A Idade da Razão

A Idade da Razão Jean-Paul Sartre




Resenhas - A Idade da Razão


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Jéssica 12/05/2011

"Você é engraçado, meu caro, tem um medo tão louco de iludir a si mesmo que recusaria a mais bela aventura do mundo para não se arriscar a uma mentira."


"É para se libertar a si próprio; olhar-se, julgar-se: sua atitude predileta. Quando você se olha, imagina que não é o que está olhando, que você não é nada. No fundo é o seu ideal: não ser nada."


"Não posso explicar, acho-o austero, e, se a gente observa os olhos, logo percebe que ele tem cultura, que é o tipo de sujeito que não gosta de nada simplesmente, nem de beber, nem de comer, nem de dormir com uma mulher; ele deve refletir sobre tudo, é como essa voz dele, uma voz cortante de alguém que não se engana nunca."


"Mas através de tudo isso sua única preocupação fora manter-se disponível. Para um ato. Um ato livre e refletido que empenharia o destino de sua vida e seria o início de uma nova existência. Nunca pudera amarrar-se definitivamente a um amor, a um prazer, nunca fora realmente infeliz; sempre lhe parecera estar alhures, ainda não nascido completamente. Esperava."

"Talvez não possa ser de outro modo; talvez seja preciso escolher: não ser nada ou representar o que é. Isso seria terrível, essa trapaça com a nossa própria natureza."
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Gláucia 24/04/2011

A Idade da Razão - Jean-Paul Sartre
O livro faz parte de uma trilogia, Caminhos da Liberdade e traz, em forma de romance algumas das ideias do filósofo existencialista. O protagonista tem seus ideais sociais postos em dúvida por seu irmão burguês e tudo se complica com a gravidez inesperada (e indesejada) de sua namorada. Interessante para reflexão sobre temas que costumam trazer polêmica.
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Hilton Neves 09/03/2011

Pimba! Sartre deixa sua marca
O autor mergulha fundo nas emoções humanas, manias etc Além de destacar o valor de se responsabilizar por suas ações, levanta o dilema entre o sujeito ficar em sua zona de conforto e buscar sua liberdade. Tudo isso, embora coisas fortes e sombrias durante a estória se sucedam, o autor leva a cabo enquanto provê o(a) leitor dum bom contato com a dialética e dum guia anos-30 da boemia parisiense.
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Gabriel 24/02/2011

Existencialismo
Nessa historia que se passa em apenas 48 horas Sartre coloca em evidência seu existencialismo. Eh possivel compreender melhor como se aplica sua teoria através dos raciocinios e reações dos personagens. Vale também um ensaio sobre a legitimação ou não do aborto.
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Hudson 10/12/2010


Já faz alguns anos que li portanto talvez eu esteja esquecendo de algo.

Achei um livro bastante complexo, interessante e intrigante ao mesmo tempo

Todos os questionamentos, cotidianos porém sempre atuais até os dias de hoje

dão a idade da razão um aspecto que acredito ser sempre "atemporal".


As noites parisienses, com vários personagens do livro como Ivich e boris mostram
também vários aspectos da paris que era a cidade mais cosmopolita do mundo, onde todos
eram recebidos por essa mãe, francesa dando ao livro um relato interessante da paris
pós " La Belle Époque".


As contradições vividas por Mathieu sobre o que se fazer, sobre o que é certo
e os outros interlocutores são todas brilhantes portanto é preciso ter atenção em praticamente todo o livro para não perder nenhum "fio filosófico" o livro ´é denso carregado, por tanto atenção se faz necessária se quiser aproveitar tudo o que é dado.


Algumas passagens são bastante chocantes como a do menino quebrando o vaso, é uma analogia
brilhante e única.


Mathieu que aos olhos de alguns interlocutores é o homem perfeito, esconde vários defeitos
e a sua luta contra esses defeitos, ou pelo desejo de não mais os esconder e sim suprimir
cabalmente, faz dele um personagem dicotômico e muito interessante.


Um livro de muitas surpresas e extremamente reflexivo não é atoa que é um marco até hoje.







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dormideira 30/11/2010

Tenho a sensação de que não retirarei completamente as idéias deste livro. Deixá-lo fermentando em um canto, e então, quando eu supôr que superei, ou que não superei de forma alguma... lê-lo de novo.

Posso apenas afirmar que sim, senti. As fascinantes experiências de liberdade de cada indivíduo, cada forma de ser livre, irresponsável, sacana, entediado. Mais evidentemente em Mathieu; mas então que diriam os outros fascinantes personagens, presos dentro de si, se questionados da mesma forma? Exaustivamente. Que é a liberdade? Quem sou? Onde está a minha liberdade?

De fato, que é a liberdade? É poder reconhecer-se, e mesmo assim ter vergonha? É ir até a Espanha e lutar? Assumir sempre as conseqüências?
Não é uma pergunta que posso responder, porque sinto que ainda estou nos parênteses. Na coxia. Talvez nunca haja deixa, mas em mim - eu, o personagem -, em mim o horror do ridículo é o que há.

O que eu realmente sei é que os sonhos preenchem as rugas. Já não tenho medo da idade da razão, mas ainda da velhice.
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