dormideira 30/11/2010Tenho a sensação de que não retirarei completamente as idéias deste livro. Deixá-lo fermentando em um canto, e então, quando eu supôr que superei, ou que não superei de forma alguma... lê-lo de novo.
Posso apenas afirmar que sim, senti. As fascinantes experiências de liberdade de cada indivíduo, cada forma de ser livre, irresponsável, sacana, entediado. Mais evidentemente em Mathieu; mas então que diriam os outros fascinantes personagens, presos dentro de si, se questionados da mesma forma? Exaustivamente. Que é a liberdade? Quem sou? Onde está a minha liberdade?
De fato, que é a liberdade? É poder reconhecer-se, e mesmo assim ter vergonha? É ir até a Espanha e lutar? Assumir sempre as conseqüências?
Não é uma pergunta que posso responder, porque sinto que ainda estou nos parênteses. Na coxia. Talvez nunca haja deixa, mas em mim - eu, o personagem -, em mim o horror do ridículo é o que há.
O que eu realmente sei é que os sonhos preenchem as rugas. Já não tenho medo da idade da razão, mas ainda da velhice.