Os Desejos da Bela Adormecida

Os Desejos da Bela Adormecida Anne Rice




Resenhas - Os Desejos da Bela Adormecida


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Claudia 18/11/2013

Livro muito estranho, não consegui passar de 100 paginas, ou ela apanha ou fodem ela.... isso é quase impossivel ... não recomendo ..
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Roberta 18/09/2013

Degradante.
Decepção total, achei que se tratava de algo totalmente diferente;no primeiro capitulo tive vontade de abandonar, porém não é algo que tenho o costume de fazer, até mesmo porque pra se ter uma opinião, deve-se saber do que se está falando, então me dignei a ler, na minha humilde opinião os livros degradam a imagem do ser humano em si, não se trata de sadomasoquismo, é simplesmente submeter alguém a uma humilhação sem limites e torturas físicas e psicológicas, está longe de ser algo que me agrade. Me refiro a esta obra (a trilogia toda), não conheço outros trabalhos da autora, então em relação a isso não posso me pronunciar.
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Claire 05/08/2013

Decepcionante.
Livro raso com personagens superficiais, diálogos sem sentido e um prolongamento exaustivo do mesmo tema, sem aprofundar em nada tanto a estória quanto o desenvolvimento dos personagens. Foi péssimo.
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Belle 17/07/2013

Err… Bem… Hmm… (suspira e tenta de novo…).

Então… É que… (toma coragem e se prepara para a polêmica).

Eu não sou a pessoa mais indicada para resenhar um livro da Rice. Muito menos esse que é cercado e recheado por tanta polêmica. Pensei até em não resenhar, porque eu não sabia nem por onde começar… Mas, resolvi tentar. Através dos mais entendidos na autora (Kel, você pode me ajudar?), eu fiquei sabendo que ela é acima de tudo, uma grande crítica da sociedade, do puritanismo e suas hipocrisias; assim, essa trilogia seria uma afronta aos conservadores. Posso estar totalmente equivocada, mas, minha impressão da leitura foi mais subjetiva. Para mim, o livro todo é um ensaio sobre a sexualidade humana, pura e simplesmente.

Cada personagem é um tabu. Meu. Seu. Nosso. A Bela seria cada um de nós em nossos caminhos para descobrir nossa sexualidade e enfrentar nossos medos. Mas, a verdade é que eu sei que isso não faz muito sentido porque, o tempo todo, ela é bombardeada com praticamente dois únicos tabus: dor e humilhação. Ainda assim, essa ideia, que deve lhes parecer muito vaga, graças à minha ótima explicação, não me saiu da cabeça em nenhum momento. E, em algumas passagens, ela se solidificou.
Essa trilogia é uma releitura de A Bela Adormecida, mas, as semelhanças começam com o tal feitiço que faz todos no reino de Bela dormirem assim que ela fura o dedo na roca e terminam com o tal beijo de um príncipe corajoso. Já as diferenças, começam no fato de que primeiro ela é estuprada e depois é beijada, é exigida como tributo pelo Príncipe, por sua coragem ao libertar todos do reino da maldição e levada para uma corte onde será submetida às piores perversões que a mente de Rice foi capaz de imaginar e, então, não há mais fim para essas diferenças.

"Ele estava irritado, ameaçadoramente irritado e, apesar de Bela suportar qualquer dor em nome do prazer do Príncipe, vê-lo assim era insuportável para ela. Ela deveria agradá-lo, deveria fazer com que ele se tornasse dócil novamente e, então, nenhuma dor seria demais."

Por mais chocante que fosse a história, eu me vi incapaz de abandonar a leitura. Buscava desesperadamente algo que fizesse sentido a cada página virada, mas, acabei totalmente perdida. Lembro que antes de começar a leitura, peguei o livro, estudei meticulosamente a capa, a senti, dei uma folheada, li os títulos dos capítulos e, relutando em começar, larguei o livro em cima da escrivaninha. Eu já havia lido coisas sobre o livro, nenhuma resenha, mas, sabia o tema e, mais importante do que tudo, sabia que a leitura seria difícil. Ao finalmente começar, achei que estava preparada psicologicamente, mas, a verdade é que não sei se algum dia estarei. Tudo nesse livro é confuso, incômodo e perverso. Não há um único momento que seja confortável. Nenhum personagem pelo qual se tenha empatia.

Mas, o que mais me irritou foi o enredo fraco. As coisas que são feitas aos escravos não tem nenhum porque além da vontade daqueles que são seus senhores. E uma perversão se junta à outra sem que nós consigamos entender exatamente que lição está por trás delas; afinal, a grande desculpa para todos daquela corte sádica é a de que os escravos (todos príncipes e princesas de outros reinos dados como tributo, assim como a Bela) aprenderiam lições importantes de humildade e desprendimento, que os tornariam monarcas melhores. O que até teria algum sentido, se não fosse tão ridiculamente cruel. Eu me perguntava a toda hora quem foi que ensinou ao Príncipe, a Rainha e ao resto da corte a serem tão bons governantes assim… Quer dizer, eles detêm total poder sobre todos no reino e inclusive em reinos alheios (afinal, os príncipes e princesas são dados em tributo por seus próprios pais! Que também foram escravos nesse mesmo reino), mas, e a corte soberana? Eles aprovam o “curso intensivo” por que também foram submetidos a ele?

Porque, se há alguém necessitando urgentemente de lições de humildade, desprendimento e, pra ser justa, de umas boas porradas com a palmatória mais pesada do universo, é o Príncipe e o resto da corja, quero dizer, corte.

Há muitas outras questões que eu gostaria de citar, como a Bela ser a submissa mais contraditória da História dos romances BDSM (ora ela está tranquila e resignada como um cãozinho após receber uns tapas de seu dono, ora está revoltada com toda a situação, mas, sem exteriorizar nenhuma reação), mas, vou parar por aqui… Porque, a verdade é que eu continuo tão confusa quanto ao iniciar a leitura. Eu não sei qual é o sentido desse livro, eu mal entendi a narrativa dele… Mas, há uma dúvida que está me perturbando: é humanamente possível que alguém sobreviva a tudo o que o Príncipe Alexi passou? Quero dizer, fisicamente possível?

"- Você queria agradar a ela. Ela é sua senhora. Você é uma escrava. A coisa mais digna que pode fazer é agradar, por isso você fez isso e não apenas como resposta aos golpes da palmatória de Lady Juliana ou às ordens dela, mas, naquele momento, você agiu de acordo com sua própria vontade."

Ainda não decidi se vou ler o segundo volume… Não acho que meu estado de confusão se findará com ele, aliás, não acredito que isso aconteça nem mesmo com o terceiro. Mas, como me conheço, devo ler por pura curiosidade e uma espécie de tortura pessoal.

Eu pensei muito antes de classificar esse livro, não estou brincando ao dizer que me senti muito confusa. Não achei justo dar uma péssima nota, porque, bem ou mal, A. N. Roquelaure continua sendo um pseudônimo de Anne Rice e isso não é pouca coisa. Também não seria justo, porque eu devorei o livro, por mais incomodada e chocada que estivesse. Apesar disso, não posso relevar meu estado de confusão ao terminar a leitura. Portanto, dei duas corujinhas e meia.

site: www.itcultura.com.br
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Ariel 14/07/2013

Sobre o livro.
Bem a leitura é incrivel, a narrativa é ótima, pois é seca e fria.

Bom, o livro é muito legal, mas aborda um tema que nem todo mundo consegue ler, pois dá muita angustia e desespero e têm momentos que o leitor não consegue ler de tão horrivel que o livro é.
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Aline Stechitti 12/07/2013

Tortura física e psicológica... (A segunda o leitor tb sofre)
Se você leu 50 tons de cinza e espera no livro "Os desejos da Bela Adormecida" mais um romancezinho picante, estilo fanfic adolescente, deixa te falar q você vai cair do cavalo.

"Os desejos da Bela adormecida" é realmente um livro sadomasoquista com mta tortura física e psicológica. Me deu pesadelos e eu tive q parar um tempo na leitura e terminar apenas qdo meu "psicológico" estava mais forte.

Bom, eu encontrei essa trilogia qdo eu estava baixando alguns livros na internet, alguns p ler, outros apenas p postar no meu blog. Logo fiquei intrigada com a capa e a referência à personagem dos contos de fadas e comecei a ler no mesmo instante, primeiro pq estava sem nada p ler e segundo pq estava sem sono, mas achei q era apenas outro 50 tons pq não li a sinopse nem nada.
Resultado: Era madrugada e eu já estava quase na página 200.

Não q esse livro seja assim tão bom pra eu "Oh my God, não posso parar de ler", não, não é isso. Mas ele é tão aterrorizante, mas tão aterrorizante e as coisas acontecem tão rápido q eu simplesmente não consegui parar de ler enquanto não estivesse bastante traumatizada e pasma o suficiente para cessar minha curiosidade e conseguir parar!

Neste livro, Bela Adormecida não é despertada com um beijo terno do príncipe como nos contos da Disney. Nele ela é estuprada pelo príncipe, como na real estória dos Grimm. Depois ela é levada nua (e é assim q deve ficar sempre) por uma aldeia e vira escrava do príncipe e de mais quem ele quiser em seu castelo, sendo espancada e humilhada constantemente por simples diversão da corte. Anda q nem um cachorrinho de quatro pés no chão e participa de jogos como se fosse um poodle amestrado, só q de um jeito... Urg... Tudo parece um pesadelo!

Eu vi mtas avaliações ruins aqui, mas acredito que a maioria q avaliou esse livro como 'RUIM' não chegou nem na metade dele pq é incrivelmente difícil prosseguir na leitura, principalmente se vc nunca leu BDSM, como eu. E também acredito q mtos estavam esperando um livro tipo 50 tons de cinza, série Crossfire e tantas outras revistinhas Sabrina enfeitada de Best Seller e p isso, na decepção, deram notas ruins.

Olha, não q eu tenha gostado muito da história p defender, mas ué, tenho q admitir q não é tão mal feito como colocam. Não é pq não é o tipo de livro q me agrada q vou classificá-lo como ruim. É preciso reconhecer q para o público q foi escrito, ele é um livro q cumpre o q promete. Ao menos até onde entendo.

Essa história me deixou mto pasma e algumas coisas não fazem mto sentido, tipo as garotas não engravidarem, todo mundo viver em função de sexo, enfim... Mas como a princesa Bela estava dormindo sob um feitiço, acredito q esse livro seja um tipo de conto de fadas mesmo, só q um conto adulto e q não é necessariamente p ter relação com a realidade.

Uma coisa q eu achei interessante é q os "senhores" fazem tudo para que seus escravos sejam humildes. Os escravos são nobres, príncipes e princesas, filhos de reis e mesmo assim são escancarados, estuprados, castigados e humilhados p aprenderem a ser humildes até com o mais sujo e miserável habitante do reino.

Li em algum lugar q Anne Rice tinha um objetivo com esse livro, me parece q fazer uma crítica à sociedade da época, mas o q eu vi, mesmo sem saber o q ela quis dizer, é q esse livro coloca a nobreza no chinelo. Os nobres aprendem a servir e são usados como brinquedos. É engraçado, as pessoas ricas usam a todos e nesse livro, elas além de usar também são usadas e ao extremo. No fim ninguém vale nada!!
Além de aprenderem a lidar com a dor, aprendem a gostar dela, assim como do sexo.

Bom, eu não sei se vou continuar e ler os outros dois. Esse livro não é do tipo q dá prazer a qualquer tipo de pessoa, mas náuseas eu garanto q pode dar em mta gente. Acho q vai depender do meu estado de espírito, mas valeu a experiência =}

site: http://alinestechitti.blogspot.com.br/
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Ale 10/07/2013

O livro é bom e morri de ódio ao chegar no final e perceber que preciso continuar lendo a segunda parte, mas entretanto a apelação sexual e uma possível falta de imaginação deixaram muito a desejar. Sexo e violência, sexo com violência não é muito a minha praia. Foi o primeiro romance erótico que li e percebi que gostei muito do desenrolar do enredo mais do que a descrição de cada situação, acho que esse tipo de livro não me atrai.
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Anna CMS 27/12/2013

A TRILOGIA BELA ADORMECIDA DE ANNE RICE
Imagine uma pequena coqueteleira de prata nas mãos de um hábil bartender. Nela, ele adiciona três elementos para uma surpreendente e explosiva mistura. Um – a essência verdadeira da BDSM. Dois – as bíblicas Sodoma e Gomorra. E o terceiro, mas não menos importante – o surrealismo cômico e psicodélico dos filmes históricos de Fellini da década de 70, tratando-se, no entanto da Idade Média.
Pois essa mistura existe e foi Anne Rice, sob o pseudônimo de A. N. Roquelaure, o genial bartender responsável por este coquetel, capaz de agradar a tantos paladares.
Trata-se de uma trilogia composta pelas obras Os desejos da Bela Adormecida, A punição da Bela Adormecida e A libertação da Bela Adormecida; que apesar de separadas – uma vez que o termo trilogia sempre parece mais elegante – são muito mais partes integrantes, volumes separados de uma narrativa concisa e que poderia facilmente ser unificada. E a prova disso é que a segunda parte, em seu início, possui um resumo dos fatos narrados no primeiro e o terceiro livro, possui os dois primeiros também sintetizados em seu começo.
Em Os desejos da Bela Adormecida, Rice utiliza um conhecido conto de fadas para localizar e contextualizar sua história em dezenove capítulos, e a encantadora lenda amplamente conhecida por crianças do mundo todo, em que uma belíssima princesa – e todo seu reino – sofrem uma maldição de dormir profunda e eternamente após ela espetar seu dedinho no fuso de uma roca de fiar, até que um valoroso príncipe a despertasse com um doce beijo de amor verdadeiro; transforma-se na aventura BDSM da princesa Bela.
Assim, ao invés do inocente beijo de amor verdadeiro temos um príncipe herdeiro que a desperta rasgando-lhe as roupas e a inocência da virgindade e declarando-se seu senhor. E ao invés de levá-la ao seu reino para desposá-la e “viverem felizes para sempre”, ele a transforma em escrava sexual no palácio de sua mãe, a Rainha Eleanor, onde muitos príncipes e princesas de vários reinos são oferecidos como tributos à poderosa rainha a fim de tornarem-se escravos por um tempo pré-determinado e acordado, tendo como objetivo o burilamento pela disciplina e pelo sofrimento, que os faria mais fortes e valorosos, antes de retornarem aos compromissos de seus reinos.
Entretanto, as tormentas da jovem princesa Bela começam antes mesmo dela chegar ao reino de seu príncipe salvador e primeiro dominador, e a narrativa em terceira pessoa torna-se surpreendentemente vicária e pessoal, quando a autora convida o leitor a acompanhar a jornada de transformação na psique da princesa.
Ela inicia neste primeiro livro com o medo do desconhecido, a repulsa, o ultraje e indignação com a humilhação imposta à Bela em seu terrível treinamento de Bondage e Disciplina. Custa ao leitor compreender no que tanta exposição e punição injustificada podem tornar alguém melhor e mais valoroso.
Uma vez no palácio da rainha, a curiosidade da princesa conduz à trama envolvente, e outros personagens e situações unem-se a história, enriquecendo este mundo de sensualidade e violação irracionais. Lá ela conhece, se encanta e deseja o jovem e belo príncipe-escravo Alexi, que logo se revela num complicado triângulo amoroso com Bela e o príncipe herdeiro – que curiosamente é o único que não recebe um nome próprio da autora. E, depois passa pelo teste da inusitada Senda dos Arreios, na qual deve provar seu valor de escrava à cruel e fria rainha.
A partir deste episódio a princesa começa a mostrar traços de uma conformada humilhação ou uma angustiada resignação, e a diferença sutil entre o conformar-se e o resignar-se acenam como cerne da primeira efetiva transformação psíquica de Bela.
Estes dois termos, embora possam parecer sinonímicos em primeira análise teórica, guardam entre si uma tênue diferença prática. Conformado seria aquele escravo que aceita seu destino e desígnios de seus senhores, mas em seu íntimo esconde uma rebeldia latente e inata, ao passo que o escravo resignado é aquele que aceitando seu destino e desígnios de seus senhores, encontra prazer íntimo em agradá-los.
O que comprova esta dualidade na obra é o doce e angustiante encontro ilícito entre Bela e Alexi, no qual o príncipe-escravo faz uma longa, e por que não reconhecer, enfastiante narrativa em primeira pessoa, contando à Bela sua história como escravo. Contudo, a longa narrativa é necessária para deixar explícito ao leitor que Alexi é o símbolo da conformação com a escravidão e Bela é o símbolo da resignação.
E é com esta primeira mudança na psique da princesa que termina o primeiro livro. Ela, em que sua curiosidade e encantamento por outro lindo príncipe-escravo, – o príncipe Tristan – busca por vontade própria, a pior de todas as degradações para os escravos do castelo: ser vendida no leilão da Vila.
O modo de vida medieval europeu, bem como as roupas – ou a humilhação da ausência delas –, as pessoas e os costumes da época são descritos pela autora de forma tão simples e trivial, que fica muito fácil ao leitor passar do ambiente da corte para rudeza da burguesia e dos vassalos na Vila, cujo mais humilde serviçal ainda estaria em situação hierárquica superior aos infelizes príncipes e princesas escravizados, e o leitor naturalmente se vê no segundo livro, quase como se ele não fosse uma obra a parte, e sim um seguimento, uma continuação do desfecho no primeiro, pois a narrativa é retomada exatamente do mesmo ponto.
Entretanto, em A punição da Bela Adormecida ela conhece novos e ricos personagens. O primeiro e mais importante é o próprio príncipe Tristan, que ao contrário do que o leitor pode imaginar, não desaparece da trama ao ser vendido para outro senhor, diferente da princesa Bela. Tristan ganha seus próprios capítulos de narrativa em primeira pessoa, que contrastam da narrativa em terceira pessoa onisciente do ponto de vista deBela.
Apesar de A punição da Bela Adormecida entitular a obra de vinte e oito capítulos, a princesa parece não encontrar punição em nenhum deles.
Se no primeiro livro, a princesa resigna-se com sua situação de escrava e brinquedo sexual da corte, treinando e desenvolvendo Bondage e Disciplina; no segundo, ela depara-se com o desafio inicial de tornar-se uma escrava rebelde – no qual as reflexões de Tristan traçam um importante paralelo –, mas descobre os irresistíveis prazeres lascivos no sofrimento dos duros castigos da Vila.
Bela é comprada pela dona de uma estalagem, a implacável Senhora Lockley, e descobre no seu mais importante hóspede, o viril e maduro Capitão da Guarda, o dominador sensual que fará dela uma submissa de fato.
O inominável príncipe-herdeiro, com sua inexperiente paixonite jovem e pueril, estava esquecido. O doce e terno príncipe Alexi, com seu lírico arroubo de amor por ela e pela rainha ao mesmo tempo, também estava definitivamente arquivado na memória da princesa.
No primeiro encontro a sós com o Capitão, Bela o reconhece como seu mestre e senhor, submetendo-se subserviente a todas as suas ordens, às quais obedece alegremente; encontrando prazer inclusive nas suas chibatadas e nas punições de sua verdadeira senhora, a dona da estalagem – com quem também troca prazeres e recebe castigos.
É este segundo livro que aproxima a trilogia das pecaminosas cidades de Sodoma e Gomorra descritas no Antigo Testamento. A devassidão cruel e desavergonhada com que os escravos são tratados, e com a qual se comprazem, remete o leitor a essa interpretação medieval. E em mera pesquisa, é possível encontrar o motivo de a autora ter escolhido especificamente este conto de fadas – de A Bela Adormecida – para adaptar sua história; pois o termo “Sodoma e Gomorra” aplicam-se por extensão às cinco cidades-estado do Vale de Sidim, no Mar Morto, das quais uma delas chama-se Bela.
Neste detalhe reside o genial simbolismo de Rice. Nossa protagonista encontra ali, na rude luxúria da Vila, sua verdadeira face de submissa e seu gosto pelo sadomasoquismo.
Ela já não se sente mais tão desconfortável pela nudez permanente, fica clara sua impressão de normalidade frente ao cotidiano da Vila, como se fizesse parte dele; citando inclusive, uma breve e frívola referência ao termo e conceito de reencarnação.
Bela é violada, sodomizada, possuída e castigada de muitas formas por seus senhores – o capitão e a dona da estalagem. Oferecida como prêmio aos soldados, para que a possuíssem e a usassem ao seu bel prazer, perante toda a estalagem lotada de clientela à noite.
Porém, ela nunca se sentiu mais livre.
O que soa quase como uma piada, um trocadilho cômico e paradoxal ao título da obra. Ou seja, onde está a punição?...
É claro que ainda há o medo pela incerteza e pelo abandono da servidão, mas o castigo deixa de ter o tom ultrajante para ela e o leitor se depara menos indignado com ele e mais atraído pela sensualidade das diversas situações eróticas descritas pela autora.
Tristan, no entanto, faz o contraponto. Seu sofrimento na Vila é extremamente superior a princípio, e o escravo é furtivamente dividido pelos seus senhores, dois irmãos da mais rica burguesia da Vila: Nicolas e Julia. Numa pequena e discreta competição inicial entre eles pelo amor de Tristan, este acaba se entregando aos carinhos de seu senhor numa tórrida paixão homossexual, apesar do fascínio carnal com a princesa Bela.
Quando tudo parecia encontrar seu curso natural para estes intrigantes personagens, uma surpreendente reviravolta acontece, e alguns dos valiosos e lindos escravos da rainha são seqüestrados da Vila e levados a força para um longínquo sultanato árabe.
Assim Bela termina o segundo livro presa numa gaiola dourada no porão de um navio, angustiada não só pelo seu terrível e incógnito destino, mas também pela certeza de que apesar de ter passado por tantos senhores, ainda não havia encontrado o amor, de fato.
É neste contexto que surge um novo príncipe à história.
O príncipe Laurent era um dos escravos seqüestrados e compartilhava com Bela, Tristan e outros o degredo para as novas terras. Ele era um escravo fugitivo da rainha que acabara de ser capturado, quando os salteadores atacaram a Vila, e sua original beleza, alma intrépida e corpo viril e descomunal logo chamam a atenção da selvagem princesinha.
Dá-se início desta forma, o terceiro livro desta trilogia: A libertação da Bela Adormecida.
Com vinte e três capítulos que se revezam entre a narrativa, ainda em terceira pessoa onisciente do ponto de vista da princesa Bela, e a narrativa em primeira pessoa agora do príncipe Laurent.
Dos três livros, talvez este seja o menos envolvente. Não pelas aventuras dos escravos em terras árabes, ou pela suntuosidade das descrições detalhadas do palácio do sultão e seus rituais. Aparentemente, o problema esteja no contraste causado pela leitura dos três seguidamente.
A narrativa de Laurent é tão marcante e extensa quanto à de Bela e somente no final o leitor compreende a importância dele na história. Assim, enquanto Laurent passa de escravo submisso a poderoso dominador, num tempestuoso e passional triângulo com Tristan e Lexius – o mordomo do sultão e responsável pelos escravos –; Bela torna-se de bom grado o brinquedinho sexual das mulheres do harém do sultão, tendo uma importante voyeuse como expectadora: a misteriosa sultana Inanna.
É entre esta pungente personagem e a princesa Bela que se dá o ponto alto de todo o livro. Neste encontro romântico a princesinha ensina à sofrida sultana as diferentes formas de prazeres carnais, que lhe têm sido cruelmente negadas.
A fugaz relação entre Inanna e Bela, a despeito de seu caráter lésbico, parece ser a parte de toda a trilogia capaz de agradar aos olhares feministas mais radicais, que tomados de revolta, possam se esquecer que esta história num todo, apesar de atemporal em muitos aspectos, se passa na distante Idade Média; muito antes das geniais reflexões de Simone de Beauvoir. E, além disso, deixa uma marca indelével no coração e na psique de nossa doce princesa protagonista, que logo depois dela é levada à força novamente, de volta para a Europa.
Ainda marcada por Inanna, Bela logo se entrega aos cuidados de seu senhor e mestre, o Capitão da Guarda, que visivelmente apaixonado lidera a sua missão de “salvamento”. Porém, quando este não estava por perto, e na escuridão do porão do navio, Bela também se rendia aos encantos do brutal e atraente Laurent, que vivia sua própria crise de identidade, sem saber se preferia ser submisso ou dominador dos belos e fortes Tristan e Lexius, ao mesmo tempo em que lutava por não amá-los profundamente, e descrevia o sofrimento de Tristan com seu destino.
Bela, no entanto, não queria ser salva. Assim como todos os outros resgatados.
E nisto, consiste mais uma vez a grande piada da autora com o título da obra, pois em seu suposto cativeiro a princesa Bela era absolutamente livre e plena de sua sexualidade, mesmo quando apanhava por caprichosa punição. E, apesar disso, uma vez que o navio aporta em águas européias, ela se vê imediatamente liberta pela rainha Eleanor, e exortada a retornar ao reino de seu pai com riquezas e vestes refinadas e virginais.
Desesperada, Bela tenta se rebelar contra esta verdadeira prisão, mas sendo inútil lutar, despede-se de um arrasado Laurent, que julgado pela rainha, é levado junto com Tristan aos estábulos da Vila, numa punição renovadora para ambos.
Entretanto, Anne Rice conduz sua empolgante história para um doce, bem-aventurado e divertido clímax, levando o leitor a descobrir o desfecho de seus apaixonantes personagens principais, com um toque de emoção e agradável surpresa.
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Andrea 14/06/2013

Pesado...
Adoro a narrativa de Anne Rice, mas estes livro li muitos comentários sobre ele e fiquei curiosa. Fiquei assustada como a autora abordou o tema Sadomasoquismo, achei um excesso de violência.. sabe aquele livro que você fica incomodada de ler? Este é uma caso, apesar de ter mais dois livros o primeiro serviu para acabar com minha curiosidade...

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Carolina 31/05/2013

Me indicaram para que eu deixasse de gostar de 50 tons
Gente, eu li 50 tons e entre tantas críticas me indicaram essa trilogia para que eu visse o que era um livro erótico bem escrito. Ok, eu concordo que 50 tons nao é lá bem escrito, mas a história é maravilhosa.

Bom, resolvi ouvir os amigos e como se tratava de Anne Rice, comecei a leitura e a minha impressao é que ela ligou a tv em um canal pornô e saiu descrevendo o que via.

Onde está a história? Você nao se apega pelos personagens, tudo é só sexo por sexo. Vulgar e frio.

Prefiro meus 50 tons mal escrito mas quentinho, doce, romantico, lindo, com um amadurecimento notável no decorrer dos livros.

É, se você busca pornô de motel barato descrito em um livro, pode começar a ler.
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ReLepage 05/05/2013

decepcionante
Adoro Anne Rice, mas essa trilogia é muito ruim. Repetitiva e chatinha, embora seja muuuito melhor que os 50 tons.
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Vivian 01/05/2013

A unica coisa a dizer é que é um livro bem difícil de ler,mas depois q se acostuma não conseque parar de ler.
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Pri Rodrigues 10/04/2013

O que dizer?!
Primeiramente o que me chamou a atenção dele na livraria foi me deparar com Anne Rice escrevendo um romance erótico. Pensei na hora "uau, deve ser muito bom!". Procurei saber um pouco mais por aqui e vi diversas opiniões discrepantes, preferi comprar e conferir por mim mesma.

Acabei de ler o livro, me arrastando nas últimas páginas, só pra não dizer que abandonei (odeio fazer isso) e ainda estou tentando entender quando foi que, na minha opinião, a trama desandou e me fez perder o interesse. Veja bem, como já foi bem comentado em outras resenhas: não espere ver um romance. A parada aqui é crua, sexual, bem visceral. Ou seja, nada de "50 Tons", "Toda Sua" e afins...

Mas meu ponto nem foi esse, já que não me incomodo com essa ausência de cenas românticas. O começo da história é bem interessante, até! Vc embarca junto com a Bela na descoberta de um mundo novo no castelo do príncipe e fica na expectativa de qual cena "excêntrica" virá a seguir. Porém, chega em um momento, mais pro meio do livro que minha curiosidade foi diminuindo e comecei a ficar sem saco de ver as mesmas cenas bizarras acontecendo, parecia que a ligação que havia entre elas e o contexto da história, se perdeu um pouco.

Enfim, não gostei mas continuo achando a Anne foda! Rs*
Pensando do ponto de vista das cenas somente, a riqueza de detalhes e emoções expressas, são muito boas!
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Michelle Maytre 06/04/2013

Não me agradou. Fraco.
Comecei a ler esse livro por conta da autora, mas sinceramente, não gostei, e quase largo o livro; no entanto não gosto de abandonar uma leitura. Mas não lerei os outros, A punição de Bela e a Libertação de Bela.

Se você gostou, me desculpe. Esse livro só serviu mesmo para demostrar as diferentes maneiras de ser uma submissa(o) ou de ser um dominador(a). São tantas técnicas demostradas no livro que me deu náusea e depois de um tempo ficou enfadonho.

É bem verdade que a escrita é maravilhosa, a autora foi espetacular em descrever as cenas, afinal é a Rice. Ela descreve bem os personagens, os lugares, medos angustias e situações, mas é só. Não prende!,
Quando príncipe Alexi vai contar sua história para Bela... poxa, que coisa monótona!

bom, o livro começa com o despertar da Bela Adormecida depois de 100 anos em um sono profundo imposto por uma bruxa. O príncipe a acorda não exatamente com um beijo, mas tomando-a e tirando a pureza dela.

Bela é levada nua ao reino desse príncipe, e durante toda a viagem é espancada.

Na corte, ela vira uma escrava sexual de todos os lords e ladys. Apanha mais que uma condenada, é tratada pior que um animal, submetida a vários tipos diferentes de castigos e serviços sexuais ao bel prazer de seus senhores, que dão principalmente a rainha, o príncipe e lady Juliana.

E o final? O que foi aquilo??

Ah, deixa para lá.

Para ser da autoria de uma autora consagrada a estória é no mínimo fraca.
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Aline T.K.M. | @aline_tkm 01/04/2013

Anne Rice manda melhor com bruxas e vampiros
Como o próprio título sugere, os desejos da princesa exercem papel de destaque. A ruptura repentina da inocência através da introdução – bruta e forçada – ao sexo mexe com Bela. Ao lado do terror, encontram-se o prazer e um desejo quase incontrolável, sensações novas para a garota. Sem poder saciar completamente seu desejo, ela deve viver para servir seu príncipe em total submissão enquanto recebe um rigoroso treinamento.

A narrativa não economiza nas passagens eróticas, embora até que poderia. São tantas que acabam por se tornar repetitivas. Denominá-las apenas eróticas não seria suficiente: o livro, com conteúdo essencialmente BDSM*, é uma chuva de sadomasoquismo sem fim. Interessante, se não fossem – de novo – as repetições à exaustão. A junção do liberal e do conservador se dá a partir do fato de que os escravos estão disponíveis para todo tipo de prática com todo o reino (sem exclusão de gênero) e, ainda assim, têm um “dono”, um mestre, e não deixam de ser escravos.
*BDSM: sigla para Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo.

Apesar de não apresentar um enredo de todo vazio, não se pode comparar o livro às riquíssimas Crônicas Vampirescas pelas quais Rice é mais conhecida (até porque são muito diferentes). Aqui, até existe um enredo, ainda que fraco. A paixãozinha entre Bela e o príncipe Alexi, escravo como ela, dão um pouco de cor à trama.

LEIA PORQUE... O texto não é ruim nem mal escrito, e o enredo é relativamente interessante por despir de qualquer pudor o tão conhecido conto de fadas. Para os mais chegados a temas eróticos, creio ser uma boa pedida. Depois, corram para ler algo das Crônicas Vampirescas para conhecer, verdadeiramente, a escrita da autora.
É interessante saber – até para conhecer o contexto da coisa toda – que a trilogia foi publicada pela primeira vez no início dos anos 80, época em que a pornografia era acusada por muitas feministas de violar os direitos das mulheres. Mas, ao contrário, Anne Rice era da opinião de que as mulheres deveriam ser livres para ler e escrever o que quisessem.

DA EXPERIÊNCIA... Apenas interessante. Não causou fortes emoções.

FEZ PENSAR EM... Como eu prefiro bem mais as outras obras de Anne Rice. E em como todo conto de fadas tem uma face safada, mesmo que velada.


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