Resenhas - Discurso do Método

Daniel Sampaio 06/08/2022

Os fundamentos do método científico
A obra fundamenta os princípios do método científico na medida em que o autor discute várias práticas fundamentais para o progresso do conhecimento científico, tais como a importância de se sistematizar suas investigações na forma de um ?artigo?, descrevendo com objetividade as evidências e relações de causalidade na interpretação do fenômeno ou sistema físico que se está analisando, e ainda, na importância da divulgação do trabalho para a comunidade científica com o intuito de submeter o trabalho ao escrutínio de seus pares para a validação ou correção do conhecimento ali exposto. Recomendo.

Elk 18/08/2020

Um bom livro, nada de extraordinário.
Embora não seja uma leitura incrível, vale a pena conhecer a obra de Descartes, para que assim, possa entender um pouco mais do pensamento da época. Destaco aqui algumas boas dicas do autor para incorporar em sua vida, são ótimos conselhos!
Outra coisa interessante é a forma como ele fala sobre biologia e as ciências da época, que, mesmo limitadas, surpreendem e instigam a imaginação do leitor.

Carla Forner 29/03/2020

Discurso do Método
Descartes foi um filosofo adepto do racionalismo, acreditada que somente através da razão seria possível ter um conhecimento verdadeiro sobre as coisas, desenvolveu um método no qual qualquer um que se dispunha a questionar poderia desenvolver uma tese filosófica.

Tati.Zilah 23/07/2020

« Penso, logo existo. »
« Assim, visto que nossos sentidos nos enganam às vezes, eu quis supor que não havia coisa alguma que fosse tal como nos fazem imaginar. »
Descartes- Discurso do método. p.69.

rafa moreno 22/03/2023

Penso, logo existo
Quando encontrei na página 63 a célebre frase (não lembrava que era deste livro) foi como encontrar-me com o próprio manuscrito e ter a oportunidade de ler com meus próprios olho uma das frases mais épicas da Literatura e sem dúvida base da Filosofia Moderna.
No início desse mesmo capítulo, Descartes assume não estar seguro de que o que vai contar tenha importância para nós e que quizás encontremos banal (kkkk). Uma das coisas que me chamou a atenção é a linguagem utilizada, as inseguranças e a humildade, típicas de um jovem, mas de uma das mentes mais brilhantes da História.

Antônio 07/02/2016

Um livro pra fazer pensar
E se tudo o que me chega aos sentidos não se trata de sensações criadas por mim mesmo, como um sonho? Mesmo que duvidasse de tudo, não poderia duvidar de que duvido. E, se o ato de duvidar é pensamento, isso indica que, de fato, existimos. Isso porque não há pensar sem o existir, pois um e outro não se separam. Esse método de pensar de Descartes, partindo da razão, é o marco da filosofia moderna. Sem tal filosofia não há método científico que se sustente na base do raciocínio; sem o uso da lógica cartesiana em busca da verdade das coisas, as experiências deixam de ser ciência e tornam-se meras especulações sobre as causas e seus efeitos. A ideia da perfeição, uma vez que somos seres imperfeitos, mas capazes de concebê-la, ainda que em nossos pensamentos, demonstra que ela deve ter sido colocada em nós por algum todo de perfeição. E se esse todo, ou melhor, esse ser é de fato perfeito, não haveria de ser criado por nenhum outro, uma vez que isto o rebaixaria à imperfeição; e é isto o que prova a existência de um ser perfeito, tratado pela religião como Deus. Os preceitos do método de Descartes são quatro: a primeira é não aceitar a verdade jamais como verdadeira, se você não a conhece evidentemente como tal; a segunda, dividir um problema maior em problemas menores, em que suas partes sejam capazes de ser resolvidas; a terceira é subir os degraus, dos pensamentos mais simples aos mais complexos, chegando a verdades superiores; e o quarto é revisar, descobrir verdades omissas ou que podem ter sido despercebidas e que, sem elas, perder-se-iam aspectos relevantes para o entendimento completo das coisas. Discurso do método é, sem a menor dúvida, um marco do pensamento moderno, do uso da razão como ferramenta sem falha, da busca pelas verdades que podem ser encontradas por todos, uma vez que esse sentimento da certeza das coisas, da demonstração da verdade por meio das ideias, está embutido em nossas almas; e só existimos porque pensamos, sendo também a recíproca verdadeira.

Discurso do método é um livro que desperta e clareia pensamentos. Agora, um de meus livros favoritos, senão o mais de todos eles.

RH 12/12/2015

Descepcionante.
Quando li o primeiro parágrafo imaginei que seria um livro puramente racional. O que me animou bastante já que no século XVII não havia muita separação entre o que é real e o que acredita-se ser real.
Porém depois da primeira parte do livro o que senti foi uma decepção em montanha russa: quanto mais li mais triste fiquei por ter pensado que Descartes sairia do senso comum.

As únicas partes do livro que demonstraram um real raciocino foi a frase COGITO ERGO SUM e o trecho abaixo dito no início do livro, e este só presta se for lido como irônico:
INEXISTE NO MUNDO COISA MAIS BEM DISTRIBUÍDA QUE O BOM SENSO, VISTO QUE CADA INDIVÍDUO ACREDITA SER TÃO BEM PROVIDO DELE QUE MESMO OS MAIS DIFÍCEIS DE SATISFAZER EM QUALQUER OUTRO ASPECTO NÃO COSTUMAM DESEJAR POSSUÍ-LO MAIS DO QUE JÁ POSSUEM.

site: www.radigehanna.blogspot.com

Tiago Sales 30/09/2012

Esse livro se tornou minha cartilha pessoal!

manel T 11/07/2022

É um livro do século XVII, pondera... Muita coisa mudou!
Aqui René Descarte descreve seu "método", o livro é dividido em 6 partes, é importante antes de ler esse livro entender o contexto e principalmente porque ele escreveu.

"Tentei não ser cético, realmente mudamos muito desde o ínicio do iluminismo e é difícil conciliar o fato de que muito do que ele passa neste livro supostamente não foi de tudo coerente nas suas ações... Enfim, uma sociedade diferente valores diferentes.

Obs: não lê essa versão não tem uma mais atual, foi difícil... essa escrita erudita é cringe viu...

Luis Gustavo 20/04/2021

Penso logo existo
Tal proposição resume o espírito de René Descartes, sábio francês cujo discuso do método inaugurou a filosofia moderna.

Bloging 01/08/2011

Ao ler o Discurso do Método, é comum deparar-se com os seguintes questionamentos: Como um pensamento tão moderno poderia ter aflorado imediatamente ao nascimento do Iluminismo? Como esta filosofia, que trouxe à tona conhecimentos tão concretos, pôde desenvolver-se apesar da renúncia dos métodos antigos, e da construção de várias dúvidas sobre absolutamente tudo o que existe no Universo – inclusive a existência de Deus e da própria existência?

Estes e outros questionamentos são expostos por René Descartes ao longo de sua obra prima. E obviamente não cabe ao mero resenhista expor as idéias do filósofo aqui, já que na última parte do discurso, o próprio Descartes fala que ninguém é melhor que ele mesmo para explicar seu pensamento, uma vez que quem tomou conhecimento do método pode explicá-lo de uma forma modificada.

A verdade é que, esta obra que inaugurou a filosofia moderna, foi escrita originalmente em língua vulgar (o francês ao invés do latim, idioma adotado pelos intelectuais da época) visando o objetivo de que toda a humanidade deveria ter acesso ao uso da razão.
Evitando assim, ações e conclusões cegas e precipitadas sobre a vida; e evitando também uma postura individual passiva sobre a mesma, passividade esta, que oprimia e dogmatizava a visão do homem sobre o mundo.

Em suma: O Discurso do Método é um manual prático, um “modo de usar” da razão. Que de forma alguma deve ser vista com preconceito por aqueles de pensamento mais obsoleto.

PS: Livro de linguagem um pouco difícil. Para ser lido mais de uma vez.

@pedro.h1709 20/09/2022

O Discurso do Método
A obra intitulada "O Discurso do Método" de Descartes apresenta suas posições quanto a percepção de mundo, sobre o qual só deve haver uma única verdade para cada questão analisada.

O primeiro tema abordado é a atribuição da razão a todo homem, sendo a razão e o questionamento os princípios de toda sua filosofia.

O Autor demonstra que ao duvidar de todas as coisas, a única verdade da qual se tem certeza é a de poder duvidar de algo, e este pensar garante a existência do sujeito; portanto "penso, logo existo". Essa existência é a alma, dissociada de qualquer aspecto material.

Daí Descartes sugere que ao a pensar suas imperfeições e poder deduzir verdades perfeitas, estas últimas só poderiam surgir a partir de um ser totalmente perfeito e sem falhas, ou seja, Deus.

René Descartes propõe também que assim como o pensar sobre a perfeição de Deus prova sua existência, o pensar sobre o mundo material também garante sua existência e que isso não pode ser confundido com um sonho devido a razão, tão mais confiável quando se está desperto.

Nesta obra o autor irá ainda apresentar suas quatro regras para a condução das reflexões segundo seu método:

Evidência: a primeira regra exige que não se aceite como verdadeiro o que não seja claro e distinto.

Análise: a segunda regra consiste em dividir cada uma das dificuldades que serão examinadas em tantas partes que sejam possíveis e necessárias para resolvê-las da melhor maneira.

Ordem: terceiro; ordenar o pensamento para solucionar as dificuldades. Assim, deve-se começar pelas questões mais simples e os objetos mais fáceis de conhecer, para, gradativamente e ordenadamente, tratar dos objetos compostos e problemas mais complexos.

Enumeração: E finalmente, devem-se fazer enumerações completas e revisões gerais de modo que nada seja omitido.
Por fim, em alguns momentos me pareceu que o autor é bastante presunçoso e narcisista, apesar da aparente humildade. O discurso trata-se de uma obra interessante e bastante breve.

Reis 26/07/2021

Descartes mudou minha forma de pensar a filosofia...
Essa leitura mudou minha percepção sobre os aspectos filosóficos da existência humana. Descartes me remete um pouco as ideias de Platão, na minha visão o Discurso do método tem um bom link com Timeu e Crítias, especificamente no ponto onde é descrito o que se conhece como o mundo das ideias.

Rodorush 28/01/2021

Leitura difícil
Tive muita dificuldade em entender o livro. Precisei reler várias vezes algumas páginas. Muitas vezes eu sequer conseguia saber do que o autor estava falando... mas muitas outras partes eu entendi de primeira. O que mais achei legal foi a união da ciência e espiritualidade, tão bem argumentada e demonstrada de forma irrefutável.