Gabriel 27/12/2013
Pura modinha, pura merda.
O que eu posso dizer sobre este livro é: uma merda.
Outra definição: modinha.
Logo de início, você percebe a linguagem completamente comum (adolescente) usada para escrever o livro, como se você estivesse conversando com a protagonista, Hazel Grace e não lendo um livro. A tradução dos exemplares foi muito prejudicada, a ponto de parecer que não foi feita por uma editora tão boa quanto a Intrinseca, que publicou grandes nomes da literatura atual. Parece que a edição foi feita por qualquer um, em uma casa, usando apenas o word ou nem isso.
A falta de vírgulas e o abuso de repetições no texto deixaram o livro com uma história cansativa. Não há sequer uma vírgula antes de "mas" e "porém" e você fica completamente confuso com as repetições do tipo "Eu odeio isso eu odeio isso eu não quero mais viver eu odeio isso eu odeio isso" (São exatamente assim, sem vírgulas)
Deixando a escrita de lado, podemos fazer uma análise do enredo que é tão bom quanto uma fanfic de One Direction. Pra começar, a história que diz ser voltada para os jovens em geral, é voltada apenas para meninas/pessoas afeminadas cheias de frescura que nunca abriram um livro na vida. O autor abusa de metáforas no texto, o que faz com que você tenha que pensar demais e acabar desistindo daquela leitura. O "pensar" que eu digo, é aquela coisa bruta e não o "refletir" ou "meditar" que é o que fazem as palavras de "A menina que roubava livros".
A história fala sobre uma garota sem sal que está morrendo de câncer e precisa levar um cilindro de oxigênio para todo lado, do contrário, ela irá parar na terra pé junto. Ela é obrigada pela mãe a frequentar um grupo de apoio. Pelo alvoroço que fizeram em cima desse livro, eu esperava algo realmente original e minhas expectativas não foram atingidas. Como em qualquer filme clichê, ela vai de mau humor para o grupo e lá conhece um Gary Stu. (Ver definição)
Como era de se esperar, ela se apaixona pelo Agustus Waters e começa a viver um dilema por não querer um namoro, assim ela não atingiria o garoto quando morresse. No decorrer da história, toda essa aflição e frescura feminina com namorados é fortemente mostrada.
No final, o livro começa a resumir, o que antes decorria lentamente, agora acontece em um ou dois parágrafos, algo que, na minha opinião, torna o livro mais horrível ainda. Eu não tenho coragem de contar o final, mas não é nada do que eu esperava, já que todos faziam aquele alvoroço, eu esperava algo que realmente fosse tocante ou chocante, como o fim de "A menina que roubava livros"
Percebam que citei o livro de Marcus Zusak duas vezes nesta crítica, isto porque eu percebi que John Green tenta fazer você refletir ou ficar chocado, como fez Zusak. O problema foi que ele falhou e colocou coisas clichês como "Alguns infinitos são maiores que outros", enquanto em The Book Thief, o livro já começa fazendo você pensar em como seria a morte com a famosa frase "Sou apenas um resultado."
O livro está mais para um folheto de divulgação de combate ao câncer, quando você acaba de ler ele, fica com vontade de ir num médico, com medo de estar com algum tumor e acabar morrendo numa UTI. É uma bosta.
Enfim, o livro é voltado para quem ainda não sabe o que é um livro de verdade e para garotinhas superficiais. Eu dei sorte de ter ganhado o livro, pois se eu tivesse gastado vinte reais numa bela porcaria, eu acho que estaria chorando agora. Então a minha recomendação é: Não leia A Culpa é das Estrelas, leia qualquer outra coisa.