oLola 30/01/2023
Edit: passei por outra reflexão. Ao invés de se questionar "ela traiu ou ele era louco?" Pq não: "ela traiu e ele era louco!"?
Como um amigo meu disse: ficou evidente que ela traiu, porém somando o comportamento/personalidade dele, também pareceu um delírio.
E se Machado nem tava pensando em deixar um mistério, só escreveu sobre os vizinhos dele? E pra ele era muito evidente a resposta e a gente aqui, polarizado. Acredito nessa fábula, pois me convém.
O final contextualiza algumas informações para quem nunca leu o original, e faz algo que amo: explica alguns processos criativos do roteirista e do quadrinista... De por que aquela cor, por que aquele tipo de traço, etc.
Eles tiveram um bando de estratégia pra manter a ilustração fiel e imparcial ao dilema da obra, mas no final, o quadrinho dá mais a entender que sim, a Capitu traiu. Afinal, como um filho que parece com o outro, ali, com a gente vendo (mesmo que só as costas) não convenceria alguém?
Antes de terminar já estava convencida pelos argumentos do Bento. O que torna a teoria de que ele era doido muito interessante. Eu me deixei convencer por um advogado que falou com uma traça?
O que trouxe a magia (ou a sina) da dúvida de volta foram as contextualizações no final. Então no geral, amei. Recomendo bastante.
Na minha humilde opinião, Capitu traiu e Bento era maluco lelé.
E talvez Capitu traiu pq Bento era maluco, ou... *milhões de possibilidades*