O Quinze

O Quinze Rachel de Queiroz
Shiko




Resenhas - O Quinze


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Danilo.Sousa 08/11/2020

Uma obra formidável. Rachel de Queiroz foi muito feliz em escrever belíssima obra, envolvendo todo esse aspecto nordestino, mostrando para os leitores de suas obras os momentos difíceis que se passaram no sertão, mas onde nunca perderam a esperança de um novo amanhã.
Mayza7 08/11/2020minha estante
Verdade!?




Marcelo217 25/08/2022

Relato leve e doloroso sobre a seca
Deixando meu ranço de lado pela personagem Maria Moura, preciso ovacionar essa leitura que, pra mim, foi uma surpresa muito agradável.

Ninguém melhor pra falar de um assunto que alguém que o vê de perto. Rachel escreve a realidade dura, triste e sofrida da seca cearense no início do século XX. O interessante é que ao mesmo tempo que ela escreve, a descrição brutal do sofrimento é passada de maneira tão simples que a leitura é agradável, sem deixar de ser comovente.

Os dois núcleos apesar de destoarem pela condição social, não se distanciam ao lidar com o sofrimento, mesmo que em duas perspectivas diferentes. A autora é fiel ao retratar os traços e defeitos do senhorio (Conceição e Vicente) e também a tentativa de sobreviver do empregado (Chico Bento e família). Os costumes e a crítica social é simples e direta.

Impossível não se emocionar com as tragédias que a família de Chico Bento passou, assim como torcer para que Conceição e Vicente ficassem juntos no final. A autora se redimiu e me deu um gás pra terminar o Memorial de Maria Moura que ta estacionado por aqui.
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Natasha.Louredo 11/08/2023

Uma Leitura Impactante
"O Quinze" foi o primeiro livro da escritora Rachel de Queiroz. Publicado em 1930, ele narra a seca histórica de 1915 pelo olhar de uma professora que mora em Fortaleza e que, em suas férias, visita a fazenda da família. O romance faz parte do ciclo nordestino com algumas características do neorrealismo.

O romance possui dois polos narrativos diferentes. Um conta a história do relacionamento de Vicente, um proprietário de terra que luta contra a seca, e a sua prima Conceição, uma professora progressista que mora em Fortaleza. O outro polo narra a trajetória do vaqueiro Chico Bento e a sua família, que perdem o sustento na terra e partem para a capital do Ceará. Em ambos os polos, os confrontos básicos são entre o campo e a cidade e entre a natureza e o homem.

Em vários momentos fiquei emocionada, "O Quinze" é um soco no estômago pela simplicidade direta com que expõe a dureza da seca nordestina. A narrativa é forte, com cenas pesadas que se entremeiam com a aspereza do cenário. É a luta dos homens, mulheres, crianças e animais contra um inimigo invisível que ataca sem dó. Mesmo na singeleza de algumas passagens, é um livro que sufoca, perturba e faz pensar.



Contexto Histórico - Os Campos de Concentração:

A grande seca de 1915 levou fome e miséria para o interior do Ceará e uma migração em massa. Milhares de sertanejos deixaram o campo e foram em direção à capital Fortaleza. Em resposta à crise, o governo instalou campos de concentração para abrigar os refugiados. O cenário nos campos de concentração era de extrema miséria e pobreza. Estima-se que morriam em média 150 pessoas por dia nos campos. Os refugiados da seca ficavam presos, cercados pelo exército e recebendo algumas doações de comida e medicamentos.
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Fernando 30/12/2020

Retrato da crueldade da seca de 1915
Este é o primeiro livro da escritora Rachel de Queiroz e se tornou um clássico. Foi publicado em 1930, quando ela tinha apenas 20 anos. Ele narra a seca histórica de 1915 pelo olhar de uma professora que mora em Fortaleza (capital do Ceará) e que visita a fazenda da família nas férias.

O pequeno texto (o livro é curto e pode ser lido em poucos dias) demostra que a autora, à época, era uma mulher com visão à frente do seu tempo e descreve os encontros com os primos, as relações dos membros da família e amigos, o agravamento da seca e a luta dos personagens frente ao drama imposto por ela e a esperança de uma vida menos dura na cidade grande.
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marcelo.batista.1428 25/09/2022

O romance começa com a visita de uma professora, que trabalha na capital, à sua avó, que vive em um sítio no interior do Ceará. Aos poucos, outros personagens vão chegando, e vamos percebendo, como pano de fundo, as diferenças culturais entre o campo e a cidade, entre o “novo” e o “velho”, o trabalho intelectual e o manual, e a relação do homem com a natureza (tanto no olhar fraterno do sertanejo com sua terra e seus animais, como na dureza da luta pela sobrevivência difícil com a chuva que não vem).
Mas para mim, sem sombra de dúvida, fica marcado a migração da família de Chico Bento. A escritora consegue com uma linguagem simples, sem floreios ou excessos, de forma sincera, singela e direta, mostrar toda tristeza, desalento, sofrimento, dor, amargura, desamparo, desesperança, miséria que envolve as pessoas quando a fome está presente. Lembrei-me de algumas passagens da heroína Macabéia (e sua “tristeza conformada”) em A Hora da Estrela (Clarice Lispector) e dos quadros de Portinari que representam os retirantes.
Lendo resenhas depois, vejo que a obra narra a grande seca que aconteceu no Ceará no ano de 1915. E o Alagadiço, o maior campo de concentração dos arredores de Fortaleza, que eram criados para abrigar os refugiados da seca, e que eu não tinha a menor ideia da existência.
Se por um lado a aridez do tema tratado não permite dizer que foi uma leitura agradável, por outro, ler um romance que nos afeta, que nos desperta para um tema tão relevante e que, infelizmente, ainda aflige o Brasil e o mundo, torna a leitura interessante e fundamental.
Viva a força do povo sertanejo, viva a força do povo nordestino.
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natiimartinello 28/12/2023

Um livro sutil sobre diferença social
Esse livro não possui grandes reviravoltas e nem precisa! Ele é sobre a jornada, a difícil jornada para fugir da seca, da fome e da miséria. Mas além disso, ele retrata como as tragédias ambientais (nesse caso, a seca de 1915) atingem pessoas que habitam o mesmo lugar de forma diferente, de acordo com a classe social.
É um livro sofrido, triste, em muitos momentos tive que parar para respirar, mas a linguagem é fácil e a leitura é fluida.
Além disso, apesar dos quase 100 anos que separam a época em que foi escrito da atualidade, o que mais choca é ver que tudo de triste nesse livro ainda acontece hoje em dia.
Saio dessa leitura reflexiva, mais consciente dos meus privilégios e mais disposta a ajudar quem necessita de ajuda para sobreviver.
Pri.Kerche 28/12/2023minha estante
Gostei da resenha, Nati




Cristal 26/04/2021

Nunca fui muito inclinada a gostar de clássicos, leitura arrastada e linguagem antiga difícil não me atraía, mas com O Quinze eu mudei de opinião. Esse livro trata da seca de uma maneira tão realista, sem exageros e sem palavras enfeitadas propositalmente pra encantar o leitor, mas mesmo assim encanta pelo jeito cru que é descrito. A morte, a fome, a seca, o campo de concentração e a pitada de romance se interligam nesse livro de maneira perfeita, me emocionou e me fez temer pelo que ia acontecer com os personagens.
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Daniel.Amorim 08/03/2022

Parabéns
Eu achei o livro bem ilustrado bem escrito uma história que te envolve e você cria um laço com os personagens é otimo o livro mesmo parabéns a escritora e aos ilustradores
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trizisreading 19/10/2023

Seca no Nordeste de 1915
No romance "O Quinze", Rachel de Queiroz conta a história de personagens que vivem no sertão do Ceará, no ano de 1915, onde ocorreu uma seca que trouxe aos habitantes do nordeste brasileiro desespero, fome e morte.

No decorrer da história conhecemos diversos personagens, moradores do sertão cearense que, devido a uma seca que durou um ano, precisam abandonar suas moradas e partir para o desconhecido em busca de melhores condições de vida. Ainda assim, passam por uma grande provação e, muitas vezes, acabam em uma situação pior ainda.

Em muitas partes me senti angustiada, queria que o jogo virasse e aquelas pessoas finalmente encontrassem paz na vida, mas Rachel não busca escrever um conto de fadas, e fiel à situação dos mais pobres à situações de vulnerabilidade, muitas vezes, senti que só acontecia desgraça.

Esse é um livro extremamente rico em cultura, traz diversos aspectos da vida no sertão, principalmente em sua escrita, que usa o dialeto sertanejo nordestino.
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Geraldobneto 29/12/2020

Um dos maiores da literatura brasileira
É quase inacreditável que alguém com 19 anos consiga escrever um livro desse nível. A maturidade literária que ele exala é enorme. A forma com que a autora deixa várias coisas em aberto mas ao mesmo tempo de uma forma finalizada pra mim é uma das maiores coisas do livro.
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Amanda 03/05/2023

Simples,profundo e sensível.
Li esse livro pq a escola pediu e admito que não estava com as expectativas muito altas,mas acabei me surpreendendo.A história se passa no cenário de seca que assolou o Ceará em 1915,trazendo, naturalmente, inúmeras questões sociais sobre a vida no Nordeste e a vida miserável dos migrantes da região,mas o mais admirável nessa obra é a forma como a autora trouxe esses temas de forma tão sábia,sem romantizar nada e sensibilizando o leitor, o que consagra "O Quinze" como uma obra-prima da literatura brasileira
Mas afinal,o que torna "O Quinze" um clássico?Como eu sempre digo,todo clássico é um clássico por uma razão,e que razão seria essa?Pois bem,a resposta pode ser dada com uma só palavra:a sua simplicidade.
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Gii 15/12/2022

O Quinze
Apesar de falar sobre um acontecimento antigo, ainda é possível ligar a realidade do livro com a forma de vida de muitas pessoas do nosso país, principalmente do nordeste. Então, considero a leitura dele importante para a consciência de como essas pessoas, que muitas vezes são esquecidas, viveram e ainda vivem.
Os "pontos negativos" dele para mim é que dentro da história não é deixado claro que se trata da seca de 1915 e em alguns momentos eu achei a escrita meio difícil, mas creio que seja uma questão de costume, pois o livro conta com o linguajar da época.
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