MARIO 25/07/2018Comparando para nos enxergarmosFinalizei a leitura desse livro com uma perspectiva diferente daquela com a qual comecei. De início, achava que o jeito francês de criar os filhos seria o modelo a ser adotado e este livro seria o meu guia para atingir esse objetivo. Contudo, ao contrário do que possa parecer, este livro não se trata de um guia sobre a criação de filhos ao estilo francês. na verdade é um relato da vivência de uma mãe americana em Paris, cidade na qual, circunstancialmente, está criando seus filhos. Nessa condição (e sendo jornalista), ele consegue transmitir um pouco dessa experiência com relatos do seu cotidiano. Inevitavelmente, ela faz um comparativo de como cada povo educa seus filhos. Nesse ponto ela ressalta as características dos franceses nessa tarefa em contraste com os americanos (os quais percebi que são mais parecidos conosco brasileiros). Para os franceses, o ponto principal é enxergar a criança como um indivíduo e, dessa maneira, dar autonomia a ela para discernir sobre cada atitude. O mais legal ao final da última página é perceber que todo comparativo faz algo muito importante por nós: faz que a gente preste atenção ao nosso modo de lidar com as situações e perceber possíveis disfunções. Então, acabamos nos deparando com nós mesmo no final do livro. Por isso, não espera aplicar as ideias desse livro (que são muito boas) como um método definitivo. Nem a autora que vive em Paris conseguiu criar seus filhos nos moldes estritamente franceses.