spoiler visualizarUalace 07/03/2024
Daqui Pra Frente É Só Pra Trás...
Comecei o primeiro livro super animado, e a premissa da trama pega muito quando você se acostuma com o dialeto infantil que os Clareanos usam.
Mas desde a saída do labirinto, a história vira uma bagunça absoluta de um monte de coisa levando a lugar nenhum. Até a proposta de haverem dois labirintos eu estava achando a série maravilhosa, mas foi só eles saírem pro deserto que tudo desandou. Mas enfim, essa resenha é sobre o terceiro livro.
Eu simplesmente não entendi nenhuma motivação de ninguém nessa parte final da história. Thomas e Mino trocando farpas com palavras a cada diálogo sem motivo nenhum. Até que eles vão pra Denver, só porque querem ir, e tirando as descobertas que são obrigatórias pra fazer um livro andar, eles não fazem absolutamente nada de prático lá, sem contar que localizam coisas e pessoas em questão de minutos, como o cara que estava sendo procurado pelo Cruel mas que praticamente era vizinho da galera lá.
Mesmo vendo problemas desde o começo do livro, eu ainda estava achando uma leitura ok, porque os capítulos são dinâmicos a ponto da leitura fluir bem e distrair de qualquer forma, mas quando eles decidem voltar pro Cruel, tudo vai ladeira abaixo.
Primeiramente, eles se infiltram no Cruel do jeito mais simples e bobo possível. Depois aparece um plot aleatório sobre tomar o cérebro do Thomas (?!), e mesmo quando a base está sendo invadida, eles querem manter a ação de operar o garoto, como se eles fossem ter toda a liberdade e tempo de fazer o que quer que seja com o órgão removido.
Depois disso a trama traz o Jesus da série que é a chanceler que resolve toda a questão num passe de mágica, sem mais nem menos, faz todo mundo voltar pro Labirinto, onde eu achei que alguma coisa grandiosa fosse acontecer, mas eles mal entram lá e já saem. Puro fan service.
E no final, pra fechar com chave de ouro, a galera do Cruel ao invés de se preocupar de fugir dali já que tá tudo desabando e pegando fogo, ao invés disso quer ir lá atrasar a galera toda, só pra isso acabar gerando um último sacrifício de personagem regular pra ter um baque final antes do "final feliz", que consiste em todo mundo ser jogado na campina do Distrito 12 pós Jogos Vorazes e se virem aí agora porque acabou aqui.
Eu fiquei bastante decepcionado com a leitura dessa trilogia, principalmente porque gostei muito do primeiro livro. Tudo fica muito jogado, e as soluções são porcas pros problemas que o autor se propõe a querer solucionar, porque ainda tem o fato que ele deixou um monte de coisa no ar e bora viver. Sei que tem livros complementares, mas eles deveriam ser só isso: complementos. E não servir pra responder perguntas que a trilogia original deixou sem resposta, como as memórias perdidas do protagonista (e eu não vou nem mencionar que devolver a memória de alguns personagens não serviu pra absolutamente nada a não ser saber que eles morreram aos montes no Labirinto a toa porque tinha um botão nos Verdugos que era só desligar e pronto). Enfim...
Decepcionado, apenas...