e sempre ver um mundo em cor de rosa. Enfim. Nos contos da autora assim como na vida as pessoas estão sempre em comunhão, no entanto, a hóstia é sempre de sangue, claro.
David 18/10/2021minha estante
deu vontade de ler


Tiago600 05/11/2021minha estante
Leia sim David, vale a pena. Quando ler, espero que goste ^^




Jessica.Marise 28/09/2021

Grotesco da realidade humana
É um livro de contos e a cada conto lido, me via em situação de paralisação, pensando sobre o grotesco presenciado a cada ação dos personagens.
Porém é bem fácil imaginar que na época (aproximadamente 1955) em que foi escrito, apenas retratava a realidade nua e crua onde o preconceito, o racismo e a religião eram muito próximos ou quase a mesma coisa.
Para quem curte o grotesco estilo Edgar Allan Poe, vale a pena ler.
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Lucas Rabêlo 29/08/2021

À fragilidade humana, uma hóstia de sangue
Cristã inveterada, Flannery não era, no entanto, arredia à realidade existencial. Sua escola é pertencente aos modernistas, escritores que retomam elementos críveis com o viver e sua agruras, abdicando por muitas vezes das passagens exponenciais do romantismo, por exemplo, com agora vieses vanguardistas. Adequada à categoria "gótica sulista", embasbacou leitores afora com sua escrita enveredada ao decadente humano e geográfico do sul norte-americano, dotada de precisão atemporais.

Tendo vivido pouco, o lúpus ceifou sua vida aos 39 anos, em 1964, soube recolher não só a si dentro de sua fazendo na Geórgia, como os elementos necessários para se transformar numa das maiores contistas do ocidente, sem eufemismo. Nesta coletânea estão reunidos dez importantes histórias que exploram o radicalismo, o racismo, a cristandade exacerbada e a xenofobia, delineados numa exposição latente do pensamento, e comportamento, visto, com mais afinco, aliás, ainda nos dias de hoje.

Os contos não agem a partir de um crescendo do enredo, de um clímax explicativo, de um otimismo premonitório; eles são reais, cruciais e explosivos. Há diversos simbolismos e metáforas espalhadas em cada frase, parágrafo, na composição de suas personagens, em suas falas. Aquele sul ali transposto de fundo é o herdeiro da derrota da Guerra Civil, da Primeira Grande Guerra, da Depressão de 30. E seus herdeiros compõe prerrogativas e maneirismos obsoletos insistentemente praticados.

Por exemplo, no conto título, uma avó teimosa e egoísta leva sua família de encontro direto com um perigoso assassino visto por ela numa manchete local; sua paz interior virá da resolução desse homem dito por ela "mau". "O Rio", mergulha em um afluente utilizado como instrumento de batismo cristão do protestantismo, quando reúne um séquito crente nas milagrosas águas, situação toda ironizada pela autora. No "O Negro Artificial", Mr. Head leva seu neto, Nelson, ao espaço urbano diferente de sua morada, o rural; ali, ensina o preconceito contra os negros presentes, habitantes de uma sociedade em formação. Em "Gente Boa da Roça", é a vez da religião posta em xeque novamente quando um vendedor de Bíblias apresenta ser quem não é para uma moça deficiente cientificista. É o contraponto religioso versus científico. Ainda que pareça parcial ao ridicularizar seu povo "caipira" e inapropriado à modernidade vindoura, Flannery remete-se ao paralelismo do ateísmo ou a consequência da falta de fé. É escrevendo sobre o Outro, em detrimento da branquitude, analogia respeitosamente limitada por ela, que irá se preocupar em mais lesar sua etnia frente às demais, sem roubar um local de fala não vivido.

A escritora ainda sim não é uma conversora, ela não limita sua prosa a querer erradicar o mal do mundo, ou mesmo justificar sua podridão pela falta da conduta religiosa. É simplesmente uma pessoa condescendente com os injustiçados, com sua terra (amada mesmo de porém), e reveladora da moral a preço de banana, sem dicotomias, acreditando no ser nocivo, representativo do mal verdadeiro, hoje banalizado. Sua escrita, e sua intenção, ainda é verossímil, e sinceramente, eterna.
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NatAlia.Zangirolymo 28/08/2021

Vale a pena
Flannery O'Connor é uma daquelas autoras que não basta apenas ser lida, ela precisa ser estudada a fundo. A autora expressa sua religiosidade através de suas obras de uma maneira muito peculiar e quase sempre enigmática, julgando e condenando aqueles que praticam pequenas e grandes maldades por falta de fé, ou escondidos sob esta, mas mostrando tudo isso de uma maneira muito crua, as vezes de uma forma mais direta, as vezes através de simbolismos. Alguns contos me deixaram bem apreensiva em relação ao que iria acontecer como "O refugiado de guerra", outros nem tanto. Eu já havia lido o conto " Um homem bom é difícil de encontrar" antes, sem saber nada sobre a autora ou a obra, e me choquei muito no final, por isso esperava desfechos piores para os demais contos, o que não acontece exatamente, e na verdade isso me deixou aliviada, pois não sabia se teria estômago para outro final como aquele.
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