Resenhas - Após a Tempestade

Saleitura 07/08/2013

Encontramos Julie Holt num momento de grande mudança. Ela que morava em New York, tinha um ótimo emprego numa casa de leilões, tinha apenas algo que a consumia, encontrar a irmã desaparecida há 17 anos, desde que ela com 12 anos e responsável por tomar conta da irmã, por um instante que a deixou, nunca mais a viu. Porém, com a morte de sua melhor amiga, Mônica, ela se encontra com uma escritura de uma casa, e uma criança de 5 anos, pois foi para ela que Mônica deixou a tutela de seu filho, Beau.

Mônica havia saído de casa e nunca mais retornado, seu passado era um segredo, e Julie decide levar Beau para conhecer sua família. Na primeira parada, onde conhece a casa deixada para ela, totalmente destruída pelo último furacão, Julie descobre que Mônica lhe havia deixado mais uma herança, um quadro pintado pelo bisavô de Julie.

A partir da chegada de Julie e Beau em Nova Orleans, muito personagens entram em cena e os principais são o irmão e a avó de Mônica. Será através de Aimee que muitos segredos serão desvendados. O livro passa a ser narrado pelas duas, capítulos pela Julie, o presente, e capítulos por Aimee, o passado.

“Porque algumas coisas nunca devem ser esquecidas. Não importa se é uma lembrança que nos ensine alguma coisa ou uma lembrança de algo precioso, como um botão para rebobinar a vida. Às vezes, é só o que temos.” Pág.: 302

Confesso que esperava uma história bem diferente da que encontrei e me surpreendi positivamente. É uma história que vai lhe envolvendo aos poucos, e diferente de muitas outras, são tantos os segredos e tantas as revelações, que você não vai encontrá-las apenas no final, mas durante a leitura.

Personagens bem construídos, história rica de detalhes que vão lhe dando prazer de lê-la. Apesar disso, confesso que encontrei umas partes da narrativa um pouco cansativas, mas nada que tire o brilho da história.

Foi o primeiro livro que li de Karen White e ela me fez lembrar de Lucinda Ryley (A Casa das Orquídeas). Espero ler outros livros dela e que sejam tão bons quanto esse.

Recomendo e boa leitura!

Leitura e resenha por Luci Cardinelli
https://www.facebook.com/LuciCardinelli?fref=ts

site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2013/08/resenha-do-livro-apos-tempestade-de.html

Ju 26/07/2013

Após a tempestade
Li esse livro sem nenhuma ideia do que iria encontrar. E me surpreendi a cada página. Após a Tempestade nos apresenta uma história muito bem construída, com drama e esperança na medida certa. Não vou mentir para vocês, tem uma pergunta que fica sem resposta. Mas é como a vida - nem sempre a gente consegue esclarecer algo, e só aprendendo a lidar com isso é possível seguir em frente e ser feliz.

Julie Holt tem 29 anos. Quando tinha 12, sua irmã, Chelsea, desapareceu. Ela nunca desistiu de ter notícias dela, e mantém contato constante com a polícia.

"Algumas coisas nunca devem ser esquecidas. Não importa se é uma lembrança que nos ensine alguma coisa ou uma lembrança de algo precioso, como um botão para rebobinar a vida. Às vezes, é só o que temos".

Há alguns anos, Julie conheceu Mônica em uma exposição. Desde então, se tornaram melhores amigas. Até que Mônica morre de repente, e deixa Julie como tutora de seu filho, Beau, de apenas 5 anos. Ela deixa também a chave de uma casa em River Song, onde viveu quase toda a sua vida, e Julie decide se mudar para lá com o garotinho. Até onde ela sabe, é onde também estão os membros da família de Mônica, que ela deseja investigar antes de permitir que conheçam Beau.

O livro conta duas histórias paralelas. A de Julie e a de Aimee, avó de Mônica. Conhecemos fatos desde a infância de cada uma delas, e chega um ponto em que não sabemos mais se e quando essas histórias se tornarão uma só. Entrei no clima do livro, e soube esperar por cada pequena revelação. Tudo bem que eu achei que o motivo de um dos culpados para fazer o que fez foi meio fraco, mas amei Após a Tempestade mesmo assim.

"Se você ainda não morreu, você ainda não acabou".

É muito legal ver as transformações que ocorrem nas pessoas. Desde Beau, que regride bastante em seu desenvolvimento após a morte da mãe e no fim volta a ter um comportamento feliz e saudável; passando por Julie, que aprende que "continuar não significa esquecer"; e chegando a Aimee, que acaba por compreender que "as respostas que buscamos nem sempre são aquelas que desejamos. Mas saber a verdade é o que nos ajuda a dormir à noite."

O livro se baseou em histórias reais, principalmente da época do furacão Katrina. A autora conta que, após sua passagem, várias árvores centenárias foram mortas. Um artista local teve a ideia de fazer esculturas com o que restou delas, e fiquei bem curiosa para ver o resultado desse trabalho.

Gostaria de conhecer esse lugar, e as pessoas que fazem parte dele. Pessoas fortes, que não têm medo de seguir em frente, e que sempre estão dispostas a recomeçar, reconstruindo suas casas e suas vidas guiadas apenas pela fé e pela esperança de que tudo vai ficar bem com elas e com seus lares.

"Sabe o que os esquimós dizem das estrelas? (...) Eles dizem que são aberturas para o céu. O amor dos nossos entes perdidos é derramado por essas aberturas e brilha sobre nós para que possamos saber que estão felizes".

A editora Novo Conceito acaba de lançar outro livro da Karen White, De Volta Para Casa, e me vi correndo para verificar se ele teria algo a ver com esse. Adoraria me encontrar com essas personagens de novo. Infelizmente, não tem... rs... Mas isso não diminui minha ansiedade para lê-lo.

site: http://entrepalcoselivros.blogspot.com.br/2013/07/resenha-apos-tempestade.html

Amanda 19/02/2021

Queria mais!
Eu comprei esse livro já tem alguns anos, mas sempre enrolei para ler. Conheci a Karen White com o livro ?De volta pra casa? que comprei porque achei a capa bonita (me julguem ahahahah) e após terminar e amar, pensei ?se eu ver outro livro dessa mulher, com certeza vou comprar? e muito que bem acabei comprando ?Além da Tempestade?.
O livro trás a perspectiva de Julie Holt, uma mulher com um passado que segura seus passos e está com um grande desafio nas mãos. Desde o desaparecimento de sua irmã há 17 anos, Julie leva a vida sem muitas expectativas e esperanças, afinal nada pode seguir se ela não tiver respostas certo?! E a vida ia até que ela conhece Monica Guidry que veio a se tornar sua melhor amiga. Infelizmente, Monica veio a falecer e a deixou como tutora de seu filho de 5 anos, Beau e instruções para reerguer a glória de River Song, uma casa em Biloxi - área afetada pelo Katrina em 2005.
Julie busca se encontrar, acalentar Beau e resolver um mistério: o que faz Monica se afastar da família por tantos anos e perder o contato?! Como ela pode deixar Beau com essa gente se não sabe do que são capazes?! Então ela precisará deixar algumas convicções de lado para atender o último desejo de sua melhor amiga. Chegando em Biloxi ela conhece os Guildry, hoje representados por Trey, o irmão mais velho de Monica e a Sra. Aimee, a avó.
Intercalando as percepções de Julie com o passado de Aimee, elas tentam decifrar o mistério que foi a fuga de Monica e ainda tentar entender como o passado pode ter influenciado nisso. Conhecemos um passado pré furacão Camille que destruiu a casa em 1969 e assim como o Katrina mudou o rumo dos Guildry.
Confesso que eu amei o livro e ia ficando envolvida a cada página. Queria sabe do passado de Aimee (quem matou sua mãe?! O que aconteceu com a sra Guildry?! Com quem ela se casou?), queria saber sobre a irmã de Julie (como ela sumiu?! ela seria encontrada?!), queria conhecer o Trey, Wes, Gary, Carrie Sue, Beau, Charlie, Kathy, Ran Von, Xavier, Johnny, etc. O livro é cheio de personagens interessantes, com personalidade é uma história cativante. Me prendeu no início ao fim, amei mesmo e recomendo!

Naty 12/04/2013

www.meninadabahia.com.br


- Porque a água recua, o sol nasce e as árvores voltam a crescer. Porque... - ela abriu os braços, indicando o jardim, a árvore e, imagino, toda a península de Biloxi - aprendemos que grandes tragédias são oportunidades para grandes gestos de bondade. É como se fossem lembretes necessários de que o espírito humano está vivo e bem, apesar de toda a evidência contrária. - Ela baixou as mãos. - Descobri que não tinha morrido e que, portanto, não tinha terminado.
Pág. 130


A vida de Julie Holt foi devastada quando ainda era adolescente. Incumbida de cuidar de sua irmã mais nova, enquanto à mãe ia ao mercado, Julie de repente percebe que ela sumiu. Passaram-se mais de 17 anos e ela nunca foi encontrada. A vida de Julie é regida pela esperança de que um dia a polícia a encontrará, viva ou morta. Mas enquanto há vida, há esperança e todo dia Julie entra na internet e faz pesquisas e buscas.

Agora, já adulta, com uma vida relativamente boa, um emprego do qual gosta, Julie passa por uma nova tragédia. Sua melhor amiga Mônica, falece e lhe deixa como herança, seu filho de 5 anos e uma casa na praia, em Biloxi, Mississippi.

Por cuidar de uma criança pequena, que está abalada e precisa de cuidados constantes, Julie perde o emprego e está à beira da falência. Então resolve ir para Biloxi, ficar na casa que Mônica deixou para ela.

Desesperada e exausta, Julie parte com o pequeno Beau para uma nova vida. Seja isso bom ou ruim. Em Biloxi, descobre que a sua casa não existe. Há apenas um terreno cheio de entulhos. O Katrina foi impiedoso com a casa de praia, a varreu inteira. Não sobrou nada. Mais desesperada ainda e sem teto para morar, Julie vai para um hotel e pensa na única solução possível, irá procurar os parentes de Mônica, que moram próximo, em Nova Orleans.

Mônica é de uma rica família de NO e, ninguém sabe o porquê, fugiu de casa dez anos antes. Julia sabe disso e não sabe se pode confiar na família dela. Não sabe se eles irão tentarão tirar Beau dela, mas ela precisa tentar. Por ele. Por ela. Por Mônica.

Julia acaba conhecendo a encantadora avó de Mônica, Aimee, e seu implacável irmão, Trey. E juntos, vão tentar descobrir o porquê dela ter fugido e mais... vão reconstruir a casa de praia e suas vidas. Julie e Trey tem mais coisas em comum do que a profunda repulsa à primeira vista.

Após a tempestade, de Karen White (Novo Conceito, 416, R$ 31,90), é espetacular! Eu viajei com os personagens, senti suas dores, ri com eles, chorei com e por eles. Vibrei com as descobertas, fiquei chocada com os segredos revelados, mas o mais importante, aprendi coisas valiosas sobre reconstruir coisas e sobre como nunca deixar de ter esperança. Esse livro dá uma verdadeira aula sobre civismo e amor ao próximo. Após a tempestade é uma lição de vida.

- Eu? Reconstruir? - balancei a cabeça negativamente. - Primeira coisa contra: não sei nada sobre construção ou reconstrução. E, segunda: já esteve lá? Viu como está? São tantos os que não voltaram ou que não reconstruíram, eu entendo completamente. Por que investir tanto tempo e dinheiro se cada temporada de furacões significa uma nova ameaça?
Aimee me fitou fixamente com aquele olhar azul.
- Por que levantar arranha-céus em São Francisco que podem vir abaixo em um terremoto? Por que construir fazendas no Kansas ou em Oklahoma que podem ser varridas por um tornado? - Ela bufou, o que pareceu tão improvável para uma senhora idosa elegante que quase caí na risada. - Para onde queriam que fôssemos, afinal? Eu acho que, se ainda respiramos, temos de continuar. Portanto, nós reconstruímos. Começamos tudo de novo. É exatamente o que fazemos. Imagino que era isso que ela desejava para o Beau: um sentimento de pertencimento, de ter um lugar para o qual voltar, estivesse onde estivesse. Um lugar para ele chamar de lar por senti-lo assim, respirá-lo. Saboreá-lo.
Pág. 63

A história possui dois narradores, Julie e Aimee. Com a narrativa de Julie, vamos conhecendo um pouco mais sobre ela, seu passado e sua relação com Mônica. Seu olhar para uma terra que foi cruelmente devastada pelo Katrina e sua incredulidade sobre o porquê as pessoas continuam a construir casas num local onde outro furacão pode avançar e destruir tudo novamente. Pela narrativa de Aimee, vamos conhecendo o passado da família de Mônica e sobre o porquê as pessoas reconstroem suas vidas, o porquê elas passam por uma tragédia e se erguem. Através da junção das duas narrativas, a autora constrói uma belíssima história, que entrelaçadas, formam uma só. Os acontecimentos do passando refletindo no presente.

Estou simplesmente in love com Karen White e sua escrita. A história é tão vívida que me senti presente à todo momento. Apaixonei-me por Biloxi, pela casa da praia (que tem nome, River Song), pelos moradores que ergueram novamente suas casas e passaram a ajudar outras pessoas, por amor.

Garanto, ao pegar Após a tempestade, você só o largará após a última página e mesmo assim ficará pensando nele por dias. Entrou para a lista de must read . Super recomendo!


P.S.: Eu sou dessas que leem tudo, da sinopse na quarta página à ficha catalográfica. A dedicatória desse livro é dedica 'aos moradores da Costa do Golfo e de Nova Orleans, porque eles sabem melhor do que ninguém o porquê de reconstruirmos'. Achei isso de uma delicadeza e sensibilidade tamanha... Karen White merece aplausos.

P.P.S: Sabe quando você adora um livro e quer gritar mandando todo mundo ler? Esse é um desses livros! então... LEIAM! rs

Raquel.Candeira 06/06/2021

A história de Aimee, rodeada de segredos e mistérios, foi o que mais me prendeu nesse livro. Ao final senti que algumas pontas ainda ficaram soltas, mas o livro foi realmente uma surpresa. Uma leitura que nos faz refletir sobre perdas, resiliência e transformação.

RHSwire 04/01/2016

Maravilhoso!!!
5 estrelas com louvor, muito bom! Recomendo!!!

gscruz 10/04/2013

Maravilhoso
Adorei a leitura, ela fluía naturalmente. Não conseguia parar de ler... reparei em 3 erros de português (mas acho que foi na hora da impressão) tirando isso perfeito.

Gosto de histórias que ensinam algo, essa história particularmente me tocou muito, me vi em muitas situações que a autora descreve, já recomecei várias vezes e com esse livro percebi que a minha vida é cheia de recomeços e que preciso me estabelecer em algum lugar, construir algo, fincar raízes, enfim...

Esse livro me mostrou muita coisa que ainda posso fazer!!!!

#RECOMENDO

Lays 03/01/2024

Muitas palavras, muito longo...
A minha expectativa para ler esse livro foi frustrada, talvez deveria ter lido com menos empolgação. Na minha opinião, foi um livro longo com muitos detalhes e história mas pouco desenvolvimento.
Iniciamos a história com Julie e Beau embarcando para uma jornada desconhecida ao qual sua amiga, Mônica, após falecer, a coloca para desvendar os mistérios de sua família e, consequentemente, a família de Julie também está envolvida. O início é morno e até meio chato mas aos poucos a história vai criando vida, porém, os muitos detalhes quase me fizeram desistir de prosseguir com a leitura.
A narrativa fica entre o presente e o passado, Julie e Aimee se conhecem e acabam se tornando confidentes. Aimee conta sobre seu passado, como foi viver em River Song com a família Guidry e como se apaixonou perdidamente mas precisou fazer escolhas difíceis para poupar algumas pessoas e, em contra partida, temos Julie contando sobre sua vida, sobre seus planos e confusões para o futuro. Se você estiver procurando por romance, está lendo o livro errado porque o desenvolvimento e romance entre eles é o mínimo possível pois o foco é a família Holt e Guidry (E a Mercier também leva uma partezinha nisso tudo). Julie e Aimee têm uma evolução notável e juntas elas enfrentam seus fantasmas do passado, talvez sem saber, uma ajudou a outra a enfrentar seus medos e dúvidas.
Acredito que o mais me incomodou foi saber que ficou uma ponta solta sobre o desaparecimento de Chelsea, irmã de Julie. O detetive havia encontrado ossos em uma mata mas que, infelizmente, não era o de Chelsea e após isso não houve mais nenhum comentário ou pesquisas na internet. Confesso que estava até esperando o reencontro entre as irmãs, pois cheguei a teorizar que Monica era a Chelsea mas no fim, nada disso aconteceu e ficou o dito pelo o não dito, um final em aberto que a autora não concluiu. Me chocou foi saber o que Wes fez com Caroline, com toda a raiva do mundo, não esperava isso de uma pessoa que dizia amar sua mãe fizesse esse tipo de coisa. E sobre o assassinato da mãe da Aimee, já meio que desconfiava de quem poderia ser mas pensei que seria por outros motivos.
No geral, a história é boa, tem seus pontos fortes mas não me aventuraria em ler novamente e como disse acima, poderia ser um livro menor e menos detalhado.

Bruna 27/04/2013

O livro conta a história de Julie indo para Biloxi com Beau, filho de sua falecida amiga Mônica, para que ele conheça sua verdadeira família, porque Monica havia ido embora sem deixar rastros e nunca mais voltou às suas origens. Quando chega ao local conhece diversas pessoas que fizeram parte da vida de Mônica, entre parentes e amigos, e essas pessoas vão contando suas histórias e Julie passa a conhecer melhor o mundo de sua amiga. Julie conhece a história do furacão Katrina e a luta das pessoas para reconstruírem sua vida, e se identifica, pois ela também tenta reconstruir sua vida desde o desaparecimento de sua irmã, além de conhecer a história de Aimee, bisavó de Monica, o que pode ajudar a compreender antigos segredos da família e o que teria levado Monica a querer se distanciar.
O livro é muito bem narrado, contato através de duas perspectivas, o presente de Julie e o passado de Aimee, porém as duas partes são muito bem definidas. Eu particularmente gostei mais do passado, mas as duas histórias possuem suas particularidades e seu encanto especial.
Eu classifico o livro como um drama e recomendo pra todos que gostam do gênero. Além de Julie, Beau e Aimee também há outros personagens interessantes, como a misteriosa Ray Von e seu filho Xavier que tem obsessão em proteger Aimee, os esquisitos sogros de Aimee sr. e sra. Guidry, e Trey, o irmão de Monica.
Quanto á diagramação, o livro possui fonte espaçada na medida para uma leitura agradável e a capa é simplesmente linda.
O livro é bem grandinho, mas achei que ficou faltando alguns desfechos de partes que me deixaram curiosíssima o livro todo, acho que a autora poderia ter escrito mais. Porém o livro não perdeu seu encanto por causa disso. Recomendadíssimo.

Rafaela Regis 28/04/2013

Após a Tempestade da autora Karen White lançado pela Novo Conceito foi uma surpresa bastante agradável para mim e claro que vou explicar o porque, além de se tratar de um tema que eu não esperava ele nos passa uma lição que muitas vezes relutamos em aprender por imaginar que estamos fazendo bem no entanto a verdade é outra coisa.

Julie Holt é uma mulher que tem um passado conturbado, não por algo que ela fez, mas sim por um trauma que despedaçou sua família e a fez ter como objetivo de vida a busca pela sua irmã desaparecida, as vezes se esquecendo de viver a sua própria.

Um belo dia Julie conhece Mônica, uma mulher que a faz se lembrar bastante de sua irmã e as duas se tornam grandes amigas, mas eis que uma fatalidade acontece e da noite para o dia Julie se vê responsável pelo filho de Mônica e tem que fazer o melhor para esse garotinho que tão cedo tem de passar por trauma tão grande.

Juntos, Julie e Beau vão até a cidade em que Mônica viveu antes de se mudar para Nova York tentar encontrar a família de sua falecida amiga e tentar descobrir o motivo de sua amiga ter abandonado tudo o que lhe era familiar, porém ela acaba descobrindo segredos que estão relacionados a sua família e a seu passado.

Às vezes, mentimos para nós mesmos e para aqueles que amamos por acharmos que isso vai
protegê-los...
- página 403 -

Após a Tempestade é um dos livros que lhe surpreende assim que você lê a sinopse e acha que se trata apenas de um tema, mas não, ele tem vários enfoques que se interligam e fazem o leitor refletir sobre todos os aspectos que ele traz.

A história possui dois narradores, Julie, que nos fala sobre o presente e Aimee, que nos fala sobre os fatos passados, o que acrescenta ainda mais elementos para os curiosos de plantão e com essa junção a autora construiu uma belíssima história, que entrelaçadas, formam uma só. Os acontecimentos do passando refletindo no presente.

Julie passou por muitas coisas e sofreu muito por causa do desaparecimento de sua irmã, mas eis que ela conhece Mônica e essa ferida começa a ser amenizada outra fatalidade acontece deixando Julie novamente a deriva, só que dessa vez ela não está só.

Em sua viagem Julie conhece a família de Mônica, sua avó Aimée e seu irmão Trey, e através deles passa a saber mais sobre a vida que ela tinha, porém o motivo da fuga da amiga ainda é um mistério tanto para Julie quanto para a família dela. Durante a busca da resolução desse "mistério" Julie acaba descobrindo com a ajuda de Aimée mais coisas do que deveria.

Eu sou uma leitora que quando gosto de uma história a devoro muito rápido, mas nesse caso algo inédito aconteceu, pelo menos comigo foi assim, pois eu levei um semana para ler esse livro, não por ele ser ruim pelo contrario a leitura foi muito prazerosa, mas como ele traz muitas informações eu parava várias vezes para tentar entender o que aconteceria a seguir ou até mesmo o que já havia acontecido e como esses fatos influenciavam a vida dos personagens.

E acredite não me arrependo de ter feito tantas pausas porque elas me fizeram aproveitar bastante a leitura, a cada nova página ou eu acertava ou errava sobre os aconteceria e isso me fascinou e me transtornou praticamente na mesma medida, até porque a história nos mostra até que ponto por amor somos capazes de ir para proteger aos que amamos e que mesmo com tantas desilusões recomeçar sempre é preciso.

Karen White conseguiu construir uma história forte e com muita sensibilidade, com personagens marcantes e cheios de personalidades que os tornam reais para os que estão lendo, seja sorrindo ou sofrendo junto com eles. E nos mostra que reconstruir não é apenas para se lembrar dos que já partiram ou se foram, mas também é um lembrete para os que ficaram de que a vida continua. Recomendo!!!

Marcela Pires 07/05/2013

Lindo!
"Morte e perda nos devastam, assim como as lembranças".

Julie é uma mulher marcada pela dor de se sentir culpada pela perda da irmã quando esta tinha 12 anos.
Muitos anos se passaram, mas Julie não perde a esperança de reencontrar Chelsea viva.
A vida de nossa protagonista toma uma reviravolta quando sua melhor amiga Mônica morre e deixa seu filho Beau e uma casa na Costa do Golfo para Julie. Falida e sem emprego, ela segue com o garoto para esse novo recomeço.
O que ela não esperava era encontrar no lugar da casa apenas um terreno baldio, a casa fora devastada pelo furacão Katrina. Sem saber o que fazer, Julie procura a família de Mônica que mora em New Orleans.
Mônica havia fugido de casa há 10 anos, e seus parentes sequer sabiam onde ela estava e muito menos que era mãe solteira.
Recebida por Trey, irmão de Mônica, com pouca amabilidade, ao mesmo tempo que a avó Aimee a trata como neta, Julie não sabe mais se Mônica lhe falou toda verdade, o que a fez fugir, o que esta sendo escondido, em quem confiar.
Um quandro deixado de herança para Julie será o elo entre ela e essa família que ela começa a conhecer agora. Muitos segredos e mistérios existem entre o sumiço de Mônica, a mulher retratada no quadro e a familia Guirdy.

"Após a tempestade" é um livro lindo porque fala de recomeços! Qual o sentido das pessoas reconstruirem suas vidas num lugar que pode ser devastado todo ano? Qual o motivo que nos leva a recomeçar sempre?

A estória é linda, cheia de sensibilidade, romance, mistério e lições de vida.
Alguns pontos não ficam muito esclarecidos no final, achei que a escritora se alongou demais em alguns pontos, deixando a narrativa um pouco cansativa, mas mesmo assim o leitor não consegue parar de ler pois queremos saber o por quê da fuga de Mônica, descobrir os mistérios da família, se encontrarão Chelsea, e como ficará Beau.

Paola 22/05/2013

Pelas minhas postagens vocês devem ter percebido que ando passando por algumas turbulências em minha vida. E ao ler esse livro tirei várias lições. Me emocionou muito e veio em um momento que estou realmente precisando.

Julie Holt e Mônica Gudry se tornam as melhores amigas. Julie sente-se culpada pelo desaparecimento de sua irmã. Quando era criança se descuidou da irmã mais nova e desde então não voltou a vê-la. Mônica conta sobre seu passado, detalhes da infância e adolescência, mas não conta a ela o real motivo de sair de casa.

Mas, as coisas mudam com a morte de Mônica e a guarda de seu filho, Beau, fica para Julie. Ela sente-se perdida e com a responsabilidade de cuidar e ser o apoio para Beau. Nesse momento ela resolve procurar a família de Mônica, os Gudry, na cidade de Biloxi, Mississipi. Mas, ao entrar na cidade, vê uma paisagem devastada pelo furacão Katrina.

Julie é recebida pela família de Mônica com uma certa desconfiança, principalmente pelo irmão Trey. Porém, as coisas vão se encaixando, como pequenas peças de quebra cabeças, e Julie descobre que tem muito mais a ver com a família de Mônica do que imaginava. E descobre a importância de recomeçar.

É difícil falar do livro sem me emocionar. É realmente tocante a forma como a história é narrada, principalmente os ensinamentos de Aimee Gudry, avó de Mônica. O livro de faz refletir sobre situações que são verdadeiras tempestades em nossas vidas e como podemos tirar boas lições delas. E nunca perder o entusiasmo para recomeçar.

Chrys 31/05/2013

Surpreendente
Ao conhecer Mônica, Julie acredita ter encontrado uma verdadeira amiga, que poderá preencher o vazio que sua irmã mais nova deixou depois de desaparecer para sempre ainda na infância. No entanto, a amizade é interrompida bruscamente e Julie se vê novamente sozinha.

Devastada, Julie tem que encontrar forças para seguir em frente , e ao mesmo tempo, cuidar de Beau, filho de Mônica. Então , ela vai ao encontro da família de sua amiga no Sul dos Estados Unidos. No entanto, quando chega à cidade, encontra a área devastada pelo furação Katrina. Julie não sabe se encontrará as respostas ou se encontrará mais perguntas, muitas das quais estarão ligadas diretamente ao seu passado.

**** ****

E foi assim que iniciei esse livro, também com muitas perguntas na minha cabeça, afinal o que de tão sério havia no sumiço de sua irmã para que Julie ficasse tão perdida assim na vida, e por outro lado, o que havia no passado de Mônica para que essa vivesse longe de sua família.

A Narrativa desse livro é feio por duas personagens , Julie e a avó de Mônica, Aimee, acontece que Julie viaja até o Mississippi, primeiro porque ela herdou uma casa neste lugar, e segundo e principalmente porque ela está sem um ponto de partida. Sabe quando algo muda drasticamente na sua vida e você se pergunta - E agora por onde começar?

Ela coloca o Beau em um carro e viaja kilomêtros até chegar ao local indicado.
Porém o destino geralmente apronta ( sendo nos livros ou na vida real) e chegando lá, ela percebe que não existe mais casa, e sim destroços, que foram deixados pelo furacão Katrina.

Sem ter para onde ir, ela consegue o endereço de uma parente da Mônica, e é quando chega até a casa da doce Aimee, Aimee é a avó que todos gostariam de ter por perto sabe? Ela é doce, é gentil, e depois de tantos turbilhões, era tudo de que Julie precisava, e após gerar um certo desconforto com o irmão de Mônica, Trey, as resistências e a guarda de Julie vão baixando e ela consegue explicar tudo que aconteceu pra ela ter chego até eles.

A Partir de então temos duas histórias entrelaçadas, a narrativa de Aimee desde jovem, e os pensamentos atuais de Julie, são duas histórias fortes que a princípio parecem não ter conexão, mas que são fundamentais para que algumas atitudes de Mônica sejam explicadas. Aimee, decide contar a história de sua vida para Julie, e as duas juntas tentam chegar a um entendimento dos motivos da Mônica ter ido embora.

As vezes acontecimentos do passado acabam se tornando tão presentes na nossa vida, que não percebemos isso. O que uma atitude,ou como um erro pode causar tanta reviravolta na vida das pessoas.

Os personagens desse livro são intensos, cada um tem uma história, uma dor, uma alegria, e eu consegui viver cada uma delas. Consegui compreender o quão profundo pode ser uma dor. Como o desaparecimento de uma pessoa, pode deixar marcas para sempre na vida de seus parentes.

Mas o livro vai além , ele nos mostra como uma calamidade, como a do Katrina, meche com tantas vidas, como uma cidade consegue se reerguer depois de ser praticamente dizimada, e afinal porque essas pessoas começam a construir tudo novamente? A dor pode ser usada como alavanca para não se deixar abater?

A cada inicio de capítulos há uma previsão de tempo, uma citação ou um provérbio.

As frases ditas pelos personagens também são marcantes , eu anotei alguma delas porque nos fazem realmente refletir sobre algumas coisas. E acho que um acontecimento real, misturado com ficção deu super certo.

...As vezes, acho que precisamos perder tudo para perceber o que realmente é importante...

A leitura flui com facilidade, as revelações são feitas nos momentos certos, e é isso que faz com que você vire a página com mais vontade, e é por isso que ele não é apenas um livro de romance, mas sim uma reflexão do quanto uma vida pode sim ser devastada , mas reconstruída!

Nunca havia lido nada da Karen White, mas com certeza já virei fã, ela conseguiu me convencer de muitas coisas, no final do livro ainda temos uma entrevista com a autora, que ajuda a conhecer um pouco mais sobre o Katrina, ( Na verdade eu fiquei muito curiosa e durante a leitura entrei na internet para algumas pesquisas). Tem ainda um questionário, para aqueles que querem entender melhor a leitura, serve mesmo como uma reflexão.

Me apaixonei pela Julie, pelo Beau, pela história e pelos ensinamentos que esse livro pode proporcionar.

Recomendo e pergunto, quem nunca achou que não era possível, mas fez?

Poly 04/06/2013

Assim que peguei o livro e comecei a ler e vi que a história se passa logo após o Katrina, achei que seria triste, mostrando situações devastadoras, mas não.
O livro fala de acontecimentos tristes, tem muitos dramas, mas nada de nos fazer derramar rios de lágrimas. Há várias histórias de superação e lições muito boas a serem aprendidas com os personagens.
Após a morte da melhor amiga, Julie se torna tutora de seu filho e recebe como herança a chave de uma casa em Biloxi, Mississippi e um quadro. Ela então deixa toda sua vida em Nova York e vai com o garotinho Beau, de 5 anos para lá. Sua surpresa foi que ao chegar no lugar não havia mais nada, apenas escombros e um velho carvalho no terreno. Tudo tinha sido devastado pelo Katrina.
Julie então conhece a família de Monica, Aimee, sua avó e Trey, seu irmão. Juntos eles tentam entender porque Monica saiu de casa e abandonou a família 10 anos atrás, sem nunca mais ter feito contato com eles. Para tentar entender o mistério de Monica, Aimee começa a contar a história de sua vida, que também tem relação com o passado da vida de Julie e a partir daí o livro é narrado pelas duas personagens: Julie e Aimee.
“- Eu? Reconstruir? – balancei a cabeça negativamente. – Primeira coisa contra: não sei nada sobre construção ou reconstrução. E, segunda: já esteve lá? Viu como está? São tantos os que não voltaram ou que não reconstruíram, eu entendo completamente. Por que investir tanto tempo e dinheiro se cada temporada de furacões significa uma nova ameaça?
Aimee me fitou fixamente com aquele olhar azul.
– Por que levantar arranha-céus em São Francisco que podem vir abaixo em um terremoto? Por que construir fazendas no Kansas ou em Oklahoma que podem ser varridas por um tornado? – Ela bufou, o que pareceu tão improvável para uma senhora idosa elegante que quase caí na risada. – Para onde queriam que fôssemos, afinal? Eu acho que, se ainda respiramos, temos de continuar. Portanto, nós reconstruímos. Começamos tudo de novo. É exatamente o que fazemos. Imagino que era isso que ela desejava para o Beau: um sentimento de pertencimento, de ter um lugar para o qual voltar, estivesse onde estivesse. Um lugar para ele chamar de lar por senti-lo assim, respirá-lo. Saboreá-lo.
Pág. 63

Cada capítulo é iniciado com uma citação ou provérbio.
Os personagens são bem intensos e passaram por situações intensas e devastadoras, o que nos faz parar para refletir a todo momento. Gostei muito do modo como Julie amadurece ao longo da história e as concessões que ela faz para dar o melhor para Beau.
Os mistérios são revelados em doses homeopáticas, o que nos dá ânimo para ler só mais (e mais um e mais um) capítulo antes de dormir.
O livro não acaba por completo na última página. Há várias indagações e mistérios não resolvidos que ficaram para a continuação, o que eu achei péssimo, pois acreditava que o livro terminaria ali mesmo e fui toda ansiosa para ler até a última página e descobrir que ainda tem uma continuação.
No final do livro tem tem algumas perguntas sobre a história. Várias delas bem reflexivas, mas eu aconselho apenas ler essa parte depois de acabar o livro, pois tem alguns spoilers nas perguntas.
Apesar de ter demorado décadas para terminar a leitura, gostei bastante e super recomendo.