Anne Sayers 23/01/2013
Cinquenta Tons de Cinza
Sobre o enredo, houve momentos da leitura onde eu quis simplesmente perguntar quando eles parariam de fazer... Sexo! Tudo bem, é um romance voltado para o lado erótico e, talvez, pelo fato de eu ser um pouco ― muito ― fã de livros mais intensos no quesito “aventura”, senti falta dessa parte. Entretanto, não posso desabonar a autora por esse fato, é um estilo diferente e procurei ler porque eu quis.
O tema abordado é polêmico, como eu já havia dito. Porém, não creio que isso deva ser encarado como um bicho de sete cabeças, bem sabemos que isso é parte da realidade de muitos.
Christian Grey, um homem de sucesso, perto dos 30 anos de idade, e apesar de tão novo um bem sucedido e multimilionário empresário, que parece muito fechado a todos, não é visto com ninguém, deixando as curiosas à dúvida se ele não seria gay. Pelas descrições, qualquer um imagina que Christian é um deus grego. E foi isso – também – que me fez muito lembrar Edward, de Crepúsculo.
A minha primeira impressão da Ana, ou Anastácia, era que ela era, facilmente manipulada. Entretanto, tenho que admitir que pelo jeito que descrevem Christian no livro, eu também não resistiria.
E mesmo sendo um pouco fraca aos comandos de Grey, em vários momentos ela demonstra que sabe falar não.
Como o romance se desenrola em vários níveis de acordo com o desenvolvimento do livro, temos a sensação de que ela se entrega totalmente aos caprichos dele (vocês vão entender), só que isso acontece aos poucos, lentamente, e podemos perceber claramente em diversas partes do livro, que ela realmente está ponderando toda a situação que está entrando.
Em algumas partes, ela fala que se sente como Ícaro voando muito perto do Sol, e que ela sabe que vai acabar machucada.
É quase um alívio, a sentir dando esse passo para trás, se ‘negando’ em partes a entrar em um mundo desconhecido. Mesmo que o porteiro desse mundo seja um homem tão lindo.
A escrita do livro não é magnífica, mas nada que impeça a leitura. Os capítulos fluem muito bem, apesar de ter uma enrolada no meio de campo, mas nada que tire a graça do livro. Muito pelo contrário, nessa enrolada, tem várias cenas ótimas.
O livro termina em um momento super reviravolta, com um ótimo gás para o próximo livro da série, Cinquenta Tons Escuros, mas isso é papo para uma próxima resenha.
Recomendo.