Discurso do método

Discurso do método Descartes




Resenhas - Discurso do Método


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Julião 29/05/2017

Livreto que inaugura a modernidade
O miúdo "Discurso do método" é um libelo ousado para uma época em que as ideias estavam engessadas à tradição das instituições eclesiásticas. Descartes nos ensina um "método" para escapar do conhecimento cambiante e cheio de vacilos do senso comum, e esse método é a dúvida metódica. Então Descartes começa a desmantelar com o rolo compressor da dúvida todas as ideias políticas, morais, religiosas, até não sobrar nada.

Nada, exceto a crença de que para se duvidar, alguém precisa estar duvidando! Então existe, mesmo de modo independente da matéria, existe a consciência. Nesse ponto, você pode parar a leitura do livro e terá valido a pena. Mas é possível mais. Daqui para a frente, o francês vai insistir na existência de Deus e vai inaugurar a visão moderna do dualismo corpo-alma, acreditando serem duas substâncias independentes.

Minha opinião: a crença no dualismo é um erro. Mas pouco importa se você concorda com Descartes. Você DEVE ler, porque essa foi a visão que inspirou e coordenou toda a história moderna e contemporânea. Se for preciso, para um entendimento mais fundo, recorra a "O homem e o mundo natural", do Keith Thomas. Vale cada linha.
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Rodorush 28/01/2021

Leitura difícil
Tive muita dificuldade em entender o livro. Precisei reler várias vezes algumas páginas. Muitas vezes eu sequer conseguia saber do que o autor estava falando... mas muitas outras partes eu entendi de primeira. O que mais achei legal foi a união da ciência e espiritualidade, tão bem argumentada e demonstrada de forma irrefutável.
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João 02/11/2022

não sei?
é relativamente bom pra entender como foi o desenvolvimento do método científico, porém é de certa forma baseado na crença em Deus
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Bia 12/01/2023

Incrível
Li esse livro no intuito apenas de aprender e quando terminei foi muito mais do que eu esperava, a forma como é explicado os pensamentos de Descartes é esplêndida, amei a facilidade, consegui fazer bastantes anotações. Primeira parte é a explicação do escritor, depois as próprias palavras de Descartes, o que torna a leitura mais fácil ainda.
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Luana 24/09/2020

realidade vs consciência vs existência
Descartes aborda questões importantes do pensamento crítico e a verdade. Posiciona-se sobre a quebra dos paradigmas, rompendo a estrutura do saber pessoal e o estudo “do que é real” com um método de fragmentações e aprofundamento progressivo sobre a verdade. É coerente quando se crê através da matéria, o pensamento como existência (penso, logo existo) de forma abstrata, justificando a perfeição através da predisposição de Deus. Também pontua que a realidade e a verdade é mais firme quando desperto, como se sonhos fossem mais fantasiosos.
Por fim, enxergo pontos importantes da realidade vs consciência vs existência, mas como Descartes mesmo pontuou, não posso levar como verdade absoluta aquilo que não conheço de forma aprofundada de fato.
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Emily422 28/01/2020

Do livro do mundo à si próprio
Em um louvor à consciência, Descartes preconiza a necessária postura de humildade perante o conhecimento, a verdade. Vença a ti mesmo, não espere que o mundo dobre perante a tuas vontades.
"Não faça da necessidade uma virtude".

Devagar, despindo-se do que antes pensava-se ser fato, subindo os degraus mais fáceis e escalando, como em uma intensa batalha, os mais difíceis, verás que de tudo nesse mundo só tens poder sobre teus pensamentos, todavia, lembre-se que isso pouco não é. Para duvidar de tudo, pensar até mesmo que tudo é falso, precisa-se ser alguma coisa. Pois se até tu fosse falso, não existiria, logo não poderia pensar ser tu mesmo falso (inexistente). Para pensar é preciso ser, e assim: Cogito, ergo sum.
Estude o "Livro do mundo" depois estude a si mesmo.
... de fato um dos meus filósofos favoritos! 💙

Enfim, sendo uma obra aparetemente tão simples no começo, torna-se densa ao final da leitura. Me faz querer relê-lo de imediato. Desse modo, fascinante talvez seja uma boa palavra inicial para descrever o que eu sinto sobre tudo o que está escrito nesse livro. Acima está contido apenas 1% do que ele realmente é; há muito mais: a substância, o imperfeito e ' o ser mais perfeito', ideias inatas, o confronto direto ao empirismo, a questão mecanicista, etc. etc.
É muito difícil por em palavras a magnitude desse 'discurso' de Descartes. Porém, como dito pelo mesmo, " Mesmo não sendo imaginável, é inteligível". E no final de tudo, " O pouco que aprendi até agora, é quase nada comparado ao que ignoro". Portanto, a eterna jornada continua na busca da inalcançável, ainda que existente e absoluta, verdade.
Jao 26/05/2020minha estante
Nossa, que profundo!!


Emily422 28/05/2020minha estante
Kkkkkkkk Descartes é de tirar o fôlego




Joao1115 24/08/2020

Cogito ... ergo sum?
Resenha extensa pois é uma obra riquíssima que não merece ser Descartada com poucas palavras (ba dum tss).

René Descartes expõe o seu método para aumentar o seu conhecimento se aproximando do mais verdadeiro possível. Também vai expondo algumas descobertas que ele fez. O autor deixa claro que não pretende guiar ninguém para o uso do método ? e sim demonstrá-lo.

*Primeira parte
Descartes diz que a razão é a mesma em todos nós. O que torna um julgamento correto ou não, é o modo como conduzimos nossos pensamentos.

Ele deixa bem claro que não pretende instruir ninguém, devemos ler sua história e por conta própria tirarmos o que é útil. Ressaltando que seu método pode não ser o melhor como ele imagina ser.

Conta sobre sua trajetória nas letras, acreditava ser o melhor modo de conhecer as coisas. Porém após um tempo acabou descobrindo que ainda havia muitas dúvidas após terminar os estudos.

Reconhece às características boas das fábulas, leitura, eloqüência, poesia, matemática, escritos antigos, teologia, filosofia, jurisprudência, medicina e outras ciências. Porém já havia gastado bastante tempo com elas; então decidiu viajar para conhecer mais sobre outros povos.

Dessas suas viagens o maior aproveitamento foi o de perceber às diferenças e o que era estranho em um lugar, em outro era normal. Decidiu então não tomar como verdade aquilo que era aprendido somente com à experiência. Com isso se livrou de vários pensamentos. Além disso, decidiu ter um momento de introspecção.

*Segunda parte
Descartes se isola por causa do inverno entediado em um quartel na Alemanha. Neste momento gerou alguns pensamentos. Ele percebe então quão superior são as obras feitas pela mão de um só homem, fazendo uma analogia com à arquitetura. A partir desse pensamento, Descartes deduziu que algumas sociedades se organizaram a partir dos problemas que iam surgindo, e por isso não eram bem tão bem civilizados. Diferente dos que já seguiam regras dadas por um líder desde o princípio. E como quando somos crianças, somos guiados por nossos país, nossas opiniões não são tão sólidas; tal como seriam se tivéssemos mais autonomia.

Continuando na analogia sobre arquitetura ? Descartes se convence que um homem não deveria reformar todo um Estado e às matérias. Mas sim reformar seus próprios pensamentos.

Descartes elucida alguns pontos negativos da lógica e álgebra. Contudo utiliza-se de alguns preceitos úteis, tais são:

1° Não aceitar ideias duvidosas ? onde a verdade não fosse muito clara e evidente;
2° Dividir seus problemas em diversas partes com o objetivo de facilitar a solução;
3° Ordenar seus pensamentos de forma gradual, do mais fácil para o mais difícil;
4° Organizar suas ideias de modo mais metódico possível e revisando bastante com o objetivo de não deixar nada de fora.

Então usou estes preceitos para estudar matemática. Especificamente análise geométrica e álgebra. Descrevendo elas em texto para facilitar a compreensão; utilizando simbolos apenas em alguns casos.

Decidiu então que usaria o seu método na filosofia, mas não antes dos 23 anos. Enquanto isso, usaria o seu tempo limpando todas as suas antigas ideias.

*Terceira parte
Descartes ao se livrar de antigas ideias, fez-se necessário estabelecer algumas máximas provisórias.

A primeira era respeitar às leis de seu país (França) e continuar à seguir sua religião.

Começou a selecionar algumas opini?es de homens para tomá-las para si; aqueles que não só falavam, mas praticavam. Com excess?es de opini?es extremas ? que dificutariam que ele retornasse para a sua busca pelo conhecimento. Inclusive àquelas restringem à liberdade e que te forçam a acreditar sempre na mesma coisa;

A segunda consiste em seguir rigidamente às opiniões que tomava como certas, ou as mais prováveis de estarem certas ? percebendo isso a partir do momento que elas fossem funcionando na prática.

A terceira tem um viés mais estóico ? que seria não se lamentar por coisas fora do seu controle, e limitar-se às coisas que podem ser controladas, como seus desejos.

Nos 9 anos que se seguiram a vida de Descartes foi viajar pelo mundo. Ele passou seu tempo observando os homens, analisando cada juízo que fosse possível, retirando na maioria das vezes algo de útil; até mesmo das que estavam erradas.

Ainda não havia utilizado seu método, insistia que só iria utilizá-lo quando obtivesse mais conhecimento.

Descartes ganha uma boa reputação por seus estudos, porém não se sente merecedor disso. Logo ele decide se isolar novamente.

*Quarta parte.
Retorna para sua ideia de só aceitar opini?es que sejam claramente verdade e não duvidosas. Pensou então que tudo envolta dele poderia ser somente um sonho, e que poderia ter sido enganado por sua imaginação. Descartou todas as ideias originadas desse modo.

Percebe então que para ter consciência disso ele tinha de ser algo, surge então a famosa frase: "eu penso, logo existo" ? e também é famosa em latim e francês. A considerando como: "o primeiro princípio da filosofia".

Através dessa premissa, todo o mundo material pode ser irreal, porém Descartes ainda continua existindo mesmo com a ausência deste mundo. Logo Descartes conclui que a alma é distinta do corpo.

A partir daí Descartes começa pensar nas coisas que aprendera com a natureza, que tinham de ser originadas de outro lugar. Ele absorvia os conhecimentos da natureza que eram menos perfeitas do que ele, porém teria de ter algo que originara tudo isso; pois as coisas não poderiam ter originado do nada. Ele resumiu em uma palavra "Deus".

Descartes afirma que todas as ideias tem algum fundo de verdade que devem ser julgadas pela razão. E atenta novamente para não basear nossos pensamentos inteiramente na imaginação e nos sentidos.

*Quinta parte
É feito um rápido resumo a respeito do estudo de como seria o funcionamento da Astronomia, sobre as leis da natureza, da terra, do fogo. Também é demonstrado um vasto estudo sobre a Anatomia, principalmente sobre o movimento das artérias e do coração.

Descartes evidencia que animais não tem alma. Mostra até que os homens que não tem capacidade física para falar (mudos e surdos) arrumam um jeito de se expressar, seja através de sinais ou figuras. E que as máquinas jamais passariam de meras repetidoras de informação, não estabelecendo seus próprios pensamentos.

E novamente a atenção é voltada para a alma. Que por ser distinta do corpo, não morre junto com ele; sendo assim, a alma é imortal.

*Sexta parte
Percebemos várias vezes ao decorrer do livro em que o Descartes volta atrás ao que foi dito. Algumas dessas vezes por vontade própria, às outras aparentam ser um receio de que alguém faça algo (igreja ou o estado).

É dito que Descartes fará um empenho visando o avanço da medicina. Deixando claro que é uma das ciências mais importantes. E que ele dedicará o resto de sua vida a ela.

Interessante que Descartes foi um dos primeiros a escrever em língua vulgar, que é em um idioma diferente de latim. E isso sem dúvidas é muito importante para um maior acesso ao conhecimento.

Mesmo o livro tendo alguns defeitos, mostrados em "10 livros que estragaram o mundo (nome nada sútil). Em contra partida o artigo "Os acertos de Descartes: implicações para a ciência, biomedicina e saúde coletiva". Fazendo o filtro correto você extrai o que tem de melhor da obra.

Esse livro de René Descartes me trouxe muitas reflex?es, reflexões que foram mais tocantes do que o conteúdo do livro em si.

Algo muito importante que o livro me ensinou foi: buscar a verdade sobre meus próprios pensamentos e ter mais humildade em relação ao pensamento dos outros.

Recomendações:
https://doi.org/10.1590/0102-311X00158215;
10 piores livros do mundo.
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Pedro Medeiros 19/02/2023

Um tanto quanto frustrante
O primeiro título era um dos que mais aguardava ler, mas não atendeu minhas expectativas, talvez por conta da tradução, que aparentemente parece ser a culpada. Em relação ao segundo, uma obra melhor que o Discurso, mas que não conseguiu superar em muito este. As ideias dispostas em ambos são pressupostas e partidas de pontos incoerentes. Basicamente, Descartes tenta explicar a lógica de algo utilizando a pressuposição de outro fato, que, se analisado individualmente, pode ser questionado, entrando assim em atrito com a máxima que ele afirma, no Discurso, seguir, a qual, nada que se possa questionar deve ser tido como verdade.

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Sarah 27/07/2020

Sintetiza bem aspectos teóricos importantes
No Discurso do método, Descartes sintetiza alguns aspectos interessantes de sua obra, como os quatro passos do método científico que desenvolveu, a argumentação por trás do 'penso, logo existo' e sua tese sobre a existência de Deus. A leitura é fácil. A edição da Martins Fontes é excelente, como sempre. Tem uma apresentação inicial do contexto histórico e intelectual do autor que ajuda muito a compreender a obra.
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Rafa 11/07/2023

Uma leitura interessante e que deve certamente ter um grande peso no campo teórico da filosofia, porém não tão fascinante assim para meros curiosos leigos como eu... É um livro deveras pessoal, mais como uma exposição do pensar e de algumas descobertas do autor. Interessante pelo conhecimento da obra clássica.
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Rayan GQR 01/07/2020

Importante pelas perguntas que abriu
O que Descartes fez foi, segundo vejo, de extrema importância para a filosofia que se seguiu e até para outras áreas do pensamento. Ele propõe algo que para a época poderia parecer absurdo (e hoje, apesar de mais comum, ainda poderia ser visto como "papo de louco"), colocar em dúvida tudo que se pensa, colocar em dúvida a sua própria existência e a de todas as coisas ao seu redor e buscar ver se há algo que os confirme.
Quanto às respostas para as perguntas que ele achou não se pode dizer que foram tão inovadoras, são ideias que já se poderia ver esboçadas em Platão, na razão acima de tudo, como a única maneira de se chegar à verdade. Então apesar de "por em dúvida tudo, inclusive sua existência" ele responde essas dúvidas com o que ele quer crer, com as ideias pré-concebidas que ele se comprometeu tanto em combater, sem as por à prova, ele parte de princípios os quais ele quer acreditar e que seriam facilmente "concordáveis" e constrói a partir disso.
Assim vejo que o legado mais importante de sua obra não seriam as respostas que ele achou, as conclusões que chegou que dependem puramente de ele acreditar nelas para elas serem verdade, mas sim de abrir a pergunta que poderia ser absurda e de mostrar que não se deveria apenas aceitar coisas porque seria muito louco questiona-las, mas sim as questionar e pensar sobre elas.
"Discurso do Método" abre as perguntas mais interessantes e apesar de nenhuma ser nova para mim me fez parar para repensar essas perguntas e porque eu acho o que acho sobre as respostas, que é um exercício interessante, já "Meditações" começa com algumas ideias interessantes porém vai se tornando muito pragmático e tentando dar respostas demais e chega num ponto que ele estabelece várias coisas numa base nada sólida de que "Se eu consigo conceber clara e distintamente é porque é verdade" que diversas evidências poderiam demonstrar que não é verdade. Neste segundo livro ele parece mais "convencido" e então faz afirmações assumindo que são verdade porque ele assim as pensa, e chega até a chamar seus questionamentos iniciais de "hiperbólicos e ridículos", mostrando como ao se convencer das respostas por preconceitos ele desmereceu as próprias perguntas que eu vejo como a parte mais importante de sua obra.

Por isso "Discurso do Método" me foi mais interessante que "Meditações" e, apesar de discordar das conclusões de ambos, o primeiro me fez refletir mais sobre o porquê eu achava o que achava e fez menos afirmações definitivas, deixando assim um questionamento mais interessante, exceto a parte medicinal do primeiro, a qual não entendo a mínima para comentar.
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Carolina.Lazzarett 21/06/2023

Sempre pensei que eu fosse mais do tipo empirista e que o Descartes era um chatao, mas até que ele tem razão viu. Escreve muito bem e me convenceu
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Celaro 02/03/2017

Ainda atual
Escrito por Descartes em francês quando a literatura dita acadêmica era toda publicada em latim, o Discurso do Método marcou época desde que foi escrito e até hoje é bibliografia recomendada nas universidades.
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