Bartleby, o escriturário

Bartleby, o escriturário Herman Melville




Resenhas - Bartleby, o escriturário


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brunes 07/07/2021

Preferia não fazer
Tomei conhecimento desse livro após procurar outras obras do autor de Moby Dick. De leitura rápida, o livro nos apresenta um atípico copista que é contratado por advogado (que narra a história). Sempre que alguma atividade é solicitada ao escrivão ouve-se as mesmas palavras: preferia não fazer.
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Lucas Rabêlo 04/08/2023

O escrivão fantasma
Novela curta, quase um conto moral, que apresenta a narrativa de um funcionário desprovido da intencionalidade em exercer suas funções laborais no serviço.

Vislumbrado pelo chefe (também narrador), Bartleby funciona como epítome da carga do sistema do capital. Em um cenário que granjeia a ambição e a subserviência do proletário à mecanização do trabalho, melville, que anos antes redigira em "Moby Dick" o desenvolvimento de um processo obsessivo, faz seu personagem -modelo, à contramão daquele material, normalizar a estranheza da abdicação do excesso de seu ofício.

Bartleby a princípio será incompreendido pelo leitor e seus convivas do texto; pelo patrão, que enxerga no imperativo de seu servidor uma ameaça como um panfleto de autocomiseração. O que foi premeditado mesmo é a verdadeira exaustão do corporativismo.
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Fabi 29/03/2023

Desperta várias interpretações
Ah! gente, que conto bom de ler. Adorei. Impressionante como ele dá margem para diversas interpretações. Bartleby, um escrivão "palidamente limpo, tristemente respeitável, incuravelmente desamparado" contratado como copista em um escritório de advocacia, simplesmente começa a recusar a realizar algumas tarefas e sua explicação é simples: Prefiro não fazer. A história é tão bem escrita que você começa a imaginar motivos e entra no embalo do enredo. Prefiro não contar mais pois corro o risco de dar spoilers. Após ler essa edição, acabei comprando também o da Antofágica pelos textos extras.
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Luiz.Fernando 16/06/2021

"Eu prefiro não fazer"
Conto de Herman Melville originalmente publicado em duas partes, fala de um advogado, dono de um escritório, que contrata o escrivão do título.

No início, o Bartleby parece um funcionário dedicado, que não sai do escritório nos intervalos, etc. Depois ele começa a se recusar a fazer suas tarefas, e parece morar no escritório.

Confesso que esse "prefiro não" me irritou bastante na leitura ksksks. Mas foi uma leitura rápida, no geral. Ficamos curiosos para descobrir o porquê do caráter negacionista e passivista do escrevente.

"Ah, Bartleby! Ah, humanidade!"
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Gabriela 09/04/2021

Tenso
O conto todo passa uma atmosfera completamente gótica (bem do romantismo norte americano mesmo), por mais que se passe em wall street.
Eu sou chata pra algumas coisas. Gostaria que a tensão aumentasse ainda mais durante a leitura. Mas o conto simplesmente acabou.
É ótimo pra reflexão sobre desobediência civil.
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Cris 02/07/2023

02.07.2023
Livro curto, mas instigante. O personagem principal, um escrevente de um escritório de advocacia que um dia resolve dizer "prefiro não fazer" para tudo que lhe pedem. Narrativa que nos faz ler sem querer parar para descobrir quem é esse homem diferente, intrigante da história. Gostei!
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Steph.Mostav 20/04/2021

"I would prefer not to."
Na primeira leitura, não cheguei a associar os autores, mas depois de reler, foi espontâneo associar essa novela de Melville com o tipo de histórias que Kafka escreveu. Bartleby pode ser visto como Kafka antes de Kafka, como Borges chamou de "fantasias do comportamento e sentimento". É uma narrativa do exaspero de um narrador que não se nomeia e cuja vida é tão desinteressante que nem mesmo ele nos dá mais detalhes sobre si mesmo além dos necessários para contextualizar a chegada de Bartleby. Porque é através do contraste com a vida tranquila e sem grandes reviravoltas do narrador que a presença de Bartleby se torna mais estranha e hipnótica. No contexto de alta exploração de Wall Street, a negação passiva de Bartleby de desempenhar o que seu patrão lhe pede é ousada a tal nível que contagia o próprio narrador. Ele não sabe o que fazer com esse homem que não realiza mais nenhuma tarefa e passa a até a expressar-se como ele e sentir compaixão de sua condição; este mesmo homem que em certo trecho da novela pensou com amargura que um reles escrivão poderia viver mais que ele. O comportamento de Bartleby só é visto como absurdo porque ele não segue a lógica de uma jornada de trabalho exaustiva (como era antes dele "preferir não fazê-lo"). Além disso, mais que o enredo, o que também impressiona é a forma de narrar desse homem que passa a questionar todos os raciocínios preconcebidos que tinha a respeito do empregado quando é confrontado da maneira mais pacífica possível.

"Basta que um único homem seja irracional para que os outros também o sejam, e o mesmo aconteça com o universo."
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Evandro199 21/11/2022

Curto e simples, porém não...
Neste livro acompanhamos o empregador do copista que leva o nome da obra, e seus dilemas com esse seu novo empregado, que começa a trabalhar apresentando uma conduta peculiar.

"Prefiro não" começa a ser a resposta padrão de Bartleby aos pedidos do patrão, que no começo são sobre pormenores da função mas logo extrapolam para a tudo o mais que se pede ao homem, ao ponto dele se recusar até mesmo a trabalhar.

O que fazer com um homem desses?
Jogar ele a rua ou tentar entender suas ações?

Um livro curto, quase um conto, simples em uma primeira análise, mas daquele tipo que te deixa reflexivo, pois o final te deixa desconcertado, sem saber bem o que fazer com ele.

Assim como Moby Dick, do mesmo autor, o livro começa com um ar leve e cômico que ao passar da obra se torna mais e mais sombrio.

Ótima leitura. O meu segundo de Melville e não decepcionou.
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Paty Gazza 06/06/2023

"Palidamente delicado, lamentavelmente respeitável, irremediavelmente desamparado"
Poderia falar um pouco sobre as leituras que é possível fazer a partir de Bartleby e do que ele representa, mas prefiro não fazê-lo.
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Marcos 02/12/2009

Resenha?
Prefiro não fazer
Julyana. 06/06/2010minha estante
:)


fsamanta (@sam_leitora) 04/08/2010minha estante
Rsrsrs perfeita!


Marta Skoober 02/12/2012minha estante
Concordo com a Samantha: Perfeita!




Dilalilac 13/03/2022

O peso do ponto de vista
Esse livro me deu um nó no cérebro porque ele foi me mudando percepções durante toda a história.
Quando eu reler esse livro, talvez eu fique triste em partes que me fizeram rir. É nesse nível. Mas esse foi um livro que me fez rir bastante na primeira metade.
Eu amei como a personalidade de cada personagem é muito caricata, uma coisa meio desenho animado, a escrita também é bem boa. Me lembrou um pouco o estilo do Kafka, o tipo de história em que ele pensaria.
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OgaiT 17/07/2022

O empoderamento do trabalhador
Primeiro contato com uma narrativa do Herman Melville e estou completamente encantado pelo Bartleby. Primeiro por me identificar com o bordão do protagonista: "Prefiro não fazer!". Certamente, Melville escreveu uma parábola ao capitalismo, basta perceber que o local onde o enredo se desenrola: Wall Street.
Críticas sociais à parte, o passado desse personagem é de múltiplas interpretações, a minha, inclusive, é a de que esse homem é um refugiado e que devido ao baixo salário, não possui condições de custear uma moradia digna.
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