Resenhas - Discurso do Método

Fsanz 12/10/2022

Bom
Livro interessante para quem está começando suas leituras filosóficas. Há conceitos importantes e linguagem acessível.

tessacarstairs 01/05/2021

Recomendado a aqueles que querem começar nas leituras filosóficas. Contém, com termos simples, os pilares mais básicos do existencialismo. Não muito informativo caso já tenha alguma bagagem em filosofia, mas necessário de qualquer forma.

Paulo1844 22/05/2024

Cogito, ergo sum
Ao ler "Discurso do Método" de René Descartes, senti-me convidado a mergulhar nas profundezas do pensamento racional. Publicado em 1637, este tratado não é apenas uma exposição de ideias, mas uma jornada pessoal que Descartes compartilha conosco, uma jornada que marca um ponto de inflexão na filosofia e na ciência moderna.

Eu me vi acompanhando Descartes em sua meditação sobre a dúvida. Ele propõe que tudo deve ser questionado, que nada pode ser aceito sem uma análise profunda e rigorosa. Sua famosa máxima "Cogito, ergo sum" - "Penso, logo existo" - ecoa em minha mente como uma revelação, uma âncora em meio a um mar de incertezas, afirmando a existência do eu pensante como a primeira verdade indubitável.

À medida que avanço pela obra, sou guiado pelos quatro preceitos fundamentais que ele delineia: aceitar como verdadeiro apenas o que é indubitável, dividir as dificuldades em partes menores, conduzir os pensamentos de maneira ordenada, e revisar exaustivamente para garantir que nada foi omitido. Esses passos, simples e claros, desenham diante de mim um caminho rumo à clareza e à precisão, onde minha mente, livre de preconceitos e ilusões, pode aspirar ao conhecimento puro.

Descartes, com seu estilo elegante e direto, me conduz por uma paisagem intelectual onde a razão é soberana. Ele defende o uso da matemática como a linguagem universal do conhecimento, promovendo uma abordagem metodológica que percebo ter revolucionado não apenas a ciência e a filosofia, mas a maneira como nós, seres pensantes, buscamos entender o mundo ao nosso redor.

Ao notar que Descartes escreveu sua obra em francês, em vez do latim predominante na época, sinto a sua intenção de alcançar não apenas os estudiosos, mas também o espírito curioso de qualquer pessoa disposta a seguir essa jornada de descoberta. É uma obra que me inspira a questionar, a buscar e a nunca aceitar a superficialidade do conhecimento. "Discurso do Método" é, para mim, uma carta aberta de Descartes ao espírito humano, uma carta que nos convida a pensar profundamente e a explorar as verdades mais fundamentais de nossa existência.

Neto62 20/05/2024

Bagulho doido
Tirando as coisas que envelheceram mal, o resto é bom. Digno de uma brisa doida, deve ser porque sou um cara que gosta de discussão científica.

@KrolChacon 14/04/2014

DESCARTES, René – Discurso do Método - Primeira parte

Na primeiro momento do Discurso do Método, Descartes, a partir de sua juventude achou certos caminhos que o levaram a considerações e dais quais formou um método, pelo qual lhe parecia aumentar de forma gradativa o seu conhecimento, e de elevá-lo ao mais alto nível a que a mediocridade de seu espírito pudesse alcançar em sua pouca duração de vida. Procurou inclinar-se mais para o lado da desconfiança do que para o da presunção.
Descartes critica a lógica dialética, afirma que ela parte de verdades já conhecidas e é inútil para desvendar novas verdades. A razão é igual em todos os homens, a diversidade de nossas opiniões não decorre de uns serem mais capazes de conhecerem a verdade do que outros, mas de conduzirem bem seus raciocínios, ao passo que outros os conduzem mal.
Também critica a matemática, pois, apesar de fornecer conclusões irrefutáveis, muitas vezes possui regras em demasia, sem nenhum fim prático, sendo muito abstrata. A respeito das outras ciências por tomarem seus princípios de filosofia, acreditava que nada de sólido se podia construir sobre alicerces tão pouco firmes. Por fim no que diz respeito às más doutrinas, julgava já conhecer suficientemente o que valiam, para não mais correr o risco de ser enganado, nem pelas promessas de um alquimista, nem pelas predições de um astrólogo, nem pelas imposturas de um mágico, nem pelas artimanhas ou arrogância dos que manifestam saber mais do que realmente sabem.
Abandonou totalmente o estudo das letras e decidiu a não mais procurar outra ciência alem daquela que poderia encontrar em si próprio, aproveitou o resto de sua juventude para viajar, para fazer as mais variadas experiências para por a si mesmo a prova. Chegou então a conclusão que deveria estudar a si próprio e de empregar todas as suas forças e de seu espírito na escolha do caminho que iria seguir. Renuncia a procura da verdade nos livros e viaja para observar o mundo, o livro da vida.

Menegol 06/07/2020

Nhé
Achei que fosse um livro focado em uma forma correta de busca de conhecimento ou capacidade de expressão, mas ele fala de tudo que vem na cabeça dele sem uma estrutura coesa. Ele aborda desde o funcionamento do coração as complicações que ele tem em publicar livros. Não foca tanto no métodos de pesquisa que o título e a sinopse me disseram que teria

Marco.Macena 19/12/2016

Discurso do método
Para aqueles que interagem com a ciência de alguma maneira, é muito importante conhecer seus alicerces, para não cair em equívocos comuns, seja na prática científica, seja no comportamento diário e rotineiro. A ciência atual pode ser definida como conhecimento obtido através do método científico. O conhecimento obtido dessa forma é aceito como verdadeiro, até que se prove o contrário. Essa falseabilidade inerente ao conhecimento científico é uma das ferramentas desenvolvidas por Descartes no Discurso do Método.

São as regras de Descartes (adaptado):
1) Nunca aceitar como verdadeiro coisa que não se apresentasse clara e distintamente como tal, de modo que não existisse motivo algum para duvidar.
2) Dividir cada umas das dificuldades que serão analisadas, em tantas parcelas quanto forem possíveis e necessárias.
3) Conduzir os pensamentos por ordem, começando pelos objetos mais simples e fáceis de conhecer, para que ocorra uma evolução gradual, até alcançar objetos mais complexos.
4) Enumerar enumerações tão completas e revisões tão gerais, de modo a ter certeza que nada foi omitido.

Antes de desenvolver esse método, o conhecimento era desenvolvido de acordo com o bom senso de cada intelecto e muito do que se tomava como verdadeiro, não se comprovava como tal. A fim de criar essa ferramenta universal para desenvolver conhecimento de forma mais confiável, Descartes põe em dúvida tudo o que se conhece por real - até mesmo a existência do mundo ao seu redor e de seu próprio corpo material - buscando uma verdade que fosse inapelável. Descartes duvida de sua própria existência e chega a uma conclusão: se penso, sou algo - portanto existo. Penso, logo existo. Essa é a verdade padrão, que serviria de ponto de partida para alcançar outras verdades. A informação que fosse tão consistente e irrefutável quanto essa, seria considerada verdade.

O autor ainda desenvolve pensamentos mais complexos, envolvendo o conceito de perfeição e infinito, de modo a provar a existência de Deus, como uma entidade atemporal e imaterial. O raciocínio é baseado em argumentos aritméticos e geométricos, como a ideia de um círculo perfeito - que possui distância igual de todos os pontos em relação ao centro - e a forma de um círculo real, que por mais que seja um círculo não é igual a um círculo ideial. O imperfeito existe somente por conta da ideia do perfeito. Se nada real é perfeito, o homem nasce com o conceito de perfeição, que é Deus. (Interpretação livre).

O discurso de Descartes é reverenciado até hoje e ainda é interpretado de diversas formas. O legado para o desenvolvimento científico é indiscutível. Ler esse livro é como ouvir o monólogo do autor, que escreve com consciência da presença do leitor de tempos futuros.

Vivi 22/10/2020

Este livro tem uma grande importância no aspecto mundial por desbravar uma época em que o gênero não poderia ser escrito em outra língua a não ser o latim. Descartes discorre em francês, não mencionando de fato o seu método pessoal mas falando sobre. Devido à época, é possível analisar contextos ainda da era medieval, como ao descrever sobre a corrente sanguínea no corpo humano.
Analisa seus caminhos e estudos e contextos. Uma reflexão sobre o sentido de nossas vidas que, em todo caso, mais importante que o método em si é o caminho que se percorre para atingi-lo.

drygo 28/10/2020

Discurso do Método
Discurso em busca da verdade. Conduzindo o pensamento humano na certeza, na ausência da dúvida.

NelM4n 08/11/2014

Pensar para existir
Um clássico de filosofia que fica ainda melhor quando se entende o contexto da época em que foi publicado. Discurso do Método veio como um livro para preparar terreno para um lançamento que foi cancelado devido a inquisição ter pego Galileu por seus escritos sobre o heliocentrismo. Com bastante metafísica a partir da quarta parte, é interessante ver o esforço para que com o conhecimento científico da época, provar a existência de um ser superior à todas as coisas. É uma obra que merece ser apreciada.

vtsoares 15/02/2017

Sem questionar sua importância para o progresso científico / filosófico posterior, o livro é interessante até a terceira parte. Depois disso pareceu-me que as prenunciadas verdades por ele colocadas se basearam em premissas no mínimo questionáveis.

Ronan.Azarias 01/08/2012

Não tem os apêndices do Original
Nesta edição o L&PM deixou de lado os apêndices mais importantes da história: "la dioptriqve", "les meteores" e "La Geometrie", sendo este último o texto onde René apresenta ao mundo o seu método cartesiano que mudou profundamente os rumos da ciência.

Para quem estuda filosofia, tudo bem, o apêndices nada tem de interessante.

Contudo é uma falta de consideração com a obra e a história omitir tão importantes páginas.

Para pessoas como eu que gostam de livros matemáticos, uma edição de Discurso do método de René sem seus apêndices é simplesmente inaceitável.

Bruno 18/01/2013

Manual da racionalidade
O texto mais bonito e lógico a respeito do pensamento racional. É o manual do cientista e a base do método científico, além de ser o guia para a descoberta pessoal do poder da racionalidade. Devia ser uma das primeiras leituras de todos, obrigatória inclusive em todo tipo de curso e estudo sério.