Inocência

Inocência Visconde de Taunay




Resenhas - Inocência


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18/02/2021

Inocência, de Visconde de Taunay: o sertão que impõe obstáculos no amor
Inocência é umas obras porta de entrada para a literatura romântica brasileira, nela está elencado os principais elementos que datam as produções da época, entregando uma história de amor e paixão de jovens e os obstáculos que eles passam para ficarem juntos.
A leitura me surpreendeu bastante, pois além de Visconde de Taunay entregar uma escrita mais fluida e ágil nos acontecimentos, o que causou mais admiração foi a caracterização e ambientação da narrativa. O primeiro capítulo é o que entrega esse tom do autor em caracterizar seus elementos da história, entregando um desenho quase que realístico da paisagem sertaneja e do ambiente do sertão, colocando o leitor para compreender em que circunstâncias viriam aparecer os personagens - é, possivelmente, um dos melhores capítulos introdutórios que li nos últimos tempos.
São os personagens também, que recebem boas apresentações com capítulos dedicados a eles, na qual o leitor consegue entender as particularidades e vivências de cada um. A partir do ponto em que eles são apresentados, Taunay começa a tecer uma teia que vai ligando todos os personagens nessa história em torno da Inocência. A personagem título ganha muita atenção, pois a partir de suas ações e qualidades ela desencadeia uma série de reações nos personagens, que são muitas vezes definidos pelas relações que tem com ela, desde o pai que é ciumento até o homem que se apaixona por ela.
É muito importante para essa narrativa, os episódios que o autor conta para que a leitura se torne mais interessante e envolvente, cenas tais como a do jantar, os encontros as escondidas e as viagem que ocorrem, são ótimas para dar mais camadas aos entornos dos personagens.
Apesar de hoje, a história de um amor proibido parecer um pouco datada, é essencial entender como Inocência incorpora muitos costumes da época, seja os da sociedade que são refletidos dentro da própria narrativa como os estilos literários do romantismo que estão presentes na escrita de Taunay. Aqui, o mais atraente não está somente no suspense da narrativa e no desfecho, mas sim nos desenlaces que se dá e as diversas situações que os personagens passam.
Para quem procura conhecer mais de autores brasileiros, e se fascinar pelos primeiros momentos de nossa literatura, Inocência é um livro de muita beleza, sentimento e simpatia.
"Amor é sofrimento, quando a gente não sabe se a paixão é aceita, quando não vê quem se adora; amor é céu, quando se está como eu agora estou."
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LuizaSH 26/01/2021

Chamar isso aqui de romance, a Jane Austen se revira no túmulo kkkkk
Tem um toque de drama e tragédia, típico de um "Romeu e Julieta", por assim dizer, porém é bem o tipo de história que não me agrada. Aquele amor que os dois mais se ofendem, ficam amaldiçoando o dia em que se conheceram, porque até então viviam sossegados, agora o sentimento os atormenta, ai sério, que ranço!
Mas é aquilo, se não lesse, ficaria o tempo todo com curiosidade, então agora foi, está feito, sei que não volto mais, kkkkk
Talvez também ler um livro escrito há tanto tempo, com uma mentalidade de hoje, não ajuda, uma vez que tem tanto machismo que dá vontade de esmurrar o pai e o prometido da Inocência.
Um aspecto interessante, porém, foi a escrita. Ao longo de todo o texto, o autor lança mão de uma narrativa recheada de termos regionais e descrições das paisagens típicas do cerrado, centro-oeste do Brasil. Fica um pouco trabalhoso pra entender, várias notas de rodapé com explicações, mas é uma escrita diferente, dizem alguns que isso inclusive poderia fazer com que a obra se encaixasse no movimento Realista.
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amandacfr 20/12/2020

Amor impossível
"Porque eu amo...amo-a, e sofro como um louco...como um perdido."

Resolvi dar uma chance para uma obra romântica, e para escolher "Inocência", levei em consideração que fazia parte da vertente regionalista do movimento.
Nesse critério, a obra cumpre bem seu papel, podemos compreender alguns dos costumes do interior dessas regiões.

Se passa entre 1860 e 1863, o enredo é bem simples, há a típica moça do interior que é submetida à um casamento que o pai decidira, mas isso vai contra a sua vontade.
O dono de seu coração é Cirino, um homem que se intitulava médico e viajava curando doentes pelos sertões, e é o nosso protagonista.

Em minha opinião, o ponto forte da obra é a quebra de expectativa no desfecho, onde ambos os persongens preferem a morte ao não conseguirem expressar seu amor. Essa é uma característica forte das obras românticas, e podemos acompanhar essa melancolia nos pensamentos de Cirino.
Não é meu tipo de leitura favorita, mas acredito que fiz uma boa escolha, leitura recomendada!
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Suellen 14/10/2020

Oi, gente!
Resenha postada originalmente no blog
Hoje temos resenha de "Inocência".

Título original em português (BR): Inocência
Autor: Visconde de Taunay
Páginas: 160
Editora: Ciranda Cultural

Resenha
O livro se passa entre 1860 e 1863.
Cirino, nosso protagonista, era um jovem de vinte e cinco anos que auto intulava-se médico e viajava pelo sertão mineiro sem nenhuma grande pretensão, até que tudo mudou ao ser interpelado por Pereira e ir parar na casa dele para curar sua filha Inocência, esta sofria com febres e fraquezas no corpo.
E depois de curar, Cirino, usando de seus conhecimentos adquiridos por alguns livros, crenças e rezas, aconteceu da febre passar para sua alma e coração, o que também é correspondido, mas é um amor impossível, visto que a moça estava para casar com um homem escolhido por seu pai. Pai este que é homem de seu tempo, rude e desconfiado que acreditou estar sendo afrontado por um alemão, Meyer, que era pesquisador de insetos e viajava recolhendo amostras pelo Brasil, apenas por chamar sua filha de bonita. Injuriado com tal situação, ele confessava seu dilema de acolher bem, por ter dado a sua palavra, e palavra de mineiro não volta atrás, e de proteger a honra de seu nome para o pseudo-médico Cirino, porém mal passava por sua cabeça que o jovem estava apaixonado pela menina.

Gostei muito, e, assim como "Amor de Perdição", é sofredor também, mas não focou apenas e tão somente no amor dos protagonistas, e isso foi um ponto muito positivo, não que eu seja contra romances românticos, mas quando dá uma "quebrada" é bem vindo para mim, teve a cena do leproso em que fiquei comovida, das descobertas do pesquisador e sobre dar a sua palavra e fazer cumprir.
Fiquei indignada por ler como Inocência foi tratada pelo pai, do amor ao ódio em poucas frases, apenas por querer algo, querer escolher com quem se casar, um desejo tão simples. Triste isso.

Minha edição
É capa mole, folhas estilo de jornal, com citações em cada começo de capítulo, notas de rodapé e capítulos bem curtos. Ela é bem frágil e amassa com facilidade.
E sobre a capa: eu não gosto muito de rosto focado de frente, não que a moça não seja bonita, mas acho que se estivesse de lado iria ficar melhor.

Minha nota 🌟🌟🌟🌟 (4/5)
Gostei muito desse romance e é por essa razão que ele recebe as quatro estrelas, só o começo que foi meio extenso e muito detalhado, um pouco cansativo eu diria, por isso da nota.

Sobre o autor
Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay nasceu no Rio de Janeiro em 1843, em uma família aristocrática de origem francesa. Foi físico, escritor, historiador, professor e sociólogo brasileiro.
Principais obras: A Campanha da Cordilheira, A Retirada da Laguna, Inocência, Lágrimas do Coração, Ouro sobre Azul, Estudos Críticos , Amélia Smith, No Declínio e O Encilhamento.
Faleceu diabético no dia 25 de Janeiro de 1899 no Rio de Janeiro.
(Resumo dos dados biográficos encontrados no livro)

Então, até.
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Mila Gomes 10/10/2020

Não é só mais um romance clichê
Posso dizer que não é um romance estilo Romeu e Julieta, como muitos falam. É um enredo digno de novela mexicana, com aquele típico amor impossível.
Alguns personagens me cativaram bastante, como o casal, Cirino e Inocência, e o alemão Meyer.
No decorrer da leitura, percebi que o autor é bem a frente ao seu tempo, criticando sempre o modo que Pereira tratava a filha, como se fosse apenas uma propriedade sua. E não só isso, mas o machismo que predominava na época.
Por ser uma linguagem rebuscada do século XIX, muita gente não terá paciência pra ler, mas penso que vale a pena dar uma chance pra esse livro.
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Ale 11/08/2020

Inocência é a figura de garota frágil e ingênua dos romances da época. Seu pai é viúvo e bastante machista e opressor da figura feminina, prometeu sua filha ao Manecão. A chegada de Cirino , que se intitula doutor, causa um reboliço nos planos do Sr. Pereira de casar sua filha.
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natalya 28/07/2020

Inocência
Histórias de amores impossíveis me deixam triste, como foi o caso desta. Um livro muito bom, regionalista e com descrições incríveis que leva a nossa imaginação até o local falado. Não esperava pelo fim que teve, achei que seria um "e viveram felizes para sempre", porém é uma história envolvente e leve de ler, recomendo!
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Yas (@vestigiosdesolitude) 28/05/2020

Complicado!!!
Leitura extremamente difícil e com gírias de muitos anos, que não são usadas atualmente e que é até mesmo difícil de encontrar o significado ao procurar na internet, o que acaba nos fazendo desanimar e desistir do livro! Li completo por ter sido utilizado em um trabalho escolar na época em que precisei ler.
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@bibliotecagrimoria 20/05/2020

Romance mais ou menos
O livro segue uma linha típica de romances de época, a mocinha do interior sob o julgo do pai carrasco que vela pela honra da família arrumando uma casamento para a filha, mas a mocinha acaba se apaixonando por um mocinho com quem nunca poderá casar e se envolve num amor proibido. O que mais despertou meu interesse é o fato da inocência (que além do nome da jovem também expõem seu caráter ingênuo frente as malícias do mundo) estar presente também no pai da moça (Pereira) que pelo zelo exagerado a imagem da filha se descuida frente a ameaça real (inclusive esse fato se torna cômico em algumas situações).
Flávio 27/03/2021minha estante
Como viviam as famílias no interior de Mato Grosso no romance histórico.




Brunobgcs 12/04/2020

Livro que te faz ver como literatura Brasileira é boa.
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rebeccavs 26/02/2020

Avassalador e belo, porém inesquecível
Os primeiros capítulos não trouxeram muito interesse em prosseguir a leitura, mas os próximos são inebriantes! O amor de Inocência e Cirino movido pela censura do pai frente ao casamento arranjado da protagonista.

Tomando como cenário o sertão do Mato Grosso, trazendo características regionalistas para o contexto desse clássico da literatura nacional enlaçado num romance maravilhoso e cheio de problemas cujas tentativas de acerto são belas.

Visconde de Taunay aborda em "Inocência" uma temática imprescindível para o conhecimento histórico, cultural e social do sertão brasileiro no século XIX - ressaltando a situação da mulher diante da obrigação matrimonial não consentida através das escolhas paternas, tendo como objetivo uma melhor situação financeira.

O final é avassalador e belo, porém inesquecível. Recomendo essa obra encantadora demais.
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Raphael Milão 21/02/2020

Ótimo livro
Gostei muito como apresenta as formas de se expressarem e os costumes do pessoal do interior.
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Eris 13/12/2019

Ótimo
Inocência é uma jovem sertaneja, que vive no interior de Minas com o seu pai, Pereira, - homem rústico e altamente machista - que já arranjou o casamento da filha com Manecão, que está viajando, mas que promete chegar logo para o casamento com a doce e ingênua protagonista.

Um dia, andando pelas estradas do campo, Pereira conhece Cirino, um homem da cidade, que trabalhou algum tempo em uma farmácia, e acabou adquirindo alguns conhecimentos medicinais, passando a atuar como uma espécie de curandeiro, a quem Pereira acolhe para uma estadia em sua casa, pois, Inocência está doente, de cama, e um "médico" poderia ajudá-la a recuperar a saúde...

O que Pereira não contava, era que sua filha e Cirino se apaixonariam perdidamente, e o casamento com Manecão já não fazia mais parte dos planos de Inocência, que vê-se perdidamente rendida aos encantos de Cirino.

Nesse meio tempo, surge Meyer, um colecionador de borboletas, que também é acolhido por Pereira, a pedido de um irmão que vive distante, porém, é deste que Pereira desconfia das intenções com Inocência, passando a persegui-lo e odiá-lo. Porém, alguém sabe da verdade, e isso pode colocar em risco a vida de Inocência e Cirino.

A obra mostra o quanto o preconceito da época era forte, onde as mulheres eram vistas como objetos, não podendo sequer protestar a vontade do pai, ou mesmo dos noivos arranjados. Onde Pereira preferia ver a filha morta a casada com outro, senão o prometido.

A obra é maravilhosa, nos fazendo refletir sobre os preconceitos que ainda permeiam o sexo feminino, e destruindo nossos corações com um final trágico e arrebatador.
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Catarina 15/11/2019

Uma aventura!
Eu definiria a leitura de “Inocência” somente com uma palavra: aventura. Imagine uma escalada, cheia de pontos altos e baixos, mas que a vista compensa toda a dificuldade do trajeto.

Pois bem, digo tudo isso porque cogitei seriamente abandonar o livro por causa dos capítulos iniciais. Se você tá com esse problema também, ouve meu conselho e não desiste da leitura não, do meio para o final o livro se transforma. Os primeiros capítulos, até o 5 mais ou menos (ou seja, 20% do livro), são insuportáveis, parece que o autor escreveu um bocado de abobrinha inútil e sem sentido. Agora, a partir do momento que Inocência aparece a história toma um rumo bem no estilo Romeu e Julieta com o amor proibido, fica muito mais interessante, te garanto!

Não vou me estender muito no resumo da história porque isso você provavelmente já leu na sinopse, mas basicamente a história de “Inocência” é uma mulher que já está prometida para casar com Manecão, o noivo que ela nunca viu na vida. Só que ela contrai uma doença e por causa disso precisa ficar aos cuidados de Cirino, o médico por quem ela acaba se apaixonando. O relacionamento dos dois é proibido, pois ela já está prometida para outro e o desenrolar da história é basicamente isso, um casal de apaixonados lutando para construir um relacionamento impossível.

Um dos capítulos que mais me chamou a atenção foi o XXVIII – Em casa de Cesário, pelos seguintes trechos que vou destacar aqui:

1) “Uma menina como ela não sabe o que lhe fica bem ou mal... Ninguém a vai consultar. Mulheres, o que querem é casar. Não ouviu já o patrício dizer que elas não casam com o carrapato, porque não sabem quem é o macho.”

2) “Mulher é para viver muito quietinha perto do tear, tratar dos filhos e criá-los no temor de Deus; não é nem para parola-se com ela, nem a respeito dela.”

Perceberam que a mulher é tratada como um objeto cuja única função é servir e nada mais. Antes que os estudiosos de plantão venham gritar comigo, eu sei que era costume da época, mas o questionamento que eu quero fazer não tem nada a ver com isso. Inocência foi escrito em 1872, será que quase 150 anos depois a sociedade atual, dita como “evoluída”, evoluiu alguma coisa disso? Gosto de acreditar que sim, mas todo dia provam que não, veja o exemplo do rapper T.I que checa constantemente a virgindade da filha. É algo para refletir...

No mais, é uma história bem legal com um quê de Romeu e Julieta tupiniquim que vale muito a pena ser lido. :)
@katpinheirolivros


site: https://www.instagram.com/katpinheirolivros/
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